A nova encíclica do papa Francisco, Lumen Fidei (Luz da Fé), publicada hoje, 05, apela para a busca de formas justas de governo baseadas nos ensinamentos divinos e a serviço do bem comum. O papa, que está há três meses na função, sucedendo o papa Bento XVI afirma que esse é o caminho para superar os conflitos. A encíclica papal é a posição da Igreja Católica Apostólica Romana sobre temas considerados relevantes.
Na encíclica de Francisco são quatro capítulos e uma conclusão. “[Vamos pedir a Deus que nos] ensine a encontrar formas justas de governo, nos quais a autoridade venha de Deus e esteja a serviço do bem comum, nos oferecendo a possibilidade de perdão que nos leva a superar conflitos”, afirma ele.
O texto vem à público logo no momento da deposição do então presidente do Egito, Mouhamed Mursi, na crise da Síria, e após protestos em vários países, inclusive no Brasil. O papa Francisco diz que a fé é capaz de “iluminar a existência do homem” e lembra que aquele que acredita em Deus se sente mais forte. Ele alerta o risco da “idolatria” substituir a fé e aconselha os católicos a seguir o exemplo de Jesus Cristo, na fé e humildade, e na capacidade de reconhece as virtudes nos outros. “O cristão pode ter os olhos de Jesus, seus sentimentos, sua condição de filho, porque somos receptores do Seu amor e espírito”, diz.
O papa disse que o mundo enfrenta “uma crise de verdade”. “A verdade grande, a verdade que se explica a vida pessoal e social em seu conjunto. Amor e verdade não se podem separar. Quem se propõe no seu caminho a prática o bem está perto de Deus”, diz ele. Francisco destaca a relevância de cada sacramento da Igreja reafirmando que o matrimônio é a “união estável entre homem e mulher”, acrescentando que um casamento deve “gerar filhos”.
“Não nos deixemos roubar a esperança. Não vamos permitir que banalizem soluções e propostas que bloqueiem o caminho”, conclui o papa.
Com informações da Agência Brasil.
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