Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Masturbação é pecado!!!!



Há uma forte tendência para se dizer que masturbação é uma coisa normal e sadia, porém para a Igreja é uma desordem sexual além de um pecado grave, contra o 6º Mandamento (Não pecar contra a Castidade).
Um dos principais argumentos a favor dessa prática seria um suposto alto conhecimento, para conhecer o próprio corpo, porém o correcto seria o homem e a mulher, os dois juntos, se conhecerem depois do casamento. Na Bíblia o verbo conhecer também é utilizado para designar relação sexual "Adão conheceu Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu à luz Caim" (Gênesis 4,1). Portanto a masturbação pode ser considerada sexo praticado fora do casamento.

A masturbação (também conhecida como AUTO ESTUPRO!!!) é um acto egoísta e sem propósito, que com o tempo se torna um vício repulsivo muito difícil de ser controlado, podendo até causar:
- Nos homens: ejaculação precoce, impotência sexual e até poderia causar cancer de prostata.

http://www.portalpower.com.br/males-da-masturbacao/
http://hypescience.com/masturbacao-pode-levar-a-cancer-de-prostata/

- Nas mulheres: frigidez, secura vaginal e infecções causadas pelos objetos utilizados.

É considerada uma poluição moral e não pode ser uma coisa normal, porque mesmo um adolescente que não crê em Deus ou não pratica qualquer tipo de religião, tem sempre a sensação de estar fazendo algo errado, o nome disso é voz da consciência, que Deus nos deu para termos o discernimento do certo e do errado, por causa desse sentimento de culpabilidade é que tem tanta gente perguntando sempre se é errado, se é normal.
Análise Psicológica

O grande estudioso da sexualidade humana, Sigmund Freud afirmou que a masturbação é um vício solitário (uma vez que a outra pessoa só existe na imaginação), tratava a questão como um problema remanescente da sexualidade infantil (quando a criança se toca para conhecer seu próprio corpo) e acreditava que o sexo deveria ser vivido por um homem e uma mulher maduros.
Freud pensava que a masturbação deveria ser abandonada na vida adulta, na medida em que o sujeito transitasse plenamente do auto-erotismo e do narcisismo para as relações objetais amorosas. Via a masturbação como uma persistência do erotismo infantil ligado ao complexo de Édipo, o que a deixava irremediavelmente tingida pela culpa.
A prática obsessiva, principalmente se acompanhada de ausência do desejo sexual e desinteresse pelas relações normais, é considerada pelos psicólogos como um transtorno comportamental, situação em que a pessoa já não sabe porque faz aquilo, até com a vontade de parar e não consegue, podendo ser utilizada como substituta para a falta de satisfação social, compensação de uma timidez, incapacidade de se relacionar com parceiros(as) ou para aliviar tensões e ansiedades.

Análise Bíblica

"9.Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos,
10. nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus.
11. Ao menos alguns de vós têm sido isso. Mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus.
12. Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma. (não me deixarei dominar por nenhum vício)
13. Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos: Deus destruirá tanto aqueles como este. O corpo, porém, não é para a impureza, mas para o Senhor e o Senhor para o corpo: (nosso corpo pertence a Deus, é templo do Espírito Santo)
14. Deus, que ressuscitou o Senhor, também nos ressuscitará a nós pelo seu poder.
15. Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, então, os membros de Cristo e os farei membros de uma prostituta? De modo algum! (também poderia usar dos membros de Cristo para masturbação?)
16. Ou não sabeis que o que se ajunta a uma prostituta se torna um só corpo com ela? Está escrito: Os dois serão uma só carne (Gn 2,24).
17. Pelo contrário, quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito.
18. Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo.
19. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis?
20. Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo."
(I Coríntios 6,9-20)

Portanto não há como Glorificar a Deus em seus corpos se as pessoas se entregarem a uma prática tão impura!
"19. Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem...
24. Pois os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências.
25. Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito."
(Gálatas 5,19.24-25)

Mas o que torna um homem impuro?
Jesus disse:
"Respondeu-lhes: Sois também vós assim ignorantes? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode tornar impuro,
19. porque não lhe entra no coração, mas vai ao ventre e dali segue sua lei natural? Assim ele declarava puros todos os alimentos. E acrescentava:
20. Ora, o que sai do homem, isso é que mancha o homem.
21. Porque é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos,
22. adultérios, cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e insensatez.
23. Todos estes vícios procedem de dentro e tornam impuro o homem."
(Marcos 7,18-23)
A masturbação é um vício que torna o homem (no caso, o ser humano) impuro, porque é impossível que tenha bons pensamentos quando tem tais práticas. Por essa razão está intimamente associado ao vício da pornografia.
Mesmo entre os casais casados está errado, como comprova a passagem:
"3. O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido.
4. A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa."
(I Coríntios 7,3-4)
Catecismo
"§2352 Por masturbação se deve entender a excitação voluntária dos órgãos genitais, a fim de conseguir um prazer venéreo. "Na linha de uma tradição constante, tanto o magistério da Igreja como o senso moral dos fiéis afirmaram sem hesitação que a masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado." Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade. Aí o prazer sexual é buscado fora da "relação sexual exigida pela ordem moral, que realiza, no contexto de um amor verdadeiro, o sentido integral da doação mútua e da procriação humana".

Para formar um justo juízo sobre a responsabilidade moral dos sujeitos e orientar a acção pastoral, dever-se-á levar em conta a imaturidade afectiva, a força dos hábitos contraídos, o estado de angústia ou outros factores psíquicos ou sociais que minoram ou deixam mesmo extremamente atenuada a culpabilidade moral. "

Para se livrar do vício:
- Seja constantemente vigilante com seus pensamento, procure pensamentos puros, fuja da pornografia e de todo tipo de imagens ou leituras que possam estimular a imaginação nesse sentido.
-Evite periodos muito longos de ociosidade, dormir de dia, ficar sozinho(a) muito tempo, etc.
- Fuja das ocasiões de pecado. ("Se o pecado está à direita vá para a esquerda!" São Padre Pio)
-Exercite a virtude do alto domínio.
- Não dê ouvidos para pessoas que tem mentalidade mundana e consideram masturbação uma coisa normal.
- Busque a Santidade e a Castidade.
- Seja persistente, se cai, se confesse e volte a lutar!
-Tenha uma vida activa de oração. Através da oração Deus nos liberta de todo o mal.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Pequeninos como crianças



Por: Eduardo Moreira

Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham (Mt 19, 14 B).
As crianças possuem um ar de pureza e inocência. Embora sejam humanas, herdeiras do pecado pela natureza corrompida, as crianças são, muitas vezes, inocentes em suas atitudes.
Algo que chama a atenção é a simplicidade do mundo das crianças. Sem apegos à vida material e às preocupações mundanas, as crianças conseguem uma intimidade muito grande com Deus. Em sua inocência, as crianças conseguem se aproximar quase perfeitamente do Altíssimo.
Nesse sentido, Jesus nos diz que quem não se assemelhar às crianças não entrará no Reino dos Céus. Na vida espiritual, devemos ser simples e nessa simplicidade Deus nos preenche, nos faz transbordar e inflama nosso espírito.
Um dos maiores santos de todos os tempos, São Francisco de Assis, viveu a simplicidade de tal forma que se desprendeu completamente das coisas materiais. A matéria foi útil para fortalecê-lo através das privações e do sofrimento da carne. Quanto mais São Francisco sofria, quanto mais se esmagava e submetia seu corpo às privações, maior se tornava seu espírito.
São Francisco levou a cabo a passagem da Escritura, “buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça que todas essas coisas lhes serão dadas por acréscimo” (Mt 6, 33) . Até do que lhe foi dado por acréscimo esse santo se desfez e hoje, esse tão pequeno e maltrapilho ser humano, se tornou certamente o mais lembrado santo de todos os tempos. De fato, quando falamos em um santo, nos vêm logo a imagem de São Francisco de Assis, o adulto com coração de criança.
É evidente que todos têm diferentes chamados e não são todos, mesmo se tratando de consagrados, que têm o chamado do total abandono. Entretanto, a simplicidade de espírito que tinha o santo de Assis, todos nós devemos ter.
Interessante é que certa vez eu estava em um retiro espiritual e houve um momento para todos partilharem o que sabiam acerca de vida de oração, a importância do auto-sacrifício e tantas outras coisas. Surpreendentemente havia lá duas crianças que estavam sempre falando com admirável acerto sobre as coisas de Deus. Todos na sala ficaram boquiabertos.
É claro, não havia muita profundidade teológica nos pronunciamentos daquelas crianças, mas havia uma inspiração Divina enorme. Isso é bom para que lembremo-nos dos tempos de criança, das vezes em que nos aproximamos de Deus de coração aberto para acolher o que Ele tinha para nos dizer.
Em verdade, enquanto não apresentarmos a Deus um coração sem reservas e uma consciência sensível, não conseguiremos nos elevar até Ele.


quarta-feira, 19 de junho de 2013

A Virtude da Castidade




Todos nós somos chamados a viver a Castidade e a buscar a Santidade. Mas o que seria Castidade?

"§2345 A castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo...

§2348 Todo batizado é chamado à castidade. O cristão "se vestiu de Cristo", modelo de toda castidade. Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta segundo seu específico estado de vida. No momento do Batismo, o cristão se comprometeu a viver sua afetividade na castidade."

§2349 "A castidade há de distinguir as pessoas de acordo com seus diferentes estados de vida: umas na virgindade ou no celibato consagrado, maneira eminente de se dedicar mais facilmente a Deus com um coração indiviso; outras, da maneira como a lei moral determina, conforme forem casados ou celibatários." As pessoas casadas são convidadas a viver a castidade conjugal; os outros praticam a castidade na continência....

C.15.8 Coração puro e castidade

§2518 A sexta bem-aventurança proclama: "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mt 5,8). A expressão "puros de coração" designa aqueles que entregaram o coração e a inteligência às exigências da santidade de Deus, principalmente em três campos: a caridade, a castidade ou a retidão sexual, o amor à verdade e à ortodoxia da fé. Existe um laço de união entre a pureza do coração, do corpo e da fé:

Os fiéis devem crer nos artigos do símbolo, "para que, crendo, obedeçam a Deus; obedecendo, vivam corretamente; vivendo corretamente, purifiquem seu coração; e, purificando o coração, compreendam o que crêem".

§2520 O Batismo confere àquele que o recebe a graça da purificação de todos os pecados. Mas o batizado deve continuar a lutar contra a concupiscência da carne e as cobiças desordenadas. Com a graça de Deus, alcançará a pureza de coração:

-pela virtude e pelo dom da castidade, pois a castidade permite amar com um coração reto e indiviso;

-pela pureza de intenção, que consiste em ter em vista o fim verdadeiro do homem; com uma atitude simples, o batizado procura encontrar e realizar a vontade de Deus em todas as coisas;

-pela pureza do olhar, exterior e interior; pela disciplina dos sentimentos e da imaginação; pela recusa de toda complacência nos pensamentos impuros que tendem a desviar do caminho dos mandamentos divinos: "A desperta a paixão dos insensatos" (Sb 15,5);

-pela oração.

§2532 A purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar.

C.15.10 Espírito Santo na origem da virtude da castidade

§1832 Os frutos do Espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós como primícias da glória eterna. A Tradição da Igreja enumera doze: "caridade, alegria, paz, paciência, longanimidade, bondade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência e castidade" (Gl 5,22-23 vulg.).

§2341 A virtude da castidade é comandada pela virtude cardeal da temperança, que tem em vista fazer depender da razão a paixões e os apetites da sensibilidade humana.

§2395 A castidade significa a integração da sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal.

Vida Consagrada e Castidade

§915 Os conselhos evangélicos, em sua multiplicidade, são propostos a todo discípulo de Cristo. A perfeição da caridade à qual todos os fiéis são chamados comporta para os que assumem livremente o chamado à vida consagrada a obrigação de praticar, a castidade no celibato pelo Reino, a pobreza e a obediência. E a profissão desses conselhos em um estado de vida estável reconhecido pela Igreja que caracteriza a "vida consagrada" a Deus.

§944 A vida consagrada a Deus caracteriza-se pela profissão pública dos conselhos evangélicos de pobreza, de castidade e de obediência em um estado de vida permanente reconhecido pela Igreja."

Texto retirado do Catecismo da Igreja Católica
Vale a pena ressaltar Castidade não é a mesma coisa de Celibato, como muita gente pensa. Cada um é chamado a viver a castidade de acordo com seu estado de vida. A castidade consiste em trabalhar bem a afectividade de maneira que seja equilibrada, bem resolvida e canalizada, podendo-se conviver com o sexo oposto, de maneira pura, sem malícias e tratar as pessoas com respeito e amizade.
Casamento e Castidade
Os casados são chamados a serem fiéis, ser fiel é ser casto, no caso do matrimónio. É ter fidelidade aos compromissos assumidos no casamento. Também os conjugues devem manter o leito conjugal sem mancha, que seria a pureza de suas intenções e a honestidade de seu trato, num contexto de cumplicidade e de amor verdadeiro. Devem cumprir fiel e sinceramente o dever conjugal, pois tudo o que serve para a transmissão da vida é, não só lícito, como louvável.

Castidade dos Solteiros

Para o solteiro, castidade, pela sua abrangência conceptual, tem, o sentido de manter-se virgem (casto, puro), até o casamento. Viver em continência, com pureza de intenção e de pensamentos, cultivando os valores da amizade e do respeito.
Os namorados devem procurar conhecer um ao outro interiormente, ou seja, a personalidade, a maneira de pensar e de agir, de reagir nas situações da vida, os sentimentos, e não o corpo, no sentido sexual.
Segundo a moral cristã a castidade purifica o amor e o eleva, é a melhor forma de compreender e sobretudo de valorizar o amor.

Virtudes Auxiliares da Castidade
- O pudor (sentinela de defesa da castidade);
- A humildade: faz desconfiar de si mesmo e confiar em Deus, fugindo do pecado;
- A vigilância constante: deve-se vigiar sempre os pensamentos e sentimentos, para agir com pureza de intenção e não pecar;
- A mortificação: o jejum e outras penitências ajudam a exercitar a virtude do auto controlo;
- A laboriosidade: aplicação nos estudo e cumprimento das próprias obrigações, que previne os males e perigos decorrentes da ociosidade. "Cabeça vazia, oficina do diabo";
- A caridade: ou seja o amor de Deus, que, enchendo o coração o desocupa de afectos desordenados (Deus caritas est);
- A piedade: virtude que leva à devoção e à oração. Nós católicos cultivamos a devoção à Virgem Maria como protectora da virtude da castidade e também a denominamos de "Santa Pureza".

As Ofensas Graves Contra a Castidade

- luxúria: constitui uma busca desordenada do prazer venéreo, vício do sexo, uma vez que é buscado exclusivamente por si mesmo;
- masturbação: acto gravemente desordenado;
- fornicação: as relações sexuais fora do matrimónio e as relações pré-matrimoniais;
- homossexualidade: é contraria à lei natural, fecha o ato sexual ao dom da vida;
- pornografia: desnaturaliza a finalidade do ato sexual e coisifica as pessoas;
- prostituição;
- violação ou estupro;
- pedofilia;
- o incesto.

A SOCIEDADE ACTUAL ESTÁ TÃO IMPREGNADA NA LAMA DA EROTIZAÇÃO, DA BANALIZAÇÃO DO SEXO E DA PORNOGRAFIA QUE NÃO ENTENDE O VALOR DO AUTO DOMÍNIO, DA TEMPERANÇA, DA CASTIDADE E DA PUREZA...

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Santa Maria, MAE DE DEUS!!



Catecismo:

Mãe de Deus
§ 466 A heresia nestoriana via em Cristo uma pessoa humana unida à pessoa divina do Filho de Deus. Diante dela, São Cirilo de Alexandria e o III Concílio Ecumênico, reunido em Éfeso em 431, confessaram que "o Verbo, unindo a si em sua pessoa uma carne animada por uma alma racional, se tornou homem[a30] ". A humanidade de Cristo não tem outro sujeito senão a pessoa divina do Filho de Deus, que a assumiu e a fez sua desde sua concepção. Por isso o Concílio de Éfeso proclamou, em 431, que Maria se tornou de verdade Mãe de Deus pela concepção humana do Filho de Deus em seu seio: "Mãe de Deus não porque o Verbo de Deus tirou dela sua natureza divina, mas porque é dela que ele tem o corpo sagrado dotado de uma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne[a31] ".

A MATERNIDADE DIVINA DE MARIA

§495 Denominada nos Evangelhos "a Mãe de Jesus" (João 2,1;19,25[a32] ), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito, desde antes do nascimento de seu Filho, como "a Mãe de meu Senhor" (Lc 1,43). Com efeito, Aquele que ela concebeu Espírito Santo como homem e que se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus (Theotókos[a33] ).

§509 Maria é verdadeiramente "Mãe de Deus", visto ser a Mãe do Filho Eterno de Deus feito homem, que é ele mesmo Deus."

MARIA:


É A Mãe de Deus

Se Cristo é a segunda pessoa da Santissima Trindade e se Deus é uno e trino, logo, Maria é verdadeiramente a Mãe de Deus. No evangelho "a Mãe do meu Senhor" (Lc 1,43 ).

É A Mãe de Todos os Homens
Se somos todos filhos de Deus, em Jesus, também somos filhos de Maria, mãe de Jesus.

"Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa"(Jo 19,26-27).
Foi Concebida sem Pecado (Imaculada Conceição)
Maria é conhecida como Santa Pureza, porque como a Suma pureza de Deus poderia nascer do impuro? Por isso ela foi escolhida "bendita és tu entre as mulheres" (Lc 1,42) e preservada de toda mancha do pecado original. Maria concebeu pelo Espírito Santo sem a cooperação do homem. Por isso o Anjo a saúda: "Ave, cheia de Graça (Cheia de Deus), o Senhor é contigo..." (Lc 1,28).

É Sempre Virgem

Maria deu a luz o seu Filho sem qualquer violação da sua integridade virginal, assim como o sol atravessa uma janela de vidro sem quebrá-la. Após o nascimento de Jesus, Maria permaneceu Virgem. O facto de Maria não ter tido mais filhos (os versículos que falam nos irmãos de Jesus se referem aos seus primos) indica que ela nunca se uniu a José, seu marido.
"O Senhor disse-me: Este pórtico ficará fechado. Ninguém o abrirá, ninguém aí passará, porque o Senhor, Deus de Israel, aí passou; ele permanecerá fechado."
(Ez 44,2)
E no Novo Testamento é confirmado o que os profetas predisseram: Maria concebe virginalmente pela ação do Espírito Santo. (Lc 1,27-31).
Por onde Jesus passou, ninguém passa.

Foi Assunta aos Ceus
Quando chegou a hora de sua morte Maria adormeceu suavemente no Senhor, depois ressuscitou e foi levada gloriosamente em corpo e alma para o Céu. Deus quis assim para que Maria participasse de maneira singular na ressurreição de Jesus e é também uma antecipação da ressurreição de todos os cristãos.

É Rainha

"1. Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.
2. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz.
3. Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas.
4. Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho.
5. Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono.
6. A Mulher fugiu então para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias." (Ap 12,1-6).

Está bem claro nessa passagem que a mulher é Maria, mãe de Jesus, que perseguida pelo demonio, fugiu para o deserto. E tinha na cabeça uma COROA de 12 estrelas, o que quer dizer que ela foi coroada no Ceu. Recebeu a coroa da Gloria, assim como os santos receberam e os santos no fim dos tempos também receberão. Jesus disse:
"quando o Filho do Homem estiver sentado no trono da glória, vós, que me haveis seguido, estareis sentados em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel." (Mt 19,28)
Se os apostolos de Jesus merecem tais honras o que não merecera a Mãe de Jesus?
Havia uma "vaga" no Céu, deixada por "aquele que não queria servir", Lucifer. E essa "vaga" foi preenchida por Maria.

"9. Ao vê-la, as donzelas proclamam-na bem-aventurada, rainhas e concubinas a louvam.
10. Quem é esta que surge como a aurora, bela como a lua, brilhante como o sol, temível como um exército em ordem de batalha?" (Ct 6,9-10)

Esta passagem também se refere a Maria, porque ela é a "bem aventurada", "bendita entre as mulheres". Se as rainhas a louvam, ela também merecia esse título.

É A Nova Eva
Com a entrada do pecado no mundo Deus precisou enviar um Novo Adão, Jesus Cristo para nos salvar e o fez através de uma Nova Eva, Maria.
“Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar”(Gn 3,15).
Esta mulher é Maria. O próprio Jesus tratava-a pelo nome de "mulher" (Jo2,4;19,26) numa clara referência à essa passagem do Génesis.

É Medianeira
“... assunta aos céus, não abandonou este mundo salvífico, mas, por sua múltipla intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna(...) Por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira (LG 62)”(§ 969).

Ela intercede por nós, como uma pessoa querida ora por nós, ela também pede a Jesus pelas nossas necessidades, assim como intercedeu nas Bodas de Caná:

“Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não têm vinho. Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou.
Disse, então, sua mãe aos serventes: Fazei o que ele vos disser”(Jo 2,3-5).

E ela sempre indica o caminho para o seu Filho, como quando disse: "fazei o que ele vos disse". Ninguém vai ao Pai senão por Jesus, porém Maria e os santos intercedem junto a Jesus. Quando uma pessoa ora a Jesus por outra pessoa, faz o mesmo que Maria faz, intercede junto a Jesus. Porém grande é o apelo que tem junto ao coração de um filho o pedido de sua mãe!

Referindo-se à Mãe de Jesus, diz s. Agostinho: “Santa Maria fez a vontade do Pai e a fez inteiramente; por isso vale mais para Maria ter sido discípula de Jesus do que sua Mãe. Feliz era Maria, porque antes de gerá-lo, já o trazia em seu coração”. Eis a grandeza de Maria, modelo de fé para todos nós!

Santa Maria, rogai por nós!

domingo, 9 de junho de 2013

A VIDA RELIGIOSA CONSAGRADA

1) DESENVOLVENDO O TEMA

Com a expressão Vida Religiosa Consagrada nos referimos a certos cristãos – homens e mulheres – que vivem uma forma especial de seguimento a Jesus Cristo. Vivem em comunidade. Cultivam a oração. Meditam a Palavra de Deus. E participam na missão evangelizadora da Igreja, com especial atenção aos que foram os preteridos de Jesus; pobres, enfermos, pequenos...Os que abraçam essa forma de vida, não casam, vivem pobremente, e obedecem a regra e constituições próprias do Instituto a que pertencem.
Olhando mais de perto. A Vida Religiosa é uma forma de pertença a Deus e a Cristo, uma adesão amorosa ao Evangelho e ao Reino de Deus. Pode parecer estranho, mas a iniciativa dessa escolha não é da pessoa, mas de Deus. A pessoa sente-se chamada, atraída, envolvida pelo amor de Deus que a solicita. E a certa altura a pessoa se dá conta que esse amor é tudo, vale tudo, merece tudo, está acima de tudo. E então “se rende”. Entrega-se, deixa-se conduzir, coloca-se ao seu dispor: “Senhor, que queres que eu faça?”
Este processo – que tem sabor de enamoramento mas também de luta crucial – culmina na consagração. A consagração, mais do que gesto humano, e gesto de Deus, dom de sua graça, obra de seu amor. A ponto de o consagrado poder dizer como Jeremias: “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir. Foste mais forte do que eu e me venceste no teu amor!” (Jer 20,7).
Vida Consagrada é, pois, vida no seguimento de Cristo, que implica partilha de sua vida, seus riscos e esperanças, suas preocupações, seu projeto existencial, suas atitudes vitais e totais, entre elas, a da castidade, pobreza e obediência.
São Francisco e Santa Clara apontam como centro de sua regra: observar o Santo Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo e seguir suas pegadas. E as pegadas de Jesus levam na direção do povo, exercitam na convivência fraterna, na missão apostólica, na prática da misericórdia.

2) APROFUNDANDO O ASSUNTO

• “A vida e regra dos irmãos é observar o Santo Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, vivendo em obediência, sem propriedade e em castidade” (RB 1). Assim começa a Regra de Vida de São Francisco de Assis. Veja se esta afirmação expressa algo do que foi dito acima.
• Jesus disse a certo jovem: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue- me”. E um pouco mais adiante completa: “Todo aquele que, por minha causa, deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terra ou casa, receberá cêntuplo e possuirá a vida eterna” (Mt 19, 21.29). Como lhe ressoam no coração estes textos do Evangelho?

EIS-ME AQUI, SENHOR

Eis-me aqui, Senhor!
Eis-me aqui, Senhor!
Pra fazer tua vontade,
Pra viver do teu amor.
Pra fazer tua vontade,
Pra viver do teu amor.
Eis-me aqui, Senhor!
O Senhor é o pastor que me conduz,
Por caminhos nunca vistos me ensinou
Sou chamado a ser fermento, sal e luz
E por isso respondi: aqui estou!
Ele pôs em minha boca uma canção
Me ungiu como profeta e trovador
Da história e da vida do meu povo
E por isso respondi: aqui estou!
Ponho minha confiança no Senhor,
Da esperança sou chamado a ser sinal,
Seu ouvido se inclinou ao meu clamor
E por isso respondi: aqui estou!

REFLETINDO E RESPONDENDO

1) Tente reunir em algumas frases o que você entende por Vida Consagrada.
2) Tomas de Celano ao referir-se à Francisco de Assis diz que ele - "possuía Jesus de muitos modos: levava Jesus sempre no coração, Jesus na boca, Jesus nos ouvidos, Jesus nos olhos, Jesus nas mãos, Jesus em todo seu corpo" (1Cel 115). A propósito, como é que você testemunha Cristo pela vida?

O frade capuchinho perfeito



 Quando quis apresentar o “frade perfeito” ou o “franciscano modelo”, S. Francisco disse que eras preciso juntar num só as melhores qualidades de cada um dos seus companheiros, a saber: a fé de frei Bernardo, a simplicidade e a pureza de frei Leão, a afabilidade de frei Ângelo, a presença distinta e o bom senso de frei Masseu, a perfeitíssima contemplação de frei Gil, a actividade constante e virtuosa de frei Rufino, a paciência de frei Junípero, o vigor corporal e espiritual de frei João dos Louvores, a caridade de frei Rogério e a inquietação de frei Lucílio (ver Espelho de Perfeição, 85).
Tal como na lista das bem-aventuranças, no rol dos santos e beatos Capuchinhos há irmãos que brilharam pela oração, pela caridade, pela solidariedade com os pobres e as causas da paz e da justiça, pelo ardor apostólico e missionário, pelo ensino da Sagrada Escritura, pela devoção à Virgem Maria… Houve analfabetos como S. Félix de Cantalício (o 1º de todos) e doutores como S. Lourenço de Brindes; uns foram ministros-gerais da Ordem, outros foram porteiros, esmoleiros, cozinheiros, hortelãos e sapateiros; uns dedicaram-se ao apostolado do confessionário e morreram de morte natural no convento, como o padre Leopoldo e o padre Pio; outros viveram entre povos inóspitos, e foram martirizados.
Em Outubro de 1983, João Paulo II comentou: «Dizem que vós, os Capuchinhos, sois pobres. Não é verdade; sois riquíssimos: vós tendes os santos.» Nesta página apresentamos-lhe a nossa maior riqueza, também ao alcance da sua bolsa… espiritual!


terça-feira, 4 de junho de 2013

Momentos do Postulantado Capuchinho - 2013


Alguns momentos de vivência no Postulantado Capuchinho em Natal-RN - 2013. PRONEB








O Culto aos Santos



"O culto dos Santos (no sentido de honrar, homenagear, respeitar) e a estima de suas relíquias são contestadas pelos protestantes; os discípulos de Lutero julgam haver nisto graves desvios doutrinários, que eles atribuem à Tradição católica. Mas essa prática é plenamente justificada pela Tradição cristã mais antiga, apoiada na Bíblia, desde o Antigo Testamento. Com a certeza de que os Santos já estão no Céu, a Igreja, sempre assistida pelo Espírito Santo (cf Jo 16, 12-13), já nos seus primeiros tempos, começou a prestar veneração particular àqueles falecidos que tiveram uma vida confessando Jesus Cristo, especialmente pelo martírio.

O culto de veneração (NÃO É ADORAÇÃO) dos Santos foi até o século XVI prática tranqüila e óbvia entre os cristãos. Note bem, durante dezesseis séculos não houve contestação a esta prática. O Concílio de Trento (1545-1563) confirmou a validade e importância deste culto, ao mesmo tempo que ensinou a evitar abusos e mal-entendidos muitas vezes enraizados na religiosidade popular. Também o Concílio do Vaticano II (1963-65) reiterou esta doutrina, mostrando o aspecto cristocêntrico e teocêntrico do culto aos santos.

A comunhão entre os membros do povo de Deus não é extinta com a morte; ao contrário, o amor fraterno é liberto de falhas devidas ao pecado na outra vida, o que faz esta união mais forte.

Deus, que gera esta comunhão, proporciona aos Santos no céu o conhecimento de nossas necessidades para que eles possam interceder por nós, como intercederiam se estivessem na Terra (os protestantes admitem orar uns pelos outros, intercedendo junto a Deus pelas suas necessidades, com os santos é o mesmo conceito). Santa Terezinha do Menino Jesus, dizia que “passaria a sua vida na Terra” ("Quero passar o meu Céu a fazer bem sobre a terra"); isto é, viveria o Céu intercedendo pelos da Terra. Uma das orações eucarísticas da santa Missa diz que “os Santos intercedem no Céu por nós diante de Deus, sem cessar.” Que maravilha! Esta intercessão leva-nos mais a fundo dentro do plano de Deus, porque promove a glória de Deus e o louvor de Jesus Cristo, uma vez que os Santos são “obras-primas” de Cristo, que nos levam, por suas preces e seus exemplos, a reconhecer melhor a grandeza da nossa Redenção.

O culto aos Santos tem ao menos três sentidos profundos:

1 – dá glória a Deus, de quem os Santos são obras primas de sua graça; são Santos pela graça de Deus.
2 – suplicam a eles a sua intercessão por nós e pela Igreja;
3 – mostram-nos os Santos como modelos de vida a serem imitados uma vez que amaram e serviram a Deus perfeitamente.

É entranhada na teologia católica a devoção aos Santos, embora não seja obrigatória. Ela surge de uma perfeita compreensão do plano salvífico de Deus, especialmente quando se refere à Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens (cf. Jo 19,25-27).

Data Publicação: 18/04/2008"
Profº Felipe Aquino

Os nossos irmãos protestantes acusam nós católicos de desobedecer a uma ordem divina:
“Não farás para ti imagem de escultura, Nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, Nem em baixo na terra, Nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto...” Ex 20.4,5

Essa passagem se refere aos antigos povos que adoravam deuses (ídolos) da natureza, o deus sol, a deusa cobra, a deusa ave e faziam imagens. O povo judeu muitas vezes substituiu a adoração ao Deus vivo pela adoração a esses falsos deuses.
Porém o próprio Deus ordenou que se fizessem imagens:
“e o Senhor disse a Moisés: “Fazes para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido‚ olhando para ela‚ será salvo.” (Nm 21‚8).

Deus quis usar a arte humana para que‚ a partir dela‚ demonstrasse o seu poder.

Deus também ordenou que se fizesse querubins para colocar por cima da Arca da Aliança: “Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido‚ nas duas extremidades da tampa‚ um de um lado e outro de outro‚ fixando-os de modo a formar uma só peça com as extremidades da tampa. Terão esses querubins suas asas estendidas para o alto‚ e protegerão com elas a tampa‚ sobre a qual terão a face inclinada.” (EX 25‚ 18-20)

Deus não proíbe as imagens, proíbe os ídolos!

Nós católicos NÃO ADORAMOS AS IMAGENS, sabemos que são somente representações, como se fossem fotos de pessoas queridas.

Adorar vem do grego "latria", dai temos idolatria (adorar ídolos). Venerar vem de dulia (respeitar); o culto dos santos é de dulia e não de latria. É uma questão de respeito, por pessoas que viveram como nós e são exemplo para nós, para alcançarmos a vida eterna. Portanto temos:
- Dulia: Culto aos santos (veneração);
- Hiperdulia: Culto especial à Virgem Maria (veneração especial);
- LATRIA: Culto de ADORAÇÃO (Exclusivo a DEUS).

A Bíblia não diz que se prostrar é o mesmo que adorar:
"Moisés prostou-se diante de seu sogro" (Ex 18,7).
"Lo prostou-se diante de dois anjos (Gn 19,1).
"Josué prostou-se diante da arca (Jos 7,6).
Portanto quando um católico se prosta diante de uma imagem não está cometendo idolatria.
A arte sempre acompanhou o cristianismo, Deus se utiliza da arte para inspirar e enriquecer a fé dos homens. Nos primórdios do cristianismo as pessoas não sabiam ler, portanto as pinturas e imagens eram a única maneira de conhecerem o evangelho.

sábado, 1 de junho de 2013

Imitando as Virtudes de Maria


Profunda humildade:
Maria sabia reconhecer-se como humilde serva, sentia-se nada diante do Senhor, sem vaidade nenhuma oferecia ao Senhor os louvores que recebia e não havia nada em seu coração que centrasse nela própria.

Ela era simples, todos seus actos eram feitos no silêncio e no escondimento. A humildade de Maria é a principal virtude que esmaga a cabeça do demónio. Nossa Senhora nunca se esqueceu que tudo nela era dom de Deus. Ela se alegrava em servir ao próximo e se colocava sempre em último lugar.

Imitando essa virtude:Devemos buscar a humildade, pensando sempre que se temos qualidades e potenciais tudo devemos a Deus, tudo isso é dom de Deus. Compreendamos que o homem sem Deus não é nada e nada possui. Nunca se deixar levar pelo orgulho, pela vaidade e soberba. Ser modestos, comedidos, sem vaidade, sempre dispostos a servir aos outros, ter simplicidade na maneira de se apresentar e quando receber um elogio dar os créditos a Deus.

A humildade se opõe a soberba.

“Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva…” (Luc. 1,48)

“Derrubou os poderosos de seus tronos
E exaltou os humildes.” (Luc. 1,52)

Paciência Heróica:
Nossa Senhora passou por muitos momento estressantes de provação, de incomodo e de dor, durante toda sua vida, mas suportou tudo com paciência. Sua tolerância era admirável! Nunca se revoltou contra os acontecimentos, nem mesmo quando viu o próprio filho na Cruz! Sabia que tudo era vontade de Deus e meditava tudo isso em seu coração.

Maria, nossa mãe, teve sempre paciência, sabendo aguardar em paz aquilo, que ainda não se tenha obtido, acreditando que iria conseguir, pela espera em Deus.

Imitando essa virtude:Ter paciência é não perder a calma, manter a serenidade e o controlo emocional. Além disso é saber suportar, como Maria, os desabores e contrariedades do dia a dia, saber suportar com paciências nossas próprias cruzes.

Devemos saber ouvir as pessoas com calma e atenção, sem pressa, exercitando assim a virtude da caridade. Fazer um esforço para nos calarmos frente aquelas situações mais irritantes e estressantes.

Quando houver um momento de impaciência pode-se rezar uma oração, como por exemplo, um Pai-nosso, buscando se acalmar para depois tentar resolver o conflito.

Devemos nos propor, firmemente não nos queixarmos da saúde, do calor ou do frio, do abafamento no autocarro lotado, do tempo que levamos sem comer nada...

Temos que renunciar, frases típicas, que são ditas pelos impacientes: “Você sempre faz isso!”, “De novo, mulher, já é a terceira vez que você...!”, “Outra vez!”, “Já estou cansado”, “Estou farto disso!”.

Fugir da ira, se calando ou rezando nesses momentos.

A paciência se opõe a Ira!

“Não só isso, mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança.”(Rom. 5,3-4)

“Eu, porém, vos digo que todo aquele que (sem motivo) se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, esta­rá sujeito ao inferno de fogo.”(Mat 5,22)

Contínua Oração:
Nossa Senhora era silenciosa, estava sempre num espírito perfeito de oração. Tinha a vida mergulhada em Deus, tudo fazia em Sua presença. Mulher de oração e contemplação, sempre centrada em Deus. Buscava a solidão e o retiro pois é na solidão que Deus fala aos corações. "Eu a levarei à solidão e falarei a seu coração (Os 2, 14)"

Em sua vida a oração era contínua e perseverante, meditando a Palavra de Deus em seu coração, louvando a Deus no Magnificat, pedindo em Caná, oferecendo as dores tremendas que sentiu na crucificação de Jesus, etc.

Imitando essa virtude:Buscar uma vida interior na presença de Deus, um “espírito” contínuo de oração. Não se limitar somente as orações ao levar, ao se deitar e nas refeições, estender a oração para a vida, no trabalho, nos caminhos, em fim, em todas as situações, buscando a vontade de Deus em sua vidas.

"Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai". (Cl 3,17).
e
"Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a acção de graças.
E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus."(Fil 6,6-7)

Obediência Perfeita:
Maria disse seu “sim” a Deus e ao projecto da salvação, livremente, por obediência a vontade suprema de Deus. Um “sim” amoroso, numa obediência perfeita, sem negar nada, sem reservas, sem impor condições.

Durante toda a vida Nossa Mãezinha foi sempre fiel ao amor de Deus e em tudo o obedeceu. Ela também respeitava e obedecia as autoridades, pois sabia que toda a autoridade vem de Deus.

Imitando essa virtude:O Catecismo da Igreja Católica indica que a obediência é a livre submissão à palavra escutada, cuja verdade está garantida por Deus, que é a Verdade em si mesma.

Esforcemo-nos para obedecer a requisitos ou a proibições. A subordinação da vontade a uma autoridade, o acatamento de uma instrução, o cumprimento de um pedido ou a abstenção de algo que é proibido, nos faz crescer. Rezar pelos superiores.

Obedecer sempre a Deus em primeiro lugar e depois aos superiores.

Obedecer a Deus é obedecer seus Mandamentos, ser dócil a Sua vontade. Também é ouvir a palavra e a colocar em prática.

“Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.”
(Luc 1, 38)

Mãe do Supremo Amor:
Nossa Mãe cheia de graça ama toda a humanidade com a totalidade do seu coração. Cheia de amor, puro e incondicional de mãe, nos ama com todo o seu coração imaculado, com toda energia de sua alma. Nada recusa, nada reclama, em tudo é a humilde serva do Pai.

Viveu o amor a Deus, cumprindo perfeitamente o primeiro mandamento. Fez sempre a Vontade Divina e por amor a Deus aceitou também amar incondicionalmente os filhos que recebeu na cruz.

Era cheia da virtude da caridade, amou sempre seu próximo, como quando visitou Isabel, sua prima, para a ajudar, ou nas bodas de Caná, preocupada porque não tinham mais vinho.

Imitando essa virtude:Todos os homens são chamados a crescer no amor até à perfeição e inteira doação de si mesmo, conforme o plano de Deus para sua vida.

Devemos buscar o verdadeiro amor em Deus, o amor ágape, que nos une a todos como irmãos. Praticar o amor ao próximo, a bondade, benevolência e compaixão.

O amor é doação, assim como Maria doou sua vida e como Jesus se doou no cruz para nos salvar, também devemos nos doar ao próximo, por essa razão o amor é a essência do cristianismo e a marca de todo católico.

"Por ora subsistem a fé, a esperança e o amor – estes três. Porém, o maior deles é o amor."
(I Cor. 13,13)

Mortificação Universal:

Maria, mulher forte que assume a dor e o sofrimento unida a Jesus e ao seu plano de salvação. Sabe sofrer por amor, sabe amar sofrendo e oferecendo dores e sacrifícios. Sabe unir-se ao plano redentor, oferecendo a Vítima e oferecendo-se com Ela.

Maria empreendeu, e abraçou uma vida cheia de enormes sofrimentos, e os suportou, não só com paciência, mas com alegria sobrenatural. Nada de revolta, nada de queixas, nada de repreensões ou mau humor. Pelo contrário, dedicou-se à meditação para buscar entender o motivo que leva um Deus perfeito a permitir aqueles acontecimentos. Pela meditação, pela submissão, pela humildade, Ela encontrou a verdade.

Imitando essa virtude:Muitas vezes Deus nos envia provações que não compreendemos, portanto devemos seguir o exemplo de Nossa Senhora e meditar os motivos que levam um Deus perfeito a permitir essas provações, aceitá-las e saber oferecer todas as nossas dores a Jesus em expiação dos nossos pecados, pelos pecados de todos e pelas almas, unindo nossos sofrimentos aos sofrimentos de Jesus na Cruz.

Não devemos oferecer somente os grandes sofrimentos, devemos oferecer também o jejum, fugir do excesso de conforto e prazeres e, na medida do possível, oferecer alguns sacrifícios a Deus, seja no comer (renunciar de algum alimento que se tenha preferência ou simplesmente esperar alguns instantes para beber água quando se tem sede), nas diversões (televisão principalmente), nos desconfortos que a vida oferece (calor, trabalho, etc.), sabendo suportar os outros, tendo paciência em tudo.

É indispensável sorrir quando se está cansado, terminar uma tarefa no horário previsto, ter presente na cabeça problemas ou necessidades daquelas pessoas que nos são caras e não só os próprios.

Oferecer os sofrimentos, desconfortos da vida, jejuns e sacrifícios a Deus pela salvação das almas.
“Ó vós todos, que passais pelo caminho: olhai e julgai se existe dor igual à dor que me atormenta.” (Lamentações 1,12)

Doçura Angélica:
Nossa Senhora, é a Augusta Rainha dos Anjos, portanto senhora de uma doçura angélica inigualável. Ela é a cheia de graça, pura e imaculada. Ela pode clamar as Legiões Celestes, que estão às ordens, para perseguirem e combaterem os demónios por toda a parte, precipitando-os no abismo. A Mãe de Deus é para todos os homens a doçura. Com Ela e por Ela, não temos temor.

Imitando essa virtude:A doçura é uma coragem sem violência, uma força sem dureza, um amor sem cólera. A doçura é antes de tudo uma paz, a manifestação da paz que vem do Senhor. É o contrário da guerra, da crueldade, da brutalidade, da agressividade, da violência… Mesmo havendo angústia e sofrimento, pode haver doçura.

“Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência.” (Col. 3,12)

Fé Viva:
Feliz porque acreditou, aderiu com seu “sim” incondicional aos planos de Deus, sem ver, sem entender, sem perceber. Nossa Senhora gerou para o mundo a salvação porque acreditou nas palavras do anjo, sua fé salvou Adão e toda a sua descendéncia. Por causa desta fé, proclamou-a Isabel bem-aventurada: “E bem-aventurada tu, que creste, porque se cumprirão as coisas que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1,45).

A inabalável fé de Nossa Senhora sofreu imensas provas:
- A prova do invisível: Viu Jesus no estábulo de Belém e acreditou que era o Filho de Deus;
- A prova do incompreensível: Viu-O nascer no tempo e acreditou que Ele é eterno;
- A prova das aparências contrárias: Viu-O finalmente maltratado e crucificado e creu que Ele realmente tinha todo poder.

Senhora da fé, viveu intensamente sua adesão aos planos de Deus com humildade e obediência.

Imitando essa virtude:A fé é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, uma virtude, devemos pedir a Jesus como fizeram os apóstolos para aumentar a nossa fé. Porém ter fé não é o bastante, é preciso ser coerente e viver de acordo com o que se crê. “Porque assim como sem o espírito o corpo está morto, morta é a fé, sem as obras” Tg (2,26).

Ter fé é acreditar que se recebe uma graça muito antes de a possuir e é, acima de tudo, ter uma confiança inabalável em Deus!

“Disse o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá.” (Luc 17,6)

Pureza Divina:

Senhora da castidade, sempre virgem, mãe puríssima, sem apego algum as coisas do mundo, Deus era o primeiro em seu coração, sempre teve o corpo, a alma, os sentidos, o coração, centrados no Senhor.

O esplendor da Virgindade da Mãe de Deus, fez dela a criatura mais radiosa que se possa imaginar. O dogma de fé na Virgindade Perpétua na alma e no corpo de Maria Santíssima, envolve a concepção Virginal de Jesus por obra do Espírito Santo, assim como sua maternidade virginal.

Para resgatar o mundo, Cristo tomou o corpo isento do pecado original, portanto imaculado, de Maria de Nazaré.

Imitando essa virtude:Esta preciosa virtude leva o homem até o céu, pela semelhança que ela dá com os anjos, e com o próprio Jesus Cristo.

Nossa Senhora disse, na aparição de Fátima, que os pecados que mais mandam almas para o inferno, são os pecados contra a pureza. Não que estes sejam os mais graves, e sim os mais frequentes.

Praticar a virtude da castidade, buscando a pureza nos pensamentos, palavras e acções!

Os olhos são os espelhos da alma. Quem usa seus olhos para explorar o corpo do outro com malícia perde a pureza. Portanto, coloque seus olhos em contemplação, por exemplo na Adoração, e receba a luz que santifica.

Quem luta pela castidade deve buscá-la por três meios: o jejum, a fugida das ocasiões de pecado e a oração.

“Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os pães não fermentados de pureza e de verdade” (I Cor.5,8).

Fonte: http://mariaportadoceu.blogspot.com/2009/10/as-virtudes-de-nossa-senhora.html

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