Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

sábado, 29 de janeiro de 2011

PAPA A SACERDOTES E SEMINARISTAS ETÍOPES: "TRILHEM COM DETERMINAÇÃO CAMINHO DA SANTIDADE"

Bento XVI recebeu em audiência na manhã deste sábado, na Sala dos Papas, no Vaticano, a "Comunidade do Colégio Etíope no Vaticano", por ocasião dos 150 anos da morte do padroeiro da mesma, São Justino De Jacobis.

O Papa recordou essa figura luminosa de evangelizador exortando sacerdotes e seminaristas a serem sinal de esperança para a Igreja e a contribuírem para a convivência pacífica das nações etíope e eritreia.

"Trilhem com determinação no caminho da santidade": foi a exortação do Santo Padre aos sacerdotes e seminaristas do referido Colégio. Uma instituição – ressaltou – que é "sinal dos antigos e profundos laços de comunhão que unem a Igreja na Etíope e na Eritreia à Sé Apostólica":

"Vocês são um sinal de esperança, especialmente para a Igreja em seus países de origem. Estou certo de que a experiência de comunhão vivida aqui em Roma os ajudará também a dar uma preciosa contribuição para o crescimento e para a pacífica convivência de suas amadas nações."

De fato, o Pontífice recordou a luminosa figura de São Justino De Jacobis, padroeiro do Colégio etíope, que dedicou toda a sua vida a serviço do povo abissínio, e em particular à formação dos padres etíopes:

"Justino intuiu com visão de futuro que a atenção ao contexto cultural deveria ser um caminho privilegiado no qual a graça do Senhor formaria novas gerações de cristãos. Aprendendo a língua local e favorecendo a multissecular tradição litúrgica do rito próprio daquelas comunidades, ele trabalhou também por uma eficaz obra ecumênica."

Bento XVI deteve-se sobre a atividade do Pontifício Colégio que ajuda os seminaristas "em seu compromisso de preparação teológica, espiritual e pastoral". Exortou os sacerdotes formados em Roma a "suscitarem em cada um o amor a Deus e à Igreja", uma vez retornados à comunidade de origem ou quando acompanham os compatriotas emigrados para o exterior. Seguindo o exemplo de São Justino – acrescentou – saibam que para vocês sacerdotes e seminaristas "é traçado o caminho da santidade":

"A santidade se coloca, portanto, no coração do próprio mistério eclesial e é a vocação a qual todos somos chamados. Os Santos não são um ornamento que reveste a Igreja a partir de fora, mas são como as flores de uma árvore que revelam a inexorável vitalidade da linfa que a percorre."

"Apesar do caráter próprio da vocação de cada um, não somos separados entre nós; somos, ao invés, solidários na comunhão interna de um único organismo espiritual – observou o Pontífice.

Cristo – disse ainda – "conquistou" a nossa vida. E, todavia, "não suprime as qualidades características da pessoa". Pelo contrário, "as eleva, as nobilita e, fazendo-as suas, as chama a servirem ao seu mistério e à sua obra" – concluiu Bento XVI. (RL)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Visões absurdas da RCC!

Louvado seja Jesus...
De Vanusa Ignácio.
Escrevo-lhe, desta vez, para relatar os acontecimentos que presenciei em retiros e encontros presididos pela RCC. Gostaria de alertar os cristãos que hoje pertencem a esse movimento, e aos demais, estejam eles convictos de sua fé, ou confusos, como eu me sentí há muito pouco tempo. Por diversas vezes pedí ao Senhor nosso Deus que me honrasse com a graça do discernimento, para professar sem medo minha fé, exercendo a capacidade de separar o joio do trigo. Eis que o Senhor não exitou em responder-me, inclinado para mim Seus ouvidos e agraciando-me com o esplendor da Verdade, pois embora eu viva em pecado, sei onde não mais devo ir procurar auxílio.


Meu único objetivo é mostrar a todos que é preciso ter cuidado com nossas ações, gestos e palavras, pois a quem nada conhece, nada lhe será cobrado, mas a quem muito foi dado, muito será cobrado. Irmãos, não "comamos e bebamos" nossa própria condenação.


Lembro-me de um episódio onde nos encontrávamos em um momento de oração em um retiro, e o pregador que o presidia começou a indagar-nos, a respeito da oração em línguas. Quem tinha essa prática, devia apresentar-se erguendo a mão, e quem não a tinha, dirigir-se-ia ao centro de um círculo que em breve se formaria. Claro que não erguí a mão, e permanecí na mesma posição, procurando concentrar-me em Jesus, e pedindo insistentemente o seu auxílio, pois eu estava extremamente constrangida e confusa com a visão que eu tinha diante de meus olhos, e com as palavras que ouvia. Só não saí da sala para não chamar mais atenção. E o pregador começou a proferir as seguintes palavras: "Hoje se vocês ainda não oram em línguas, passarão a orar..." 


Foi muito estranho, pois hoje percebo que era como se este homem tivesse tamanha autoridade para ministrar os dons de Deus, dando-os a quem bem quiser e quando quiser. Já participei de inúmeros acontecimentos semelhantes, e eles estão sempre querendo impor-nos o dom das línguas, como se o possuíssem. As palavras ou sílabas proferidas são sempre as mesmas: shilarabaria cantara... Estranho isso, não? Para mim, oração em línguas era oração em "línguas", e não uma repetição de sílabas sem origem nem sentido.


O único pecado que não tem perdão é aquele que é cometido contra o Espírito Santo. Por conhecer essa orientação do Senhor, escondí por anos meus sentimentos e opniões sobre a RCC. Tinha medo de estar pecando. Mas hoje conheço meus objetivos, e eles se resumem no cumprimento da vontade de Deus. Quero encontrá-lo, sem orgulho e sem pretensões; sem ignorância e sem hipocrisia; "pois haverá um dia do senhor contra todo o orgulhoso e arrogante, contra todo aquele que se eleva e se engrandece." 


Fui aspirante das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena durante 1 ano, e esse período muito me ajudou a ter coragem de ser quem sou, e viver minha própria espiritualidade, pois homem nenhum pode lhe dizer como orar, pois isso foi o próprio Cristo quem nos ensinou.


Em outra ocasião, também em um retiro, aconteceu o que é conhecido como baile do Espírito. A "gota d"água". É feito durante a noite. Apaga-se as luzes, tira-se as cadeiras, e alguém nos pede para fechar os olhos e não abrir por motivo algum. O ministério de música entoa canções e o "baile se inicia", com uma voz orientando-nos a imaginar que estamos "dançando com o Espírito Santo", ou com a Virgem Maria. Isso varia. Eu estive lá, e permanecí na mesma posição, resistindo insistentemente a uma força que tomava conta do meu ser de forma tão brusca que me provocava ódio. Sensação de que Deus não estava conduzindo aquilo tudo, e se não vinha d"Ele, eu não queria estar alí. Esse retiro inteiro fui alvo dos mais diversos olhares e julgamentos, por ter minha própria espiritualidade, meu próprio jeito de orar, de louvar, e não seguir o que todos fazem. Ou seja, por ser conservadora. Chegaram a pensar que eu tinha "problemas sérios", e que provavelmente estava resistindo a ação de Deus. No final, pediram-me "desculpas por qualquer coisa", pois haviam percebido que meu único "problema" era NÃO SER CARISMÁTICA.


O repouso no Espírito. Esta é das mais conhecidas práticas carismáticas, que acontece até mesmo em missas, o que para mim é um tremendo absurdo, pois nada tem a ver com a liturgia. Pessoas - normalmente duas - se aproximam de você, e começam a orar em voz alta ou sussurrando, mas de modo que se é possível ouvir o que dizem. Em alguns casos, você recebe "ajuda" para cair. Em outros, acaba acontecendo. Já aconteceu comigo duas ou três vezes. Sentí minhas pernas tremerem e não pude sustentar-me. Quando você cai, eles te amparam, te ajeitam no chão, e normalmente fazem o sinal da cruz em sua testa. Aguns dizem que saem do corpo, outros que tem visões. Mas eu fiquei plenamente consciente, ouvindo tudo ao meu redor. Um pouco estagnada, mas normal. Sentí-me descansando, o que é bastante aceitável, pois qualquer um que se põe a deitar, seja na cama, sofá ou chão sentirá o mesmo. O que posso dizer-lhes, amados irmãos, é que a queda foi real e involuntária. Quanto a ação do Espírito Santo? Bom, se tal prática realmente nos levasse à um encontro verdadeiro, e não só a uma hipótese, acho que provocaria uma transformação considerável no indivíduo, que provavelmente o levaria a mudar de vida, e não permanecer do mesmo jeito. A ação de Deus não pode ser à toa. Quando Ele nos toca, sempre ocorre uma mudança. E não é o que vemos na grande maioria dos membros da renovação carismática, que dentro da igreja são servos fiéis do Senhor, mas fora dela, praticamente nada os diferencia daqueles que ainda não conhecem a Deus. Levando em consideração que a maioria são jovens. Esta situação não está restrita aos carismáticos, mas a partir do momento que se dá um testemunho, espera-se no mínimo que o portador tente viver o que prega. 


Mas a pergunta que não quer calar é: "se você caiu, como explica o que aconteceu?" Bem, é verdade, eu caí. E fiquei imaginando o que poderia ter acontecido. Comenta-se por aí sobre o poder da mente. Acho que nossos pensamentos estão estreitamente ligados aos acontecimentos. Entretanto, acredito que todas as coisas só ocorrem com a permissão de Deus. Ainda que eu pense positivo sobre algo, se Deus não o quiser, não acontecerá. Quando você está em um desses momentos de "oração", e se aproximam de você para orar, uma vez que você já conhece ou já ouviu falar do que acontece, ou então se não sabe, está observando os outros, você pressupõe que também vai cair. E você acredita. Aconteceu comigo na primeira vez. As pessoas que estavam ao meu redor proferiam palavras com tanta intensidade e em vóz tão alta que me provocava um susto. Minhas pernas já estavam tremendo pelo susto. Você sente que é como se entrassem em sua mente. É isso o que acontece. Uma manifestação emocional de uma intervenção psicológica. E quem está passando por algum problema ou dificuldade é mais vulnerável. Comigo estavam também pessoas que não conheciam, nem tinham contato com essas coisas. E elas não caíram. Essas "quedas" que tive nada mudaram em minha vida. Saí renovada de muitos desses encontros, mas não devo isso a nenhuma desssas práticas, e sim à graça de Deus que nunca deixou de se manifestar em mim só porque não sou carismática. O que é contrário àquilo que os carismáticos pensam e ensinam. Parece uma brincadeira com o Espírito Santo de Deus. Muito cuidado! Com o Espírito Santo não se brinca.


Mas os absurdos não param. Em uma determinada paróquia, que tem como pároco um padre muito famoso pude presenciar algo que me causou tamanho mal estar, que não pude permanecer no local nem mais um minuto além do necessário para concluir o objetivo pelo qual estive lá, que era assistir a uma peça de teatro. Qualquer cristão sabe que a sexta-feira santa é um dia de recolhimento, pois lembramos a crucifixão e morte de Jesus Cristo. Não é dia de festa. Quando cheguei nesta paróquia, havia uma banda em cima de um palanque enorme ministrando uma espécie de show. Mas isso não é tudo. As canções proclamavam sem a menor sombra de dúvida a ressurreição de Cristo. Isso mesmo, com todas as palavras. Sem falar que na quaresma inteira se canta e se profere aleluias e louvores, com palmas e danças nas paróquias carismáticas. Puxa vida, mas nem na quaresma?


Meu Deus, eu não concordo com isso! Eles fogem completamente da liturgia, "oram em línguas" durante a missa. O que estão fazendo com a Igreja Católica? Protestantizando! Meu Deus, é o Santo Sacrifício que estão profanando! 


Ainda não acabou. Pelo que sei, com meu limitado conhecimento, o único dia em que se tem permissão para sair com o Santíssimo exposto pelas ruas é na celebração de Corpus Christi. Porém, este fato ocorreu nesta mesma paróquia de padre famoso. Sabe qual foi a desculpa que me deram quando questionei? Que o foi só em algumas ruas. Sem comentários...


Professor Orlando, tenho muitas dificuldades em minha vida espiritual, oriundas de problemas sexuais e afetivos. Isso me levou, muitas vezes, a tomar medidas desesperadas. Queria ter um encontro com Deus, não importava onde nem como. Pois embora seja como Saulo, quero um dia ser imitadora de Paulo, como ele o foi de Cristo. Então eu acreditava firmemente no que me diziam a respeito desses retiros e encontros. Fui lá procurar Deus. Mas só o encontrei dentro de mim mesma. Porque Deus se manifesta de formas diferentes para cada um. E por algum motivo, eu não o encontrava nessas práticas que presenciava. Na verdade, eu sempre procurava me recolher, ainda que meu corpo estivesse lá. E sempre me deixava tomar por um complexo de inferioridade, porque todos sentiam, menos eu. Todos acreditavam, menos eu.


Meu objetivo não é julgar quem age certo ou quem age errado. Mas quero defender a Igreja, porque ela é Santa. Somos nós, com nossos pecados e maus exemplos que manchamos sua fachada, mas seu interior permanece ileso, porque Cristo é a Cabeça. Deus me chama todos os dias, assim como chama a cada um, com uma missão diferente para cada um, a cada dia. E não me sinto digna da missão que ele me confiou. Não me sinto capaz de executá-la. Todavia, não aceito que profanem o Santo Sacrifício, não aceito que se falte com respeito ao meu Deus. Ele que é tão misericordioso para com todos. 


Hoje amadurecí, e compreendo que não posso mais frequentar esses eventos, porque nada tem a ver comigo. Aliás, eu não sei mais com o que tem a ver, pois a cada dia que passa a RCC afasta as pessoas da liturgia. Parece uma anarquia, um oba-oba interminável.


Há tanto mais que eu poderia acrescentar, mas meu tempo é curto. Talvez numa outra oportunidade.

RESPOSTAMuito prezada Vanusa, 
salve Maria.
Sua carta é um testemunho que impressiona pela seriedade de seu posicionamento diante de Deus.
Você deixa bem claro o quanto a RCC é péssima às almas. Tomara que logo Deus permita que a Igreja se livre desse mau.

Vocacionado no ar!


Voc.Vinícius Caíque fala sobre o Celibato e o uso de Batina!


Textos Bíblicos para Reflexção!
1 Coríntios 7: (7)"Quisera que todos os homens fossem como eu [celibatário]; mas cada um recebe de Deus o seu dom particular, um, deste modo; outro, daquele modo.". (8)"Contudo, digo às pessoas solteiras e às viúvas que é bom ficarem como eu". (27)"Estás ligado a uma mulher? Não procures romper o vínculo. Não estás ligado a uma mulher? Não procures mulher. (38)"Portanto, procede bem aquele que casa a sua virgem; e aquele que não a casa, procede melhor ainda".

À Nosso Senhor, perguntam os discípulos "...não convém casar? ... Não são todos que compreendem esta palavra, mas somente aqueles a quem é dado"(Mt. 19,11)

"Todo aquele que tiver deixado casa, irmãos ou irmãs, pai ou mãe, mulher ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá o cêntuplo e a vida eterna" (Mt 19, 29). Em S. Lucas: "Na verdade vos digo, que não há quem deixe, pelo reino de Deus, casa, pais, irmãos ou mulher que não receberá... a vida eterna" (Lc 18, 29-30).

S. Pedro era Celibatário - provas da Sagrada Escritura
Os protestantes se arvoram em intérpretes da Bíblia, insinuando, que conhecem-na muito melhor que os católicos. Então, vamos procurar demonstrar - com a mesma Bíblia que eles dizem seguir - que S. Pedro era Celibatário. Eles utilizam o seguinte trecho para tentar provar que S. Pedro não podia ser celibatário: "E a sogra de Simão estava enferma" (Lc 4, 38).
Primeiramente, cabe distinguir entre celibato e castidade. A castidade pressupõe o celibato, mas este não pressupõe aquele. Uma pessoa celibatária pode ter sido casada, por exemplo. Enquanto uma pessoa que guardou a castidade a vida inteira, de regra, nunca foi casada. A não ser que tivesse feito um voto de castidade dentro do casamento, como foi o caso de Nossa Senhora.
S. Pedro, segundo ensina a tradição e segundo vou procurar demonstrar com a Bíblia, foi casado, mas era viúvo ou tinha deixado sua mulher.
Afirmar que S. Pedro era casado por ter uma sogra é um argumento precipitado. Há muitas pessoas que tem sogra mas já não tem mulher. Da Sagrada Escritura, a única coisa de certo que se pode afirmar é que S. Pedro tinha uma sogra e que, portanto, podia ser casado, podia ser viúvo, ou podia ter deixado a esposa.
De qualquer forma, estando viva ou não sua mulher, S. Pedro a tinha deixado, segundo o conselho do Mestre: "Todo aquele que tiver deixado, por amor de mim, casa, irmãos, pais, ou mãe, ou mulher, ou filhos... receberá a vida eterna" (Mt 19, 29).
Eis um conselho do divino Mestre dirigido aos Apóstolos e, na pessoa deles, aos séculos vindouros. Nosso Senhor os convida a deixar tudo, por seu amor... até a própria mulher.
Os Apóstolos compreenderam o convite de Nosso Senhor. E compreenderam tão bem que ficaram admirados, e disseram: "logo quem poderá salvar-se?" (Lc 18, 26).
S. Pedro, sem hesitação, sem embaraço, como quem fala com completa certeza, dirige-se ao divino Mestre, e exclama: "Eis que nós deixamos tudo e te seguimos" (Lc 18, 28).
E o Senhor aprova e apóia esta exclamação de Pedro, respondendo: "Na verdade vos digo, que não há quem deixe, pelo reino de Deus, casa, pais, irmãos ou mulher que não receberá... a vida eterna" (Lc 18, 29-30)
S. Pedro exclama ter deixado tudo... O Mestre o confirma, e promete-lhe o céu em recompensa.
É, pois, claro e irrefutável que S. Pedro, embora tivesse sogra, não tinha, ou tinha deixado a mulher; era pois celibatário como os outros apóstolos. Se assim não fosse, S. Pedro não podia dizer ter deixado tudo, visto não ter deixado a mulher, embora fosse incluída a mulher na enumeração, feita pelo Mestre, daquilo que se pode deixar por seu amor.
Os Padres não se casam seguindo o conselho de Nosso Senhor
O celibato não é obrigação imposta por Deus, mas um conselho de Nosso Senhor transformado em preceito pela Igreja.
S. Paulo, como visto, deixa claro que quem casa faz bem e quem não casa faz melhor (1 Cor 7, 8-40).
O Padre, portanto, escolhe para si o estado de vida mais perfeito, de acordo com sua vocação religiosa e seguindo o exemplo de Nosso Senhor e seus Apóstolos.
Nosso Senhor era Virgem, era a pureza perfeita. O sacerdote católico, que é o seu ministro, procura, o melhor possível, imitar o seu modelo divino, que disse: "Eu vos darei o exemplo para que façais como eu fiz" (Jo 13, 15). E S. Paulo acrescenta: "Sede os imitadores de Deus como filhos queridos" (Ef 5, 1).
Um escolhido para ser o "pastor" do "Povo de Deus" deve procurar, em tudo, o que aconselhou Nosso Senhor (Mt 19, 10 - 20 e 29) e S. Paulo (1 Coríntios 7, 7-38).
Como que para deixar claro a posição do sacerdote ou da pessoa que tem uma vocação mais alta, Cristo afirma: "Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga" (Mt 16, 24), e ainda: "Se quiseres ser perfeito, vai, vende o que tens, e dá o valor aos pobres" (Mt. 19, 21).
Um pastor protestante tem obrigações com sua esposa e com seus filhos. Obrigações de sustento, de proteção, de amparo, de educação, etc. Portanto, o seu desprendimento das coisas desse mundo acaba ficando tolhido, pelo menos em parte.
A lei eclesiástica que preceitua o celibato, mesmo tendo sido estabelecida posteriormente, era seguida pelos sacerdotes católicos desde os Apóstolos. No começo da Igreja, a própria Bíblia deixa claro o celibato.
Tertuliano, falecido pelo ano 222, diz que "os clérigos são celibatários voluntários".
Eis a lei do celibato, que é uma grande e bela instituição derivada do exemplo e do conselho do próprio Messias.
Resposta a uma objeção comum dos protestantes
Para querer provar que um padre deve se casar, os protestantes, segundo seu costumeiro "Livre Exame", utilizam-se de um texto de S. Paulo. É claro que, segundo a interpretação de cada um, um mesmo texto acaba levando a conclusões diametralmente opostas...
Diz S. Paulo: "Se alguém deseja o episcopado, deseja uma boa obra. Importa que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, sóbrio, prudente, conciliador, modesto, hospitaleiro, capaz de ensinar" (1 Tim 3, 1-2).
Segundo a interpretação corrente que fazem os protestantes desse texto, o padre deve casar-se. Ora, se o próprio Cristo deixou a cada um a liberdade de casar-se ou de ficar celibatário, será que ele recusaria esse direito ao padre?
O que prova esse trecho? Prova apenas o que a Igreja sempre ensinou, ou seja, que o celibato não é uma obrigação divina, mas sim um conselho de Nosso Senhor e do próprio S. Paulo (1 Cor 7, 7 - 38). O Apóstolo não diz: "é preciso que o bispo seja casado!"; mas diz: "Sendo ele casado, deve sê-lo com uma mulher só", excluindo, deste modo, a tal "bigamia" pública ou oculta...
Ora, nunca a Igreja ensinou que o celibato era de ordem divina, mas sim de ordem eclesiástica.
O padre deve ser "pai espiritual" de todos; e para isso, não deve ser pai carnal de ninguém. Seu tempo não lhe pertence e não poderia pertencer à sua família carnal, pois ele deve viver para a Igreja e para a religião, e não para mulher e filhos. Ele deve renunciar ao conforto do lar e à família, para consagrar-se ao serviço de Deus. "Aquele que ama pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim. E aquele que ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim. Aquele que não toma a sua cruz e me segue não é digno de mim. Aquele que acha a sua vida, vai perdê-la, mas quem perde a sua vida por causa de mim, vai achá-la". (Mt 10, 37-39)
O famoso texto de S. Paulo, longe de contradizer, confirma a doutrina católica mostrando o que sempre foi repetido: que o celibato não foi exigido por Cristo; porém foi aconselhado, pela palavra e pelo exemplo, deixando Jesus Cristo à sua Igreja o cuidado de regular estes pormenores, conforme os tempos e os lugares.
Ninguém é obrigado a ser padre, sendo, deve conformar-se com as decisões da Igreja de Cristo, pois "quem vos escuta, escuta a mim e quem vos despreza, despreza a mim", disse Nosso Senhor aos seus Apóstolos, à sua Igreja (Lc 10, 16).
Aliás, como tudo isso é diferente do protestantismo, que nasceu e foi impulsionado por pessoas que desejavam o adultério e a fornicação: Calvino, Henrique VIII, Lutero e Zwinglio!
Agora, querendo justificar sua posição, protestantes procuram lançar pedras contra o sacerdócio católico... Ignoram a Bíblia, os conselhos de Cristo e os preceitos da Igreja. Mais deveriam tentar limpar a imagem de seus 'fundadores' do que atacar a Igreja fundada por Cristo!



Padres de Batina: Benefícios do uso do Traje Clerical
Que o uso da batina ou aos menos da "camisa de clergyman" é
obrigatório todos sabemos, está no código de direito canônico.
Can. 284 ; Os clérigos devem vestir um traje eclesiástico digno, de acodo com as regras estabelecidas pelas conferências episcopais e os costumes legítimos do lugar.
Então por que a maioria dos sacerdotes não usa ?
As desculpas são das mais variáveis possíveis, calor, que seu uso afasta as pessoas (está é absurda), entre outras que todos nós já estamos calejados de saber.
Mas não estou interresado em escrever sobre as "desculpas" do clero desobediente quanto a está regra da Igreja.
E sim sobre os benefícios que o uso do traje clerical pelos sacerdotes traz para o rebanho católico.
Eu particularmente nunca tive a graça de ver um ministro do altíssimo usando batina .
Foi perguntado aos fiéis sobre a impressão que causa ao avistarem um homem a usando ou ser avistado a vestindo (padre).
E a maioria das respostas estão em perfeita sintonia, apesar de que os entrevistados são das mais variadas localidades do Brasil e além fronteiras.
O que mais foi dito foi que, o padre que a usa é valente, santo, que descobriu a preciosidade de uma batina, seu grande escudo, que naquele que está à trajando se reconhece que é um servo do altíssimo e que vive o que prega.
As pessoas se sentém protegidas, se comportão com modéstia e respeito (diferente do que ocorre quando se deparam com padres galãs); entre outros elogios que infelizmente não caberá todos aqui.
E nada melhor do que ler o que os sacerdotes tem a dizer, coloco dois testemunhos de como o traje clerical é importante no dia a dia deles.
"Muitas vezes, andando de clergyman pelas ruas ou de carro as pessoas param para perguntar algo, para pedir a benção" etc...
Quase sempre que eu pego um táxi, por estar de clergyman ou batina, naturalmente começa uma conversa sobre religião, que serve para tirar dúvidas das pessoas e para falar-lhes de Deus. Pelo menos em duas vezes, os motoristas de táxi quiseram se confessar depois de muitos anos.
Muitas pessoas quando encontram um padre usando o colarinho de padre, lembram de Deus e ficam contentes ao ver que existem pessoas dedicadas exclusivamente às coisas espirituais.
O padre de batina não fica distante das pessoas porque os outros procuram no padre não um amigo a mais, mas um homem de Deus, acolhedor, mas também uma pessoa que transmita autoridade e segurança". (Padre pediu anonimato)
"A primeira reação das pessoas que não me conhecem é, geralmente, positiva. Alguns elogiam abertamente; outros, a maioria, limita-se a sorrir.(Ao vê-lo de batina).
A grande mudança na atitude das pessoas dá-se nos locais públicos. Ao fim de almoço, regra geral, vou tomar café. Quando entro no estabelecimento, se as pessoas presentes estão a ter alguma conversa menos própria, basta que eu entre para ficarem em silêncio ou mudarem de conversa.
Há poucos dias atrás, tomei a iniciativa de ir visitar um doente, acamado, que durante perto de 40 anos não foi à Santa Missa nem se aproximou do Sacramento da Reconciliação. Depois de invocar a ajuda do meu Anjo da Guarda, fui a casa dele. A filha desse senhor recebeu-me com alguma surpresa e perguntei-lhe se podia visitar o pai dela. Ela disse-me que sim, mas aconselhou-me a tirar a batina para o pai não se assustar e não recusar a visita. Respondi à filha que não valia a pena tirar a batina. De fato, assim que entrei no quarto do senhor, ele percebeu que era sacerdote e, ainda antes de eu poder dizer o que quer que fosse, já estava a dizer-me, com os olhos em lágrimas: “Ai que o senhor Padre veio ver-me!”. Pude atendê-lo de confissão e tenho ido visitá-lo com frequência, levando-lhe Jesus Sacramentado."(Padre José Alfredo)
Estes são apenas dois do testemunhos que recebi, infelizmente não deu para colocar todos aqui, pois se fosse fazê-lo iría ficar muito extenso e cansativo o texto.
Somente esses dois testemunhos nos monstra como traje clerical é importante para as ovelhas.
Muitas vezes a salvação de dezenas de almas depende do uso daquela roupa negra e austera pelos sacerdotes.
"Batina é o distintivo, a farda de um soldado. Já viste policial, um reles deles, sem farda? Sem farda ele perde a autoridade. Também assim é o padre. Se ele não estiver a usando ele se mistura ao povo, e o povo "o engole".
Vamos implorar a Deus para que nossos seminaristas e sacerdotes voltem a usá-la !
E encerro este artigo com duas frases de grandes Santos sacerdotes:
"O padre não vai sozinho para o céu. Nem para o inferno. Se agir bem, irá para o céu com as pessoas que ajudou com seu bom exemplo. Se for infiel, se se envolver em escânda-los, se perderá com as pessoas condenadas por seu escândalo". Dom Bosco
"O Sacerdote, ou é um Santo, ou é um demônio." Ou santifica, ou arruína. Pe. Pio.
O modo de se vestir diz muito aonde ele, o padre, se encaixa em estás "falas".
Pax Vóbis !
Danilo Tavares, Fili Eclesiae Catholicae.

No final desta resposta há um pequeno resumo da história do hábito eclesiástico. Nele você pode perceber que o uso obrigatório da batina nunca foi abolido. O que ocorreu é que as penalidades não foram mais aplicadas a quem desobedece. Além disso foi dada a alternativa do clergyman, que levou a todos os abusos que vemos hoje. Ocorre também que seminaristas e padres sejam (ilegalmente) proibidos de usar a batina por seus superiores.
O código de direito canônico define o seguinte, quanto à vestimenta dos padres:
Can. 284 – Os clérigos devem vestir um traje eclesiástico digno, de acordo com as regras estabelecidas pelas conferências episcopais e os costumes legítimos do lugar.
Este poder dado às conferências episcopais também foi causa da decadência na vestimenta, já que muitas vezes elas dão liberdade aos padres, sem puni-los, à revelia do que ordena o Papa.
Há um livro baseado em uma tese de Michele de Santi chamado “O hábito eclesiástico, seu valor e sua história”. Os trechos a seguir são extraídos deste livro. O que nos interessa é apenas este histórico e não as idéias do autor, com as quais muitas vezes não concordamos. Segue o resumo:
Nosso Senhor não deu instruções precisas sobre este assunto, porém recomendou aos apóstolos simplicidade e humildade.
Os hábitos usados no Império Romano, adotados rapidamente por conveniência à fé, à dignidade e à modéstia do estado clerical, constituem as primeiras formas de hábito eclesiástico: túnica branca ou clara, com mangas, longa até o calcanhar (túnica talaris), acompanhada de uma veste de lã. Este hábito era similar ao usado pelos monges.
As perseguições não favoreceram o desenvolvimento de um hábito que desse distinção: os padres precisavam freqüentemente se esconder.
Em 422, o Papa Celestino I lança um primeiro documento sobre este assunto em uma carta endereçada aos bispos da Gália. Os padres não deveriam se vestir do mesmo modo que os monges, pois esta vestimenta grosseira era freqüentemente motivo de zombaria nas cidades. A cor clara usada até então é substituída, pouco a pouco, pela cor escura, inicialmente em Constantinopla para que se distinguissem dos Novacianos, que usavam o branco. Depois sob a inflência dos Beneditinos, cujo hábito era negro. O vermelho foi proibido pois era mais adequado aos magistrados leigos do que aos religiosos.
No fim do século VI há uma mudança, devido ao fim das perseguições e ao fim do hábito longo nos países europeus. Com efeito, as invasões bárbaras, francas e lombardas trazem o hábito curto, mais prático. São Gregório Magno (590-604) fala pela primeira vez em “hábito do clero”.
No século XI São Bernardo (1090-1153) lembra que a vestimenta dos padres deve ser o sinal exterior de suas virtudes interiores, pois na época os padres estavam transformando o hábito em objeto de luxo e vaidade.
O decreto de Gratien (1140) insiste em que o hábito deve ser usado em toda parte, na rua, em viagem ... Gratien comenta esta posição citando Santo Agostinho, que afirmava que freqüentemente as desordens do corpo manifestam as desordens do espírito.
O Concílio de Trento traz a famosa expressão (muitas vezes deturpada em seu sentido original): “Mesmo considerando que o hábito não faz o monge, é necessário que os religiosos vistam sempre um hábito adequado a seu estado (...)”
O primeiro Concílio de Milão (1565) impôs a cor negra e o quarto (1576) lembra a obrigação de usar a batina na Igreja mesmo quando não se use a capa.
Sixto V (1585-1590) trará, por assim dizer, a pedra final ao edifício com a Constituição “Cum Sacrosancta”, obrigando os padres a usar a batina. Impôs punições severas a quem desobedecesse. Quatro anos mais tarde esta lei será abrandada, voltando à interpretação mais genérica que prevalecera no Concílio de Trento; os padres devem usar um hábito conveniente a seu estado e de acordo com as disposições de seu bispo.
O Código de 1917 (can. 136) pede aos padres que usem um hábito eclesiástico conveniente (decentem) segundo os legítimos costumes do lugar e do Bispo. Sem outras definições mas com penalidades que podem ir até à perda do cargo ou estado clerical.
Pouco antes do Concílio Vaticano II, o Sínodo de Roma de 1960 lembra que os padres residentes em Roma devem usar a batina.
Nos documentos posteriores ao Concílio encontramos sobretudo argumentação para convencer os padres a usar a batina nesta época de tantas contestações.
Em 1966, a Conferência Episcopal Italiana aconselha que para “vantagem pessoal do padre” e “edificação da comunidade, a batina deve ser a vestimenta normal dos padres”; o clergyman sendo reservado para as viagens ou quando for necessário por comodidade...
Neste mesmo ano, a Cúria alerta que os padres que trabalham no Vaticano devem usar a batina. E Paulo VI se lamentou em 17 de Setembro de 1969: “fomos longe demais na intenção, em si louvável, de inserir o padre no contexto social, até o ponto de secularizar sua forma de viver, de pensar, e mesmo seu hábito, com o grave risco de enfraquecer sua vocação e de ridicularizar seus compromissos sagrados assumidos diante de Deus e da Igreja”.
João Paulo II, em uma carta endereçada ao Cardeal Vigário exprime seu pensamento sublinhando mais uma vez a importância do uso do hábito, “testemunho da identidade do padre e de que pertence a Deus” ... “em um mundo tão sensível à linguagem das imagens”.
O Código de 1983 não traz modificações substanciais, de acordo com o autor do livro. Entretanto duas medidas foram tomadas que não favorecem o uso da batina: não cabe mais ao Bispo definir o hábito a ser usado em sua diocese (batina, clergyman, etc...) mas à conferência episcopal.
O Código não menciona mais penalidades para os contraventores: não usar o hábito, de acordo com o novo código, não é mais considerado um delito contra as obrigações particulares do estado religioso. Não se mudou a lei, mas é como se ela não tivesse mais que ser considerada.
Em 1999, o Papa ainda tenta convencer: “é um dever de se mostrar sempre tais como sois a todos, com uma humilde confiança, com este sinal externo: é o sinal de um serviço sem descanso, sem idade, porque ele está gravado em sua própria alma”.


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Meu filho vocacionado? não pode ser, ele merece coisa melhor!








Não é nenhuma novidade a crise vocacional que a Igreja passa há alguns anos. Sabemos também que toda e qualquer vocação parte, surge, se origina no seio familiar. Porém, venho aqui refletir essa crise a partir da resposta de uma mãe para um promotor vocacional quando este perguntou se seu filho era vocacionado:
"Meu filho, não. Meu filho merece coisa melhor!"

A Igreja vive rezando há muito tempo ao Senhor da Messe que envie operários para messe (Mateus 9,35-38). Esta oração acontece em diversos âmbitos: nas casas religiosas, seminários, pastorais, grupos e movimentos e, hoje em dia em menor escala, em algumas famílias. Não duvido da intenção de cada filho e filha de Deus nas suas orações em favor das vocações sacerdotais e religiosas, mas o que me preocupo e me pergunto é que, quando um leigo, especialmente sendo pai e mãe, reza ao Senhor da messe, se o seu pedido, a sua oração, também são extensivos aos próprios filhos ou somente aos filhos dos outros? Se é levado em conta o possível chamado do Senhor dentro da própria família?

Vamos, então para estes dois aspectos ou nuances do nosso proceder quanto à oração pelas as vocações:
1. Vocação dentro da minha própria família: Se acredito que o Senhor pode suscitar vocação entre os meus, como procedo? será que tenho animado este vocacionado com minha palavra de animo? Tenho rezado por ele ? Tenho criado ambiente propício para que ele possa já ir vivenciando, ainda junto da família, este novo estilo de vida que está por abraçar? Se assim eu agir, meu filho ou filha terá grande probabilidade de ser feliz e bem sucedido, pois encontrará apoio e ambiente tranquilo para dar sua resposta a Deus.
2. Vocação na família alheia: Ainda que eu reze pelas vocações sacerdotais e religiosas, mas se tenho receio que alguém dentre os meus seja chamado à vocação religiosa ou sacerdotal, a minha oração (como cristão católico) é incoerente, pois estarei cerceando a ação do Espírito Santo de Deus que chama quem quer, aonde quer e quando quer (João 3,8) e, ao mesmo tempo, estarei condicionando a resposta do filho ou da filha pois, até inconscientemente, estarei dizendo, por exemplo, que eu quero, como um pai ou mãe, que meu nome seja perpetuado ou que é mais importante é ter profissões que, erroneamente escolhendo, estarei indicando para o meu filho para minha filha.
Os pais têm todo direito de quererem o melhor para o futuro de seus filhos, mas vejo também o perigo da vontade dos pais estar mesclada com a dos filhos, Desta forma não são poucos os jovens que se sentem frustrados em suas carreiras profissionais ou não, porque foram induzidos a não desapontar a vontade dos outros na própria vida.
Bem sei, também como padre, que o sacerdócio não tem mais o "glamour" que tinha há quarenta ou trinta anos atrás quando era um orgulho para a família ter um sacerdote ou ter uma religiosa entre seus filhos. Porém, sem querer polemizar os motivos da falta de vocações, continuo afirmando que "a messe é grande", e continua crescendo como ovelhas sem pastores. Pastores esses que surgem do povo para o povo, para conduzir e ajudar filhos de Deus até um encontro real com Jesus Cristo.

Nossas comunidades estão estéreis de vocações!E me atrevo a dizer que muitas se esterilizaram de tanto que abortaram suas vocações com sua falta de ânimo, maus exemplos e outras atitudes nada entusiastas das vocações.

Junto às nossas orações deve existir toda animação vocacional para aqueles que são chamados para servir o Senhor, ou seja, pastorais, grupos, movimentos eclesiais e famílias devem ajudar em todos os aspectos o vocacionado para que ele sinta-se acolhido, amado e tenha a tranquilidade de que o caminho vocacional que ele quer percorrer é importante para a Igreja, que sua família sente-se orgulhosa de que um dos seus foi chamado pelo Senhor para o seu serviço.

Alguém pode pensar: eu rezo pelas vocações, animo o vocacionado e depois ele não persevera, logo minhas orações foram em vão. Pois, então eu respondo: Se partirmos deste princípio não teríamos vocações sacerdotais e religiosas. Os seminários, conventos e casas religiosas em geral são sementeiras, ou seja, fazem cultivo sistemático dos vocacionados que para lá acorrem. Assim vocação = chamado + resposta, ou seja, vocação é o resultado do chamado (de Deus) mais a resposta (do homem). A oração do povo de Deus sustenta sobrenaturalmente o vocacionado para que seu sim seja diário, mas não depende daquele que reza a perseverança do vocacionado. Portanto, devemos continuar rezando, incentivando os vocacionados e confiar na misericórdia do Senhor que continua a chamar os seus filhos e filhos a trabalhar na sua messe.

Hoje, se sou sacerdote e religioso, pertencente a uma congregação religiosa, devo boa parte da minha perseverança, além da formação que tive, aos meus pais e minha comunidade que rezaram e me incentivaram em todos os aspectos para que o meu sim tivesse todo o suporte necessário para cultivar a minha vocação.

“Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e renovareis a face da terra.”

Restauração dos altares da Paróquia de Nossa Senhora do Ó


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Má interpretação gerou polémicas desnecessárias



Livro “Luz do Mundo” apresenta o perfil e o pensamento ortodoxo do Santo Padre sobre questões que afligem e interpelam a sociedade

Em Novembro do ano passado, partindo do Ocidente, o mundo vibrou de forma inesperada, ao ser anunciado que Bento XVI tinha admitido o uso de preservativos para travar o flagelo da sida. Com isto, ainda segundo os consagrados líderes de opinião, a Igreja Católica acabava por recuar nos seus cânones, aprovando, doravante, o recurso aos preservativos. Chegou-se a este ponto mercê da publicação da obra intitulada “Luz do Mundo”, da autoria do jornalista alemão Peter Seewald, que mais uma vez conseguiu, com a sua mestria de sempre, reunir as entrevistas feitas ao Santo Padre. 
O título do livro foi escrito pelo próprio Papa, com o seu punho. Quando a obra saiu a lume, apenas os indivíduos sabedores de alemão e italiano, sobretudo os residentes em Roma, tiveram acesso, enquanto outros esperavam por outras versões. 
Nesse sentido, os do mundo lusófono passaram a aguardar, impacientemente, pela difusão da obra na língua de Camões. Há dias, o livro foi posto à venda, mas sem destaque, pois não há qualquer concorrência nem grande impacto, porque talvez a agitação registada aquando da apresentação da obra no Vaticano (numa altura em que a imprensa internacional falava da mudança radical de Bento XVI no que diz respeito aos princípios da moral católica) tenha desaparecido completamente.
Outra razão pode prender-se com o facto de na Europa o livro “Luz do Mundo” ser considerado uma “matéria normalíssima”, que apresenta o perfil e o pensamento ortodoxo do Santo Padre sobre as questões principais que afligem e interpelam a sociedade hodierna, não abordando apenas o “dossier” sobre o uso de preservativo, que até, apreciando bem o livro, não aparece em grande plano.  Com três partes e 15 pontos, o Santo Padre fala dos “Sinais dos Tempos”, do “Pontificado” e, finalmente, coloca e responde esta pergunta: “Para onde caminhamos?”. 
Nos seus depoimentos, o líder espiritual da Igreja Católica e Chefe de Estado da Cidade do Vaticano, usando a sua autoridade moral, focou muitos problemas de suma importância que dominam a actualidade. 
Fala, por exemplo, do “Ecumenismo e Diálogo com o Islão”, reafirmando o seu empenho pessoal, juntamente com os esforços de todos os católicos, no movimento ecuménico  e na abertura ao diálogo inter-religioso.
 Debruça-se também acerca da relação entre fé e cultura na sociedade contemporânea, e outros factos interessantes, mas longe de gerar polémicas ou incompreensões. Quanto ao tema que provocou, incompreensível e desnecessariamente, um grande alarido, isto é, os preservativos, o mesmo encontra-se encaixado na segunda parte, ponto 11, que fala das “Viagens Pastorais”, e não das “grandes decisões”, ou “orientações essenciais” que pudessem levar a uma “mudança radical” do catolicismo em matéria de moral, como muitos pensavam ou ainda pensam.

O parágrafo da polémica

E como surgiu a frase ou o parágrafo que foi mal interpretado, gerando polémicas desnecessárias e estéreis? As páginas 118 a 121 apresentam dados concretos que ajudam o leitor bem intencionado a desvalorizar tudo o que foi dito e comentado naquele momento de “euforia vazia”. A prová-lo, vale a pena transcrever os escritos do jornalista Peter Seewald, que reproduziu as palavras de Bento XVI. 
Eis a pergunta que foi colocada ao Papa: “A sua visita a África, em Março de 2009, colocou mais uma vez a política do Vaticano em matéria de sida na mira dos meios de comunicação social [...] Em África, Vossa Santidade afirmou que a doutrina tradicional da Igreja tinha revelado ser o caminho mais seguro para conter a propagação da sida. Os críticos, provenientes também da Igreja, pelo contrário, dizem que é uma loucura proibir a utilização de preservativos a uma população ameaçada pela sida” (in Luz do Mundo, 1ª edição, Edição Lucerna, Cascais 2010, página 118).E Bento XVI respondeu literalmente desta forma: “Em termos jornalísticos, a viagem a África foi totalmente ofuscada por uma única frase. Perguntaram-me porque é que, no domínio da sida, a Igreja Católica assume uma posição irrealista e sem efeito – uma pergunta que considerei realmente provocatória, porque ela (a Igreja) faz mais do que todos os outros. E mantenho o que disse. Faz mais porque é a única instituição que está muito próxima e muito concretamente junto das pessoas, agindo preventivamente, educando, ajudando, aconselhando, acompanhando” (pág. 118-119).
Continuando: “Essa foi a verdadeira resposta: a igreja faz mais do que os outros porque não se limita a falar da tribuna que é o jornal, mas ajuda as irmãs e os irmãos no terreno. Não tinha, nesse contexto, dado a minha opinião em geral quanto à questão dos preservativos, mas apenas dito – e foi isso que provocou um grande escândalo – que não se pode resolver o problema com a distribuição de preservativos [...] Pode haver casos pontuais, justificados, como por exemplo a utilização por um prostituto, em que a utilização do preservativo pode ser um primeiro passo para a moralização, uma primeira parcela de responsabilidade para voltar a desenvolver a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. Essa tem, realmente, de residir na humanização da sexualidade” (pág. 119-120). Pois claro, estas palavras merecem uma interpretação correcta para evitar qualquer deturpação numa matéria séria e sensível, que o Magistério da Igreja Católica trata com liberdade, equilíbrio e sabedoria. Em suma, o Papa reafirmou o que o catolicismo sempre defendeu, mas que nem sequer foi salientado.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Papa Bento XVI abençoa as redes sociais



O Papa Bento XVI deu a sua bênção às redes sociais mas alertou que não podem substituir o contacto humano verdadeiro. No Dia Mundial das Comunicações da Igreja Católica, comemorado na passada segunda-feira, o pontífice enviou uma mensagem escrita aos cristãos, em que reconhece as vantagens das redes sociais e aprova a sua utilização.
"Gostaria de convidar os Cristãos, confiantes, informados e com uma criatividade responsável, a juntarem-se à rede de relações que a era digital tornou possível", escreveu Bento XVI na mensagem intitulada "Verdade, Proclamação e Autenticidade da Vida na Era Digital", segundo arevista Time .
O Papa pede aos utilizadores das redes sociais que sejam abertos e honestos nas suas comunicações e avisa-os a não confundir as amizades online com amizades mais profundas e duradouras. "É importante ter sempre presente que o contacto virtual não consegue e não deve tomar o lugar do contacto humano direto com as pessoas a todos os níveis da nossa vida", acrescentou o pontífice.
Bento XVI, 83 anos, não tem página pessoal no Facebook, nem Twitter, mas o Vaticano utiliza as redes sociais para transmitir mensagens do Papa através do site oficial, Pope2you , que liga os utilizadores a páginas do YouTube e do Facebook e até disponibiliza uma aplicação para o iPhone.




terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Protestantismo e RCC - Dois lados da mesma moeda




Os Carismáticos mais uma vez

Contra-argumento 1 - O "batismo" no Espírito Santo é uma Invensão (sic) Protestante ?

Tem pessoas que não leem a Bíblia, nem em casa e nem na Igreja, uma vez que, mais uma vez escreve tal absurdo. Todos nós estamos cansados de saber que João Baptista mandou que seus discípulos seguissem Jesus... Porque ? Porque ? Porque Ele era aquele que "BATIZAVA NO ESPÍRITO SANTO" ! O Que é Isso ? Do que se trata ?
Nem perguntaram a João, mas obedeceram sua ordem e foram atrás de Jesus, buscando é claro, uma resposta para o que João lhes havia falado. E O Batismo no Espírito Santo ? Não Receberam nada ! João lhes havia mentido então ? João Baptista inventou o Batismo no Espírito Santo ? São João Baptista era Protestante então ? Maria também era Protestante ? Ela estava no meio daqueles que receberam o Pentecostes ! Ou não estava ? agora deu um nó...

Esse argumento é incoerente e incompreensível. Não encontro nexo, lógica, começo ou fim nele! Creio que o internauta estava tentando justificar o “batismo no espírito santo” dos carismáticos, identificando-o com o batismo de João Batista. Será que acertei? Ou tenta identificar esse batismo diretamente com o batismo de Cristo?
Há uma confusão que é típica, pasmem, do meio protestante. O batismo de João Batista é (ou melhor, era) um batismo de conversão ou de penitência, não produzia uma marca sacramental na alma, como o batismo de Jesus Cristo.
O batismo de Jesus é feito não apenas no Espírito Santo, mas em toda a Trindade! O padre diz “eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
O batismo carismático é totalmente diferente, nem batismo é! O batismo carismático, longe de ser um sacramento, é um rito de iniciação sem forma, ou seja, basta a pessoa ser “atingida” pelo suposto “dom de línguas” que ela foi batizada no espírito! Alguns dizem que para ser batizado no espírito a pessoa precisa desenvolver qualquer “carisma” especial (não só o dom de línguas...).
O batismo carismático segue a mesma linha do batismo metodista do movimento Holiness, onde não se objetivava um “sacramento” propriamente dito, mas um rito que “reanimasse” a fé. O movimento carismático “católico” objetiva, através do “batismo no espírito”, “reanimar” a fé da Igreja. Semelhança ou mera coincidência? A origem da RCC é protestante e não apenas eu afirmo isso, mas o próprio padre Raniero Cantalamessa, principal artífice da RCC no mundo:

“(...)Quero dizer aos fiéis, aos bispos, aos sacerdotes, que não tenham medo. Desconheço por que há medo. Talvez em alguma medida porque esta experiência começou entre outras confissões cristãs, como pentecostais e protestantes”.

Por isso a fixação dos carismáticos com o Pentecostes! Lá se inicia historicamente a Igreja e agora temos os milhares de novos pentecostes, iniciando novas “comunidades”, carismáticas, é claro!
Espero ter deixado isso claro. Só não entendi onde entra Maria em tudo isso. Só houve um único pentecostes e são os protestantes que criaram outros e os carismáticos compraram a idéia. Acho que o nó sumiu!

Contra-argumento 2 – A Bíblia

Exatamente por XV seculos não existia nenhum protestante na face da terra e creio que Martinho Lutero não escreveu sua própria Bíblia, apenas traduziu a Católica que a sagrada tradição preservou até aquele dia, porém não permitia que eu, uma pobre ovelhinha comesse esta grama verdinha e pura, hoje porém eu tenho este privilêgio e posso lêr as palavras de vida eterna que foram escritas para mim.
Parece um protestante falando de história, não é mesmo? Mas vamos lá!
Antes de Lutero não havia protestantes no sentido pleno, mas tínhamos os hereges! Protestante nada mais é que herege, ou seja, aquele que desviou da sã doutrina da Igreja. O fato de se chamarem protestantes se refere única e exclusivamente a alguns acontecimentos históricos e de fundo político.
O internauta usa o mesmo argumento dos protestantes mais incultos: a Igreja impedia a leitura da bíblia!
Seria, depois desse absurdo, muita maldade minha afirmar que o movimento carismático é protestante e deixa o pobre católico com uma mentalidade protestante? Acho que não, uma vez que até os argumentos e preconceitos acabam se tornando os mesmos!
A Igreja nunca proibiu a leitura da bíblia. Acontece que, na idade média, eram poucos aqueles que sabiam ler e uma bíblia, normalmente copiada a mão e com ilustrações trabalhosas, era muito cara. Depois Gutenberg inventou a prensa gráfica e isso praticamente coincidiu com a Reforma de Lutero. Resultado: a bíblia passou a ser produzida em massa.
E Gutenberg morava onde? Alemanha! A terra arrasada pela idéia protestante-herética. Lutero uniu a fome com a vontade de comer.
Outro erro do internauta “católico, apostólico, romano e carismático” é achar que a bíblia protestante (a de Lutero) é uma mera tradução da bíblia católica. Lutero iniciou do zero seu projeto bíblico, coletando vários textos e fazendo uma grande pesquisa. Tal pesquisa, contudo, não sobreviveu ao seu caráter. Lutero reconheceu todos os traços da Igreja Católica nas Escrituras, vendo que ela é realmente a única Igreja de Cristo, mas seu caráter (ou melhor, a falta dele) fez com que retirasse alguns livros do cânon bíblico. Fez isso inspirado única e diretamente pelo Espírito do seu próprio orgulho.
Lutero sabia que, se mantivesse a bíblia católica, sua revolução estava condenada, já que o pilar do protestantismo era a leitura da bíblia sob uma ótica individualista e particular. Um dia eles iriam ler tais livros e identificar a Igreja Católica! Lutero queria tirar até o Evangelho de João, mas pensou bem e achou que seria ir muito longe.
Algumas “ovelhinhas” não estão comendo “grama verdinha e pura”, mas veneno amargo! A leitura particular da bíblia é o maior perigo de todos os tempos! Dela nasceram os Adventistas, as Testemunhas de Jeová, os Neopentecostais e os Carismáticos!
Joseph Ratzinger já dizia que a leitura bíblica deve ser feita na Igreja e pela a Igreja. Isso não impede que a pobre ovelhinha leia a bíblia, mas interpretá-la é função da Igreja. A interpretação pessoal é um perigo.


Por isso eu leio na Bíblia Católica escrita a XXI séculos atrás a palávra Batismo no Espírito Santo e creio que a RCC não nasceu de nenhum protestantismo barato, porque esta Bíblia nos pertencia muito antes de Martinho Lutero ter Nascido ou o tal de "** não me lembro o nome dele, Wesley **", ter vivido a sua primeira experiência de Pentecostes que Maria Mãe de Jesus já havia vivido no início da Igreja.
Pentecostalismo é derivado de uma palavra Bíblica Católica, uma festa que os Católicos comemoram 50 dias após a Páscoa " A descida do Espírito Santo", nada de novo, nada de invensionismo protestante, tuto totalmente Católico a XXI seculos, se alguém copiou alguma coisa aqui, não fomos nós "RCC" ou Igreja Católica que vivia isto no passado, basta ler os Atos dos Apóstolos, mas foram eles que nos copiaram e passaram a viver o que a Igreja Católica Vivia no passado. Logo quando aderiram ao Espírito Santo, se é que aderiram mesmo, se tornaram um pouco mais Católicos porque agora poderão ser guiados à toda a verdade que não aceitavam antes e acabarão se tornando Católicos novamente como muitos já fizeram.

O Pentecostes é bem entendido pela Igreja, disso não há dúvida. O problema é que os carismáticos entendem o pentecostes de outra forma, muito mais simplista. Mas reparem que, na opinião do internauta, serão os protestantes que se tornarão “mais católicos” devido ao movimento carismático.
O empirismo prova o contrário. O próprio internauta já adota posturas protestantes e a protestanização de todos os carismáticos é evidente! Tomem posse da bênção, meus irmãos!
Essa adesão que ele se refere não é ao Espírito da Verdade, que desceu no Pentecostes, mas ao espírito da própria pessoa, da própria interpretação.
Onde estão as conversões de protestantes ao catolicismo? 400 mil anglicanos estão vindo em direção à Roma e não por causa da RCC, mas da Tradição Apostólica. Esses 400 mil celebram sua liturgia (embora inválida) na forma tradicional, como o rito tridentino. Os carismáticos fazem isso? E os 3 mil Assírios? Vieram buscando as missas de cura e libertação? Claro que não! A Duqueza de Kent, Tony Blair e o jornalista muçulmano vieram por quê? Para encontrar Jesus Cristo e a Tradição Apostólica da Sua Igreja.
Agora, as conversões do catolicismo da RCC para o protestantismo são muitas! Conheço várias (e são muitas mesmo) que agora estão “louvando o Senhor em templos protestantes”. A maioria era carismática!

Contra-argumento 3 – O dom de Línguas

Me lembro quando meu filho era apenas um bêbe, não conseguia falar nada, só resmungava até que começou a emitir alguns sons que eu não conseguia entender e ele também não. Mas não me lembro de criticá-lo por não saber falar e nem lhe censurei quando ficava conversando a noite inteira sem que eu lhe entendesse nenhuma palavra.
O Espírito Santo, porém, vem em auxílio de nossa fraqueza com gemidos inesprimíveis... ou inefáveis...
A que São Paulo se referia neste caso ? já que ele também disse em I Corintios 14 que gostaria que todos falassem em linguas...
Como você me explicaria, uma mulher Africana que nunca foi a uma escola sequer, mal entendia a existência de outros países que falavam diferente dela, após um retiro íntimo e sem o acompanhamento de nenhum Carismático ou protestante que lhe imfluensiasse, voltou para sua tribo falando sete idiomas diferentes, e hoje traduz palestras para os nativos que nada sabem de Deus, reunindo multidões e evangelizando diretamente através deste dom de linguas.

Uma contradição grave! Na nossa oração há prioritariamente um diálogo entre criatura e Criador, entre filho e Pai. Se oramos em “línguas desconhecidas” Deus, o destinatário da mensagem, permanece como você: sem entender nada! Ficamos lá resmungando, xiralalariando e nada de oração!
Agora como eu explicaria o caso da mulher que você me aponta? Deixe-me ver, deixe-me pensar... Não preciso explicar! Você já deu a resposta e não percebeu!!! Vamos lá.
Repare que você disse que essa mulher fez um “retiro intimo”. Supondo que ela realmente fez um retiro formidável, você dá a resposta quando afirma que ela estava “sem o acompanhamento de nenhum Carismático ou protestante” . Só isso já muda todo o cenário.
Supondo que ela realmente tenha recebido um dom extraordinário, um milagre, então ela volta “para sua tribo falando sete idiomas diferentes” . Que maravilha! Isso é um milagre de fato, um dom verdadeiro. Mas... você disse que ela voltou falando “sete idiomas”. Como pode ser!? Há algum problema, porque o infalivel guia da RCC dentro da CNBB (Dom Alberto) nos diz que:

“É um dom de oração cujo valor, enquanto 'linguagem de louvor', não depende do fato de que um lingüista possa ou não identificá-lo como linguagem no sentido corrente do termo". É uma linguagem a-conceitual, que se "assemelha" às línguas conceituais”

Então o dom da mulher africana é diferente do dom carismático! Já que ela voltou falando sete línguas no sentido pleno, ou seja, são idiomas que nós identificamos e que existem. Já o suposto dom carismático é um resmungar constante e não um idioma ou uma “linguagem conceitual”.
É justamente disso que se tratam os Atos dos Apóstolos (que você leu e não entendeu!). Eles começaram a falar e todos entendiam. Nada de xiralalaieroia!

Contra-argumento 4 – Magistério do Papa e dos Bispos

Você citou palavras de Dom Taveira, sobre Dom de Línguas e Profecia em Línguas e disse: Essa arbitrariedade e subjetividade da suposta “profecia” assemelham-se a tese de Lutero da inspiração direta do Espírito Santo sobre o leigo
Dom Taveira não disse nada de si mesmo, a não ser o que São Paulo escreveu aos Coríntios no Cap 12, 13 e 14,- logo se dirija a São Paulo para reclamar do que ele escreveu.
Tal ARBITRARIEDADE que você disse foi considerada pela Igreja Católica e seus Santos como uma palavra inspirada pelo Espírito Santo de Deus, tanto é que foi incluída como parte da nossa Bíblia Católica, sendo que você agora retiraria este texto de São Paulo porque você não concorda com ele e cairia em pecado grave por retirar não apenas um “til” da palavra de Deus, mas três capítulos completos.
Com suas palavras termino este texto, A Igreja como autêntica Interprete..., bem se vê que esta interpretação que aqui está estampada não foi pronunciada oficialmente em nome da Igreja, porque Dom Alberto é muito mais Igreja que um leigo tradicionalista que só aceita as palavras de um Bispo falecido em estado de afastamento da Igreja oficial comandada pelo atual Papa Bento XVI.

Eu nunca disse que a carta aos Corintios era uma arbitrariedade. Você lê e entende errado e bem errado. Eu nem citei essa carta ou qualquer outra. Se você interpreta errado o que eu escrevo (em linguagem moderna e de internet) o que será que não faz com a bíblia!?
O que eu encarei como arbitrariedade é a besteira levantada por Dom Alberto sobre a suposta profecia de línguas e não a inspiração dos livros da bíblia (de onde você conseguiu tirar isso???). Dom Alberto afirma que algumas “orações em línguas” são na verdade profecias e que certas pessoas (carismáticas) têm o dom de interpretá-las. Veja o absurdo!
Nem quando o assunto são as aparições e as profecias marianas a Igreja dá poder para um leigo interpretar. Só Ela (Igreja) com seu Magistério pode fazer isso! Veja o caso de Fátima (ou melhor, não veja, porque você pode interpretar errado...).
Agora vem um bispo me dizer que “pode”. Francamente! E não são nem profecias de fato, mas puro resmungar.
Você confunde Magistério dos bispos com o dos Papas. O poder de Dom Alberto não chega até mim porque eu não estou sob a mitra dele, ou seja, eu não sou membro da Igreja em Palmas.
Ainda que o meu próprio bispo viesse com uma explicação dessas, eu poderia questionar ao supremo Magistério, que é o Papa, sobre a validade de tal doutrina. Quantas vezes, na história da Igreja, padres e leigos recorreram ao Papa por orientação contra as teses erradas e heterodoxas dos seus bispos!
A nota de Dom Alberto é risível. Ela se propõe explicar sobre “alguns pontos da RCC à CNBB”, mas acaba não explicando nada e confundindo tudo. Admira-me os bispos da CNBB (na verdade, não me admira nada) não terem questionado essa nota. Ela parece ter sido elaborada por um leigo membro da RCC e não por um bispo.
Dom Alberto ao invés de mostrar a fundamentação teológica dos supostos dons da RCC acaba por dizer praticamente “isso é assim, nós cremos que é assim e então deve ser assim”. Não há qualquer base naquele documento, nada! A RCC é dom de Deus porque é e ponto final, praticamente diz a nota.
Depois de elevar Dom Alberto ao ultra-pontificado você me acusa de seguir Dom Marcel Lefebvre, “um Bispo falecido em estado de afastamento da Igreja oficial comandada pelo atual Papa Bento XVI” . Nada mais inoportuno.
Embora eu concorde com ALGUMAS críticas de Dom Marcel, discordo de todo o resto. Não sou, nunca fui e nem serei membro ou leigo da FSSPX. Leia o blog que você verá minha opinião sobre a FSSPX. Prefiro Dom Mayer!
Para você, carismático, todo aquele que discorda da RCC é cismático não é mesmo? Quem diz que a RCC é um erro só pode ser anti-Bento XVI. Cuidado, pois esse Papa pode trazer surpresas desagradáveis para sua “facção” da Igreja.

Contra-argumento 5 – Obediência à CNBB

A recomendação da CNBB é referente ao uso da palavra “vamos executar o Batismo no Espírito Santo”, o qual a RCC hoje não usa mais, dizemos será feito a Efusão no Espírito que não é um Sacramento, é apenas uma oração pedindo a Jesus que nos conceda o que nos foi prometido em Ezequiel 26,36, Jeremias 31,31 e Joel cap 3 , Efésios 4, etc... enquanto que o termo “Batismo no Espírito Santo” apenas explicamos às pessoas o que Ele significa e quem é que nos pode concedê-lo, portanto não desobedecemos o documento 53.

Vamos tomar posse da bênção! Parece até que, nas suas palavras, eu estou ouvindo RR Soares! Por que será?
Será que a RCC não usa mais a expressão Batismo no Espírito Santo? O documento 53 da CNBB é datado de 1994. Tem mais de uma década. Agora vejamos

A Renovação Carismática de Minas está de acordo com a orientação do Conselho Nacional. Estamos retomando o batismo do Espírito Santo como experiência fundante da própria Renovação. (cf. Tácito Coutinho in “Tempo de Celebrar Pentecostes em Minas” disponível em http://www.rccbrasil.org.br/atual/cobertura/noticias.php?cod_cobertura=2695)

O trecho acima é do site oficial da RCC e datado de 20/06/2008. O autor se refere ao Batismo e a Efusão como se fossem a mesma coisa. Não faz qualquer observação quanto à recomendação do Doc. 53 que impede (em tese) o uso do termo “batismo”.

MCS. Você assumiu a coordenação estadual da RCC Minas recentemente, e qual é a lema para esse novo tempo?
Batismo no Espírito Santo. Celebrar Pentecostes é fundamental. Voltar para o Batismo no Espírito Santo voltar para refontizar, foi o que Deus colocou em meu coração e é o que eu tenho procurado fazer. (cf. Tácito Coutinho, ibid)

Um seminario de vida no Espirito sem o batismo no Espirito Santo é a mesma coisa que você se formar e não querer receber o diploma. (cf. Misael in Fórum de Discussão da RCC-Brasil) 13/03/2006

Agora repare na resposta absurda dada por um carismático preocupado com a “possibilidade” de num seminário de vida não existir essa “experiência protestante” do “batismo no Espírito Santo”.

Sugiro que se procure a coordenação diocesano e/ou estadual, se relate a situação para que o Batismo no Espírito seja realidade constante na sua cidade,querida irmã. (cf Edson in Fórum de Discussão da RCC-Brasil) 23/03/2006

Agora, no mesmo forum, o sr. Luis Ricardo nos escreve uma pérola

Caro irmão.
Isto é muito mais sério, e tem acontecido muito por ai sim.
Percebermos muitos irmãos e irmãs que estão a frente de grupos de oração, lideranças, que se quer oram em línguas em grupos !
Isso é muito triste, mas real .
Muitos grupos não tem mas dedicado verdadeiramente ao grande momento da Efusão do Espírito Santo para as pessoas da assembléia durante as reuniões de oração .
Talvez porque eles próprios que estão a frente, estejam precisando de um grande e novo derramamento do Espírito Santo em suas vidas, uma verdadeira RENOVAÇÃO .

Ele usa o termo efusão, como você propõe e a CNBB recomenda. Mas veja que ele diz que esses lideres carismáticos estão precisando de um novo derramamento do Espírito. É a essência do movimento metodista Holiness, pai da RCC. Nada é bom o bastante, tudo precisa ser constantemente renovado, derrubado e refeito, reformado. Assim, acatando a sugestão do sr. Luis Ricardo, haverá uma RCC da RCC. Que absurdo!
Outro absurdo, no mesmo fórum, é o seguinte:

Temos assistido a inverssão, estamos querendo tirar os carismas, e Louvor da Renovação e querendo ensinar teologia. Não que nao tevemos aprender, mas a maioria dos servos são gente simples, como o povo de Deus no Antigo testamento. (cf. Beto Cavalcante in Fórum de Discussão da RCC-Brasil) 05/12/2006

O fundador da Canção Nova, padre Jonas Abib, completa 35 anos de batismo no Espírito Santo nesta quinta-feira, dia 2. O sacerdote recebeu uma oração do Padre Haroldo Hans, que trazia esta novidade dos Estados Unidos, em 1971. O batismo no Espírito é a experiência de manifestação do Espírito Santo no interior de uma pessoa. Acontece com a manifestação do dom de rezar em "novas línguas ", como é relatado na Bíblia, no livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2. (cf. 12º Congresso Mundial das Novas Comunidades in Canção Nova Eventos) 02/11/2006

Como vê caro internauta, essa história de que a RCC não usa mais essa expressão confusa para designar uma experiência subjetiva é conversa fiada! Usa sim e continua confundindo as pessoas.

Contra-argumento 6 – Pirô na batatinha

O fato de dizer, que vivemos algo novo, não é novidade nenhuma, porque o próprio Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre, e o que se viveu ontem não é o mesmo que se vive hoje, e nem se viverá amanhã, a missa de ontem não é a mesma de hoje, mesmo que a de hoje seja exatamente igual a de ontem e o Corpo de Cristo que foi consagrado hoje não seria necessário, uma vez que foi consagrado ontem, mas uma vez que o Corpo é o mesmo se diz apenas que é uma renovação do Sacrifício de Cristo, já que Ele morreu uma vez para sempre, então será um Sacrifício sempre novo e atual. “há mas esqueci que vc não aceita o CV II”.

Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre ou não? Porque segundo a sua afirmação eu acho que não, já que “o que se viveu ontem não é o mesmo que se vive hoje, e nem se viverá amanhã”
Você está começando a mudar os “~” da Bíblia! Cuidado!
Se alguém entendeu a sua declaração sobre o sacramento da Eucaristia, por favor me escreva porque eu não entendi!
Onde essa sua idéia absurda está explicada no Vaticano II? Creio que ela vai contra o Concílio de Trento, o mais “sacramental” dos concílios. E você pode estar em perigo de excomunhão se acredita na sua tese “eucarística” acima. De qualquer forma eu não a entendi.
Creio que você é que não aceita o Vaticano II, inventando teses mirabolantes, lendo e interpretando a bíblia ao seu gosto, etc.

O Fato de se salvaguardar a fé, logicamente é obvio que seja uma obrigação de todos nós, inclusive da RCC, que ensina e prega a palavra muito mais que outros movimentos, devemos usar este dom “Como se diz”, para conduzir o povo em direção aos caminhos indicados pela Igreja Católica, pior seria deixar estas ovelhas sem amparo e desprezadas sem nenhum conhecimento da palavra de Deus susceptíveis à astúcia de qualquer principiante no protestantismo, que arrebataria uma ovelha despreparada com apenas uma palavra, já que o Católico não teria como se defender com a falta de conhecimento da palavra de Deus segundo os princípios Católicos.
Quem dera a RCC fosse católica! Mas o DNA protestante fala mais alto. Posso enquadrá-lo como principiante no protestantismo? Você fica interpretando a bíblia, crendo em histórias absurdas típicas dos protestantes e fica citando Maria ali e acolá como forma, quem sabe, de manter uma certa “fachada” católica. Agora entendo suas colocações de Maria em frases onde a Santíssima Virgem não caberia.

Contra-argumento 7 – Magistério, novamente

Quem é este tal de Magistério da Igreja ?
Porque vejo aqui todo mundo discordando daquilo que a Igreja ensina, discordaram até da palávra de um Bispo, se Ele não representa o Magistério, quem reprensentaria então?
Danilo ? ou Magdália ? Talvéz Dom Marcel Lefebvre ou seria Orlando Fedeli ? Da mesma forma que Li críticas sobre pessoas defendendo Pe. Jonas com unhas e dentes, até mesmo sobre prováveis erros que desconheço, vi a Magdália e outros defendendo o Prof. Orlando Fedeli da mesma forma, até recebi um comentário em meu blog dizendo ser ele um "Fedelíssimo", não fidelíssimo, porque seria totalmente fiel somente a Fedeli e não ao Papa ou a qualquer outro. Erros encontramos em todo lugar.
Mas quando vier o que é perfeito...
Tudo será renovado....
Amem.
In Corde Jesu, Semper.

Ora, ora, ora. Novamente vemos que, segundo o autor dessas pérolas, qualquer opinião emitida por alguém que segue as críticas feitas por Dom Marcel ou pelo Prof. Orlando está automaticamente invalidado dentro da Igreja.
Reafirmo que concordo parcialmente com Dom Marcel, mas não sou um dos seus seguidores. O mesmo vale para o prof. Orlando Fedeli.
Às vezes faço algumas citações do prof. Fedeli, mas eu cito muitas coisas e até de fontes que algumas pessoas não gostam, como Dom Estevão (RIP). Dom Estevão faleceu em comunhão com a Igreja e eu o citei várias vezes nos artigos sobre a RCC. Isso torna minhas críticas válidas?
Foi justamente prevendo reações como essas que só citei pessoas que estão formalmente dentro da comunhão, para evitar que desconsiderassem o argumento devido ao seu autor.
Magdalia é mais próxima de ambos, mas isso também não invalida as críticas que ela faz. Por quê? Porque acima de Fedeli, Marcel ou dom Estevão está o Sucessor de Pedro. Se estivermos com ele, estaremos na barca segura preferida por Cristo.
Mas eu nunca assinei minhas postagens ou e-mails com o In Corde Jesu, Semper típico das postagens do prof. Orlando Fedeli... E agora? Outro nó?
Sobre a “palavra de um bispo”, referindo-se ainda à nota de Dom Alberto, eu discordo mesmo! Discordo como discordo das teses de Ario, Nestório, Melécio ou Fócio, todos membros da hierarquia eclesial do seu tempo e hereges. Dom Alberto não chega à heresia, mas defende algo que surgiu da e na heresia.

Contra-argumento 8 – Dominação Carismática

Eu não sabia que os Carismáticos já são maioria na Igreja a ponto de domina-la por completo, em minha cidade ainda somos minoria e praticamente não dominamos e nem somos dominados por ninguém, apenas convivemos fraternalmente auxiliando uns aos outros. Antes a RCC era perseguida, depois passou a ser tolerada, foi apoiada e até recomendada, mas esta história da RCC dominar a todos é um absurdo por completo.
Então deixe-me contar uma história verídica
Era uma vez a diocese de Piracicaba. Ela tinha um bispo e uma quantidade razoável de padres. Infelizmente a diocese era tomada pela Teologia da Libertação e não havia uma única paróquia que escapasse.
Na Paróquia de Nsa Aparecida, dessa diocese, havia um padre, o primeiro pároco da paróquia. Padre Joaquim era curto e grosso nas homilias, ia direto ao assunto.
Pe. Joaquim construiu com muito esforço o prédio da Matriz. É um prédio austero, simples e, até certo ponto, feio. Parece um templo protestante, mas comparando com outras igrejas o povo da paróquia até que tava no lucro.
No altar havia a toalha, tínhamos duas velas, como manda o missal, mas Pe. Joaquim não gostava muito da casula...
Com Pe. Joaquim não havia a “Equipe de liturgia”, ou melhor, havia, mas era limitada ao pessoal do coro. Toda a liturgia era organizada (não é a melhor palavra, mas serve) pelo Pe. Joaquim e não mudava muito. Na hora da doxologia, Pe. Joaquim parava, nos encarava e dizia bem alto e sem pudor “a parte vocês é só o amém”. Todo mundo respeitava.
Pe. Joaquim faleceu num acidente de carro.
Veio o atual pároco. Carismático.
A paróquia mudou, todo mundo ficou animado e entusiasmado. Começaram as encenações da equipe jovem, bem no meio da missa. Começaram os grandes atos na procissão de entrada, semelhantes aos da basílica de Aparecida (teve até barco no dia 12/10). A arquitetura da matriz mudou; atrás da cruz principal foram colocadas luzes e pedras. Ora ascende verde, ora amarelo... Legal!
Agora se canta “parabéns”, para os aniversariantes da semana, na missa. Começou uma equipe de dança litúrgica, mas não foi pra frente. Ganhamos bateria, chocalho e guitarra elétrica.
O povo estava eufórico.
Uma pequena equipe de carismáticos foi “convidada” a formar a “Equipe de Liturgia”. Estão lá até hoje, garantindo que as reformas que o novo pároco iniciou continuem assim. Os antigos membros do coro deixaram à igreja e percorrem 5 km para assistir a uma missa no centro da cidade.
Essa equipe “carismática” manda na missa. Não existe missal. O que ele vêem nas missas da Canção Nova às 20h, colocam em prática no dia seguinte. E ninguém pode contestar a legalidade desses atos. Quem questiona ou quem diz coisas do tipo “ah, a missa não poderia ser um pouco menos barulhenta” é removido.
Só que o tempo passa. E como o carismatismo é focado no humor das pessoas e não no sagrado de Deus, já está perdendo força. Nessa paróquia já se começa a ouvir frases impensáveis há três ou quatro anos; frases do tipo “no tempo do Pe. Joaquim é que era bom, não tinha bagunça”.
Essa é a história resumida da minha paróquia. Por isso meu bispo endereçou uma carta pedindo aos membros da RCC que não objetivem apenas o crescimento do seu próprio movimento, de forma sectária e proselitista.
Mesmo que os carismáticos não sejam (ainda) a maioria, eles conseguem se colocar em lugares estratégicos, notadamente a pastoral da liturgia das paróquias. Destrua a o culto e você destrói a fé. Houve uma explosão carismática na minha diocese graças aos padres jovens (- de 35 anos) e entusiasmados. Eles implantaram esse movimento aqui e o fortalecem colocando carismáticos como gerentes das suas paróquias. São minoria, mas poderosa. E aí de nós se abrirmos à boca!

Contra-argumento 9 – Liberdade Religiosa


Em relação à excomunhão proposta por Danilo, sabemos que a Igreja hoje não ensina mais tal coisa, sei que é discutível este fato, mas a liberdade religiosa garante uma convivência harmônica entre as diversas denominações religiosas sem ficar promovendo guerra entre os filhos do mesmo Pai, “não gostou do termo” veja – “tenho outras ovelhas que não são deste aprisco, preciso conduzi-las também...”, ainda bem que o meu Pastor é Jesus, se não a resposta seria,
“tá machucada a ovelhinha, não dá recuperação, já esta morta mesmo, que morra logo...”


Que absurdo. Quanto à citação do internauta, novamente vemos a subjetividade da livre interpretação bíblica pregada pela RCC, com origem protestante. Até aqui, só negaria a influência protestante na RCC e o fato desta conduzir inevitavelmente ao protestantismo mais execrável, quem realmente é muito tolo! Os sinais são claros e o nosso irmão internauta pensa e age como protestante, embora afirme que com esse “novo pentecostes” chamado RCC são os protestantes que voltarão para a Igreja Católica. Quanta ilusão.
São 40 anos de RCC e quantas conversões mesmo? Se contarmos o fluxo inverso, da Igreja Católica para as denominações protestantes, então teremos que encarar a realidade e ver que a RCC contribuiu para o Brasil ser, hoje, o maior país neo-pentecostal do mundo! Em 15 ou, sendo otimista, 20 anos o catolicismo será de 30 à 40% da população. Na minha diocese, onde proliferam os carismáticos, já temos o maior índice de protestantes do interior, da ordem de 40% da população.
Vejam a citação completa:

João - Capítulo 10
Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador. 2 Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas.3 Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora. 4 Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz; 5 mas de modo nenhum seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos. 6 Jesus lhes propôs esta parábola, mas eles não compreenderam o sentido daquilo que lhes falava. 7 Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. 8 Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. 9 Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem. 10 O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. 11 Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. 12 O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. 13 O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas.14 Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, 15 assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. 16 Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.

Essa passagem do “um só rebanho” tem sido tema de acaloradas discussões entre os ecumenistas. A verdade é uma só, Jesus é um só (por mais que o nosso internauta creia que ele mudou, já não sendo o mesmo ontem, nem hoje, muito menos sempre). As ovelhas fora do rebanho são aqueles tomadas de assalto, levadas pela heresia e dispersas da unidade com o bom pastor. São também aquelas que ainda não ouviram sua voz, não foram evangelizadas! São ovelhas feridas, mas que são chamadas constantemente pelo Bom Pastor.
A Igreja nunca ensinou que, em nome da tolerância religiosa, se tenha liberdade plena de pertencer à Igreja de Cristo e, depois de conhecê-la, deixá-la sem qualquer conseqüência. A Igreja é o Corpo Místico de Cristo e quem o deixa conscientemente deixa a salvação. Isso a Igreja sempre ensinou.
Por que, caro internauta, tanto medo da excomunhão? Se a Igreja não ensina mais que aderir ao erro protestante (heresia) é caso para tal...
Quem se torna protestante está sim em estado de excomunhão, caso contrário batistas, adventistas, luteranos e membros da IURD poderiam comungar a Eucaristia conosco.
E aqueles que, como o internauta, defendem idéias protestantes, mas estão dentro da Igreja? Deixo isso para os canonistas.

Para finalizar, o que nós, católicos normais, devemos fazer é rezar (em línguas conhecidas) e rezar muito. Na RCC há muito mais problema do que sugere a nossa vã filosofia. Rezemos por todos os membros da RCC; rezemos pelo Papa, para que ele tenha força nas reformas que tão bem farão à Igreja e que sepultarão a RCC de vez. Rezemos pelos cardeais, futuros papas, para continuem a proposta de Bento XVI.

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