Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

quarta-feira, 9 de março de 2011

Pe. Cicero, santo!?… ou não!?


Pe. Cicero, foi um sacerdote muito querido na região de Juazeiro. Por muitos denomido santo, acabou gerando dúvidas em muitas pessoas, será que Pe. Cicero é santo ou não? Vamos saber um pouco sobre a vida dele:

BIOGRAFIA

Padre_Cicero
Nascido no interior do Ceará, era filho de Joaquim Romão Batista e Joaquina Vicência Romana, conhecida como dona Quinô. Aos seis anos de idade, começou a estudar com o professor Rufino de Alcântara Montezuma.
Um fato importante marcou a sua infância: o voto de castidade, feito aos doze anos, influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales.
Em 1860, foi matriculado no Colégio do renomado Padre Inácio de Sousa Rolim, em Cajazeiras na Paraíba. Aí pouco demorou, pois, a inesperada morte de seu pai, vítima de cólera-morbo, em 1862, o obrigou a interromper os estudos e voltar para junto da mãe e das irmãs solteiras.
A morte do pai, que era pequeno comerciante no Crato, trouxe sérias dificuldades financeiras à família, de tal sorte que, mais tarde, em 1865, quando Cícero Romão Batista precisou ingressar no Seminário da Prainha, em Fortaleza, só o fez graças à ajuda de seu padrinho de crisma, o coronel Antônio Luís Alves Pequeno.

ORDENAÇÃO

Padre Cícero foi ordenado no dia 30 de novembro de 1870. Após sua ordenação retornou a Crato e, enquanto o bispo não lhe dava par para administrar, ficou a ensinar Latim no Colégio Padre Ibiapina, fundado e dirigido pelo professor José Joaquim Teles Marrocos, seu primo e grande amigo.
Chegada a Tabuleiro Grande
No Natal de 1871, convidado pelo professor Simeão Correia de Macedo, Padre Cícero visitou pela primeira vez o povoado de Juazeiro (numa fazenda localizada na povoação de Juazeiro, que pertencia a cidade de Crato), e ali celebrou a tradicional missa do galo.
O padre visitante, de 28 anos de idade, estatura baixa, pele branca, cabelos louros, penetrantes olhos azuis e voz modulada, impressionou os habitantes do lugar. E a recíproca foi verdadeira. Por isso, decorridos alguns meses, exatamente no dia 11 de abril de 1872, lá estava de volta, com bagagem e família, para fixar residência definitiva no Juazeiro.
Muitos livros afirmam que Padre Cícero resolveu fixar morada em Juazeiro devido a um sonho (ou visão) que teve, segundo o qual, certa vez, ao anoitecer de um dia exaustivo, após ter passado horas a fio a confessar as pessoas do arraial, ele procurou descansar no quarto contíguo à sala de aulas da escolinha, onde improvisaram seu alojamento, quando caiu no sono e a visão que mudaria seu destino se revelou. Ele viu, conforme relatou aos amigos íntimos, Jesus Cristo e os doze apóstolos sentados à mesa, numa disposição que lembra a última Ceia. De repente, adentra ao local uma multidão de pessoas carregando seus parcos pertences em pequenas trouxas, a exemplo dos retirantes nordestinos. Cristo, virando-se para os famintos, falou da sua decepção com a humanidade, mas disse estar disposto ainda a fazer um último sacrifício para salvar o mundo. Porém, se os homens não se arrependessem depressa, Ele acabaria com tudo de uma vez. Naquele momento, Ele apontou para os pobres e, voltando-se inesperadamente ordenou: – E você, Padre Cícero, tome conta deles!
Apostolado
Uma vez instalado, formado por um pequeno aglomerado de casas de taipa e uma capelinha erigida pelo primeiro capelão padre Pedro Ribeiro de Carvalho, em honra a Nossa Senhora das Dores, padroeira do lugar, ele tratou inicialmente de melhorar o aspecto da capelinha, adquirindo várias imagens com as esmolas dadas pelos fiéis.
Depois, tocado pelo ardente desejo de conquistar o povo que lhe fora confiado por Deus, desenvolveu intenso trabalho pastoral com pregação, conselhos e visitas domiciliares, como nunca se tinha visto na região. Dessa maneira, rapidamente ganhou a simpatia dos habitantes, passando a exercer grande liderança na comunidade.
Paralelamente, agindo com muita austeridade, cuidou de moralizar os costumes da população, acabando pessoalmente com os excessos de bebedeira e com a prostituição.
Restaurada a harmonia, o povoado experimentou, então, os passos de crescimento, atraindo gente da vizinhança curiosa por conhecer o novo capelão.
Para auxiliá-lo no trabalho pastoral, Padre Cícero resolveu, a exemplo do que fizera Padre Ibiapina, famoso missionário nordestino, falecido em 1883, recrutar mulheres solteiras e viúvas para a organização de uma irmandade leiga, formada por beatas, sob sua inteira autoridade.
Atuou sempre com zelo na recepção dos imigrantes, dentre eles pode-se destacar José Lourenço Gomes da Silva, líder do Caldeirão de Santa Cruz do Deserto.

MILAGRE

padrecicero Um fato incomum, acontecido em 1º de março de 1889, transformou a rotina do lugarejo e a vida de Padre Cícero para sempre.
Naquela data, ao participar de uma comunhão geral, oficiada por ele na capela de Nossa Senhora das Dores, a beata Maria de Araújo ao receber a hóstia consagrada, não pôde degluti-la pois a mesma transformara-se em sangue.
O fato repetiu-se outras vezes, e o povo achou que se tratava de um novo derramamento do sangue de Jesus Cristo e, portanto, era um milagre autêntico.
As toalhas com as quais se limpava a boca da beata ficaram manchadas de sangue e passaram a ser alvo da veneração de todos.
REAÇÃO DA IGREJA
De início, Padre Cícero tratou o caso com cautela, guardando inclusive sigilo por algum tempo. Os médicos Marcos Madeira e Idelfonso Correia Lima e o farmacêutico Joaquim Secundo Chaves foram convidados para testemunhar as transformações, e depois assinaram atestados afirmando que o fato era inexplicável à luz da ciência. Isto contribuiu para fortalecer no povo, no Padre Cícero e em outros sacerdotes a crença no milagre.
O povoado passou a ser alvo de peregrinação: as pessoas queriam ver a beata e adorar os panos tintos de sangue.
O professor e jornalista José Marrocos, desde o começo um ardoroso defensor do milagre, cuidou de divulgá-lo pela imprensa.
A notícia chegou ao conhecimento do Bispo D. Joaquim José Vieira, irritando-o profundamente. Padre Cícero foi chamado ao Palácio Episcopal, em Fortaleza, a fim de prestar esclarecimentos sobre os acontecimentos que todo mundo comentava.
Inicialmente, o bispo ficou admirado com o relato feito por Padre Cícero, porém depois, pressionado por alguns segmentos da Igreja que não aceitavam a idéia de milagre, mandou investigar oficialmente os fatos, nomeando uma Comissão de Inquérito composta por dois sacerdotes de reconhecida competência: os Padres Clicério da Costa Lobo e Francisco Ferreira Antero.
Os padres comissários vieram, assistiram às transformações, examinaram a beata, ouviram testemunhas e depois concluíram que o fato era mesmo divino. O bispo não gostou desse resultado e nomeou outra Comissão, constituída pelos Padres Antônio Alexandrino de Alencar e Manoel Cândido.
A nova Comissão agiu rapidamente. Convocou a beata, deu-lhe a comunhão, e como nada de extraordinário aconteceu, concluiu: não houve milagre!
O povo, Prof. José Marrocos, Padre Cícero e todos os outros padres que acreditavam no milagre protestaram.
Com a posição contrária do bispo, criou-se um tumulto, agravado quando o Relatório do Inquérito foi enviado à Santa Sé, em Roma, e esta confirmou a decisão tomada pelo bispo.
Todos os padres que acreditavam no milagre foram obrigados a se retratar publicamente, ficando reservada ao Padre Cícero uma punição maior: a suspensão de ordem.
Durante toda sua vida ele tentou revogar essa pena, todavia, foi em vão. Aliás, ele até que conseguiu uma vitória em Roma, quando lá esteve em 1898. Entretanto, o bispo, por intransigência, manteve-se irredutível na decisão tomada inicialmente.
Cem anos depois o milagre de Juazeiro foi alvo de estudos pela Parapsicologia. Segundo estudiosos dessa ciência, um caso de aporte foi o que teria acontecido com a beata. A tese do embuste, defendida por muitos padres e escritores, foi descartada pelos parapsicólogos.

NOTÍCIAS DO QUE ESTA ACONTECENDO EM RELAÇÃO A PE. CICERO

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INFORMAÇÕES
Uma história típica da crença popular nordestina aproximou do Brasil, recentemente, o cardeal alemão Joseph Ratzinger, agora papa Bento 16.
Quando era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, em Roma, Ratzinger teve a iniciativa de propor um estudo sobre o padre Cícero Romão Batista, o “padim Ciço” dos romeiros -cultuado como santo no Nordeste, mas renegado (ainda antes de morrer) pela Santa Sé. Só depois desses estudos é que o padre Cícero poderá se tornar santo de verdade.
A iniciativa do cardeal Ratzinger aconteceu em 2001, quando chegava à diocese do Crato (CE) um novo bispo, o italiano Fernando Panico. Essa diocese é a responsável também por Juazeiro do Norte (a 495 km de Fortaleza), município onde se concentra o culto a padre Cícero.
INÍCIO DO PROCESSO
D. Fernando conta que, ao chegar à cidade, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) o informou, por carta, que havia recebido uma correspondência, assinada pelo cardeal alemão. Na mensagem, ele pedia ao bispo de Crato um parecer sobre a possibilidade de ser feito um estudo do caso do padre Cícero. “Imediatamente respondi que sim, e foi iniciado o processo”, disse.
Depois disso, o bispo esteve em Roma duas vezes para se encontrar diretamente com Ratzinger, que quis saber sobre o andamento dos estudos sobre o caso e deu até orientações para a conclusão do processo.
“Assim como os milhões de devotos de padre Cícero espalhados pelo país, espero que o papa, que já nos conhece, que conhece o que está acontecendo em Juazeiro do Norte, as romarias, e conhece também um pouco da figura do padre Cícero, possa nos ajudar a responder a essa expectativa do povo, que é ver reconhecida a santidade de padre Cícero”, disse d. Fernando.
Nas conversas em Roma, Ratzinger primeiro autorizou o bispo do Crato a escolher um padre para investigar, nos documentos secretos da Congregação, dados sobre o período em que viveu o padre Cícero (1844-1934), para saber mais sobre suas relações com a cúpula da Igreja Católica. Depois, o próprio cardeal o orientou sobre os procedimentos para a finalização dos estudos.
“Ele disse que sabia dos estudos, que tudo estava bem encaminhado e que, quando concluíssemos as pesquisas, deveríamos mandar os documentos a Roma, onde será constituída uma nova equipe de estudos para finalizar o processo de reabilitação do padre Cícero”, disse d. Fernando.
Ele ressaltou o tom aberto e afável com que o cardeal o abordou sobre o assunto e demonstrou interesse pelo tema.
Ao falar na homilia de uma missa, sobre a proximidade do papa Bento 16 com a história de padre Cícero, d. Fernando foi bastante aplaudido pelos fiéis. “Que seja um papa que faça jus ao nome que ele escolheu, que seja uma bênção para todos nós, bento e abençoador.”

A REALIDADE

A realidade é que como muitos pensavam, acho que agora já não pensam mais, é que Pe. Cícero não é verdadeiramente santo. Ele era muito querido, pois era muito carismático, venerado por muitos de Juazeiro, o povo pede a canonização dele, fazendo assim Bento XVI convoca um estudo sobre Pe. Cícero. A espera da população de Juazeiro pela canonização é ardente.

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