Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

domingo, 11 de novembro de 2012

A Primeira Missão



A Primeira Missão
Em 07 de junho de 1612, chegaram à ilha de Santana os primeiros frades capuchinhos que vieram em Missão. A viagem foi longa e cansativa. Era uma bela manhã de sol com ventos fortes e movimentos das ondas. Os frades estavam temerosos, mas felizes e desejosos de chegarem à ilha para cumprirem sua Missão de evangelização.
Estavam na embarcação Frei Claude D’abbeville – superior da Missão -, Frei Ambrósio de Amiens, Frei Arsênio de Paris, Frei Ivo d’Evreux, e Frei Elias. Frei D’abbevill, por ser o superior da Missão, convidou os frades para um momento de oração. Ele inicia: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Pedimos-Vos, ó Deus, a vossa proteção e vossa benção, para que possamos fazer uma viagem tranquila. Livrai-nos de todos os males.” Frei Elias, o mais novo, complementa: “E de todo e qualquer naufrágio”. Todos respondem: “Amém, Frei Elias”. Frei D’abbeville, desejando a todos uma boa viagem, diz: “Nossa Senhora dos Navegantes”, e todos respondem: “Rogai por nós”.
Começou a longa e desejada viagem....Chegaram...!
A vida na ilha parece ser muito monótona para quem não está acostumado a viver no meio do povo ribeirinho. Ao chegarem lá, os frades felizes pela viagem bem sucedida começaram logo a falar do amor de Deus pelos homens. Frei D’abbeville  perguntou aos recepcionistas da embarcação (o senhor Antônio, Sebastião e suas famílias) como era a vida na ilha. O recepcionista Antônio lhe responde: “Aqui vivemos o amor de Deus, sentimos sua presença nas criaturas, nas águas infinitas, nas florestas e no amor fraterno que compartilhamos”. O recepcionista Sebastião completa: “é impossível não sentir a presença de Deus em suas criaturas”. Segundo ele, apesar de tantas riquezas naturais, há na ilha muita desigualdade e criminalização. Depois, convidou os frades para tomarem café e comerem peixe assado com eles.
O povo ribeirinho, feliz com a presença dos frades capuchinhos, começou logo a contar-lhes suas histórias cheias de crenças e lendas. Os frades curiosos em conhecer a realidade dessa gente ouviam atentamente as falas de Antônio e Sebastião. Começaram a falar sobre a lenda de “A Lâmpada mágica”. Nela se contava a história de fantasmas e aparições nas ilhas. Frei Elias, todo medroso, pede: “Vamos nos retirar porque amanhã cedo começaremos as visitas nas casas da ilha”. Todos lhe obedecem e vão dormir. A presença dos frades capuchinhos na ilha de Santana foi marcante e cheia de realizações, tanto para os frades, quanto para os ribeirinhos.

                                                                                                    
       Frei Elias Lisboa, OFM Cap

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