Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Passando da morte para a vida



            Estamos celebrando a Páscoa do Senhor. Todos os anos realizamos o Tríduo Pascal, as celebrações da Semana Santa, e fazemos assim memória do acontecimento central da nossa fé cristã e católica.
            Escrevendo sobre aquela Páscoa na qual Jesus morreria na Cruz, São João diz no seu Evangelho: “Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (13,1). Estava chegando a hora de Jesus passar deste mundo para o Pai! Bela definição do sentido da nossa Páscoa. Sim, Jesus naquela Páscoa passou para o Pai; passou da fragilidade, da precariedade deste mundo, para o mundo do Pai. Entregou sua vida por nós e ressuscitado entrou no mundo do Pai. E tudo isso Ele o fez por amor!
            Celebrar a Páscoa de Cristo é celebrar sua vitória. Vitória esta que Ele obtém pelo amor. O Senhor vence o mal que o levou à Cruz pelo amor, pela livre doação de si mesmo. Jesus é levado para a Cruz pelas forças do mal, mas Ele não se deixa vencer pelo mal e sim vence o mal com o bem, com o amor (Romanos 12,21).
            A vida do cristão é uma vida pascal. Jesus diz no Evangelho: “Em verdade, em verdade vos digo: quem escuta a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não vem a julgamento, mas passou da morte à vida” (João 5,24). Passou da morte à vida! Sim, o cristão é esta pessoa. O discípulo de Jesus é aquele que “escuta sua palavra”, crê em Deus que enviou Jesus e por isso faz a experiência da ressurreição. Nós ressuscitamos com Cristo para uma vida nova!
            Entretanto, como saberemos que passamos realmente da morte à vida? Será meramente pelas emoções? Não! Há uma maneira objetiva de sabermos: “Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Aquele que não ama permanece na morte” (1João 3,14). Sim, é pelo amor, amor aos irmãos! Assim como Jesus na sua Páscoa, amou os seus até o fim, nós também que somos configurados à Cristo pelo Batismo também devemos amar os nossos até o fim, amar com o amor de Cristo, doando nossa vida pelos irmãos (1João 3,16). Quem não ama permanece na morte, não experimenta a força da ressurreição. O egoísmo, o individualismo, o desamor, o ódio são forças de morte as quais só podem ser vencidas pela ressurreição de Cristo.
            Meus irmãos, nós que fizemos a experiência da ressurreição, de “passar da morte à vida”, devemos viver na Igreja e na sociedade como pessoas solidárias, pessoas que amam até o fim. O mundo necessita de nosso testemunho; necessita que introduzamos em todos os ambientes da nossa sociedade a força viva do amor. As nossas paróquias, comunidades, movimentos e grupos devem ser forças vivas do amor que resgata da morte, que ressuscita dentre os mortos, que faz viver.
(Texto publicado no Jornal da Paróquia do Coração Eucarístico, na Diocese de Caruaru – PE).

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