Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

terça-feira, 29 de novembro de 2011

COMO A IGREJA SALVOU A EXISTÊNCIA DA RAÇA HUMANA


Por: Seminarista Sérgio Muniz, AOR (Membro Colaborador da Equipe Pró – Ecclesia)

Estamos na Europa, Séc. XI. De herança maniquéia (veja síntese do maniqueísmo no numero um logo abaixo)[1] crescia acentuadamente um grupo de hereges que ameaçava o futuro da Igreja. Eles, influenciados por diversas doutrinas Platónicas acreditavam que toda matéria era má, pois se corrompia. Para eles todo homem era um espírito puro aprisionado no cárcere mal do corpo por obra de um deus mal. Esse Deus (figurado no Deus Vingador do Antigo testamento) prendia espíritos bons que teriam sido criados por pelo Deus bom em bonecos de barro. Dessa maneira toda a criação do mundo material, inclusive o homem, teria sido uma obra maléfica desse deus Satã, o deus criador do antingo testamento e da Igreja Católica.
Jesus foi o mensageiro do bom Deus (que veio apenas aparentemente em corpo falso, pois ele não deveria ter contato com a matéria que era má), veio dizer do engano dos profetas antigos que serviam ao deus mal e veio ensinar o homem a renunciar a matéria, a carne e a vida nesse mundo pervertido para encontrar a pátria perdida. O fim dos tempos se daria quando a ultima alma desencarnasse e se libertasse da matéria (reencarnada varias vezes por obra de Satã, o deus da Igreja Católica). Aos seguidores desses pensamentos chamavam de “os puros” (cátaros em grego).



Os cátaros levavam uma vida desprovida de qualquer auxilio material, muitos morriam por recusar alimento material. Praticavam a “Endura”, suicídio sagrado, que visava o abandono da matéria e a chegada mais rápida à pátria pura do céu. Milhares de mulheres grávidas foram assassinadas, pois eram tidas como possuídas por demônios que apreenderiam novos anjos em corpos desgraçados. Sempre se reuniam   em casas previamente determinadas e ali invocavam todos os nomes de Satanás até que este aparecesse no meio deles em forma de algum animal. Nesse momento apagavam-se as velas e todos se entregavam a maior devassidão. “Cada um laçava mão da primeira mulher que encontrasse, mesmo que essa fosse sua mãe, sua irmã, ou uma religiosa. A criança que nascesse desse ato infame era levada à reunião quando estava com oito dias, e, depois de acenderem uma enorme fogueira imolavam-na à maneira dos antigos pagãos. As cinzas  do pobre inocente eram recolhidas e guardadas com a mesma veneração com que os cristãos guardavam o Corpo de Cristo. Com efeito, essas cinzas tinham uma virtude diabólica tão forte que todo aquele que as provasse nunca mais poderia abandonar a heresia para voltar à fé verdadeira.”[2]
Movidos pela heresia os cátaros destruíam Igrejas, propriedades privadas e causavam tumulto nas cidades. Eram apoiados por grandes nobres da época, pois (já no séc. XII com doutrina, dogmas e sacerdotes organizados) passar para a heresia era uma ótima razão para afanar os bens do clero e da Igreja. Já no início do séc. XIV os cátaros estavam disseminados por toda a Europa e constituídos como um ‘Anti- Igreja’, que lutava com todas as forças para destruir o Catolicismo.
Criou-se então uma atmosfera de guerra entre os dois lados da história. “As vezes os cátaros eram arrancados dos tribunais seculares ou eclesiásticos e lançados ao fogo, pelo povo. assim a heresia, além de antissocial era anticristã, e se tornava um anarquismo sobrenatural.”[3] ergueu-se como uma imitação da Igreja para superá-la, era dividida em paroquias, dioceses e seus bispos convocavam concílios. O povo era dirigido pelos diáconos que exerciam o papel de párocos. Mesmo tendo Igrejas e imitando o Catolicismo na forma aparente, não pregavam sobre trindade, batismo nem Eucaristia, mas apregoavam a luta contra as obras do Deus Católico, eram contra o matrimonio (mas incentivavam o concubinato),  e eram contra a autoridade governamental (anarquismo).
Anarquia da insurreição cátara na tentativa de destruir a Igreja e a existência do homem

Muitas pessoas temiam ser mortas se não aderissem à heresia, outros aderiam por ignorância. Em 1022 em Orleans os principais líderes cátaros foram pegos pelo rei Roberto, o Piedoso mandou queimar os 14 cátaros que morreram dizendo que não esperavam nada melhor que praticar a “Endura”. Isso mostra a violência da heresia. Muitos inspirados nessas práticas também comiam vidro moído, ou abriam as próprias veias ou até bebiam veneno, para poderem morrer logo.
Inúmeras revoltas populares insurgiram contra os cátaros, onde o povo não só queimava com as próprias mãos os suspeitos de cataríssimo, como exigiam da Igreja e do Estado punições severas. Tendo em vista que a Igreja, anunciadora da verdade, se não apontasse a mentira estaria traindo a Cristo, deu-se inicio à chamada “INQUISIÇÃO”. Nela a igreja, pelo seu compromisso com a Verdade, não poderia esconder os hereges (tidos como criminosos civis), desse modo, tinha o dever de apontar aqueles que levavam os demais ao caminho do erro e afastavam de Cristo, de tabela, o estado via nesses, criminosos passiveis de penas jurídicas.
Os cátaros tomaram proporções gigantescas e assustadoras na Europa e a quem defenda que a Igreja católica salvou a humanidade de sua extinção, pois uma doutrina baseada em suicídio, assassinato (inclusive de gravidas e crianças que perpetuam a espécie), pois “se o cataríssimo se tornasse só igual ao catolicismo [...]se o seu asceticismo se tornasse universal, devia levar à extinção humana. Eles consideravam pecado qualquer melhoramento da matéria, o que paralisaria completamente o progresso da sociedade.”[4]  
[Post Inscriptum: Importante não entendermos aqui “Inquisição” no sentido terminal do período, mas como intervenção (apenas) canônica e de necessidade inegável para nós hoje.]

QUEM TIVER OUVIDOS.... OUÇA!

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