Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Grandes Marcos do Concilio Vaticano II - A Convocatória


Postulantes encerram curso de LIBRAS em Natal-RN

 Os Postulantes do primeiro ano, terminaram o Curso Básico - Módulo I  de LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais. Confira algumas fotos:
- Bebeth: Coordenadora da Pastoral dos Surdos do Regional NE 2







Sírios terão visto humanitário para entrar no Brasil


ACNUR
Refugiados sírios no Iraque
O Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), órgão do Ministério da Justiça, publicou nesta terça-feira, 24, no Diário Oficial da União norma que garante a concessão de visto especial a pessoas afetadas pelos conflitos armados na Síria e região que desejem chegar ao Brasil buscando refúgio.

O visto especial será estendido também à família dessas pessoas deslocadas. Somente na última sexta-feira, das 130 solicitações de refúgio aprovadas pelo CONARE, 27 foram feitas por cidadãos sírios que saíram da região dos conflitos.

A crise humanitária causada pela guerra civil Síria expulsou cerca de dois milhões de pessoas, segundo dados do Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). O Líbano abriga 720 mil refugiados em acampamentos, outros 520 mil estão na mesma situação na Jordânia, 464 mil na Turquia e 200 mil no Iraque. O Egito recebeu outros 111 mil refugiados.

Segundo registros do Ministério da Justiça, é crescente o número de pessoas da região que busca se refugiar no Brasil.

Para o diretor do Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça, João Guilherme Granja Xavier da Silva o CONARE demonstra a tradição de sensibilidade do governo brasileiro. "A decisão expande o olhar humanitário brasileiro que, em vista do conflito na Síria, a resolução torna mais ágil o processo de entrada dos refugiados com suas famílias".

O Representante do Acnur no Brasil, Andrés Ramirez, ressalta que a decisão tomada pelo Comitê Nacional para Refugiados reflete o compromisso humanitário do Brasil em manter suas fronteiras abertas para as vítimas do conflito na Síria. "Esta medida responde aos apelos que vêm sendo feitos reiteradamente pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados, devido ao enorme sofrimento humano causado por esta tragédia".

Fonte: CN

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Igreja insiste demais em homossexualidade e aborto, diz papa



Papa Francisco
Francisco avançou em declaração que dera ao fim de sua visita ao Brasil
A Igreja Católica insiste demais em pregar contra o aborto, a homossexualidade e a contracepção e precisa demonstrar mais piedade, disse o papa Francisco, em entrevista divulgada nesta quinta-feira.
Ele advertiu que a estrutura moral da igreja pode cair como "um castelo de cartas" a não ser que se promova "um novo equilíbrio".

Agora, ele complementou dizendo que "não podemos insistir (em falar) apenas nas questões relacionadas ao aborto, ao casamento gay e ao uso de métodos contraceptivos. Isso não é possível. Os ensinamentos da igreja sobre isso são claros, e eu sou um filho da igreja, mas não é necessário que eu fale disso o tempo todo. (...) Não falei muito a respeito e fui repreendido por isso".O papa usou a entrevista, à revista jesuíta La Civilta Cattolicato, para citar prioridades de seu papado e avançar nos comentários que já havia feito em julho, no fim de sua visita ao Brasil, a respeito da homossexualidade - "Se uma pessoa é gay e busca a Deus, quem sou eu para julgá-la?", disse o pontífice na ocasião.
"A igreja não pode ficar obcecada com a transmissão de um conjunto desarticulado de doutrinas sendo impostas insistentemente", prosseguiu o papa. "Temos de encontrar um novo equilíbrio, ou até mesmo a estrutura moral da igreja pode cair como um castelo de cartas, perdendo o frescor e a fragrância do Evangelho."
Em vez de focar nesses temas, a Igreja Católica deve trabalhar pra curar feridas de seus fiéis e buscar os excluídos, opinou Francisco.
"A igreja em que devemos pensar é a que é a casa de todos, e não uma pequena capela onde cabe apenas um pequeno grupo de pessoas selecionadas. Não podemos reduzir o âmago da igreja a um ninho que proteja nossa mediocridade."

Contraste

Sua visão marca um contraste com as prioridades dos papados de seus antecessores, João Paulo 2º e Bento 16, que viam a doutrina como um guia máximo para o clero.
Francisco disse que suas declarações estão alinhadas com os ensinamentos da igreja, mas agregou que a esta está muito ligada a regras e corre o risco de perder seu propósito.
"É inútil perguntar a uma pessoa seriamente ferida se ela sofre de colesterol alto", afirmou. "Temos que curar suas feridas. E depois podemos falar do resto."
A entrevista trouxe também detalhes dos gostos culturais do papa, que disse apreciar Mozart, o pintor Caravaggio, o escritor Dostoevsky e o filme La Strada, de Fellini.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Papa critica bispos que viajam muito

O papa Francisco denunciou hoje o escândalo que são "os bispos de aeroporto", prelados que ao invés de estarem junto dos fiéis, passam o tempo em viagem, de um aeroporto para outro. 
"Residir (numa diocese) não é apenas necessário para ter uma boa organização, mas tem uma raiz teológica. Estais casados com a vossa comunidade, profundamente ligados a ela. Peço-vos que permaneçam entre o vosso povo. É preciso ficar, ficar. Evitar o escândalo de serem bispos de aeroporto", declarou o papa num encontro com bispos do Médio Oriente, incluindo dois sírios, reunidos para um colóquio da Congregação para as Igrejas Orientais.
"Na época da Internet, em que as relações são marcadas pela rapidez", é preciso "permanecer na diocese, sem procurar mudanças e promoções", disse o papa argentino, que atribui grande importância ao papel de bispo de Roma e não gosta muito de viajar.
"Sejam pastores que recebem, que caminham ao lado do vosso povo, com afeição, misericórdia, um comportamento doce e firmeza paternal, com humildade e discrição também, capazes de terem consciência dos vossos limites e de ter uma boa dose de humor", acrescentou.
O retrato robot do bom bispo deve ser aquele "da austeridade e da essencialidade", disse, e denunciou uma vez mais o carreirismo e a "psicologia de príncipes" de alguns bispos.
Francisco voltou a insistir na necessidade de os bispos estarem sempre prontos a ouvir os seus padres e as suas dificuldades, tal como ele tentava fazer quando era arcebispo de Buenos Aires.
A presença de dois bispos sírios "leva a uma nova invocação do dom da paz", na Síria e no mundo, declarou Francisco.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Papa nomeia novo arcebispo para Porto Alegre (RS)

Da Redação, com CNBB


CNBB
Dom Jaime Splenger, novo arcebispo de Porto Alegre
O Vaticano comunicou nesta quarta-feira, 18, a nomeação feita pelo Papa Francisco do novo arcebispo de Porto Alegre (RS). Trata-se de Dom Jaime Splenger, que desde 2011 estava na função de bispo auxiliar nesta mesma arquidiocese.

Dom Jaime assume a arquidiocese após o Papa acolher o pedido de renúncia apresentado por Dom Dadeus Grings, por motivo de idade. 

Membro da Ordem dos Frades Menores, Dom Jaime é catarinense. Em 2010, foi nomeado pelo Papa Bento XVI como bispo titular de Patara e o cargo de auxiliar da arquidiocese de Porto Alegre. No Regional Sul 3 da CNBB, é o bispo referencial da Pastoral da Educação. Ele também é membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Festa das Chagas de São Francisco - 17 de Setembro


"Ó São Francisco, estigmatizado do Monte Alverne, o mundo tem saudades de ti como imagem de Jesus Crucificado. Tem necessidade do teu coração aberto para Deus e para o homem, dos teus pés descalços e feridos, das tuas mãos trespassadas e implorantes. Tem saudades da tua voz fraca, mas forte pelo Evangelho. Ajuda, Francisco, os homens de hoje a reconhecerem o mal do pecado e a procurarem a purificação da penitência. Ajuda-os a libertarem-se das próprias estruturas de pecado, que oprimem a sociedade hodierna. Reaviva na consciência dos governantes a urgência da paz nas Nações e entre os povos. Infunde nos jovens o teu vigor de vida, capaz de fazer frente às insídias das múltiplas culturas da morte. Aos ofendidos por toda espécie de maldade, comunica, Francisco, a tua alegria de saber perdoar. A todos os crucificados pelo sofrimento, pela fome e pela guerra, reabre as portas da esperança. Amém!" (Beato João Paulo II)

Fonte: JUFRA Nacional

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Papa Francisco recebe importante líder da Teologia da Libertação

Papa Francisco recebeu na quarta-feira pela primeira vez o padre peruano Gustavo Gutierrez, considerado um dos pais da Teologia da Libertação, indicou nesta quinta (12) a assessoria de imprensa da Santa Sé.
Essa audiência privada não havia sido anunciada oficialmente. A reunião pode ser vista como um passo para uma reabilitação completa da corrente, nascida na América Latina na década de 1970.
A Teologia da Libertação por muito tempo despertou suspeitas do Vaticano, que temia desvios marxistas.
O "Osservatore Romano" já havia dedicado na semana passada um grande espaço à publicação na Itália de um livro já publicado em 2004 na Alemanha, que tem como autores o arcebispo alemão Gerhard Ludwig Müller, atual prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (ex-Santo Ofício), e Gutierrez, de 85 anos de idade.
O livro foi intitulado: "Em nome dos pobres, Teologia da Libertação, a Teologia da Igreja".
Este encontrou acontece em um contexto favorecido pela eleição do primeiro Papa latino-americano.
Nomeado pelo papa Bento XVI, Müller, como arcebispo na Baviera, tinha estabelecido relações amistosas com o padre Gutierrez, um teólogo que nunca foi censurado ou punido pelo Vaticano.
A briga entre o Vaticano e a Teologia da Libertação data do pontificado do Papa João Paulo II, que afirmou em 1979 que "a concepção de Cristo como um homem político, revolucionário, como o subversivo de Nazaré, não correspondia à catequese da Igreja".
O então prefeito para a Doutrina da Fé, Joseph Ratzinger, futuro Bento XVI, havia punido vários teólogos, acusando-os de uma análise marxista da Bíblia. Um desses teólogos foi o brasileiro Leonardo Boff.
O arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, defensor de uma Igreja dos pobres, sempre foi crítico em relação à Teologia da Libertação, pelas mesmas razões.
No entanto, de acordo com o bispo Müller, Ratzinger não só criticou a Teologia da Libertação em seus documentos doutrinais de 1984 e 1986, mas reconheceu também intuições justas no campo social. Muitos analistas consideram que, ao escolher Müller como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o ex-Papa já havia aberto o caminho para uma reabilitação progressiva.
Papa Francisco ganha um boné de uma criança durante audiência geral na Praça de São Pedro, no Vaticano. (Foto: Alessandra Tarantino/AP)Papa Francisco ganha um boné de uma criança durante audiência geral na Praça de São Pedro, no Vaticano, nesta quarta-feira (11). (Foto: Alessandra Tarantino/AP)

Papa quer transformar conventos vazios em asilos para refugiados

O Papa Francisco apelou nesta terça-feira às ordens religiosas em Roma para que dêem abrigo aos refugiados nos conventos vazios, ao invés de os transformarem em hotéis de luxo.
"Caríssimos religiosos e religiosas: os conventos vazios não devem servir para a Igreja os transformar em hotéis para ganhar dinheiro. Os conventos vazios não são nossos, são para a carne de Cristo, que são os refugiados”, afirmou o Papa durante uma visita a um centro de acolhimento Astalli, gerido por jesuítas, na capital italiana.
Segundo o El País, a Igreja Católica italiana é proprietária de 20 a 30% do património imobiliário no país. Entre centros educativos, conventos, igrejas ou hospitais, é o maior senhorio italiano – em muitos casos isento do pagamento de impostos. Algumas ordens religiosas converteram os seus edifícios em hotéis rentáveis.
Francisco entende que a Igreja é chamada a “fazer mais, recebendo e compartilhando” os bens materiais. “Todos os dias, aqui e em outros centros, muitas pessoas, especialmente jovens, estão na fila para terem uma refeição quente. Essas pessoas lembram o sofrimento e o drama da humanidade. Mas isso também nos diz que é preciso fazer algo, agora, todos”, afirmou.
Durante a visita, o Papa defendeu também que os refugiados têm direito à integração e à participação activa na sociedade e destacou o papel da Igreja nesse processo. E deixou um recado às autoridades: “A misericórdia requer justiça. Só através da justiça se pode fazer com que o pobre encontre o caminho para deixar de o ser. A Igreja, a cidade de Roma, as instituições têm que se unir para que ninguém tenha mais necessidade de uma cantina social, de um abrigo, de um serviço de assistência jurídica para ver reconhecido o próprio direito a viver e a trabalhar, para ser plenamente uma pessoa”.
Portugal antecipou desafio do Papa
A mensagem do Sumo Pontífice, também ele jesuíta, é “um desafio” ao qual o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) em Portugal se antecipou. O director, André Costa Jorge, adianta ao PÚBLICO que o JRS tem, em parceria com o Instituto Missionário da Consolata, um projecto que visa a transformação de um antigo seminário desta congregação, situado na Quinta do Castelo, no Cacém (Sintra), num centro de acolhimento para refugiados. "Em Portugal não há nenhuma experiência do género, nem na Europa. Vamos ser pioneiros", afirma.
Desocupado há menos de um ano, o antigo seminário é um edifício do século XIX instalado numa quinta. Terá capacidade para acolher 30 pessoas. Para o transformar, é preciso adaptar os espaços, garantir alimentação, vestuário, recursos humanos. “Temos o apoio do Ministério da Administração Interna, para a comparticipação nacional”, diz André Costa Jorge. O projecto aguarda apoio do Fundo Europeu para os Refugiados para avançar. “Esperamos poder receber refugiados até ao final do ano”, afirma.
Mas o apoio financeiro não é o principal. “Transformar espaços em lares de acolhimento até é fácil, difícil é que estes espaços sirvam realmente para a integração das pessoas na sociedade”, considera o director do JRS. Os imigrantes podem permanecer cerca de um ano nestes centros mas depois têm de encontrar o seu lugar na comunidade. Um emprego, uma casa. “Respondemos a uma emergência social mas depois as pessoas têm de continuar a viver”, diz Costa Jorge. "É preciso prudência", avisa.
Este responsável admite que a ideia de converter antigos conventos ou mosteiros em asilos para refugiados, ou mesmo para idosos e crianças mais vulneráveis, não é nova mas “era preciso que alguém com autoridade na Igreja o dissesse”. Por isso, recebeu a mensagem do Papa com agrado. Mas lembra que, no caso português, “boa parte dos conventos foram expropriados e são hoje edifícios do Estado, que este não cuida ou vendeu a privados”. Como exemplo, aponta o antigo Convento da Cartuxa, em Caxias (Oeiras), propriedade do Ministério da Justiça, actualmente "mal tratado", mas com condições para se tornar um centro de acolhimento.
A maioria dos imóveis que se mantiveram na mão das ordens religiosas “continuam a ter uso, embora com menos pessoas e mais envelhecidas do que há 50 anos”. Além disso, o director do JRS sublinha que algumas ordens estão, tal como o país, a braços com dificuldades financeiras, pelo que a eventual reconversão dos espaços em hotéis será uma importante fonte de receitas para a sua sobrevivência. “Muitas vezes, [os responsáveis] também não sabem como fazer para colocar o espaço ao serviço dos refugiados, porque não trabalham no terreno”, aponta Costa Jorge.
Actualmente, o JRS gere o Centro Pedro Arrupe, na Ameixoeira (Lisboa), onde acolhe temporariamente imigrantes em situações de emergência. Desde 2006, já acompanhou quase 300 pessoas. Além deste, Portugal tem outro centro de acolhimento para refugiados na Bobadela, em Loures, a cargo do Conselho Português para os Refugiados, uma organização não-governamental, parceira do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

Notícia corrigida às 9h48 de 12/09: a parceria do JRS é com o Instituto Missionário da Consolata, e não com as Irmãs Missionárias da Consolata

domingo, 8 de setembro de 2013

Posição da Santa Sé sobre a Síria é apresentada a embaixadores

Da Redação, com Rádio Vaticano


Rádio Vaticano
71 embaixadores acreditados junto à Santa Sé participaram de uma reunião nesta quinta-feira no Vaticano
Os embaixadores acreditados junto à Santa Sé participaram nesta quinta-feira, 5, de uma reunião sobre o significado da iniciativa do Papa Francisco de motivar um Dia de Oração e Jejum pela Paz na Síria e no mundo. Estiveram presentes 71 embaixadores.

O Secretário para a Relação com os Estados, Dom Dominique Mamberti, explicou ao Corpo Diplomático que o sincero apelo do Santo Padre "se faz intérprete do desejo de paz que sobe de todas as partes da terra, do coração de cada homem de boa vontade".

Segundo ele, a voz do Papa se eleva em um momento "particularmente grave e delicado" do longo conflito sírio, que já provocou muito sofrimento, devastação e dor, aos quais se somam as tantas vítimas inocentes dos ataques do dia 21 de agosto, mortas por supostas armas químicas.

Ao falar das diversas reações em âmbito mundial, o Secretário para a Relação com os Estados recordou o apelo do Papa no Angelus do último domingo, quando foi muito claro ao afirmar que “existe um juízo de Deus e também um juízo da história sobre nossas ações, ao qual não se pode escapar!”. Após, falou da resposta e atenção da Santa Sé, desde o início do conflito, “ao grito de ajuda que chegava do povo sírio”, caracterizadas pela “consideração à centralidade da pessoa humana, independente de etnia ou religião”.

Também foram lembrados aos Embaixadores os inúmeros apelos pela paz feitos por Bento XVI por ocasião da Bênção Urbi et Orbi e no discurso ao Corpo Diplomático em 7 de janeiro de 2013, assim como as tantas referências a esta tragédia humanitária feitas pelo Papa Francisco desde o início de seu Pontificado, em particular o seu primeiro apelo feito na Mensagem Urbi et Orbi na Páscoa.

Dom Mamberti recordou ainda os pronunciamentos feitos pelos Observadores Permanentes da Santa Sé na ONU, quer em Nova York, quer em Genebra, assim como as intervenções do Núncio Apostólico em Damasco, Dom Mario Zenari e a missão conduzida pelo Cardeal Robert Sarah, por ocasião do Sínodo dos Bispos.

O Secretário para a relação com os Estados reitera as posições da Santa Sé diante desta trágica situação que já provocou mais de 110 mil mortos, mais de 4 milhões de deslocados internos e mais de 2 milhões de refugiados em outros países, ou seja, a prioridade de cessar imediatamente toda violência, o apelo para que as partes envolvidas superem a cega contraposição e busquem a via do encontro e da negociação e a urgência no respeito ao direito humanitário.

A Santa Sé defende alguns elementos que considera essencial para o futuro da Síria, como a retomada do diálogo entre as partes para a reconciliação do povo sírio, a preservação da unidade do país e a garantia da integridade territorial. Ademais, reitera que os responsáveis pelo país no futuro, garantam lugar para todos, em particular para as minorias, incluindo os cristãos, no respeito dos direitos humanos e da liberdade religiosa.

Por fim, Dom Mamberti observa que “causa particular preocupação a presença crescente na Síria de grupos extremistas, frequentemente vindos de outros países”, considerando relevante exortar a população e grupos da oposição “a tomarem distância de tais extremistas, de isolá-los e de oporem-se abertamente e claramente ao terrorismo”.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Papa Francisco decreta jejum



Papa Francisco fala durante o Angelus deste domingo (1º), na Praça de São Pedro (Foto: Tony Gentile/Reuters)Papa Francisco fala durante o Angelus deste domingo (1º), na Praça de São Pedro (Foto: Tony Gentile/Reuters)
O Papa Francisco pediu que as pessoas se unam a ele no próximo fim de semana em um dia de jejum pela paz na Síria. O pontífice convidou as pessoas de todas as religiões para se juntar a ele no sábado à noite, na Praça de São Pedro, no Vaticano, para evocar o "dom" da paz para a Síria, o resto do Oriente Médio e em toda região do mundo onde haja conflito.

Declarando "não mais guerras", Francisco condenou o uso de armas químicas, numa fala a dezenas de milhares de pessoas reunidas na praça neste domingo (1º).
Ele disse que o "mundo precisa ver gestos de paz e ouvir palavras de paz" e que só o diálogo, e não a intervenção armada, pode acabar com a guerra civil na Síria.
A vigília de oração de cinco horas de duração vai durar até a meia-noite.
Ataque americano
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em discurso transmitido neste sábado ter convicção de que uma intervenção militar na Síria é necessária, após evidências do uso de armas químicas pelo país, mas afirmou que está buscando apoio do Congresso.

O presidente afirmou haver conversado com líderes congressistas e acreditar que o tema deva ser debatido. "Apesar de acreditar que eu tenha autoridade para realizar [um ataque] sem a autorização do Congresso, nosso país vai ser mais forte se nós fizermos [a discussão]", disse
.

Nomeação de D. Pietro Parolin, um ganho para o Vaticano - arcebispo de Caracas

A nomeação de D. Pietro Parolin como novo Secretário de Estado é um ganho para o Vaticano – palavras do Cardeal Jorge Urosa Savin, arcebispo de Caracas, numa entrevista ao quotidiano “El Universal”. 

É um homem de grande experiência no campo diplomático – disse – acrescentando que levou avante com sucesso difíceis negociações para a Igreja com os governos do Vietname, da China e da Rússia”. 

O arcebispo de Caracas, onde D. Parolin, estava empenhado como Núncio Apostólico, fez referência às discrepâncias e dificuldades entre a Igreja e o governo venezuelano durante o governo de Hugo Chaves: 

“Na Venezuela, embora com uma atitude discreta e prudente, teve um papel muito importante no processo de aproximação entre a Igreja e o Governo, assim como também entre os diversos sectores da sociedade e do Governo”. 

O arcebispo venezuelano referiu ainda que em 2009 quando soube que o Papa Bento XVI tinha nomeado D. Pietro Parolin Núncio Apostólico em Caracas, pensou logo que não teria ficado muito tempo no país, dada (citamos) a “excelente reputação de que goza no Vaticano” . 

Entretanto continuam a chegar mensagem de congratulações a D. Parolin pela noemação. De entre elas a mensagem do Presidente da Republica italiana e do Presidente da Câmara de Roma. 

Também o rabino David Rosen, Director internacional para as relações religiosas do Comité Americano Hebraico, e a representante deste organismo, junto do Vaticano, Lisa Palmieri enviaram uma mensagem na qual se lê: “gozamos ao longo de muitos anos uma longa e amigável relação de colaboração com D. Parolin e teremos muito gosto em continuar a cooperar com ele no seu novo e importantíssimo encargo para a promoção dos valores e das esperanças que partilhamos”. 

Vaticano nomeia italiano Pietro Parolin para substituir Bertone

O Papa Francisco substituiu neste sábado (31) o número dois do Vaticano, Tarcisio Bertone, por um diplomata, o italiano Pietro Parolin, em meio a uma ampla reforma da Cúria. O anúncio foi feito pela Santa Sé em um comunicado oficial. Monsenhor Parolin, de 58 anos, foi núncio (embaixador do Vaticano) na Venezuela.
A gestão da Cúria — o governo do Vaticano — pelo cardeal Bertone, de 78 anos, tem sido frequentemente questionada. Ele foi alvo de ataques no caso do escândalo dos documentos revelados, o Vatileaks, acusado de má gestão e más escolhas.
"O Santo Padre Francisco aceitou (...) a renúncia de sua Eminência o cardeal Tarcisio Bertone", indicou a Santa Sé, explicando que ele permanecerá no cargo até 15 de outubro.
Aos 58 anos, Parolin é relativamente jovem nos escalões superiores do Vaticano o que, segundo os observadores, poderia contribuir para um renascimento no governo da Igreja. Ele trabalhou no México e Nigéria, e lidou com temas sensíveis, tais como as relações com a China comunista, o Vietnã e Israel.
O cardeal Bertone foi nomeado secretário de Estado em 2006 pelo Papa Bento XVI, com quem passou por todas as tempestades que a Igreja tem enfrentado nos últimos anos, principalmente os escândalos de pedofilia, o caso Vatileaks e a reforma das finanças do Vaticano.
Uma vasta reforma da Cúria é realizada pelo Papa Francisco desde a sua eleição em março. Várias comissões foram criadas com este intuito. Os principais objetivos desta reforma devem ser anunciados no início de outubro.
No entanto, é tradição que o novo Papa substitua, mais cedo ou mais tarde, o secretário de Estado nomeado pelo seu antecessor, e o cardeal Bertone já tinha ultrapassado o limite de idade, de 75 anos, geralmente em vigor para a aposentadoria de altos funcionários.

Secretário do Vaticano: havia "uma rede de corvos e víboras" contra mim

Tarcisio Bertone foi atingido pelo escândalo do vazamento dos documentos vaticanos (o chamado Vatileaks), nos quais era acusado de má gestão e de abuso de poder Foto: AFP
Tarcisio Bertone foi atingido pelo escândalo do vazamento dos documentos vaticanos (o chamado Vatileaks), nos quais era acusado de má gestão e de abuso de poder
Foto: AFP

O ainda Secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone, que será substituído em outubro, considerou como "positivo" o balanço dos sete anos em que esteve no cargo, apesar das "acusações" feitas contra ele por "uma rede de corvos e víboras", divulgou nesta segunda-feira a imprensa italiana.
Bertone fez essas declarações ontem na saída de uma cerimônia religiosa em Siracusa, na ilha italiana da Sicília, depois que o papa Francisco decidiu, no último sábado, substituí-lo pelo atual núncio da Venezuela, o italiano Pietro Parolin.
"O balanço desses anos eu vejo como positivo. Naturalmente houve muitos problemas, especialmente nos últimos dois anos. Foram feitas muitas acusações sobre mim. Uma rede de corvos e víboras. Mas isso não deveria obscurecer o que considero como um balanço positivo", disse.
Bertone, 78 anos, foi atingido pelo escândalo do vazamento dos documentos vaticanos (o chamado Vatileaks), nos quais era acusado de má gestão e de abuso de poder.
Seu nome aparecia em cartas como as enviadas pelo núncio nos EUA e ex-secretário-geral do Governatorato da Cidade do Vaticano (Governo que administra este Estado), Carlo Maria Viganó, nas quais tentava advertir Bento XVI sobre a "corrupção, prevaricação e má gestão" na administração vaticana.
Bento XVI já tinha rejeitado uma primeira renúncia de Bertone por motivos de idade em 2009, explicando que não queria "renunciar à valiosa colaboração" do cardeal, e após o escândalo também voltou a demonstrar sua confiança no secretário.
O Secretário de Estado, que deixará seu cargo no dia 15 de outubro, admitiu que "cometeu erros" nesses anos, mas assegurou ter "dado o máximo de si" e que não se pode afirmar "que não tentou servir à Igreja".
Bertone acrescentou que "o Secretário de Estado é o primeiro colaborador do papa e é um executor leal e fiel dos deveres que lhe são confiados" e assim o foi e seguirá sendo.
Explicou, além disso, que na Secretaria de Estado é feito um "trabalho em equipe", que está formada por cinco pessoas que se consideram "um bom grupo, muito unido".
O papa Francisco escolheu como seu novo braço direito um homem com uma grande bagagem diplomática, que desde 2009 era núncio da Venezuela e que conhece perfeitamente como funciona a Cúria Romana, pois de 2002 a 2009 foi subsecretário da Seção para as Relações com os Estados da Secretaria de Estado.

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