Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

segunda-feira, 1 de julho de 2013

“Escolham os bispos entre aqueles que não são ambiciosos”, pediu Francisco aos núncios apostólicos


Os núncios apostólicos, ao avaliarem os candidatos para o episcopado, devem indicar pastores que estejam próximos das pessoas, que “não sejam ambiciosos”, que não aspirem ao posto e que, uma vez nomeados, não procurem ser nomeados para uma sede mais importante. O pedido é do Papa Francisco aos seus representantes nas Igrejas e nos governos de todo o mundo, cerca de 150, que foram recebidos nesta sexta-feira pela manhã em uma audiência. Antes de se despedir de cada um dos presentes, Bergoglio fez um discurso que revela o “perfil” do bispo ideal. Palavras que, caso se converterem em atos, terão consequências, diante dos episódios de “carreirismo” eclesial que se verificaram nos últimos anos.
 
Fonte:http://bit.ly/14OwMXz 
A reportagem é de Andrea Tornielli e publicada no sítio Vatican Insider, 21-06-2013. A tradução é do Cepat.
“Vocês conhecem a célebre expressão – disse o Papa aos núncios apostólicos – que indica um critério fundamental na escolha dos que devem governar: ‘si sanctus est oret pro nobis, si doctus est doceat nos, si prudens est regat nos’ (se é santo, que reze por nós, se é douto, que nos ensine, se é prudente, que nos governe). Na delicada tarefa de realizar a investigação para as nomeações episcopais – acrescentou –, devem estar muito atentos para que os candidatos sejam pastores próximos das pessoas, pais e irmãos, que sejam mansos, pacientes e misericordiosos”.
Além disso, explicou Francisco, os candidatos ao episcopado devem amar “a pobreza interior como liberdade no Senhor e também a pobreza exterior como simplicidade e austeridade de vida” e não devem ter “uma psicologia de ‘Príncipes’”. “Estejam atentos – assinalou o Pontífice aos núncios – para que não sejam ambiciosos, que não persigam o episcopado e que sejam esposos de uma Igreja, sem buscar constantemente outra”. Uma alusão explícita às promoções perseguidas por todos aqueles que, mal nomeados para uma diocese pequena, aspiram a uma mais importante. O cardeal Joseph Ratzinger, na época em que era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, também já havia denunciado este fenômeno.
Os candidatos ao episcopado, disse Bergoglio, devem ser “capazes de ‘vigiar’ o rebanho que lhes será confiado, de cuidar de tudo o que o mantém unido; de ‘velar’ por ele, de ter atenção para os perigos que o ameaçam; mas, sobretudo, devem ser capazes de ‘velar’ pelo rebanho, de fazer vigília, cuidar da esperança, que haja luz e sol nos corações, sustentar com amor e paciência os planos que Deus opera em seu povo”.
O modelo do bispo, para Francisco, é São José, “que vela por Maria e Jesus, que cuida da família que Deus lhe encomendou e que tem o olhar atento para procurar evitar os perigos. Por este motivo os pastores sempre devem saber estar na frente do rebanho para indicar-lhe o caminho, no meio do rebanho para mantê-lo unido, atrás do rebanho para evitar que alguém fique para trás e para que o próprio rebanho adquira, por assim dizê-lo, o instinto para encontrar o caminho”.
Antes destes conselhos, relacionados com uma das tarefas mais delicadas e cruciais dos núncios apostólicos, encarregados de realizar averiguações sobre os candidatos ao episcopado para apresentar à Santa Sé as famosas “ternas”, o Papa havia sublinhado que a vida de seus representantes “é uma vida de nômades. A cada três ou quatro anos para os colaboradores; um pouco mais para os núncios, vocês mudam de posto”. Esta vida, explicou Francisco, “dá o sentido do caminho, que é central na vida de fé”, e exige “mortificação, o sacrifício de despojar-se de coisas, amigos, vínculos e começar sempre de novo”. Uma condição que implica “a familiaridade com Jesus Cristo” como “alimento cotidiano”.
De fato, acrescentou o Papa, sempre existe o perigo, “inclusive para os homens de Igreja”, de ceder à “mundanidade espiritual”, ao “espírito do mundo, que leva a agir em proveito da própria realização e não para a glória de Deus, a essa espécie de ‘burguesia do espírito e da vida’ que empurra a ‘inclinar-se’, a buscar uma vida cômoda e tranquila”. Ceder a este espírito “expõe, sobretudo a nós, os pastores, ao ridículo; poderemos receber, talvez, alguns aplausos, mas os mesmos que parecem nos aprovar depois nos criticarão pelas nossas costas”. Francisco convidou os núncios, tanto na relação com as Igrejas locais como na relação com as autoridades governamentais dos diferentes países, a “ser verdadeiros pastores”, que “têm o olhar fixo em Jesus”.
O Pontífice deu uma cruz de prata a cada um dos seus núncios apostólicos.

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