Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Papa nomeia novo bispo auxiliar do Rio de Janeiro


monsenhor Luiz Henrique da Silva Brito concluiu em 2005 o mestrado em Teologia Moral, pela Pontifícia Università della Croce, em Roma
Nesta quarta-feira, 29, o Papa Bento XVI nomeou monsenhor Luiz Henrique da Silva Brito, como novo Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro. O Santo Padre acolheu a solicitação do Arcebispo Dom Orani João Tempesta de poder contar com a colaboração de mais um Bispo Auxiliar.

Sua ordenação episcopal será no dia 12 de maio de 2012, sábado, às 8h30, na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Rio de Janeiro.

Até a nomeação, monsenhor Luiz Henrique exercia várias funções na Diocese de Campos (RJ), onde era incardinado e, desde o dia 30 de junho de 2010 era pároco da Paróquia São Benedito, em Campos.

Fluminense de São Gonçalo, nasceu no dia 19 de maio de 1967. Foi ordenado presbítero em 14 de dezembro de 1991.
Em nota, Monsenhor Luiz Henrique manifestou a alegria de integrar a Arquidiocese do Rio de Janeiro, unindo-se ao Arcebispo Metropolitano e aos Bispos Auxiliares.

“Existem grandes desafios evangelizadores em uma metrópole tão grande quanto o Rio de Janeiro, contudo, aqui quero doar-me totalmente em estreita comunhão com o caríssimo Dom Orani, Bispos Auxiliares e Presbíteros, para que o amor de Deus seja conhecido por todos”, afirmou.
Por ocasião da publicação da nomeação, Dom Orani acolheu o novo Bispo Auxiliar, anunciando aos diocesanos a novidade.

“Monsenhor Luiz Henrique, seja bem-vindo ao Rio de Janeiro! Seja bem-vindo como novo Bispo Auxiliar desta histórica e bela metrópole! Seja bem-vindo entre nós! O povo de Deus, que aqui caminha, o acolhe e o abraça!”, salientou o Arcebispo.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Vídeo - As pilastras da doutrina Católica


Historiador Judeu revela: de maneira pessoal e encoberta Pio XII salvou milhares de judeus



O Venerável Papa Pio XII não só ajudou a salvar a quase 900 mil judeus durante a Segunda guerra mundial, mas também ajudou de modo pessoal a vários deles na cidade de Roma, conforme afirma um perito historiador judeu.

Recentemente Gary Krupp conheceu o relato de um judeu cuja família foi resgatada graças à intervenção direta do Vaticano. "Há uma carta incomum, escrita por uma mulher que ainda vive no norte da Itália, quem disse que participou com sua mãe, sua tia e outros parentes em uma audiência com Pio XII em 1947".

Junto de Pio XII estava seu Secretário de estado, o então Dom Giovanni Montini, que seria logo o Papa Pablo VI.
"Sua tia olhou para o Papa e disse: ‘você estava vestido como franciscano’, e olhou para Montini quem estava ao seu lado e lhe disse ‘e você como um sacerdote comum. Vocês foram os que me tiraram do gueto e me levaram ao Vaticano’. Montini disse imediatamente: ‘silêncio, não repitam esta história".

Krupp acredita que estas afirmações são certas porque estão na linha de caráter de Pio XII quem "precisava ver com seus próprios olhos como eram as coisas".

"Costumava a sair em seu carro a ver zonas bombardeadas de Roma, e certamente não tinha medo. Da mesma forma posso imaginá-lo entrando em um gueto para ver o que estava acontecendo", afirma o perito historiador.

Krupp e sua esposa Meredith são os fundadores da Pave the Way Foundation iniciada em 2002 para "identificar e eliminar os obstáculos não teológicos entre as religiões". Em 2006 líderes católicos e judeus lhe solicitaram investigar o "escolho" da reputação do Papa Pio XII durante a guerra. Com este descobrimento, Wall, um nova-iorquino de 64 anos acredita que finalmente obteve um grande avanço.
"Somos judeus. Crescemos odiando o nome de Pio XII. Acreditávamos que era anti-semita, acreditávamos que era um colaborador dos nazistas, todas as coisas que se dizem dele, nós acreditávamos nelas".
Krupp está de acordo com as conclusões de outro historiador judeu e diplomata israelense, Pinchas Lapide, quem afirma que as ações do Papa Pio XII e do Vaticano permitiram salvar aproximadamente 897 mil judeus durante a guerra.

Pave the Way tem 46 mil páginas de documentação histórica que sustenta esta afirmação, que agora oferecem em seu site junto a numerosas entrevistas com testemunhas presenciais e historiadores.

"Acredito que é uma responsabilidade moral, isto não tem nada a ver com a Igreja Católica. Apenas com a responsabilidade judia de reconhecer um homem que na realidade salvou a um enorme número de judeus em todo o mundo enquanto estava rodeado de forças hostis, infiltrado por espiões e sob ameaça de morte".
Krupp explicou que uma das formas desta ajuda foi dada através da rede de nunciaturas apostólicas em todo o mundo com as quais ajudavam judeus perseguidos na Europa. Por exemplo, entre 1939 e 1945 o Vaticano solicitou 800 vistos para entrar na República Dominicana. Esta ação e outras similares permitiram salvar mais de 11 mil judeus só dessa forma.
Pave the Way também tem evidência que demonstra que a reputação que dirigem os inimigos da Igreja sobre o Papa Pio XII nasce como uma conspiração da KGB russa. Um ex-oficial desta instituição, Ion Mihai Pacepa, precisa que tudo foi complô soviético.
Krupp precisa que os comunistas queriam "desacreditar o Papa após sua morte, para destruir a reputação da Igreja Católica e, mais importante para nós, para isolar os judeus dos católicos. Eles tiveram êxito nessas três áreas".
Em sua opinião tudo isto está mudando agora. Quando o escutam falar, diz Krupp, "muitos judeus estiveram extremamente agradecidos. ‘Sinto-me feliz de escutar isso. Nunca quis acreditar isto dele (Pio XII), especialmente nós que o conhecemos".


Fonte: acidigital.com

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O Sacramento da Eucaristia




Continuando a reflexão sobre os sacramentos, ensinados pelo Catecismo da Igreja Católica, chegamos à Sagrada Eucaristia, esta que, juntamente com o Batismo e a Confirmação, faz parte do sacramento de iniciação cristã. Ela que é o misterioso centro de todos estes sacramentos. Portanto, ela é a fonte e o centro de toda a vida cristã.
Esse sacramento é conhecido por diversos nomes, como: Eucaristia, Santa Missa, Ceia do Senhor, Fracção do pão, Celebração Eucarística, Memorial da Paixão, da Morte e da Ressurreição do Senhor, Santo Sacrifício, Santa e Divina Liturgia, Santos Mistérios, Santíssimo Sacramento do altar, Santa Comunhão.
Originalmente a Sagrada Eucaristia era a oração de ação de graças da Igreja primitiva, precedia a consagração do pão e do vinho, posteriormente a palavra foi conferida a toda a celebração da Santa Missa. A Sagrada Eucaristia é o sacramento em que Jesus entrega o Seu Corpo e o Seu Sangue – Ele próprio, por nós, para que também nos entreguemos a Ele em amor e nos unamos a Ele na Sagrada Comunhão. É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até o Seu regresso, confiando assim à Sua Igreja o memorial da Sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna.
Sendo, portanto, a Eucaristia um memorial no sentido que torna presente e atual o sacrifício que Cristo ofereceu ao Pai, uma vez por todas, na cruz, em favor da humanidade. O carácter sacrificial da Eucaristia manifesta-se nas próprias palavras da instituição dela: “Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós” e “este cálice é a nova aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós” (Lc 22,19-20). O sacrifício da cruz e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício. Idênticos são a vítima e Aquele que oferece, diverso é só o modo de oferecer-se: cruento na cruz, incruento na Eucaristia.
A Igreja participa do Sacrifício Eucarístico de forma direta, pois, na Eucaristia, o sacrifício de Cristo torna-se também o sacrifício dos membros do Seu Corpo. A vida dos fiéis, o seu louvor, o seu sofrimento, a sua oração, o seu trabalho são unidos aos de Cristo. Enquanto sacrifício, a Eucaristia é também oferecida por todos os fiéis vivos e defuntos em reparação dos pecados de todos os homens e para obter de Deus benefícios espirituais e temporais. A Igreja do céu está unida também à oferta de Cristo.
Jesus Cristo está presente na Eucaristia de um modo único e incomparável. De fato, está presente de modo verdadeiro, real, substancial: com o Seu Corpo e o Seu Sangue, com a Sua Alma e a Sua Divindade. Nela está presente em modo sacramental, isto é, sob as Espécies Eucarísticas do pão e do vinho, Cristo completo: Deus e homem.
O cristão é chamado, desta forma, a adorar a Eucaristia, por isso a Igreja conserva com a maior diligência as Hóstias Consagradas, leva-as aos enfermos e às pessoas impossibilitadas de participar da Santa Missa, apresenta-as à solene adoração dos fiéis, leva-as em procissão e convida à visita frequente e à adoração do Santíssimo Sacramento conservado no tabernáculo. A Igreja obriga os fiéis a participar da Santa Missa aos domingos e nas festas de preceito, e recomenda a participação dela também nos outros dias. Da mesma forma, a Igreja recomenda aos fiéis que participam da Santa Missa que também recebam, com as devidas disposições, a Sagrada Comunhão, prescrevendo a obrigação de a receber ao menos na Páscoa.
Porém, para receber a Sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja Católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal. Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da reconciliação antes da Comunhão. São também importantes o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com Cristo.
Os frutos da sagrada Comunhão são diversos; ela aumenta a nossa união com Cristo e com a Sua Igreja, conserva e renova a vida da graça recebida no batismo e no crisma, e faz-nos crescer no amor para com o próximo. Fortalecendo-nos na caridade, perdoa os pecados veniais e preserva-nos dos pecados mortais, no futuro. 
Por fim, a Eucaristia nos enche das graças e bênçãos do céu, fortalece-nos para a peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna, unindo-nos desde já a Cristo, sentado à direita do Pai, à Igreja do Céu, a Santíssima Virgem e a todos os santos. A Sagrada Eucaristia é de tal forma a vida dos cristãos que Santo Tomás de Aquino afirmou que ela possui, no fundo, o efeito da transformação do ser humano em Deus, e Santo Inácio de Antioquia ensinou que, nela [Eucaristia], partimos o mesmo pão, que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrermos e, dessa forma, vivermos eternamente em Jesus Cristo. Portanto, o sacrifício de Jesus na cruz torna-se presente durante a consagração do pão e do vinho, ou seja, na Eucaristia, desta forma, os mistérios da Eucaristia são os mistérios do próprio Cristo. Este é um grande dom da nossa fé: crer que, na Eucaristia, Jesus se faz presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.

Quem é Jesus Cristo para mim?


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O Jesus dos Evangelhos é o Jesus real

Essa é uma pergunta que o Papa Bento XVI respondeu no seu livro “Dogma e Anúncio”. O Santo Padre afirmou que: “A partir de Jesus Cristo creio vislumbrar o que é Deus e o que é o homem”. Deus Pai não é só abismo infinito e altura infinita, mas também distância infinita e proximidade infinita. Podemos nos confiar a Ele e falar com Ele, pois Ele nos ouve, vê e ama. “Embora não seja tempo, contudo, tem tempo: também para mim”. Deus se revela em Jesus Cristo quando Este o chama de Pai, e por este mesmo dizer se une intimamente a nós.
Por um lado, o ser humano não é capaz de suportar o homem inteiramente bom, justo, amante da verdade, que não faz mal a ninguém. Quem é assim é crucificado pelo próprio homem. “Assim sou eu também – diz o Santo Padre – esta é a verdade assustadora que vem a mim de Cristo crucificado”. Por outro lado, o homem possui uma natureza capaz de ser expressão de Deus. Além disso, por esta mesma natureza, Deus pode unir-se ao homem.
Tais afirmações têm como fundamento a experiência pessoal do Papa de como Jesus Cristo entrou em sua vida. Ele encontrou Cristo na fé da Igreja, não com um grande personagem do passado, mas com “Alguém que vive e age hoje, que se pode encontrar hoje”. Jesus e a Igreja são inseparáveis e também se identificam. Todavia, Cristo supera infinitamente a Igreja, é o que diz o Concílio de Calcedônia: Ele é o Senhor da Igreja e a sua norma. Isso é, ao mesmo tempo, uma consolação e um apelo. É uma consolação porque Cristo está muito acima das leis e das coisas exteriores, mas também um apelo, pois “Ele exige muito mais do que a Igreja ousa exigir e, ao radicalismo das Suas palavras, só corresponde propriamente o radicalismo de decisões como as que realizaram o patriarca do deserto Santo Antão ou São Francisco de Assis ao aceitarem o Evangelho em sentido completamente literal”.
O Jesus dos Evangelhos é o Jesus real, a quem posso me confiar com tranquilidade. A tradição dos Evangelhos nos dá informações sobre quem Jesus foi e é e, nela, Cristo se faz ouvir e ver sempre de novo. Desta forma, o Senhor continua a se manifestar a quem crê, com a Igreja, sobretudo na oração e nos sacramentos, tendo como destaque a Eucaristia.
Portanto, somente na experiência de fé com a pessoa de Jesus Cristo é possível compreender a radicalidade do chamado do Senhor aos homens. A parábola do jovem rico nos oferece um exemplo de quem não respondeu à voz do Pai e foi embora triste (cf. Mt 19, 22), pois não foi capaz de renunciar àquilo que era quase nada diante da grandeza e da riqueza dos bens celestes.
Para nós fica a pergunta que Cristo fez a Seus discípulos: “E vós”, retomou Jesus, “quem dizeis que eu sou?” (Mt 16, 15). Essa pergunta é fundamental no seguimento a Jesus, pois a resposta que dermos determinará todo o nosso intinerário de seguimento ao Senhor, que continua a chamar a cada um de nós à vivência radical de Seus ensinamentos; pois conforme chamou aquele jovem o Senhor hoje diz a nós: “vem e segue-me” (Mt 19, 21).
Natalino Ueda

Bento XVI e Cúria Romana meditam sobre comunhão e vida


No domingo, o Papa escutou a pregação Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya sobre comunhão e vida
É o fio espiritual da comunhão com Deus, desenvolvido na primeira Carta de São João foi a base da primeira meditação conduzida, no domingo, 26, Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya, Arcebispo de Kinshasa, no Congo.

O arcebispo africano é quem conduz os exercícios espirituais da Quaresma onde participa o Papa Bento XV e toda Cúria Romana. O retiro começou no fim da tarde do domingo, na Capela Redemptoris Mater, no Palácio Apostólico.

Os exercícios espirituais seguem até este sábado, 3, sobre o tema central "A comunhão do cristão com Deus", inspirado na passagem do Evangelho de João, “e a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho, Jesus Cristo” (1,3). No domingo, o título da meditação foi “Comunhão e vida”.

Como o Papa está em retiro, não haverá Catequese nesta quarta-feira, 29. 

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Organizadores da JMJ Rio 2013 pedem oração por visita do Vaticano



Divulgação / JMJ Rio 2013
O encontro será no dia 1º de março, às 19h30, na Igreja de Sant’Ana (Praça Cardeal Leme, 11 – Centro).
A comissão organizadora da JMJ Rio 2013 convida toda juventude para estar em oração pela visita dos membros do Pontifício Conselho para os Leigos.

A sessão que trata dos assuntos dos jovens deste dicastério veio direto do Vaticano para ver o andamento dos preparativos da Jornada Mundial da Juventude que pretende reunir quatro milhões de pessoas de todas as partes do mundo num encontro com o Papa Bento XVI na capital fluminense.

“Vamos aos pés de Jesus Sacramentado interceder pela Jornada Mundial da Juventude Rio2013”, exalta a comissão da JMJ 2013.

O encontro será nesta quinta-feira, 1º de março, às 19h30, na Igreja de Sant’Ana, que está localizada na Praça Cardeal Leme, 11, no centro da cidade.

O Cardeal Stanislaw Rylko, presidente deste pontifício conselho chega ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 27. Ele ficará na cidade durante cinco dias, participando de reuniões com os representantes do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), além de um encontro com representantes de movimentos jovens e comunidades novas do Rio. Na programação, estão previstas visitas aos locais da cidade que poderão receber os eventos oficiais da JMJ Rio2013.

No dia 2 de março, às 11h, o Cardeal Rylko e o Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, concederão uma entrevista coletiva sobre o balanço das atividades realizadas pela Comitiva do PCL durante a visita ao Rio. A coletiva será no edifício João Paulo II, na Glória.

Papa explica como vencer tentações e se aproximar de Deus


Na oração do Angelus deste domingo, 26, o Papa Bento ressaltou que a Quaresma é um momento propício para renovar e melhorar o equilíbrio do nosso re
“O tempo da Quaresma é um momento propício para renovar e melhorar o equilíbrio do nosso relacionamento com Deus, por meio da oração cotidiana, os gestos de penitência e as obras de caridade fraterna”, salientou o Papa Bento VXI na oração do Angelus deste domingo, 26.

Da janela de seu escritório, o Pontífice ressaltou aos fiéis reunidos na Praça São Pedro que, em toda a história da humanidade, sempre houve a tentação de remover  Deus, conduzindo as coisas contando apenas com as habilidades humanas.  De fato, o homem nunca é totalmente livre da tentação, até o fim da vida, mas com paciência e verdadeira humildade, se tornará mais forte do que qualquer inimigo.

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Angelus do Papa Bento XVI - 26/02/2012 


“A paciência e a humildade de seguir todos os dias o Senhor, aprendendo a construir a nossa vida não sem Ele ou como se Ele não existisse, mas Nele e com Ele, porque é a fonte da verdadeira vida”, explicou o Santo Padre.

Jesus proclama que “o tempo se cumpriu e o reino de Deus está próximo” (Mc 1,15). Este anúncio, esclarece o Papa, é acompanhado por uma exigência: corresponder a esse dom tão grande.

“Jesus, de fato, acrescenta: ‘convertei-vos e crede no evangelho’ (Mc 1,15); é o convite a ter fé em Deus e a converter todos os dias nossa vida a Sua vontade, orientando, para o bem, cada ação nossa e cada pensamento”, reforçou.

Mensagem do papa para o 49º Dia Mundial de Oração pelas Vocações



O Vaticano publicou na segunda-feira, 13, a mensagem do papa Bento XVI para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no dia 29 de abril deste ano. Com o tema "As vocações, dom do amor de Deus", o Santo Padre explica qual o sentido da vocação e como ela acontece na vida de cada pessoa."Neste terreno de um coração em oblação, na abertura ao amor de Deus e como fruto deste amor, nascem e crescem todas as vocações", escreveu o Pontífice.Bento XVI também fez um convite para que cada cristão redescubra o amor de Deus e anuncie essa vivencia, principalmente para as novas gerações: "Por isso é preciso anunciar de novo, especialmente às novas gerações, a beleza persuasiva deste amor divino, que precede e acompanha: este amor é a mola secreta, a causa que não falha, mesmo nas circunstâncias mais difíceis", ressaltou.Por fim, o papa pediu que as Pastorais Vocacionais incentivem a descoberta de vocações. Segundo ele: “É tarefa da pastoral vocacional oferecer os pontos de orientação para um percurso frutuoso”.Bento XVI também enfatizou o papel da Igreja na construção de diferentes vocações e encorajou os agentes de pastorais para que conduzam cada fiel a mergulhar na beleza do chamado de Deus.Leia a íntegra da mensagem do Papa Bento XVI para o 49º Dia Mundial de Oração pelas Vocações:Amados irmãos e irmãs!O XLIX Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no IV domingo de Páscoa – 29 de Abril de 2012 –, convida-nos a refletir sobre o tema «As vocações, dom do amor de Deus».A fonte de todo o dom perfeito é Deus, e Deus é Amor – Deus caritas est –; «quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele» (1 Jo 4, 16). A Sagrada Escritura narra a história deste vínculo primordial de Deus com a humanidade, que antecede a própria criação. Ao escrever aos cristãos da cidade de Éfeso, São Paulo eleva um hino de gratidão e louvor ao Pai pela infinita benevolência com que predispõe, ao longo dos séculos, o cumprimento do seu desígnio universal de salvação, que é um desígnio de amor. No Filho Jesus, Ele «escolheu-nos – afirma o Apóstolo – antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em caridade na sua presença» (Ef 1, 4). Fomos amados por Deus, ainda «antes» de começarmos a existir! Movido exclusivamente pelo seu amor incondicional, «criou-nos do nada» (cf. 2 Mac 7, 28) para nos conduzir à plena comunhão consigo.À vista da obra realizada por Deus na sua providência, o salmista exclama maravilhado: «Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a Lua e as estrelas que Vós criastes, que é o homem para Vos lembrardes dele, o filho do homem para com ele Vos preocupardes?» (Sal 8, 4-5). Assim, a verdade profunda da nossa existência está contida neste mistério admirável: cada criatura, e particularmente cada pessoa humana, é fruto de um pensamento e de um ato de amor de Deus, amor imenso, fiel e eterno (cf. Jer 31, 3). É a descoberta deste fato que muda, verdadeira e profundamente, a nossa vida.Numa conhecida página das Confissões, Santo Agostinho exprime, com grande intensidade, a sua descoberta de Deus, beleza suprema e supremo amor, um Deus que sempre estivera com ele e ao qual, finalmente, abria a mente e o coração para ser transformado: «Tarde Vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e fora de mim Vos procurava; com o meu espírito deformado, precipitava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco. Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria, se não existisse em Vós. Chamastes-me, clamastes e rompestes a minha surdez. Brilhastes, resplandecestes e dissipastes a minha cegueira. Exalastes sobre mim o vosso perfume: aspirei-o profundamente, e agora suspiro por Vós. Saboreei-Vos e agora tenho fome e sede de Vós. Tocastes-me e agora desejo ardentemente a vossa paz» (Confissões, X, 27-38). O santo de Hipona procura, através destas imagens, descrever o mistério inefável do encontro com Deus, com o seu amor que transforma a existência inteira.Trata-se de um amor sem reservas que nos precede, sustenta e chama ao longo do caminho da vida e que tem a sua raiz na gratuidade absoluta de Deus. O meu antecessor, o Beato João Paulo II, afirmava – referindo-se ao ministério sacerdotal – que cada «gesto ministerial, enquanto leva a amar e a servir a Igreja, impele a amadurecer cada vez mais no amor e no serviço a Jesus Cristo Cabeça, Pastor e Esposo da Igreja, um amor que se configura sempre como resposta ao amor prévio, livre e gratuito de Deus em Cristo» (Exort. ap. Pastores dabo vobis, 25). De fato, cada vocação específica nasce da iniciativa de Deus, é dom do amor de Deus! É Ele que realiza o «primeiro passo», e não o faz por uma particular bondade que teria vislumbrado em nós, mas em virtude da presença do seu próprio amor «derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo» (Rm 5, 5).Em todo o tempo, na origem do chamamento divino está a iniciativa do amor infinito de Deus, que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. «Com efeito – como escrevi na minha primeira Encíclica, Deus caritas est – existe uma múltipla visibilidade de Deus. Na história de amor que a Bíblia nos narra, Ele vem ao nosso encontro, procura conquistar-nos – até à Última Ceia, até ao Coração trespassado na cruz, até às aparições do Ressuscitado e às grandes obras pelas quais Ele, através da ação dos Apóstolos, guiou o caminho da Igreja nascente. Também na sucessiva história da Igreja, o Senhor não esteve ausente: incessantemente vem ao nosso encontro, através de pessoas nas quais Ele Se revela; através da sua Palavra, nos Sacramentos, especialmente na Eucaristia» (n.º 17).O amor de Deus permanece para sempre; é fiel a si mesmo, à «promessa que jurou manter por mil gerações» (Sal 105, 8). Por isso é preciso anunciar de novo, especialmente às novas gerações, a beleza persuasiva deste amor divino, que precede e acompanha: este amor é a mola secreta, a causa que não falha, mesmo nas circunstâncias mais difíceis.Amados irmãos e irmãs, é a este amor que devemos abrir a nossa vida; cada dia, Jesus Cristo chama-nos à perfeição do amor do Pai (cf. Mt 5, 48). Na realidade, a medida alta da vida cristã consiste em amar «como» Deus; trata-se de um amor que, no dom total de si, se manifesta fiel e fecundo. À prioresa do mosteiro de Segóvia, que fizera saber a São João da Cruz a pena que sentia pela dramática situação de suspensão em que ele então se encontrava, este santo responde convidando-a a agir como Deus: «A única coisa que deve pensar é que tudo é predisposto por Deus; e onde não há amor, semeie amor e recolherá amor» (Epistolário, 26).Neste terreno de um coração em oblação, na abertura ao amor de Deus e como fruto deste amor, nascem e crescem todas as vocações. E é bebendo nesta fonte durante a oração, através duma familiaridade assídua com a Palavra e os Sacramentos, nomeadamente a Eucaristia, que é possível viver o amor ao próximo, em cujo rosto se aprende a vislumbrar o de Cristo Senhor (cf. Mt 25, 31-46). Para exprimir a ligação indivisível entre estes «dois amores» – o amor a Deus e o amor ao próximo – que brotam da mesma fonte divina e para ela se orientam, o Papa São Gregório Magno usa o exemplo da plantinha: «No terreno do nosso coração, [Deus] plantou primeiro a raiz do amor a Ele e depois, como ramagem, desenvolveu-se o amor fraterno» (Moralia in Job, VII, 24, 28: PL 75, 780D).Estas duas expressões do único amor divino devem ser vividas, com particular vigor e pureza de coração, por aqueles que decidiram empreender um caminho de discernimento vocacional em ordem ao ministério sacerdotal e à vida consagrada; aquelas constituem o seu elemento qualificante. De fato, o amor a Deus, do qual os presbíteros e os religiosos se tornam imagens visíveis – embora sempre imperfeitas –, é a causa da resposta à vocação de especial consagração ao Senhor através da ordenação presbiteral ou da profissão dos conselhos evangélicos. O vigor da resposta de São Pedro ao divino Mestre – «Tu sabes que Te amo» (Jo 21, 15) – é o segredo duma existência doada e vivida em plenitude e, por isso, repleta de profunda alegria.A outra expressão concreta do amor – o amor ao próximo, sobretudo às pessoas mais necessitadas e atribuladas – é o impulso decisivo que faz do sacerdote e da pessoa consagrada um gerador de comunhão entre as pessoas e um semeador de esperança. A relação dos consagrados, especialmente do sacerdote, com a comunidade cristã é vital e torna-se parte fundamental também do seu horizonte afetivo. A este propósito, o Santo Cura d’Ars gostava de repetir: «O padre não é padre para si mesmo; é-o para vós» [Le curé d’Ars. Sa pensée – Son cœur ( ed. Foi Vivante - 1966), p. 100].Venerados Irmãos no episcopado, amados presbíteros, diáconos, consagrados e consagradas, catequistas, agentes pastorais e todos vós que estais empenhados no campo da educação das novas gerações, exorto-vos, com viva solicitude, a uma escuta atenta de quantos, no âmbito das comunidades paroquiais, associações e movimentos, sentem manifestar-se os sinais duma vocação para o sacerdócio ou para uma especial consagração.É importante que se criem, na Igreja, as condições favoráveis para poderem desabrochar muitos «sins», respostas generosas ao amoroso chamamento de Deus.É tarefa da pastoral vocacional oferecer os pontos de orientação para um percurso frutuoso. Elemento central há de ser o amor à Palavra de Deus, cultivando uma familiaridade crescente com a Sagrada Escritura e uma oração pessoal e comunitária devota e constante, para ser capaz de escutar o chamamento divino no meio de tantas vozes que inundam a vida diária. Mas o «centro vital» de todo o caminho vocacional seja, sobretudo, a Eucaristia: é aqui no sacrifício de Cristo, expressão perfeita de amor, que o amor de Deus nos toca; e é aqui que aprendemos incessantemente a viver a «medida alta» do amor de Deus. Palavra, oração e Eucaristia constituem o tesouro precioso para se compreender a beleza duma vida totalmente gasta pelo Reino.Desejo que as Igrejas locais, nas suas várias componentes, se tornem «lugar» de vigilante discernimento e de verificação vocacional profunda, oferecendo aos jovens e às jovens um acompanhamento espiritual sábio e vigoroso. Deste modo, a própria comunidade cristã torna-se manifestação do amor de Deus, que guarda em si mesma cada vocação. Tal dinâmica, que corresponde às exigências do mandamento novo de Jesus, pode encontrar uma expressiva e singular realização nas famílias cristãs, cujo amor é expressão do amor de Cristo, que Se entregou a Si mesmo pela sua Igreja (cf. Ef 5, 25).Nas famílias, «comunidades de vida e de amor» (Gaudium et spes, 48), as novas gerações podem fazer uma experiência maravilhosa do amor de oblação. De fato, as famílias são não apenas o lugar privilegiado da formação humana e cristã, mas podem constituir também «o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada pelo Reino de Deus» (Exort. ap. Familiaris consortio, 53), fazendo descobrir, mesmo no âmbito da família, a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada. Que os Pastores e todos os fiéis leigos colaborem entre si para que, na Igreja, se multipliquem estas «casas e escolas de comunhão» a exemplo da Sagrada Família de Nazaré, reflexo harmonioso na terra da vida da Santíssima Trindade.Com estes votos, concedo de todo o coração a Bênção Apostólica a vós, veneráveis Irmãos no episcopado, aos sacerdotes, aos diáconos, aos religiosos, às religiosas e a todos os fiéis leigos, especialmente aos jovens e às jovens que, de coração dócil, se põem à escuta da voz de Deus, prontos a acolhê-la com uma adesão generosa e fiel.Vaticano, 18 de Outubro de 2011Papa Bento XVI
Fonte: site da Conferência dos Bispos do Brasil, em 13 de Fevereiro de 2012.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Dentro de um mês Bento XVI chega à América Latina



Arquivo
Bento XVI chegará ao México no dia 23 de março
De 23 a 28 de março, o Papa Bento XVI irá realizar uma viagem histórica a dois países relativamente distintos: México, um dos países mais católicos do mundo e Cuba, país socialista que desde 1992 alterou a sua denominação religiosa de ateu para Estado Laico, apesar de possuir maioria católica.
Bento XVI é o segundo Pontífice a visitar Cuba depois de João Paulo II, que, em 1998, recebeu o convite da Igreja local e do governo do País.
A um mês da visita, a América Latina aguarda ansiosa a chegada do Santo Padre, que cumpre sua segunda viagem apostólica internacional à América Latina, depois de ter visitado o Brasil, em 2007.
Em 12 de dezembro de 2011, o Sumo Pontífice celebrou uma Missa na Basílica de São Pedro, no dia de Nossa Senhora de Guadalupe para lembrar os 200 anos de independência do Continente.
Em entrevista à Rádio Vaticana, Gusman Carrichiry, secretário da Pontifícia Comissão para América Latina, explicou qual o caráter dessa visita, que promete reforçar a fé do povo latino e incentivar o envio para a nova evangelização do Continente.
"É significativo e simbólico que o coração da visita do Santo Padre ao México seja a Missa que presidirá no dia 24 de março justamente na Praça do Bicentenário. Esta será a ocasião para o Papa se dirigir explicitamente a toda a América Latina. (...) A visita a Cuba do 'peregrino da caridade', como foi chamado pelos bispos de Cuba, terá um caráter jubilar mariano, já que serão celebrados os 400 anos da descoberta da imagem da Virgem do Cobre. A presença de Maria é importante em todos esses lugares", destacou.

Analfabetismo religioso é um problema para a Igreja, diz Papa



Montagem sobre fotos / Reuters e Rádio Vaticano
Párocos de Roma foram recebidos pelo Papa Bento XVI no Vaticano
O Papa Bento VXI se encontrou na manhã desta quinta-feira, 23, com os párocos de Roma, um encontro tradicional no inicio da Quaresma. Bento XVI apresentou uma lectio divina centrada no capitulo IV da Carta de São Paulo aos Efésios.

Para o Santo Padre, um grande problema para a Igreja atual é o analfabetismo religioso, enfatizou o Papa. Por isso a Igreja precisa apropriar-se novamente do conteúdo da fé.

“Não como pacote de dogmas, devemos fazer tudo, para nos renovarmos e fazer de maneira que Cristo seja conhecido”, salientou aos párocos.

Bento XVI deteve-se também sobre aqueles que se definem fiéis adultos, porque emancipados do Magistério da Igreja. Na realidade, o resultado não é uma fé adulta, mas uma dependência da opinião do mundo.

“A verdadeira emancipação  é libertar-se desta ditadura das opiniões e acreditar no Filho de Deus. Só assim, concluiu, somos capazes de responder aos desafios do nosso tempo”, afirmou.

Segundo o Pontífice, o grande sofrimento na Europa, no Ocidente para a Igreja é a falta de vocações. “Mas o Senhor chama sempre. É preciso ouvir esta chamada”, disse ele destacando que os padres devem ser humildes, mansos e magnânimos.

“Quando sou humilde tenho também a liberdade de estar em contraste com o pensamento dominante. Esta humildade dá-me a capacidade da verdade. E é por isso que na Igreja precisamos saber aceitar também mansões pequenas, mas grandes aos olhos de Deus”, ressaltou.Durante o encontro o Papa entregou aos párocos das várias dioceses de Roma o texto intitulado “Escolhido por Deus para os homens”. Trata-sede uma regra de vida, fruto do Ano Sacerdotal, um traçado espiritual, um guia ideal oferecido a todos os padres romanos para que cresçam na alegria da vocação comum e na unidade do sacerdócio.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Quaresma: Um caminho para o discipulado!






          Amados Irmãos e irmãs,
Chegamos ao final de mais um carnaval, para alguns foram momentos de muita agitação; já para outros foram dias e momentos de recolhimento para a escuta da Palavra de Deus. Eis que se inicia mais um tempo litúrgico em nossa Igreja, o tempo da Quaresma; tempo em que somos chamados para uma profunda reflexão da nossa própria vida, de pedir perdão pelos nossos erros; tempo de uma verdadeira mudança de vida para assim melhor servir e amar ao Cristo Jesus.
Que neste tempo bastante rico na vida da nossa Igreja, possamos nos preprar de formar ímpar para que possamos participar plenamente da Ceia do Cordeiro Pascal que se imolou por cada um de nós naquela cruz, derramando seu sangue para a redenção de toda a humanidade. Assim ai abrir este grandioso tempo, marcado pela imposição das cinzas, possamos reconhecer a nossa fragilidade enquanto pecadores, e reconhecer que há alguém que foi e é maior do que nós mesmos.
Por isso meus amados irmãos(as), em todo este tempo da Quaresma o próprio Jesus nos convida para a vivencia da Penitência, da oração e do jejum, para que assim possamos dizer plenamente unidos ao coro dos Anjos: Kyrie Eleison! 
E neste convite que Jesus nos faz a vivermos a Penitência, a oração e o jejum; ao mesmo instante somos convocados pela Igreja do Brasil a lutarmos para uma melhor qualidade de vida para o nosso povo mais sofredor. Este ano clamando por mais saúde, uma saúde digna através dos objetivos desta Campanha da Fraternidade - 2012. Vivenciarmos estes getos concretos é uma das grandes formas de viver bem a esta Quaresma: Procurando estar com os mais pobres, com os marginalizados, buscando assim para que eles tenham mais acesso a esta vida plena e abundante que Cristo Jesus quer para cada um de nós.
Sem dúvidas estes é um dos melhores caminhos para melhor viver e gardar a Palavra doSenhor que fala em nossos corações e facilitando nós próprios reconhecermos nossas limitações, erros e faltas e ousando dizer: Kyrie Eleison!


Vinícius Caíque da S. Bezerra        

 

Papa envia mensagem para a Campanha da Fraternidade 2012

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“Que a saúde se difunda sobre a terra" (cf. Eclo 38,8): este é o lema da Campanha da Fraternidade 2012, que será lançada oficialmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nesta quarta-feira, 22. Em mensagem enviada nesta Quarta-feira de Cinzas ao presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno Assis, o Papa Bento XVI salientou que “para os cristãos, de modo particular, o lema bíblico é uma lembrança de que a saúde vai muito além de um simples bem estar corporal”.
O Pontífice disse esperar que esta Campanha possa inspirar no coração dos fiéis e das pessoas de boa vontade uma solidariedade cada vez mais profunda para com os enfermos, que tantas vezes sofrem "mais pela solidão e abandono do que pela doença”.
“Ajudando-lhes ao mesmo tempo a descobrir que se, por um lado, a doença é prova dolorosa, por outro, pode ser, na união com Cristo crucificado e ressuscitado, uma participação no mistério do sofrimento Dele para a salvação do mundo”, explicou o Papa.
Bento XVI enfatizou que oferecendo o sofrimento a Deus por meio de Cristo, é possível colaborar na vitória do bem sobre o mal, porque Deus torna fecunda a oferta, o ato de amor de cada um.
"Associando-me, pois, a esta iniciativa da CNBB e fazendo minhas as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias de cada um, saúdo fraternalmente quantos tomam parte, física ou espiritualmente, na Campanha ‘Fraternidade e Saúde Pública’”, afirmou.

Fonte: PasCom da Diocese de Caruaru.

Quaresma, tempo de descobrir que o amor é possível



Em poucos dias, na Quarta-feira de Cinzas, começaremos um período litúrgico importante da nossa fé católica: a Quaresma. O tempo quaresmal, eminentemente penitencial, em preparação para a Páscoa, é o propício momento em que todos nós, fiéis batizados, somos convidados a intensificar a vida de oração, penitência e caridade, com realce especial ao jejum e à abstinência. Contudo, só se compreende a Quaresma por intermédio do olhar de um Deus, que se encarna, morre e ressuscita por amor a cada um de nós. Isso mesmo, Deus mergulha na epopeia e tragédia da vida humana para nos resgatar das correntes do pecado e dar-nos a vida eterna.
A Quaresma está intimamente conectada com o desejo de felicidade e infinito, latentes em cada coração humano. Sem ela não se entende o ser cristão, sem ela não se entendem os mistérios da indigência e da grandeza humana. Constata-se por muitos espaços da vida humana um mar de tristezas e frustrações. A depressão, segundo dizem, é o mal de nosso século. Nunca sentimos tanta falta de infinito, e nunca estivemos tão presos ao efêmero, ao passageiro, ao transitório, àquilo que não gera relações humanas, valorizando demasiadamente o virtual e nos esquecendo do real, da dor, das misérias, da pobreza, da violência e das misérias morais que relativizam o belo e o sagrado e geram a cultura do descartável.
O que impede o coração humano de encontrar a felicidade? Muitas são as respostas, muitos estudos são apresentados diariamente nos meios de comunicação. Buscam-se explicações psicológicas, sociais, econômicas, políticas, entre outras. Mas são poucos os que chegam ao fundo do problema. A verdadeira e plena felicidade só será alcançada quando passarmos pela via quaresmal, caminho de purificação e penitência, que nos liberta, por meio da graça, dos grilhões do pecado.
O pecado é o maior obstáculo. Infelizmente, estamos imersos numa cultura que o comercializa. O mais triste é que, ao buscar a felicidade, a humanidade parece afundar-se cada vez mais no lodo e morre sufocada pelo veneno do pecado, que destrói almas e sonhos. E é a própria sociedade que promove esse tipo de vida, se questiona dos porquês dessas realidades que contaminam o orbe sem se importar com as condições econômicas ou sociais das pessoas.
A maior alienação é a incapacidade de perceber o quanto o ser humano se quebra quando se entrega ao pecado. Existe uma desintegração espiritual que se manifesta na sociedade e prolifera em estruturas. Ele nasce pessoal e, em proporção com a matéria, gravidade e circunstâncias, gera o mal social.
O reconhecimento de nossas misérias e fraquezas diárias é o primeiro passo para o encontro profundo consigo mesmo e com Deus. O pecado é a desintegração da nossa natureza e aliena nossa vida da realidade eterna a qual todos nós somos chamados. A penitência não é masoquismo, mas reconhecer de modo concreto e visível a nossa indigência e necessidade. Ela nos coloca no caminho do perdão, que é o resgate da unidade perdida pelo mal. O salmo penitencial 51(50) exclama, com beleza poética, o drama do pecado e a recuperação do Rei Davi. A primeira coisa que o pecado ataca é nossa consciência, ou seja, a capacidade de perceber e distinguir o mal e o bem. O Rei Davi possui a graça de ter um grande amigo, o profeta Natã. Este, sem medo das consequências e guiado pela força do Espirito Santo, o [Davi] acusa do seu pecado. A paz e a felicidade voltam ao rosto do rei de Israel apenas quando ele reconhece e deseja reparar o mal cometido.
O pecado nos coloca no sono mais profundo e nos impede de encontrar a paz que deve reinar em nossas vidas. Só por intermédio da paz, que nasce do encontro com Cristo misericordioso, ao nos arrependermos, poderemos encontrar a felicidade. Os verdadeiros amigos são aqueles que nos ajudam a despertar e a ver a realidade em toda sua complexidade, como fez Natã com Davi. Eles são capazes disso não porque sabem mais ou são mais capacitados, mas, sim, porque nos amam. Como está escrito em Eclesiástico: “O amigo fiel é poderoso refúgio, quem o descobriu, descobriu um tesouro” (Eclo 6,14).
A crise de felicidade está proporcionalmente relacionada com uma crise de amizade. Poucos encontram verdadeiros amigos. Muitas vezes, não sabemos ser bons amigos. Neste clima de preparação para a Jornada Mundial da Juventude, que será sediada na cidade do Rio de Janeiro, conclamo ao jovem: desperte com o encontro com Cristo, o dom da amizade. Não se pode ser cristão sozinho. Jovem evangeliza jovem. Com razão impacta, positivamente, milhões de pessoas a participação nas Jornadas Mundiais da Juventude, no encontro com Cristo juntamente com o Santo Padre o Papa. Nessas jornadas, os jovens descobrem que a amizade já existe entre eles, pois todos possuem em comum o grande Amigo Jesus Cristo, Aquele que nunca nos abandona.
Dizem que hoje as pessoas não querem se relacionar, desejam apenas se “conectar”, pois é mais fácil colocar o outro em “off”. O medo de criar laços sólidos brota, em muitos casos, da incerteza do amor. O pecado apaga de nossas vidas a certeza de que é possível amar. A fragmentação de nosso ser, oriunda do pecado, nos impede de confiar no outro.
Assim, neste importante tempo de Quaresma despertemos novamente o nosso desejo de felicidade. Purifiquemos nossas almas do pecado, que obstaculiza o encontro com Cristo, Amigo capaz de nos guiar com passos seguros. Como o Rei Davi, peçamos a Deus piedade por nossos pecados. Não tenhamos medo de reconhecer nossas transgressões.
Deus conhece nosso ser, ama a verdade e nos ensina a sabedoria. Ele nos dá a felicidade, o júbilo e nos purifica de todas as iniquidades, fazendo-nos “mais brancos do que a neve”. Sobretudo, Deus cria em cada um de nós um coração novo com a ajuda da penitência e do perdão sacramental. A via quaresmal, bem vivida, despertará em nós um espírito firme e devolverá o júbilo da salvação (cf. Sal 51).
Que nesta Quaresma tenhamos a coragem de fazer uma passagem profunda de purificação do pecado para a graça, no caminho bonito do itinerário do seguimento e discipulado do Redentor!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Dom Fernando acolhe e apóia católicos que assistem à Missa Tridentina


Jorge Ferraz, Claudemir Júnior, Emílio Filho, Hugo Siqueira, Simone Montfort, Dom Fernando Saburido, Gustavo Souza, Família Gonçalves (Glauco, Daniele e João Lucas ao colo), Coronel Heráclito.


Profundamente abalados com o fim da celebração da Missa Tridentina em Recife, alguns católicos – uma comissão representativa dos fiéis que há anos assistem esta missa – tiveram uma audiência esta manhã, perto das dez horas, com Sua Excelência Reverendíssima Dom Fernando Saburido, na Cúria Metropolitana. Enquanto alguns entraram para a audiência episcopal, outros ficaram do lado de fora aguardando o seu desfecho.

Das mais diversas faixas etárias (de crianças de colo a senhores de mais de cinqüenta anos), de diversas paróquias da Arquidiocese, estes fiéis foram respeitosamente apresentar a Sua Excelência a sua perplexidade com o fim da celebração da Santa Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano.

Levamos testemunhos dos frutos que têm sido alcançados por meio desta Missa. Famílias foram formadas em torno a ela; crianças, neste rito, foram batizadas. Pessoas afastadas da Igreja há décadas encontraram-se, finalmente, na celebração do Santo Sacrifício do Altar segundo as rubricas antigas, e voltaram à prática da Religião Verdadeira ao verem a piedade deste rito e ao serem nutridas pelas homilias do reverendíssimo padre que a celebrava.

Manifestamos todo o nosso amor e a nossa solidariedade para com o sacerdote, pe. Nildo, “diretor espiritual de alguns, confessor permanente de muitos e pai espiritual de todos”. Testemunhamos a sua fidelidade ao sacerdócio, o seu amor à Igreja, a sua dedicação àqueles que a Divina Providência lhe confiou. Um exemplo de sacerdote, sem sombra de dúvidas, pelo qual sempre agradecemos a Deus em privado e em favor do qual, hoje, falamos abertamente diante do Metropolita.

Queixamo-nos das incompreensões com as quais nós, católicos ditos “tradicionalistas” desta Arquidiocese, somos tratados. Das insinuações de que provocamos divisão no rebanho, passando pelas acusações de sermos fechados e avessos ao diálogo, e chegando até a calúnias gratuitas como a de ensinarmos que “a Sé de Pedro está vacante”. Queixamo-nos, de tudo isso, ao Arcebispo Metropolitano, que nos ouviu amável e paternalmente.

Reafirmamos o nosso mais ardente amor à Igreja e o nosso desejo sincero de estarmos em comunhão incondicional com o Santo Padre, o Vigário de Cristo na Terra, e com o nosso bispo em comunhão com o Papa. Rejeitamos todas e cada uma das acusações injustas que nos eram feitas. Afirmamos que os excessos, se os há, devem ser tratados como casos particulares que são – e não aplicados por meio de generalizações absurdas a todos os fiéis que se nutrem da espiritualidade tradicional da Igreja.

Somos provavelmente – como foi colocado para o senhor Arcebispo – o mais heterogêneo grupo de católicos desta Arquidiocese. De paróquias distantes (alguns inclusive de outras cidades e municípios), de atividades pastorais diversificadas (há pessoas que são catequistas, que fazem pastoral com drogados, que realizam missões, etc.), tendo em comum o amor à Santa Missa celebrada em Sua Forma Extraordinária. Não queremos senão ser católicos.

Sua Excelência nos concedeu a sua compreensão e a sua solicitude de Pastor. Disse que tínhamos o seu apoio. Garantiu-nos que iria intervir para que a Santa Missa na Forma Extraordinária continuasse a ser celebradaDeo Gratias. Solidarizou-se com as nossas queixas, e prometeu-nos tomar providências a fim de que cessem as perseguições e animosidades. Despedimo-nos, rogando a sua bênção e reafirmando a nossa filial submissão àquele que foi designado pelo Santo Padre para nos pastorear.

Obrigado, Dom Fernando Saburido, pelo apoio dado aos católicos  tradicionais desta Arquidiocese. Obrigado, Dom Fernando Saburido, pelo apoio concedido à Santa Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano.

Qual o sentido da celebração das Cinzas?


A Quarta-feira de Cinzas foi instituída há muito tempo na Igreja; marca o início da Quaresma, tempo de penitência e oração mais intensa. Para os antigos judeus se sentar sobre as cinzas já significava arrependimento dos pecados e volta para Deus. As Cinzas bentas e colocadas sobre as nossas cabeças nos fazem lembrar que vamos morrer; que somos pó e que ao pó da terra voltaremos (cf. Gn 3, 19) para que nosso corpo seja refeito por Deus de maneira gloriosa para não mais perecer.

A intenção deste sacramental é levar-nos ao arrependimento dos pecados, marcando o início da Quaresma; e fazer-nos lembrar que não podemos nos apegar a esta vida achando que a felicidade plena possa ser construída aqui. É uma ilusão perigosa. A morada definitiva é o céu.

A maioria das pessoas, mesmo os cristãos, passa a vida lutando para "construir o céu na terra". É um grande engano. Jamais construíremos o céu na terra; jamais a felicidade será perfeita no vale em que o pecado transformou num vale de lágrimas. Devemos, sim, lutar para deixar a vida na terra cada vez melhor, mas sem a ilusão de que ficaremos sempre aqui.

Deus dispôs tudo de modo que nada fosse sem fim aqui nesta vida. Qual seria o desígnio do Senhor nisso? A cada dia de nossa vida temos de renovar uma série de procedimentos: dormir, tomar banho, alimentar-nos, etc... Tudo é precário, nada é duradouro, tudo deve ser repetido todos os dias. A própria manutenção da vida depende do bater interminável do cora­ção e do respirar contínuo dos pulmões. Todo o organismo repete, sem cessar, suas operações para a vida se manter. Tudo é transitório... nada eterno. Toda criança se tornará um dia adulta e, depois, idosa. Toda flor que se abre logo estará murcha; todo dia que nasce logo se esvai... e assim tudo passa, tudo é transi­tório.

Por que será? Qual a razão de nada ser duradouro? Com­pra-se uma camisa nova e, logo, já está surrada; compra-se um carro novo e, logo, ele estará bastante rodado e vencido por novos modelos, e assim por diante.

A razão inexorável dessa precariedade das coisas também está nos planos de Deus. A marca da vida é a renovação. Tudo nasce, cresce, vive, amadurece e morre. A razão profunda dessa realidade tão transitória é a lição cotidiana que o Senhor nos quer dar de que esta vida é apenas uma passagem, um aperfeiçoamento, em busca de uma vida duradoura, eterna, perene.

Em cada flor que murcha e em cada homem que falece, sinto Deus nos dizer: "Não se prendam a esta vida transitória. Preparem-se para aquela que é eterna, quando tudo será duradouro, e nada precisará ser renovado dia a dia."

E isso mostra-nos também que a vida está em nós, mas não é nossa. Quando vemos uma bela rosa murchar é como se ela estivesse nos dizendo que a beleza está nela, mas não lhe pertence.

Ainda assim, mesmo com essa lição permanente que Deus nos dá, muitos de nós somos levados a viver como aquele homem rico da parábola narrada por Jesus. Ele abarrotou seus celeiros de víveres e disse à sua alma: "Descansa, come, bebe e regala-te" (Lc 12,19b); ao que o Senhor lhe disse: "Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma" (Lc 12,20).

A efemeridade das coisas é a maneira mais prática e cons­tante encontrada por Deus para nos dizer, a cada momento, que aquilo que não passa, que não se esvai, que não morre, é aquilo de bom que fazemos para nós mesmos e, principalmente, para os outros. Os talentos multiplicados no dia a dia, a perfei­ção da alma buscada na longa caminhada de uma vida de me­ditação, de oração, de piedade, essas são as coisas que não passam, que o vento do tempo não leva e que, finalmente, nos abrirão as portas da vida eterna e definitiva, quando "Deus será tudo em todos" (cf. 1 Cor 15,28).

A transitoriedade de tudo o que está sob os nossos olhos deve nos convencer de que só viveremos bem esta vida se a vivermos para os outros e para Deus. São João Bosco dizia que "Deus nos fez para os outros". Só o amor, a caridade, o oposto do egoísmo, pode nos levar a compreender a verdadeira di­mensão da vida e a necessidade da efemeridade terrena.

Se a vida na terra fosse incorruptível, muitos de nós jamais pensarí­amos em Deus e no céu. Acontece que o Todo-poderoso tem para nós algo mais excelente, aquela vida que levou São Paulo a exclamar:

"Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (1 Cor 2,9).

A corruptibilidade das coisas da vida deve nos convencer de que Deus quer para nós uma vida muito melhor do que esta - uma vida junto d'Ele. E, para tal, o Senhor não quer que nos acostumemos com esta [vida], mas que busquemos a outra com alegria, onde não have­rá mais sol porque o próprio Deus será a luz, nem haverá mais choro nem lágrimas.

Aqueles que não creem na eternidade jamais se confor­marão com a precariedade desta vida terrena, pois sempre so­nharão com a construção do céu nesta terra. Para os que creem a efemeridade tem sentido: a vida “não será tirada, mas transformada”; o "corpo corruptível se revestirá da incorrupti­bilidade" (cf 1Cor 15,54) em Jesus Cristo.

Santa Teresinha não se cansava de exclamar:

“Tenho sede do Céu, dessa mansão bem-aventurada, onde se amará Jesus sem restrições. Mas, para lá chegar é preciso sofrer e chorar; pois bem! Quero sofrer tudo o que aprouver a meu Bem Amado, quero deixar que Ele faça de sua bolinha o que Ele quiser”.

São Paulo lembrou aos filipenses: “Nós somos cidadãos do Céu!. É de lá que também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Ele transformará nosso corpo miserável, para que seja conforme o seu corpo glorioso, em virtude do poder que tem de submeter a si toda a criatura” (Fl 3, 20-21).

A esperança do Céu e da Sua glória fazia o Apóstolo dizer:

“Os olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Cor 2,9).

E essa esperança lhe dava as forças necessárias para vencer as tribulações: “Tenho para mim que os sofrimentos da vida presente não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada” (Rom 8,18).

Este é o sentido das Cinzas.



Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

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