Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Caridade da Igreja não substitui consciência civil, diz Papa



O serviço que a Igreja presta para enfrentar as carências das pessoas “não entende substituir nem muito menos anestesiar a consciência coletiva e civil” em relação aos problemas; a crise econômica global requer a coragem da fraternidade. Foi o que destacou o Papa Bento XVI, aos participantes num encontro promovido pela Caritas Italiana, na quinta-feira, 24.
Durante a Missa celebrada na Basílica de São Pedro, o Pontífice salientou que, evocando a especificidade da ação caritativa da Igreja, cada um está chamado a “dar o seu contributo para que o amor com que desde sempre e para sempre somos amados por Deus se torne vida concreta, força de serviço, consciência da responsabilidade”.
Evocando o “método de trabalho” desde há tantos anos adotado pela Caritas Italiana (escutar, observar, discernir), Bento XVI considerou que se trata de “um estilo que torna possível agir pastoralmente, entabulando ao mesmo tempo um diálogo profundo e profícuo com os vários âmbitos da vida eclesial… e com o variegado mundo do voluntariado organizado”.

Referindo os “gestos” de Jesus que os Evangelhos nos apresentam, o Papa observou que esta “modalidade dos gestos, dos sinais” corresponde bem àquilo que designou como “a função pedagógica da Caritas”.

“É através de gestos concretos que vós falais, evangelizais, educais. Uma obra de caridade fala de Deus, anuncia uma esperança, leva a colocar-se perguntas. Faço votos para que vocês saibam cultivar do modo melhor a qualidade das obras que soubestes inventar”, disse o Santo Padre

As obras de caridade devem falar por si, para Bento XVI o mais importante é motivar quem nelas trabalham para serem fortes testemunhos.

“São obras de Igreja, expressão da atenção em relação a quem se encontra em dificuldade, para ajudar - os mais pobres a crescerem na sua dignidade, as comunidades cristãos a avançarem no seguimento de Cristo, a sociedade civil a assumir conscientemente as suas obrigações”, afirmou.

Citando o Concílio Vaticano II, o Pontífice sublinhou que “antes de mais há que concretizar as obrigações da justiça, não aconteça que se ofereça como dom de caridade aquilo que já é devido a título de justiça”.

Deus é caridade
Recordando sua Encíclica “Deus caritas est”, Bento XVI disse também que a caridade exige abertura mental, olhar amplo, intuição, previsão, mas sobretudo um coração que vê.

“Responder às necessidades não é apenas dar pão a quem tem fome, mas também deixar-se interpelar pelas causas que provocam essa fome, com aquele olhar de Jesus que sabia ver a realidade profunda das pessoas que o abordavam. É nesta perspetiva que o hoje interpela o vosso modo de serdes animadores e operadores de caridade”, enfatizou.
Para o Santo Padre, a humanidade não precisa apenas de benfeitores, mas também de pessoas humildes e concretas que, como Jesus, saibam colocar-se ao lado dos irmãos, partilhando um pouco da sua fadiga.

“Numa palavra, as pessoas procuram sinais de esperança. E a nossa fonte de esperança está no Senhor. E é por isso que há necessidade da Caritas: não para delegar nela o serviço da caridade, mas para que seja um sinal da caridade de Cristo, um sinal que forneça esperança”, destacou.

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