Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Qual o verdadeiro significado do Natal?


Cristo nasceu...
Sabe-se que o nascimento de Cristo não ocorreu em 25 de dezembro. Entretanto não nos concentraremos neste detalhe, mas somente na razão exata pela qual Ele veio ao mundo.
Por ocasião do nascimento de Jesus um anjo deixou uma mensagem especial aos pastores de Belém, uma mensagem de interesse universal: Em Lucas 2.10 lemos assim:
Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor"
O que ocorreu foi que Deus se tornou homem e habitou entre nós! Mas porque isso tinha que acontecer? A Bíblia Sagrada enfatiza a necessidade de um Salvador para o mundo. Deus nos fez uma promessa em Adão e Eva por ocasião da queda. Uma promessa de redenção cujo cumprimento anularia todos os efeitos negativos do pecado sobre a humanidade. O cumprimento dessa promessa é importante para todos nós. Pela queda passamos a andar no caminho da ilusão, do engano e do erro. Em Jesus Cristo somos trazidos de volta ao caminho da verdade que conduz à vida.
Nesta época do ano muito se fala no nascimento físico de Jesus, mas o mais importante é que ele veio mesmo foi para habitar espiritualmente em cada um de nós. Ele mesmo declarou: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.” (João 14.23)

Significado do Natal: Cristo em nós

Quem nunca se perguntou por que nascemos ou, porque viemos ao mundo? Se Deus permitiu a nossa existência é porque Ele tem um propósito especial para nossas vidas. Obviamente a nossa existência só terá um sentido real e completo quando conhecemos a Cristo, quando temos um relacionamento com Ele, isto é, quando permitimos que Ele seja o Senhor de nossa vida. Essa é a única forma de termos a luz de Cristo para iluminar o nosso caminho. Em João 1.9 lemos assim: “Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo.” (João 1.9) Este é o inicio para compreendermos o plano de Deus para nossa vida.
o amor de deusA vinda de Cristo ao mundo é a melhor de todas as notícias, é a expressão máxima do amor de Deus por este mundo perdido. Em 1 João 4.9 lemos: “Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.”
Embora a morte espiritual tenha entrado no mundo através de Adão e Eva, a fonte da vida eterna já estava a caminho. Deus jamais esqueceria de cumprir sua promessa porque Ele é fiel. Então podemos dizer que o nascimento de Jesus é o maior presente que já recebemos de Deus. Em João 3.16 lemos assim: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."

O significado do Natal: A  fidelidade de Deus 

Em Números 23.19 lemos assim: “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?” Deus havia prometido enviar um Salvador para a humanidade, e assim Cristo foi enviado ao mundo como a nossa única esperança de salvação. Em Tito 1.2 lemos assim: “Esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos.”
imagem de natal

Ele veio ao mundo no tempo exato!

Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.” (Gálatas 4.4)

O local de seu nascimento

Sabemos que foi em Belém da antiga Judéia. Em Mateus 2.6 está escrito: “E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti sairá o guia que há de apascentar o meu povo de Israel.”

A natureza de seu nascimento

O profeta Isaias recebeu esta revelação de Deus: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.” (Isaías 7.14); Um anjo disse a Maria: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.” (Lucas 1.35)

Sua humildade incomparável

“Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” (Marcos 10.45); “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Filipenses 2. 8)

Seu ministério (em resumo)

“Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.” (Atos 10.38); “E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, a pregar liberdade aos cativos, E dar vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. (Lucas 4.17-19)
imagem de Jesus entre seus discípulosNatal é, portanto, reconhecer o que Deus fez por nós, como Ele providenciou em Cristo o resgate de nossas almas do poder do pecado e da morte espiritual. Sua presença é a nossa maior necessidade. Ele disse: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.” (João 6.35); “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” (Apocalipse 3.20 )
A vontade de Deus é a nossa salvação. Mas será que compreendemos o verdadeiro sentido da vinda de Cristo ao mundo? Será que o mundo entende assim? Como Deus vê a maneira que muitos celebram o nascimento do Salvador do mundo? Paulo escreveu assim aos efésios: “Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração.” (Efésios 5.17-19)
O natal lembra o maior presente que já recebemos nesta vida : a salvação em Cristo! Você já tomou posse desta bênção?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Pode-se adorar a santa cruz?


Por Pe. Francoá Costa
Sempre me deixou impressionado as palavras que a Liturgia da sexta-feira santa usa ao referir-se ao culto à Cruz: “solene adoração da santa Cruz”, deixando inclusive a possibilidade de dobrar o joelho diante dela. Penso que essas palavras calaram no coração de mais de um cristão deixando-o pensativo. A reflexão teológica que segue é – aceitando com alegria e admiração o que a Igreja em sua liturgia nos traz – uma tentativa de entender melhor a fé expressada na oração da Igreja, e espero não confundir mais a cabeça do leitor. Pode-se adorar a Cruz? Em que sentido? Parece-me ver uma explicação bastante satisfatória numas palavras de um teólogo muito recomendado pela mesma Igreja.
Santo Tomás de Aquino estuda a “adoração” na terceira parte da Suma de Teologia, na questão 25. Vamos segui-lo passo a passo. Ao chegar no quarto artigo dessa questão encontramo-nos com uma excelente definição de adoração, tal como é entendido no sentido comum atual. Santo Tomás diz que adoração é colocar nossa esperança de salvação em alguém. A Deus damos adoração por que é o nosso Criador, daí que a adoração só se deve dar ao Deus Uno e Trino, esse é um principio claro que devemos ter conosco durante todo esse estudo: só a Deus se deve a adoração, porque Ele é o nosso Criador, nós somos suas criaturas, e nEle pomos nossa esperança de salvação. Salvadas essas preliminares, vamos à nossa questão. Procurarei fazer acessível o pensamento de Santo Tomás sabendo que não é tarefa fácil. É preciso fazer esse estudo com muita concentração.
Em primeiro lugar, a fé cristã diz que em Cristo há uma única Pessoa, a Segunda da Trindade, que é divina, e duas naturezas, a humana e a divina, que estão unidas nessa única Pessoa divina (Concilio de Calcedônia, ano 451). No primeiro artigo Santo Tomás se pergunta se a adoração que se dá à Humanidade de Cristo é a mesma que se dá à sua Divindade. E como objeção se poderia dizer que a Humanidade de Cristo não é comum a Ele e ao Pai, como o é a Divindade. Tomás de Aquino começa por dizer que na honra que se dar a uma determinada realidade há que considerar duas coisas: a realidade honrada e a causa dessa honra. Quanto à primeira, é preciso dizer que a honra que se deve, por exemplo a uma pessoa, é devida a toda a pessoa, não só à sua mão ou ao seu pé, a uma parte; se por algum motivo alguém dissesse que honra a mão ou outra parte de alguém só o faria em razão de toda a pessoa, in istis partibus honoratur totum, nessas partes se honraria toda a realidade. Quando à segunda, a causa da honra encontra sua justificação na excelência da pessoa honrada. E conclui o nosso teólogo: como em Cristo há uma única Pessoa, a divina, na qual estão unidas a natureza humana e a natureza divina, a Cristo se dá uma única adoração em razão de sua única Pessoa e, por tanto, ao adorar uma parte de Cristo, adoramos todo o Cristo.
No artigo segundo, Tomás de Aquino dá um passo a mais. Já sabemos que à Humanidade e à Divindade de Cristo se dá uma mesma adoração e glória em razão da única Pessoa de Cristo. Mas, será que se pode dizer que a adoração que se dá à Humanidade de Cristo é adoração de “latria”, isto é, a adoração devida só a Deus, ao qual o homem se entrega colocando sua esperança de salvação? Considerando que a Encarnação é para sempre, ou seja, a Humanidade e a Divindade em Cristo desde a Encarnação nunca se separaram e jamais se separarão (nem mesmo na morte de Cristo, já que a morte é a separação de corpo e alma, o que se deu em Cristo, não da Humanidade e da Divindade, o que não se deu em Cristo), a pergunta pareceria sem sentido. No entanto, na hipótese de uma consideração separada, diz Santo Tomás de Aquino que se deve considerar a adoração à Humanidade de Cristo de duas maneiras. Em primeiro lugar: a adoração que se dá à Humanidade de Cristo em razão de sua união à Pessoa divina; nesse caso, se trata de uma verdadeira adoração de “latria” à sua Santíssima Humanidade já que ao adorá-la estamos adorando o mesmo Verbo de Deus encarnado. Nesse sentido, diz São João Damasceno que se adora a carne de Cristo não por causa da carne em si mesma, mas por que está unida à pessoa do Verbo de Deus. A segunda consideração é a respeito da adoração que se deve à Humanidade de Cristo por causa das perfeições dessa Humanidade em quanto cheia de todos os dons da graça; nesse sentido se deve adorá-la “adoratione duliae”, com uma adoração de dulia, ou seja com a adoração que se dá às criaturas (a Humanidade de Cristo foi criada); na resposta à primeira objeção, Santo Tomás dirá com mais precisão que à Humanidade de Cristo considerada separadamente se deve dar uma adoração de “hiperdulia”.
Chegados aqui o leitor poderia assustar-se: Santo Tomás de Aquino diz que se deve adorar às criaturas? Não. Tomás de Aquino simplesmente mostra que na sua época a palavra adoração não tinha a mesma carga que tem nos nossos dias. Para ele adoração é o mesmo que “honra”, nesse sentido o determinante nessa questão não é a adoração, mas a “latria”, que é a o tipo de adoração que se deve só a Deus;  a adoração de “dulia” é para ele o que nós hoje em dia conhecemos como “veneração”; finalmente a adoração de “hiperdulia”, que seria uma “veneração especial”. Um exemplo: cantamos no Hino Nacional referindo-no ao Brasil as seguintes palavras: “Ó terra amada, idolatrada”. Será que estamos idolatrando a nossa Pátria? Claro que não. Quando dizemos “terra idolatrada” referindo-nos ao Brasil queremos dizer simplesmente que o nosso País é-nos muito querido, estamos simplesmente cumprindo com o quarto mandamento que inclui a amor à Pátria. Que perigo seria ficar só nas palavras sem dar-nos conta do sentido que elas nos trazem! Cada palavra quer significar uma realidade e não podemos simplesmente ficar preso à palavra em si, mas procurar chegar à realidade que essa palavra nos quer transmitir.
Continuemos com Santo Tomás. Nesse terceiro momento (art.3) nos aproximamos mais da nossa questão. A pergunta agora é se um cristão pode adorar com adoração de latria as imagens de Cristo. Tomás de Aquino, como bom cristão, tem horror à idolatria. A resposta do Santo Doutor se compreende ao olhar tanto a Cristo, Verbo de Deus encarnado, quanto ao movimento da nossa alma ao adorá-lo. Tomás de Aquino diz claramente que  a reverência é algo devido apenas às criaturas racionais, não às coisas. No entanto, fixando-nos nesse movimento da nossa alma quando olha uma imagem, percebemos que olhamos a imagem não só como uma coisa, um pedaço de madeira por exemplo, mas também como imagem de outra realidade. Quando olhamos uma imagem de Cristo, o movimento da nossa alma é aquele que vê a imagem em quanto imagem, ou seja, em quanto imagem de uma outra realidade. Diz Santo Tomás que esse movimento de ver a imagem de Cristo em quanto imagem da Pessoa de Cristo faz com que estejamos voltados ao mesmo Cristo, de tal maneira que à imagem em quanto imagem se deve a mesma adoração que se dá à realidade, já que esse movimento da nossa alma vê na imagem a realidade, não o pedaço de madeira, por exemplo. Não acontece o mesmo se olhamos a imagem em quanto um pedaço de madeira, nesse caso não se deve dar-lhe nenhuma reverência, já que a reverência é dada tão somente às criaturas racionais. Conclusão: às imagens de Cristo em quanto “imagens” de Cristo devemos dar adoração de latria, pois essa adoração não fica na imagem, mas se dirige à realidade, que é Cristo mesmo.
Mas alguém poderia dizer que essa é uma doutrina estranha e que não está na Escritura Santa. Em primeiro lugar, a Igreja Católica não tem como único veículo da Divina Revelação apenas a Escritura (esse é um principio protestante, a sola Scriptura), mas também da Tradição. Diz Tomás de Aquino na resposta à quarta objeção: “por um instinto familiar do Espírito Santo, certas Igrejas conservaram tradições que não estão escritas, mas colocadas para serem observadas pelos fiéis. O mesmo São Paulo diz aos Tessalonicenses: “ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa” (2,15). E entre essas tradições se encontra a adoração das imagens de Cristo”.
Santo Tomás de Aquino vai descendo a questões mais concretas e se pergunta se à Cruz de Cristo se deve adorar com adoração de latria. O leitor perceberá que no fundo a nossa pergunta inicial já foi respondida. Esqueceu-se da pergunta? Pode-se adorar a Santa Cruz? Mas talvez passou despercebida a resposta. Temos a oportunidade de tratá-la agora diretamente.
Já ficou claro que apenas aos seres racionais se dá alguma reverência; às coisas, nenhuma, a não ser em razão da natureza racional, nesse sentido, diz Tomás de Aquino, que quando os homens veneravam as vestes do rei queriam simbolizar através desse ato uma veneração ao mesmo rei. Existe um segundo tipo de veneração que se pode dar a uma coisa: aquela que se dá em razão da união que guarda com a realidade em quanto que a realidade entrou em contato (físico) com a imagem. Se nos referimos à mesma Cruz na qual Cristo foi crucificado, pensamos no Cristo nela estendido, a Cruz entrou em contato com os membros santíssimos de Cristo, nela o seu Sangue preciosíssimo foi derramado. Por tanto, à Cruz na qual Cristo foi crucificado devemos dar adoração de latria. O que acontece é que, em quanto às outras imagens de Cristo crucificado, adoramos com adoração de latria somente em razão desse movimento segundo o qual a nossa alma não fica parada na imagem, mas se dirige à mesma realidade, que é a Pessoa de Cristo, a Cruz na qual Cristo foi crucificado tem também um significado todo especial a causa do contato com os membros santíssimos do único Redendor dos homens, Jesus Cristo. Penso que com isso a nossa pergunta inicial recebe resposta pela segunda vez: realmente a Igreja adora a Santa Cruz porque vê nela não o objeto material em si, mas o que ela significa, Jesus Cristo crucificado, nosso único Salvador.
E se alguém se escandaliza ainda com essa expressão, talvez bastaria citar a São Paulo: “mas nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos; mas, para os eleitos – quer judeus quer gregos –, força de Deus e sabedoria de Deus” (1 Cor 1,23-24). Por outro lado, não o nego, ver uma imagem em quanto imagem e vê-la apenas em quanto um pedaço de pau são movimentos espontâneos da nossa alma, mas à hora de fazer uma reflexão sobre isso encontramo-nos com verdadeiras dificuldades de compreensão. Mas, sejamos honestos: quando nós não entendemos uma coisa não podemos dizer que essa coisa não é assim só porque nós não a entendemos, simplesmente não entendemos. Isso parece-me de bom senso!
Com os princípios a postos, o artigo quinto e o sexto desta questão responderão que à Mãe de Deus, Maria, e aos outros Santos e suas relíquias, jamais se deve adorar com adoração de latria, isso seria idolatria, mas apenas com o que nós chamamos hoje em dia de veneração e que Santo Tomás chamaria de “adoração de hiperdulia” para Nossa Senhora e “adoração de dulia” para os Santos. Penso que não seria demasiado recordar que a palavra “adoração” para Santo Tomás significa “honra, veneração, respeito”, o que determina é se essa honra é de latria ou de hiperdulia ou de dulia.
Sinto muito se a leitura desse pequeno artigo o deixou mais confuso. Acho que com uma segunda ou terceira leitura se poderia entender melhor. Se não, remito à questão da Suma de Teologia, III parte, questão 25. Para terminar, baste o que a Igreja nos diz e que expressa a sua fé: “Crucem tuam adoramus, Domine, et sanctam ressurrectionem tuam laudamus et glorificamus: ecce enim propter lignum venit gaudium in universo mundo” : adoramos, Senhor, a tua Cruz, e louvamos e glorificamos a tua santa ressurreição: por causa do lenho da Cruz vem a todo o mundo o gozo (Ant.1ª para ser cantada enquanto se adora a Santa Cruz).

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