Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

OVS - Diocese de Caruaru - ENTREVISTA


Padre José Ademilton F. da Silva (Vice-reitor do Seminário e Coordenador Diocesano da OVS)


        Natural de Tacaimbó – PE. Nascimento: 16 de fevereiro de 1978. Vim morar em Caruaru em 1989 e comecei a freqüentar a Paróquia de São Francisco de Assis no ano de 1992. Fui ordenado sacerdote no dia 12 de dezembro de 2006, na Matriz de São Francisco. Atualmente sou, integro a Equipe de Formadores do Seminário, Coordenador Diocesano da OVS e professor no curso de Teologia para Leigos (as) do ITEC.

1 - Como surgiu a vocação sacerdotal?

       Antes eu pensava que a vocação tivesse surgido no momento exato eu que senti a vontade de ser padre. Porém, olhando um pouco a minha história de infância e adolescência, me dei conta que a vocação já vinha sendo cultivada, não por mim, mas pelo próprio Deus que me escolheu; é esta a experiência do profeta Jeremias (Jr 1,4-5).

       Assim compreendi que, desde os terços do mês de maio, rezados nas casas à luz do candeeiro, das missas celebradas pelo saudoso Pe. Pedro Aguiar, seja nas casas, seja grupo escolar onde eu estudava ou até mesmo debaixo das árvores, pois não havia capela no sítio onde nasci; até às Missas na Igreja de São Francisco, à participação no querido e valioso “Grupo Juvenil Maria de Nazaré” (perseverantes), na Catequese de Criança e de Crisma e grupo de Coroinhas; a semente da vocação estava germinando no terreno do coração.

       A partir daí, sob a orientação do estimado Mons. Roque, passei a freqüentar, em 1994, os encontros vocacionais, fazendo um discernimento vocacional ainda mais aprofundado. Em 1999 ingressei no Seminário, para o tempo de formação sacerdotal, cujo ponto alto foi, sem dúvida, a ordenação sacerdotal.


2 – O que considera mais difícil em sua missão?

      Falar uma linguagem que leve as pessoas a se encantarem por Deus “o Pai das misericórdias” (2Cor 1,3), e a descobrirem que Ele tem um projeto de amor para cada uma delas e, encantando-se, possam consagrar a sua vida no serviço generoso e desprendido na comunidade cristã, sendo assim, instrumentos do Reino de Deus também na sociedade onde vivem. Bem como expressar a minha experiência de encanto pelo Senhor, e que, é este encanto que me motiva a consagrar a vida.

      Eu não chamaria de dificuldade, mas de desafio: É estar sempre pronto para viver o meu lema de ordenação sacerdotal: “Eis aqui, envia-me” (Is 6,8); nem sempre é fácil estar disponível para dizer eis aqui, ou seja, sim, na hora em que a Igreja me chama, como o senhor aos apóstolos, a lançar as redes do outro lado do mar (Jo 21,6). Porém, faço o firme propósito de viver, este que é mais que um simples lema, mas um projeto de vida.


3 – Como o Senhor Trabalha com as vocações?

      O ponto de partida é a pessoa humana, na complexidade de sua história e na beleza dos seus sonhos e projetos. E a partir daí, perceber os sinais do chamado divino em sua vida. Para isso, faz-se indispensável dedicação total. No caso específico do seminário, é necessário tempo disponível para ouvir e acompanhar os formandos, sendo uma presença atenta à caminhada do formando dentro da progressividade do processo formativo.

      E, sobretudo, sendo uma presença que transmite a alegria e a realização de ter dito sim ao Senhor que chama a deixar tudo para segui-lo numa doação total. Consciente das dificuldades, mas com o coração repleto de esperança e de confiança naquele que nos constituiu mensageiros de sua Palavra de Salvação e de esperança para o mundo.
4 – Qual seria um sinal de vocação?

       O AMOR incondicional a Deus e ao seu Povo. No diálogo de Jesus com Simão Pedro sobressai esta realidade: “Simão, filho de João: tu me amas? ‘Sim Senhor, tu sabes que eu te amo’. Então, apascenta as minhas ovelhas”(Jo 21,15-17). O amor a Deus traduz-se em amor-serviço aos irmãos.

       Desta forma, aquele que se sente chamado para o ministério sacerdotal, deve cultivar, por uma intensa vida de oração a intimidade profunda com o Amado, que lhe chamou. E, por consegüinte, traduzir este amor na doação ao Povo Santo de Deus, de modo particular os mais sofridos e abandonados, revelando-lhes assim o amor misericordioso de Deus.

5 – Diante da afirmação: “todo batizado é um vocacionado”. Como o Senhor percebe o chamado para uma vocação mais específica?

      O batismo é a fonte de todas as vocações, dele emanam todos os serviços e ministérios na Comunidade Cristã, e todos são elevados à dignidade de Filhos de Deus e membros de um só povo eleito. Na Carta aos Coríntios São Paulo diz: “A cada um é dada a manifestação do Espírito para o bem comum” (1Cor 12,7ss), e acrescenta: “Deus, porém, dispôs os membros no corpo (a Igreja), cada um conforme lhe pareceu melhor” (12,18).

       Sendo assim, nesta variedade de membros e carismas que o Espírito suscita, alguns são chamados pelo Senhor para fazerem uma experiência mais íntima com Ele (cf. Mc 3,13) e a assumirem a condução do Povo de Deus, como seus pastores, para que todos sejam um, assim como Ele e o Pai são um (cf. Jo 17,11). Portanto, a missão dos ministros ordenados é manter a Comunhão de todos em torno do Cristo Bom Pastor.

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