Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Homem e mulher Ele os criou





silhouette of pregnant woman and her husband
Afirma ainda a antropologia cristã que o ser humano não é fruto de uma evolução caótica, mas de um querer divino, sábio e bom, que não é difícil de ser reconhecido na própria natureza humana: na sua corporeidade, sua inteligência, vontade e capacidades naturais, orientadas não apenas para a sobrevivência, mas também para a busca da verdade e da plenitude do viver. O homem é dotado de liberdade e tem a capacidade de discernir e de decidir-se pelo bem ou pelo mal. No exercício da liberdade está uma das bases da grandeza e da dignidade do homem.
O ser humano, portanto, não é ‘esta metamorfose ambulante’, que segue vagando pela vida sem saber quem é, o que quer, para quê vive, por que é aquilo que é; nem está preso a um determinismo cego, que o acorrenta aos acontecimentos, sem que ele possa fazer-se senhor das próprias decisões. Cabe-lhe tomar conta de si mesmo e viver de forma responsável, conforme sua dignidade e sua natureza.
Um aspecto importante desse “viver conforme a sua natureza” consiste em assumir a própria identidade sexual. Há muita confusão sobre isso na cultura atual e a sexualidade já não é levada a sério, como um fato de natureza, mas é tida como um fenômeno cultural. Nem mesmo a diferenciação sexual entre masculino e feminino é levada a sério; corre muito a idéia de que a identidade sexual é moldada pela cultura e pela subjetividade e que cada um “constrói” a sua identidade sexual; a diferenciação sexual no corpo humano seria apenas um “fato secundário” e contaria mais aquilo que o sujeito decide ser. Identidade sexual seria uma questão de opção.
A consequência disso é que aumentam os comportamentos sexuais pouco definidos, nem masculinos, nem femininos. Sempre mais se fala de homossexuais, bissexuais, transexuais… Em tal contexto, ser heterossexual, com identidade definida de homem (masculino) e de mulher (feminina) aparece apenas como uma entre as tantas possibilidades e opções quanto à identidade sexual. A pergunta que fica no ar é se não há um grave equívoco nisso? Vai ficar assim daqui por diante? Aonde vai levar isso?!
Para a antropologia cristã, a confusão quanto à identidade sexual, que se espalha sempre mais na cultura, não deixa de levantar uma séria preocupação. Para o pensamento cristão, a diferenciação sexual (homem e mulher) deve ser levada plenamente a sério; a sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, na sua unidade de alma e corpo. Ela diz respeito à afetividade, à capacidade de amar e de procriar; de maneira mais geral, diz respeito à aptidão de criar vínculos serenos de comunhão com os outros.
Cabe a cada homem e mulher reconhecer e aceitar a própria identidade sexual. As diferenças e complementariedades físicas, morais e espirituais estão orientadas para os bens do casamento e da família. A harmonia do casal e da sociedade depende, em parte, da maneira como se vivem entre os sexos a complementariedade e o apoio recíprocos. A pretensão de mexer nessa harmonia que Deus estabeleceu entre os sexos e de submeter a identidade sexual ao arbítrio da vontade, tão influenciável por fatores culturais e dinâmicas sócio-educativas (ou ‘deseducativas’…), é uma temeridade, que não promete bons frutos para o futuro da humanidade.
A Igreja Católica, portanto, vê com preocupação a crescente ambiguidade quanto à identidade sexual, que vai tomando conta da cultura. Antes de ser um problema moral, é um problema antropológico. Evidentemente, isso não justifica qualquer tipo de violência e agressão contra homossexuais ou quem quer que seja, mas é um convite a uma reflexão séria. Não é possível que a natureza tenha errado ao moldar o ser humano como homem e mulher. Isso tem um significado e é preciso descobri-lo e levá-lo a sério.
Para quem deseja a verdade e busca conformar sua vida ao desígnio de Deus, permanece o convite a se deixar conduzir pela luz da Palavra de Deus e pelo ensinamento da Igreja também no tocante à moral sexual. O 6º mandamento da Lei de Deus (“não pecar contra a castidade”) não foi abolido e significa, positivamente, viver a sexualidade de acordo com o desígnio de Deus.
Por Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

FREI RANIERO PREGA AO PAPA


O Papa Bento XVI participou no dia 07 do corrente mês, na Capela Redemptoris Mater
no Vaticano, da primeira pregação do Advento, 
feita pelo Pregador da Casa Pontifícia, frei Raniero Cantalamessa.
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O tema desta primeira pregação foi dedicada ao tema “O Ano da Fé e o Catecismo da Igreja Católica”.
A nossa situação, afirma o frei Cantalamessa, voltou a ser a mesma que no tempo dos apóstolos. “Eles tinham diante de si um mundo pré-cristão para evangelizar; nós temos diante de nós, pelo menos até certo ponto e em alguns ambientes, um mundo pós-cristão para evangelizar. Devemos voltar para o método dos apóstolos, trazer à luz "a espada do Espírito", que é o anúncio, em Espírito e poder, de Cristo morto pelos nossos pecados e ressuscitado para a nossa justificação.”
O querigma, explicou ainda o Pregador da Casa Pontifícia, não é apenas o anúncio de alguns fatos ou verdades de fé claramente definidas; é também uma certa atmosfera espiritual. É responsabilidade do anunciador, por meio da sua fé, permitir ao Espírito Santo criar esta atmosfera.
É a unção do Espírito que faz passar dos enunciados de fé à sua realidade. A unção do Espírito Santo produz também um efeito, por assim dizer, "colateral" no anunciador: faz que ele experimente a alegria de proclamar Jesus e o seu Evangelho. Transforma a evangelização de tarefa e dever, numa honra e num motivo de orgulho. A “boa notícia”, antes mesmo de quem a recebe, faz feliz quem a traz.
“Peçamos a Nossa Senhora a graça de experimentar, neste ano, muitos momentos de unção da fé”, conclui o frei Cantalamessa. Fonte: CNBB. 

Desigualdade e equidade


Encontra-se no bureau da Presidente da República, para ser assinada, a Lei Federal que regulamentará a distribuição dos royalties advindos da exploração do petróleo na camada do pré-sal. O assunto está revelando um grande conflito de interesses. A maioria dos Estados, o Distrito Federal e os Municípios esperam a sansão presidencial da Lei aprovada pelo Congresso Nacional, enquanto os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo querem o veto de alguns artigos.

Em que consistem os royalties? “Na antiguidade, royalties eram os valores pagos por terceiros ao rei ou nobre, como compensação pela extração de recursos naturais existentes em suas terras, como madeira, água, recursos minerais ou outros recursos naturais, incluindo, muitas vezes, a caça e pesca, ou ainda, pelo uso de bens de propriedade do rei, como pontes ou moinhos. Na atualidade, royalty é o termo utilizado para designar a importância paga ao detentor ou proprietário ou um território, recurso natural, produto, marca, patente de produto, processo de produção, ou obra original, pelos direitos de exploração, uso, distribuição ou comercialização do referido produto ou tecnologia. Os detentores ou proprietários recebem porcentagens geralmente pré-fixadas das vendas finais ou dos lucros obtidos por aquele que extrai o recurso natural, ou fabrica e comercializa um produto ou tecnologia, assim como o concurso de suas marcas ou dos lucros obtidos com essas operações O proprietário em questão pode ser uma pessoa física, uma empresa ou o próprio Estado. Royalties são, atualmente, a cobrança de impostos da extração de um recurso natural de uma determinada região.” Portanto, “Os royalties de petróleo são os valores em dinheiro pagos pelas empresas produtoras aos governos para ter direito à exploração.”

As expectativas em relação à sansão da Lei aprovada dizem respeito ao presente e ao futuro da própria nação, brasileira. Levando-se em consideração o quadro de desigualdade social e econômica, entre Estados, Regiões e Municípios no Brasil, vê-se logo a necessidade de uma equidade de direitos, nessa linha da justiça social e econômica. Sob esse aspecto, há um fator a considerar “Todos os brasileiros, através dos seus impostos, pagaram pesquisa, lavra e retirada do petróleo do subsolo. O que a Câmara e o Senado estão fazendo é justiça, ou seja, todos os brasileiros contribuíram para ajudar na localização e na exploração, é justo que todos os estados compartilhem os royalties”.Os Estados produtores – Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo - opõem-se à Lei “que altera as regras de distribuição dos royalties”. Eis o porquê: pela regra em vigor, essa é a ordem da distribuição dos royalties do petróleo: Estados produtores: 22,5%; Municípios produtores: 30%; União: 40; “Os 7,5% restantes são distribuídos entre todos os municípios e estados da federação, conforme as regras do Fundo de Participação dos Municípios (FRM) e do Fundo de Participação aos estados (FRE)”. Na nova Lei do pré-sal, mudam-se a abrangência e os percentuais na participação dos royalties: todos os Estados e o Distrito Federal: 30%; todos os Municípios: 30%; União: 40%.
Sem dúvida, a nova regra de distribuição dos royalties da exploração do petróleo na camada do pré-sal contribui para uma maior equidade na perspectiva da cidadania e justiça social no Brasil. Essa distribuição de recursos deve ser vista como benefício maior para a população brasileira que conhece a desigualdade como uma marca registrada de sua história.
Dom Genival Saraiva de França é Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), Responsável pela Comissão Regional de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz; Diretor presidente do Conselho de Orientação do Ensino Religioso do Estado de Pernambuco (CONOERPE); Membro efetivo do Conselho Econômico da CNBB NE2.

Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança visita Salgueiro



A Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança, Irmã Vera Lúcia Altoé, participou no dia 07, do Encontro de Avaliação da Pastoral da Criança 2012, realizado no Salão Paroquial da Catedral de Santo Antonio, em Salgueiro.

Recebidos pelo bispo diocesano, Dom Magnus Henrique Lopes, o Vigário Geral, padre José Gilson, o prefeito do município, Marcones Libório de Sá e pela coordenadora diocesana da Pastoral da Criança, Lúcia Viana, a Irmã Vera estava acompanhada do coordenador estadual da Pastoral, Genaldo Lessa.

O encontro contou ainda, com a participação de coordenadores, lideres e apoios da Pastoral nos quinzes municípios que compõem a diocese.

Dom Magnus saudou a Irmã Vera, parabenizando-a pela profícua e desafiadora missão frente à coordenação da Pastoral que, na Diocese, assiste cerca de dez mil. Em seguida, dirigindo-se ao Líderes, falou sobre o valor e a importância do trabalho que desenvolvem para as crianças e suas famílias.

A Irmã Vera agradeceu o apoio que a Diocese tem dado à Pastoral da Criança, enfatizou “a importância dos primeiros 1000 dias de vida da criança, período fundamental para prevenir doenças crônicas como diabetes, hipertensão, osteoporose ou doenças coronarianas" e expressou o desejo de que cada Ramo consiga duplicar o número de Líderes, famílias, crianças e comunidades assistidas.

Fonte: Pascom Diocese de Salgueiro
            Suzy Rocha

Conselho Missionário Regional de Mato Grosso do Sul realiza sua Assembleia Anual


Comireoeste12012Com a presença de representantes das sete dioceses do Mato Grosso do Sul, que compõem o Regional Oeste 1 da CNBB, 18 participantes realizaram a Assembleia anual do Conselho Missionário Regional, nos dias 07 a 09 de dezembro, na sede do Instituto de Teologia da arquidiocese de Campo Grande. Todas as atividades de assessoria foram desenvolvidas pelos assessores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, irmã Dirce Gomes da Silva, assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial e padre Sidnei Marco Dornelas, assessor da Comissão Episcopal para a Missão Continental.
Após ouvir a experiências da caminhada Missionária das dioceses presentes, padre Sidnei iniciou as reflexões, partindo da apresentação da memória do 3º Congresso Nacional Missionário. No centro do debate esteve a realidade atual da Igreja, com os desafios da “mudança de época” e as propostas de Aparecida, que ganharam forma no projeto da Missão Continental.
Tendo como pano de fundo as perspectivas de ação das urgências das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil, se realizou um diálogo sobre como, na prática, colocar as Igrejas Locais do Regional em estado permanente de missão.
Assim, dentre as grandes frentes missionárias destacadas estão a expansão do agro-negócio, o êxodo rural, as muitas questões ligadas às fronteiras. Foram lembrados desafios da missão frente à realidade indígena, nos seus territórios, em meio às suas carências e conflitos, mas também nas cidades. Foi ressaltado que Campo Grande possui a segunda maior população indígena urbana do país.
Apesar das dificuldades de organização e estruturação, existe em todas as Dioceses um grande esforço pela setorização das Paróquias, pelas iniciativas de missão popular e pastoral da visitação, e criação de pequenas comunidades.
Irmã Dirce Gomes da Silva partindo das DGAE apresentou a organização Missionária da Igreja do Brasil, e refletindo o objetivo Geral da Ação Evangelizadora, mostrando a partir de Cristo por onde os Conselhos Missionários COMIRE, COMIDI E COMIPAS podem seguir o caminho, de uma verdadeira animação Missionária. Além disso, respondeu muitos questionamentos e esclareceu dúvidas sobre a organização, estruturas e funcionamentos dos diversos Conselhos Missionários.
Na avaliação final, os participantes expressaram sua alegria pela presença e o testemunho dos assessores da CNBB, destacaram como positivo a partilha de experiência, o renovado ardor missionário  e o reafirmar a missão. Todavia, sentiram a falta de mais participantes.

Entidades divulgam nota de solidariedade a dom Pedro Casaldáliga



Pedro-Casaldaliga
15 entidades e organizações da sociedade civil, incluindo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT), divulgaram uma nota de solidariedade ao bispo prelado emérito de São Félix do Araguaia (MT), dom Pedro Casaldáliga.
A nota se refere a desocupação das terras indígenas Marãiwatsèdè  Xavante, após mais de 20 anos de invasão por fazendeiros, posseiros e pequenos produtores.
Segundo a nota, as entidades querem externar sua mais irrestrita solidariedade a dom Pedro. “Desde o momento em que pisou este chão do Araguaia e mais precisamente, desde a hora em que foi sagrado bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia, sua ação sempre se pautou na defesa dos interesses dos mais pobres, os povos indígenas, os posseiros e os peões. Todos sabem que Dom Pedro e a Prelazia sempre deram apoio a todas as ocupações de terra pelos posseiros e sem terra e como estas ocupações foram o suporte que possibilitou a criação da maior parte dos municípios da região”.
Ainda segundo as entidades que assinam a nota, a área reservada aos Xavante foi toda ocupada por fazendeiros, políticos e comerciantes. Muitos pequenos foram incentivados e apoiados a ocupar algumas pequenas áreas para dar cobertura aos grandes. “O governo da República, porém estava agindo e logo, em 1993, declarou a área como Terra Indígena que foi demarcada e, em 1998 homologada pelo presidente FHC. Só agora é que a justiça está reconhecendo de maneira definitiva o direito maior dos índios. O que D. Pedro sempre pediu, em relação a esta terra, foi que os pequenos que entraram enganados, fossem assentados em outras terras da Reforma Agrária. Mas o que se vê é que, ontem como hoje, os pequenos continuam sendo massa de manobra nas mãos dos grandes e dos políticos na tentativa de não se garantir aos povos indígenas um direito que lhes é reconhecido pela Constituição Brasileira”.
Para o bispo de São Félix, dom Adriano Ciocca, “estamos vivendo um momento de muita apreensão e tensão em nossa Prelazia por causa da retirada dos ocupantes não-indígenas das terras de Marãiwatsèdè. Sabemos que está havendo muito sofrimento, sobretudo, dos mais pobres, por causa desta retirada determinada pela justiça. Queremos lembrar que nós, bispos e agentes de pastoral, desde o início desta ocupação alertamos e sempre continuamos alertando para a possibilidade do atual desfecho por se tratar de terras cujo direito é garantido ao povo Xavante pela Constituição Federal de nosso país. Lamentamos que pessoas humildes tenham se deixado levar pelas promessas de políticos e demais pessoas interessadas apenas em tirar proveito desta terra historicamente pertencente ao povo Xavante e que estão acostumadas a usar o povo para garantir os seus interesses. Repudiamos todas as ameaças que nosso bispo emérito Pedro vem sofrendo, bem como membros do povo Xavante. Alertamos para o fato de que nenhuma violência poderá reverter a decisão tomada pela justiça e que o atos criminosos só aumentarão o sofrimento de mais pessoas e suas consequências deverão cair também sobre as cabeças de quem os praticar”, disse dom Adriano Ciocca em nota divulgada ao povo de São Félix.
Leia abaixo a nota das entidades:
Nota de solidariedade a Dom Pedro Casaldáliga
Ao se aproximar a desintrusão da Terra Indígena Marãiwatsèdè, após mais de 20 anos de invasão, quando os não indígenas estão para ser retirados desta área, multiplicam-se as manifestações de fazendeiros, políticos e dos próprios meios de comunicação contra a ação da justiça.
Neste momento de desespero, uma das pessoas mais visadas pelos invasores e pelos que os defendem é Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia, a quem estão querendo, irresponsável e inescrupulosamente, imputar a responsabilidade pela demarcação da área Xavante nas terras do Posto da Mata.
As entidades que assinam esta nota querem externar sua mais irrestrita solidariedade a Dom Pedro. Desde o momento em que pisou este chão do Araguaia e mais precisamente, desde a hora em que foi sagrado bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia, sua ação sempre se pautou na defesa dos interesses dos mais pobres, os povos indígenas, os posseiros e os peões. Todos sabem que Dom Pedro e a Prelazia sempre deram apoio a todas as ocupações de terra pelos posseiros e sem terra e como estas ocupações foram o suporte que possibilitou a criação da maior parte dos municípios da região.
Em relação à terra indígena Marãiwatsèdè, dos Xavante, os primeiros moradores da região nas décadas de 1930, 40 e 50 são testemunhas da presença dos indígenas na região e como eles perambulavam por toda ela.  Foi com a chegada das empresas agropecuárias, na década de 1960, com apoio do governo militar, que a Suiá Missu se estabeleceu nas proximidades de uma das aldeias e até mesmo conseguiu o apoio do Serviço de Proteção ao Índio para se ver livre  da presença dos indígenas. A imprensa nacional noticiou a retirada de 289 xavante da região os quais foram transportados em aviões da FAB, em 1966, para a aldeia de São Marcos, no município de Barra do Garças.
Em 1992, a AGIP, empresa italiana que tinha comprado a Suiá Missu das mãos da família Ometto, quis se desfazer destas terras. Por ocasião da ECO-92, sob pressão inclusive internacional, a empresa destinou 165.000 hectares para os Xavante que, durante todo este tempo, sonhavam em voltar à terra de onde tinham sido arrancados. Imediatamente  fazendeiros e políticos da região fizeram uma grande campanha para ocupar a área que fora reservada aos Xavante, precisamente para impedir que os mesmos retornassem. Já no dia 20 de junho de 1992, algumas áreas tinham sido ocupadas e foi feita uma reunião no Posto da Mata, da qual participaram políticos de São Félix do Araguaia e de Alto Boa Vista e também havia repórteres. A reunião foi toda gravada.
As falas deixam mais do que claro que a invasão da área era  exatamente para impedir a volta dos  Xavante. “Se a população achou por bem tomar conta dessa terra em vez de dá-la para os índios, nós temos que dar esse respaldo para o povo” (José Antônio de Almeida – Bau, prefeito de São Félix do Araguaia).  “A finalidade dessa reunião é tentarmos organizar mais os posseiros que estão dentro da área... Se for colocar índio no seu habitat natural, tem que mandar índio lá para Jacareacanga, ou Amazonas, ou Pará...” (Osmar Kalil – Mazim, candidato a prefeito do Alto Boa Vista). “Nós ajudamos até todos os posseiros daqui serem localizados... Chegou a um ponto, ou nós ou eles (os Xavante) porque nós temos o direito... Dizer que aqui tem muito índio? Aqueles que estão preocupados com os índios que tem que assentar. Tem um monte de país que não tem índio. Pode levar a metade... Na Itália tem índio? Não, não tem! Leva! Leva pra lá! Carrega pra lá! Agora, não vem jogar em nós, não... ( Filemon Costa Limoeiro, à época funcionário do Fórum de São Félix do Araguaia)
A área reservada aos Xavante foi toda ocupada por fazendeiros, políticos e comerciantes. Muitos pequenos foram incentivados e apoiados a ocupar algumas pequenas áreas para dar cobertura aos grandes. O governo da República, porém estava agindo e logo,  em 1993, declarou a área como Terra Indígena que foi demarcada e, em 1998 homologada pelo presidente FHC.  Só agora é que a justiça está reconhecendo de maneira definitiva o direito maior dos índios.  O que D. Pedro sempre pediu, em relação a esta terra, foi que os pequenos que entraram enganados, fossem assentados em outras terras da Reformas Agrária. Mas o que se vê é que, ontem como hoje, os pequenos continuam sendo massa de manobra nas mãos dos grandes e dos políticos na tentativa de não se garantir aos povos indígenas um direito que lhes é reconhecido pela Constituição Brasileira.
Mais uma vez, queremos manifestar nossa solidariedade a Dom Pedro e denunciar mais esta mentira de parte daqueles que tentam eximir-se da sua responsabilidade sobre a situação de sofrimento, tensão e ameaça de violência que eles mesmos criaram, jogando esta responsabilidade sobre os ombros de nosso bispo emérito.
5 de dezembro de 2012
Conselho Indigenista Missionário – CIMI - Brasilia
Comissão Pastoral da Terra – CPT - Goiânia
Escritório de Direitos Humanos da Prelazia de São Félix do Araguaia – São Félix do Araguaia
Associação de Educação e Assistência Social Nossa Senhora da Assunção – ANSA – São Félix do Araguaia
Instituto Humana Raça Fêmina – Inhurafe – São Félix do Araguaia
Associação Terra Viva – Porto Alegre do Norte
Associação Alvorada – Vila Rica
Associação de Artesanato Arte Nossa – São Félix do Araguaia
Grupo de Pesquisa Movimentos Sociais e Educação - GPMSE - Cuiabá
Associação Brasileira de Homeopatia Popular – ABHP - Cuiabá
Fórum de Direitos Humanos e da Terra de Mato Grosso - FDHT - Cuiabá
Centro Burnier Fé e Justiça – CBFJ - Cuiabá
Fórum Matogrossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento – FORMAD - Cuiabá
Instituto Caracol – ICARACOL - Cuiabá
Rede de Educação Ambiental de Mato Grosso – REMTEA - Cuiabá

domingo, 9 de dezembro de 2012

Nos preparemos para acolher o Filho de Deus


Festa de Nossa Senhora do Ó - Altinho/PE


Hoje se tem a abertura da Festa de Nossa Senhora do Ó - Altinho/PE
09 a 18 de Dezembro

Veja toda a programação:




“E Deus disse: Faça-se a luz.” (Gên 1,3)


  Eis um grande mistério de fé, e somente com as óticas da fé se torna possível encarar e aceitar a legitimidade de tal mistério. Ora, se é mistério, provavelmente é também incompreensível, insondável, e, portanto, questionável.
            Tais atitudes fazem parte do interior do homem ante as situações adversas impostas pelo cotidiano. No escuro é muito difícil direcionar-se. Assim também acontece no campo espiritual. Quando imersos nas trevas dos problemas que enfrentamos diariamente, quando nos vemos sem saída, quando tudo parece tão difícil que até o nosso entendimento não consegue comportar, aí nos deparamos com nossas reais debilidades e impossibilidades, e, portanto, nossa primeira reação na maioria dos casos é justamente questionar. Questionamos porque não compreendemos, e não compreendemos porque é algo insondável, e nós tememos o que não conhecemos.
            Quando levados ao campo espiritual, questionamos primeiro a Deus. Mas o questionamos porque na realidade não nos conhecemos a nós mesmos. Quando o homem tem o conhecimento de si próprio, consegue conviver com suas debilidades e fragilidades, e chegando a esse ponto, certamente terá plena consciência de que é um ser limitado e que precisa viver o respeito à essas limitações. O problema é que isso raramente acontece, e porque não acontece, a melhor maneira de encarar a realidade é com a ótica da fé.
A fé nos permite ir além das nossas impossibilidades por que nossa esperança é colocada Naquele que é o Senhor das possibilidades. Uma palavrinha tão pequena, mas que, no entanto, traz em si um significado grandioso. À medida que encaramos tudo o que nos acontece com os olhos da fé, tudo passa por um processo de conversão. O incompreensível passa a ser compreendido, os questionamentos passam a ser certezas, as limitações deixam de ser barreiras, as fragilidades se mudam em força e as impossibilidades tornam-se possibilidades.
Nesse ponto voltamos ao início, a luz. Um dos grandes problemas da humanidade é a falta de fé. O homem é um ser desejoso e precisa em sua essência de algo em que possa crer, algo que sirva de força, sustentáculo e refúgio ante seus conflitos internos e externos. Quando não se tem o que crer, no que esperar, onde se refugiar, provavelmente o desespero fará parte das nossas noites escuras. O grande diferencial está em que, quando depositamos nossa confiança no Deus do impossível permitimos que a nossa fé converta tudo o que está a nossa volta. Aí o grande milagre acontece!
            Não há noite tão escura que não seja interrompida pela beleza e esplendor da Luz. Quando no início tudo eram trevas, Deus ordenou que se fizesse a luz e assim foi feito. Mas a criação da luz não apaga o fato de que existiam as trevas. Assim também é em nossas vidas. A luz só pode brilhar onde outrora fora treva. Por mais escuro que seja o momento que estejamos vivendo, haverá sempre uma luz pronta a irradiar. Cabe a nós acreditar que a ordem superior já foi dada e esperar confiante e pacientemente o Brilho do Alto dissipar a escuridão das nossas vidas.
Eis o grande mistério!

Poderia aquela que traria ao mundo o Cordeiro sem mancha estar marcada pela mancha do pecado?


“A culpa onipresente
Não mancha a tua aurora
Venceste a vil serpente
Protege-nos agora!”
                                              

                        Hoje, 8 de dezembro a igreja se alegra pela Imaculada Conceição de Maria e esta alegria tem um sentido todo especial. Ao contrário do que muitas pessoas possam pensar erroneamente, não estamos adorando ou atribuindo méritos à Maria, nós hoje rejubilamos no Cristo que vence o pecado antes mesmo de vir ao mundo. Contemplamos a Grandeza de um Deus que traça seus mistérios naquilo que para nós é impossível.
                        “Alegra-te, cheia de graça!” (Lc 1, 28) A saudação do anjo à Virgem Maria é muito pertinente para nossa compreensão de tal festa. Na Galiléia existiam sem dúvida muitas mulheres, mas quis a Misericórdia Divina eleger, separar, preparar uma em especial para assumir tão grande missão. Ser preservada do pecado original não é um mérito da Virgem Maria, é antes Graça de Deus, traços do Eterno na vida de uma mulher que fora escolhida pra trazer ao mundo o Filho de Deus.
                        Maria é filha, esposa e mãe do cordeiro sem mancha! Razões humanas são insuficientes na compreensão desse mistério, mas Deus não está limitado às nossas razões. É bonito perceber que Deus faz maravilhas em favor de seu povo e assim o faz se usando da própria limitação humana, revelando seu esplendor. É bonito perceber que a matéria prima da obra de arte feita por Deus é o impossível. Deus trabalha naquilo que para nós é impossível. Ele atua no insondável e se revela no pequeno.
                        Olhemos para o decorrer da história de salvação! Estéreis deram à luz, sarça ardeu em chama sem se consumir, águas brotaram da pedra, mar se abriu, cegos enxergaram, enfermos foram curados, mortos foram ressuscitados. Não seria então preservada do pecado a mulher escolhida pra gestar, educar, formar, acalentar, aquele que veio pra vencer o pecado? Estaria sujeita ao jugo da serpente aquela mulher que fora escolhida para esmagar sua cabeça?
                        Oh virgem que creste! Tua fé te fez dar o sim ao desejo de Deus. Ajuda-nos pelos méritos de Cristo, nesse ano da fé, alcançarmos uma fé sólida e inabalável para que possamos cotidianamente ofertar nosso sim e contemplar que também por nós o Senhor faz maravilhas porque Santo é o seu nome!

Assembleia da Infância e Adolescência Missionária recebe visita do Secretário Geral da CNBB


Dom_Leonardo_missa_POMOs participantes da 17ª Assembleia Nacional da Infância e Adolescência Missionária (IAM), que acontece sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília (DF), iniciaram os trabalhos na manhã desta sexta-feira, 7, com uma missa presidida por dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário Geral da CNBB e bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília.
“Ser cristão, em primeiro lugar é ser seguidor e seguidora de Jesus, independentemente do serviço que prestamos na comunidade. O Evangelho nos mostra isso”, afirmou dom Leonardo.
Ao comentar sobre os símbolos do Advento, tempo litúrgico que prepara o Natal de Jesus, o bispo observou que, apesar da beleza do ambiente, “nós ainda não vimos o Menino”. Segundo ele, “existe algo próprio e extraordinário na experiência cristã que é ser tocado por Jesus, momento em que começamos a abrir os olhos. A sensação que temos é de que só conseguimos seguir Jesus de fato quando formos tocados por ele”.
Hoje a Igreja recorda Santo Ambrósio, bispo de Milão na Itália que batizou Santo Agostinho. “Agostinho esteve a caminho de Jesus por vários anos, mas somente quando foi tocado por ele na fala de Ambrósio é que começou ver algo extraordinário. Com isso, se torna um dos maiores pensadores da Igreja. Depois de ter sido tocado e educado pela mãe, Santo Mônica que rezava todos os dias. Talvez as nossas crianças e adolescentes ao entrar na dinâmica missionária, vão seguindo Jesus, mas em determinado momento, depois de tanto anunciar Jesus, de repente percebam como é extraordinário conhecê-Lo. Isso por que foram atingidos lá dentro do coração”, destacou dom Leonardo em sua reflexão.
Em nome da CNBB, dom Leonardo agradeceu aos coordenadores estaduais da IAM pelos serviços prestados à Igreja em todo o Brasil. “Onde o trabalho da IAM acontece, as crianças transformam o ambiente, são sinais, a comunidades se torna ativa. As crianças são uma presença mais tranquila, de paz e fraternidade também no ambiente da escola”, disse. “No serviço que prestamos, Jesus vai abrindo os nossos olhos para percebermos cada vez mais, a grandeza dessa experiência de estarmos numa relação profunda com Ele e com a Trindade Santa. Nossas crianças e adolescentes na experiência que fazem de anunciar Jesus abrem os olhos para essa grandeza tão estupenda de serem cristãos seguidores, discípulos de Jesus e por isso, missionários”, concluiu.
No restante da manhã os participantes da Assembleia tiveram um momento de espiritualidade orientado Dom Eduardo Zielski, bispo de Campo Maior (PI) e referencial para a dimensão missionária no estado do Piauí.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Coordenadora da Pastoral da Criança visita comunidades no Nordeste


Pastoral_da_crianca_em_Natal_2012A coordenadora da Pastoral da Criança, irmã Vera Lúcia Altoé, cumpre neste final de ano uma extensa agenda de visitas às comunidades dos estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Em Natal (RN), irmã Vera visitou na terça-feira, dia 4, o arcebispo dom Jaime Vieira Rocha. No domingo, em Pernambuco, estará nas comemorações pelos 25 anos da Pastoral da Criança em Afogados da Ingazeira.
Um convite e um pedido estiveram na pauta do encontro da coordenadora nacional com o arcebispo de Natal. Acompanhada pela coordenadora estadual, Marlúzia Pessoa, e do coordenador arquidiocesano, Milton Dantas, irmã Vera convidou dom Jaime a participar da celebração pelos 30 anos da Pastoral da Criança, dia 29 de julho de 2013. O evento acontece durante o Congresso Nacional da Pastoral da Criança (27 de julho a 2 de agosto de 2013), em Aparecida (SP).
Irmã Vera também falou com o arcebispo sobre a parceria entre a Pastoral e as companhias de energia elétrica em diversos estados do país. "Já efetuamos esta parceria em 15 estados. Cada pessoa doa, mensalmente, através da conta de energia, dois reais, no mínimo. O dinheiro é revertido para as ações da entidade", explicou a coordenadora nacional. Dom Jaime manifestou apoio à iniciativa da Pastoral da Criança em estabelecer parceria com a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN).
No Rio Grande do Norte, a coordenadora participou de celebrações e encontros com lideranças em Natal, Mossoró, São Rafael e em Caicó – que comemorou os 25 anos de Pastoral da Criança na diocese. Em Pernambuco estará em Petrolina, Salgueiro e em Custódia para as comemorações dos 20 anos de Pastoral da Criança na diocese de Floresta. Entre outras visitas, irmã Vera vai participar domingo (dia 9) da celebração pelos 25 anos de Pastoral da Criança em Afogados da Ingazeira.
25 anos em Curitiba
O arcebispo de Curitiba (PR), dom Moacyr José Vitti, preside hoje, 6 de dezembro, a Celebração Eucarística em Ação de Graças pelos 25 anos de ações da Pastoral da Criança na capital paranaense. A missa na Igreja Bom Jesus (Praça Rui Barbosa), às 15 horas, deverá reunir grande público entre coordenadores, líderes voluntários, convidados e famílias das comunidades acompanhadas pela Pastoral da Criança da arquidiocese.
A celebração homenageia especialmente todas as mulheres que nestes 25 anos dedicaram-se ao serviço, à doação em favor da vida das crianças e levaram apoio e esperança para as famílias nas comunidades mais carentes. Coordenada por Maria José Martins Fabiano, a Pastoral da Criança de Curitiba - pela ação solidária de 1.228 voluntários - acompanha nos quatro setores um total de 7.372 crianças de zero a seis anos de idade, 401 gestantes, 6.254 famílias em 195 comunidades.

Dom Orani presidirá lançamento do livro do Papa Bento XVI no Rio


infanzia-gesu-benedetto-xvi-01Neste dia 6 de dezembro, às 19h, no auditório do Edifício João Paulo II, no Rio de Janeiro (RJ), o arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta, presidirá o lançamento da edição portuguesa do último livro da trilogia "Jesus de Nazaré", escrita pelo papa Bento XVI sobre a vida de Cristo. Esta será a primeira atividade da Cátedra Ratzinger, da PUC-Rio.No lançamento, os livros serão vendidos pela Editora Planeta, que tem os direitos para o Brasil.
O livro “A Infância de Jesus” — publicação lançada primeiramente no dia 20 de novembro, no Vaticano — está sendo traduzido em 20 idiomas, incluindo português para o Brasil, e publicado em 72 países, saindo simultaneamente em 50 desses, com uma tiragem inicial de um milhão de cópias.
De acordo com informações da assessoria de imprensa desta arquidiocese, no lançamento aqui no Brasil, o bispo auxiliar do Rio de Janeiro, dom Paulo Cezar, será o coordenador da mesa de expositores, composta pelo padre Mário França de Miranda (coordenador da Cátedra Ratzinger, PUC-Rio), pelo padre Leonardo Agostini (professor da PUC-Rio), por Luiz Paulo Horta (presidente do Centro Dom Vital) e por Maria Clara Bingemer (teóloga e professora da PUC-Rio).
"Ressalto, em primeiro lugar, o estilo do livro, que une rigor intelectual, profundidade e erudição com uma espiritualidade, afetividade espiritual muito grandes. Isto é fundamental. O livro é mais para ser rezado, meditado, do que estudado... Embora possa ser estudado também, pois o Papa fornece uma vasta bibliografia, cita fontes, e tudo. Creio que este tom de espiritualidade é fundamental para servir como preparação para o Natal também", comentou a teóloga e professora da PUC-Rio, Maria Clara Bingemer, por ocasião do lançamento no Vaticano.
O livro
Com 176 páginas, o livro, aborda a infância de Jesus, sendo dividido em quatro capítulos, nos quais o arco histórico começa na sua genealogia e termina na separação e reencontro com os pais, em Jerusalém.
“Espero que o pequeno livro, não obstante os seus limites, possa ajudar muitas pessoas no seu caminho rumo a e com Jesus”, sublinha Bento XVI.
O primeiro capítulo da obra é dedicado à ascendência de Jesus, narrada nos evangelhos de Mateus e Lucas, diferentes entre si mas com o mesmo significado teológico: o aparecimento na História e a sua origem verdadeira, que marcam um novo início na história do mundo.
O anúncio do nascimento de João Batista e de Jesus ocupa a segunda parte, na qual Bento XVI sublinha que Deus, “de certa maneira, fez-se dependente” da humanidade porque se sujeitou ao “‘sim’, não forçado, de uma pessoa humana”, Maria, que aceitou ser mãe.
O contexto histórico do nascimento de Jesus, sob o Império Romano, e o estudo dos elementos que compõem as suas narrativas nos Evangelhos, como a pobreza e o presépio, constituem temas abordados na terceira parte.
No quarto e último capítulo, Bento XVI apresenta a perspetiva sobre os sábios que viram a estrela e a seguiram até ao local do nascimento de Jesus, a que a tradição cristã dá o nome de reis magos, e a fuga de Jesus, Maria e José para o Egito, devido à perseguição da autoridade judaica.
O epílogo acompanha o relato do último episódio da infância, narrado no evangelho segundo São Lucas, quando na peregrinação pascal a Jerusalém, Jesus, então com 12 anos, se afasta de Maria e de José para entrar no templo, onde discutiu com os doutores.
O Edifício João Paulo II fica na Rua Benjamin Constant, 23, na Glória, Rio de Janeiro.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Símbolos da JMJ vão para o Paraguai e Uruguai


Jovens Conectados


Jovens Conectados
Mapa da peregrinação dos símbolos pelo Paraguai (primeira imagem) e Uruguai (segunda imagem)
A Cruz da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e o Ícone de Maria partiram desde o dia, 30, para terras paraguaias e uruguaias. Depois de peregrinar por mais de 230 das 276 dioceses do Brasil, os símbolos da JMJ vão ao encontro de jovens do Cone Sul em sinal de unidade da Pastoral Juvenil em todo o continente Latino-americano em caminho para a Civilização do Amor.

A peregrinação começa na capital paraguaia, Assunção, e fica até o dia 6 de dezembro no país guarani. A partir de 7 de dezembro, começando por Montevidéu, os jovens uruguaios serão os protagonistas da peregrinação até o dia 14 de dezembro.

Inicialmente a peregrinação também iria passar pela Argentina e pelo Chile. Porém, por questões de logística, os símbolos da JMJ não irão a esses países e retornam no meio de dezembro para o Rio Grande do Sul.

Confira como será a peregrinação da Cruz e do Ícone no Paraguai e no Uruguai, acesse: jovensconectados.org.br.

Papa destaca sobriedade e oração para viver o Advento



Arquivo
Da janela do Palácio Apostólico Vaticano, Bento XVI introduziu a oração do Angelus lembrando que Maria encarnou perfeitamente o espírito do Advento
Neste domingo, 2, primeiro domingo do Advento, o Papa Bento XVI reuniu-se com os fiéis para rezar o Angelus. Em suas palavras antes da oração mariana, o Papa destacou dois aspectos para se viver bem este novo Tempo do Ano litúrgico: sobriedade e oração.

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Palavras do Papa antes do Angelus – 02/12/2012


Bento XVI explicou que este novo Ano litúrgico é enriquecido pelo Ano da Fé, há 50 anos de abertura do Concílio Vaticano II. Ele lembrou que a palavra “advento” significa “vinda” ou “presença” e na linguagem cristã refere-se à vinda de Deus, à sua presença no mundo.

Este mistério da Encarnação, segundo o Papa, envolve a primeira e a segunda vinda de Cristo. “Estes dois momentos, que cronologicamente são distantes – e não se sabe o quanto - , tocam-se profundamente, porque com a sua morte e ressurreição Jesus já realizou aquela transformação do homem e do cosmos que é a meta final da criação”.

O Pontífice ressaltou que a vinda do Senhor continua, o mundo deve ser penetrado por sua presença, de forma que requer a colaboração dos fiéis, da Igreja. Quanto a isso, o Papa lembrou que a Palavra de Deus neste domingo traça justamente a conduta a ser seguida para estar pronto para a vinda do Senhor.

“No Evangelho de Lucas, Jesus diz aos discípulos: ‘Os vossos corações não fiquem sobrecarregados com dissipação e embriaguez e dos cuidados da vida... vigiai em cada momento orando’ (Lc 21,34.36). Portanto, sobriedade e oração”.

Por fim, Bento XVI destacou que Maria encarna perfeitamente o espírito do Advento, um tempo feito de escuta de Deus, de desejo de fazer Sua vontade, de alegre serviço ao próximo. “Deixemo-nos guiar por ela (Virgem Maria), para que o Deus que vem não nos encontre fechados ou distraídos, mas possa, em cada um de nós, estender um pouco o seu reino de amor, de justiça e de paz”. 

Jovens de Minas Gerais participam de celebraçao com o Papa


sanpietroO Papa Bento XVI presidiu na tarde deste sábado, de dezembro, na Basílica Vaticana, a celebração das vésperas do primeiro domingo do Advento com os universitários dos ateneus romanos e das Universidades Pontifícias, por ocasião do inicio do Ano Acadêmico. Na Basílica também estava presente uma delegação de estudantes da Pontifícia Universidade de Belo Horizonte, guiada pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese, Dom João Justino de Medeiros Silva.
Na homilia, Bento XVI se dirigiu diretamente aos estudantes, para dizer-lhes que não estão sós: docentes, capelães, reitores e o próprio Papa estão com eles neste caminho de preparação aos grandes desafios da vida e a serviço na Igreja e na sociedade. “O Ano Litúrgico que iniciamos com essas Vésperas será também para vocês o caminho para reviver, mais uma vez, o mistério da fidelidade a Deus. Vivendo-o com a Igreja, experimentarão que Jesus Cristo é o único Senhor do cosmo e da história, sem o qual qualquer construção humana corre o risco de perder-se no vazio.”
Vivemos num contexto, disse o Papa, em que muitas vezes encontramos indiferença em relação a Deus. Mas no profundo de quem vive esta distância de Deus, exista uma nostalgia de infinito, de transcendência. “Os jovens têm a tarefa de testemunhar nas salas de aula universitárias o Deus próximo, que se manifesta também na busca da verdade, alma de todo empenho intelectual. A fé é a porta que Deus abre na nossa vida para nos conduzir ao encontro com Cristo, no qual o hoje do homem se encontra com o hoje de Deus.”
Na oração desta tarde, prosseguiu o Pontífice, nos dirigimos idealmente em direção à Gruta de Belém para saborear a verdadeira alegria do Natal: a alegria de acolher no centro da nossa vida aquele Menino que nos recorda que os olhos de Deus estão abertos sobre o mundo e sobre cada homem. “Somente esta certeza poderá conduzir a humanidade rumo à paz e à prosperidade, neste momento histórico delicado e complexo. Também a próxima Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro será para vocês, jovens universitários, uma grande ocasião para manifestar a fecundidade histórica da fidelidade de Deus, oferecendo seu testemunho e seu empenho para a renovação moral e social do mundo. A entrega do Ícone de Maria Sedes Sapientiae à delegação universitária brasileira por parte da Capelania universitária de ‘Roma Ter’ é um sinal deste compromisso comum.”
A cidade de Belo Horizonte será a sede do Congresso Mundial de Universidades Católicas (Cmuc), entre os dias 18 e 21 de julho de 2013.
O evento, que faz parte da Semana Missionária em Belo Horizonte, antecederá a 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e é promovido pela PUC Minas em parceria com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Federação Internacional de Universidades Católicas (Fiuc), a Organização de Universidades Católicas da América Latina e Caribe (Oducal) e a Associação Nacional de Educação Católica (Anec).
As inscrições para o Congresso já podem ser feitas pelo site www.cmuc.pucminas.br.

ADVENTO






O tempo do Advento é, para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita e se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.
O caráter missionário do Advento se manifesta na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da vida missionária de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o santificar.
A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria, a esperança, a pobreza, a conversão. Deus é fiel às suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza.
O tempo do Advento é de esperança porque é o que Cristo é para nós (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na superação de toda fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições.
O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo, não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, lutando incessantemente contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.



A iconografia litúrgica nos apresenta a coroa como símbolo por excelência deste tempo: é nossa caminhada cristã que se renova a cada dia, a cada ano litúrgico, e como um círculo não tem fim, pois terminando nesta passagem terrena continuará na beatitude celeste. Como os ramos verdes indicam a esperança do Messias que vem, nossa vida de fé deve indicar as alegrias eternas que viveremos, nosso Natal eterno.
Com toda Igreja rezamos o Gradual do I Domingo do Advento: “Todos os que esperam em Vós, Senhor, não serão confundidos. Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos, e ensinai-me as vossas veredas” e ainda a Oração depois da Comunhão: “Possamos nós, Senhor, receber a vossa misericórdia no vosso templo, para podermos preceder com as devidas homenagens as próximas solenidades da nossa redenção”.
Assim como na primeira vez, aguardamos ansiosos a segunda e definitiva vinda, o segundo e definitivo Natal do Cristo Salvador. Antes; vivamos nosso advento com retidão e devoção, neste Ano da Fé, para que a Nova Evangelização, por graça de Deus e nosso empenho, transmitam a muito a doutrina e a fé católica.
Fonte: Dominus Vobiscum
Sem. João Eduardo Lamim
Arq. Militar do Brasil

Seletivo Vocacional 2012



Foram aprovados 13 jovens. Os mesmos devem iniciarem a experiencia do postulantado na primeira semana de fevereiro do ano de 2013. Peço as Orações de todos. Paz e Bem!


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