Roma,  (Zenit.orgSalvatore Cernuzio | 60 visitas

A Casa Pontifícia não é uma estrutura fria e formal, mas, como o nome sugere, uma verdadeira "casa", cujo dono é Jesus. Qualquer pessoa que entrar nela deve respirar "calor familiar" e receber "apoio" para a sua fé. Foi o que disse o papa Francisco ao receber em audiência os funcionários da Casa Pontifícia, na manhã de hoje, acompanhados pelas suas famílias. Eles realizam as tarefas de acolhimento dos hóspedes no Vaticano por ocasião das audiências, cerimônias oficiais e recepções.
Sua origem é do século XVI, quando um grupo de homens conhecidos como "Cavaleiros da Bússola" realizavam funções semelhantes sob o pontificado de Clemente VIII.
Por trás do que parece um trabalho simples, há, portanto, uma longa história e tradição que implica um profundo senso de dever e clara consciência das próprias responsabilidades. Tanto que o papa começou a sua fala assim: "Perguntemo-nos: o que é a Casa Pontifícia? Quem é o dono da casa? A Casa Pontifícia é de todos os membros da Igreja Católica, que experimentam aqui a hospitalidade, o calor familiar e o apoio para a sua fé".
"E o verdadeiro dono da casa é Jesus, de quem todos nós somos discípulos, servos do seu Evangelho". Isso exige que "cultivemos um diálogo permanente com Ele na oração, que cresçamos na sua amizade e intimidade e testemunhemos o seu amor misericordioso para com todos nós".
"Vocês são de casa", continuou o papa, expressando o seu reconhecimento pessoal pelos serviços realizados durante as visitas de Estado e as audiências. "Eu aprecio muito a gentileza e a cordialidade com que vocês realizam o seu trabalho, em espírito de hospitalidade, inspirados pelo amor à Igreja e ao papa", disse Francisco.
O incentivo é a prosseguir o trabalho como serviço que exige sempre uma "alma". Disse o Santo Padre: "A liturgia de ontem nos apresentou a figura do jovem Samuel, que, morando no templo de Jerusalém, reconheceu a voz do Senhor e respondeu ao chamado dele. Que estes ambientes também sejam para vocês o lugar onde escutar a Deus, que fala com vocês, que os chama a servi-lo de modo cada vez mais maduro e generoso. Oferecido com este espírito”, concluiu o papa, “o seu trabalho pode se tornar uma oportunidade para comunicar a alegria de fazer parte da Igreja”.