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"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O Ensino religioso nas Escolas



              Este é o título de um artigo publicado no Jornal Gazeta do Povo, 27/03, de autoria de Joel Pinheiro da Fonseca, que começa afirmando que “a Corte Européia de Direitos Humanos decidiu que as escolas públicas italianas têm o direito de pendurar o crucifixo nas salas de aula, contra o protesto de uma mãe de que isso negaria o direito a uma educação secular a seus filhos”.
            O argumento usado pela Corte não é “porque os valores europeus modernos têm raiz no Cristianismo”, mas de que “o crucifixo é um símbolo passivo”, ou seja, “não influencia os alunos”. O articulista questiona tal argumento porque “se tratam de escolas públicas”, pois “a decisão de impor a crença da maioria como norma para todos é insatisfatória”.
            Contudo, o argumento inverso também é válido. Fonseca afirma que “igualmente insatisfatória é a decisão de se calar sobre questões religiosas, fingindo que elas não existem, como propõe o secularismo radical que teme sua ‘influência’ sobre os alunos. O papel da escola é influenciar, mas a questão é saber se a influência é honesta, aberta e racional ou desonesta, manipuladora”.
            Ele afirma ainda que “o silêncio não é neutro: se tudo o que é espiritual é banido da escola, e a escola ensina o que é importante, a mensagem é que questões espirituais não são importantes e não merecem nosso engajamento racional, sendo deixadas ao capricho arbitrário de cada um”. Tal postura é espiritual e tem enorme influência (do tipo velado e manipulador) na mente do aluno.
            O que fazer para resolver a questão? É a descentralização: “diferentes países, cidades e até vizinhanças têm valores e crenças diferentes. Nada mais natural que a escola, parte integrante da comunidade, reflita esses valores e os manifeste com os símbolos apropriados”, acrescenta Joel.
            Por fim, o articulista usa um exemplo. Na própria Itália, devido ao aumento de alunos muçulmanos, muitas escolas têm atividades especiais de Ramadã, ao mesmo tempo em que expõem o crucifixo em sala. Iniciativas de alunos, pais e professores que, autonomamente, pensam em novas maneiras de conciliar as diferenças e manifestar suas identidades costumam ser mais sábias do que as imposições de um comitê central.

Para refletir:
1-      O Estado deve acabar com o Ensino religioso nas escolas?
2-      É possível ensinar religião em que se conciliem as diferenças e se manifestem as identidades?


Pe. Divo de Conto
Pároco Catedral N. Sra. de Guadalupe.

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