Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Você sabia que a quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da Quaresma no calendário cristão ocidental?


As cinzas que os cristãos católicos recebem neste dia é um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a passageira, transitória, efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte. Ela ocorre quarenta dias antes da Páscoa sem contar os domingos ( que não são incluídos na Quaresma); ela ocorre quarenta e seis dias antes da Sexta-feira Santa contando os domingos. Seu posicionamento varia a cada ano, dependendo da data da Páscoa.
A data pode variar do começo de fevereiro até a segunda semana de março. Algumas pessoas consideram a quarta-feira de cinzas como um dia apropriado para se lembrar a mortalidade da própria mortalidade. Missas são realizadas tradicionalmente nesse dia nas quais os participantes são assinalados com cinza, na testa, pelo sacerdote, deixando uma marca que o cristão normalmente conserva até o pôr do sol.
Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Oriente Médio de jogar cinzas sobre a cabeça como símbolo de arrependimento perante a Deus (como relatado diversas vezes na Bíblia).No Catolicismo Romano, é um dia de jejum e abstinência. Como é o primeiro dia da Quaresma,ele ocorre um dia depois da “terça-feira gorda” ou Mardi Gras, o último dia da temporada de Carnaval.
cinzas_testa
E você sabe de onde vêm as cinzas que recebemos na Quarta-Feira de Cinzas? Você acha que é papel queimadograveto queimadocarvão triturado? Se você não sabe, as cinza vêm dos ramos bentos do Domingo de Ramos do ano anterior 
Quando recebemos os ramos no Domingo de Ramos, os levamos para as nossas casas e as colocamos junto aos nossos crucifixos de parede e ou junto aos nossos oratórios, mas com o tempo eles secam. Quando secam, não devemos jogá-los fora, pois foram bentos pelo sacerdote. Por isso, devemos entregá-los na igreja para que sejam queimados e transformados em cinzas, a fim de serem usadas no dia de Quarta-Feira de Cinzas. No dia de Quarta-Feira de Cinzas, os fiéis são marcados na testa com as cinzas em forma de cruz ou a recebem um pouco sobre as suas cabeças, quando o secerdote pronuncia a seguinte frase, à sua escolha: -
“Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás!” ou “Convertei-vos e crede no Evangelho!”
 Bem, agora ofereceremos um belo artigo de um frade franciscano para que todos possam compreender melhor o significado deste dia:
“Um pouco mais de um mês, e vai chegar a festa mais importante do ano, a celebração doacontecimento central e máximo de toda a história da humanidade. Está se aproximando aPáscoa. E porque ela é tão grande, merece uma preparação à altura. Começa nesta quarta-feira a nossa preparação para a Páscoa. E como inauguramos esta preparação? Colocando cinza sobre a nossa cabeça, como sinal de penitência, isto é, como sinal de que estamos dispostos a seguir o verdadeiro caminho de Deus para obtermos justiça e paz para todos. Além disso, passamos esse dia fazendo jejum, também como sinal de penitência. Serão então quarenta dias de preparação: Quaresma
quartafeira_cinzasQuarta-feira de cinzas! Celebramos neste dia o mistério do Deus misericordioso que aceita nossa penitência, nossa conversão, isto é, o reconhecimento de nossa condição de criaturas limitadas, mortais, pecadoras. Conversão consiste em crer no Evangelho, isto é, aderir a ele, viver segundo o ensinamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Numa palavra, trata-se de entrar no caminho pascal de Jesus. “Convertei-vos, e crede no Evangelho”: é o convite que Jesus faz (cf. Mc 14,15). Esta palavra, a gente ouve, recebendo cinzas sobre a nossa cabeça. Por que cinzas? É para lembrar que, de fato somos pó! Mas não reduzidos a pó!…
A fé em Jesus ressuscitado faz com que a vida renasça das cinzas. Quando o homem reconhece sua condição de criatura realmente necessitada da ação de Deus, em Nosso Senhor Jesus Cristo e no Divino Espírito Santo, então Jesus Cristo faz brotar frutos de vida eterna de nossa condição mortal. Reconhecer-se assim, é entrar numa atitude pascal, isto é, de passagem com Cristo da morte para a vida.
Esta páscoa, a gente vive através dos exercícios da oração, do jejum e da esmola, no espírito do Sermão da Montanha. Páscoa que celebramos na Eucaristia, na qual recebemos Aquele que corrige nossos vícios, eleva nossos sentimentos, fortifica nossa alma e, assim nos garante uma eterna bem-aventurança. Por isso que o sacerdote  canta na Oração Eucarística: “Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso…, vós acolheis nossa penitência como oferenda à vossa glória. O jejum e abstinência que praticamos, quebrando nosso orgulho, nos convidam a imitar vossa misericórdia.  […]  Pela penitência da Quaresma, vós corrigis nossos vícios, elevais nossos sentimentos, fortificais nosso espírito fraterno e nos garantis uma eterna recompensa”. 

Referências:   http://www.cantodapaz.com.br/blog/2008/02/03/quarta-feira-cinzas/ -  texto com pequenas modificações 

Novos cruzados e a suscitação de Deus entre os leigos pelo bem da Igreja: Resistam bravos, resistam!



O novo pentecostes é agora! Essa afirmação choca? Certamente, mas é a verdade. Os hereges tentaram destruir a Igreja bombardeando por fora através das três Revoluções e por dentro, através do modernismo e da Teologia da Libertação. Só se esqueceram de uma coisa. Não é contra os Papas, contra os Santos, contra os leigos que estão lutando, mas sim contra Deus. É Deus que quer a Igreja na terra, não são os homens. Se dependesse desses, a Igreja teria sido exterminada ainda nos tempos apostólicos. Quantas vezes não fomos atribulados? Quantas vezes não pensamos: Estamos liquidados? Todavia, a mão caridosa de Deus e seu olhar bondoso nos castigou pelos nossos erros, que foram muitos, mas nunca se separou de nós, sua Nação Santa, o povo da Nova Aliança comprado com o Sangue do Cordeiro.

Certa vez comentava indignado com um amigo: Como pode haver tanto erro entre o clero? Gente que deveria ensinar a doutrina e troca essa por marxismos e por outros erros abertamente condenados pela fé que eles dizem professar? Meu amigo então me disse que na época da Revolução Francesa, Napoleão falou a um cardeal que enfim destruiria a Igreja. O Cardeal então riu-se e disse que nem eles, estando a tanto tempo tentando fazer isso por dentro haviam conseguido, quem dirá então um imperador que agiria por fora. É óbvio que muitos cardeais, espero que a maioria, são a favor da Verdadeira Fé, mas é sabido que sempre houve aqueles que só fizeram mal. De fato, os piores inimigos da Igreja são os lobos disfarçados de cordeiros, são membros do clero que deveriam ensinar a doutrina, mas acabam fazendo alianças com o protestantismo, com o marxismo, com o modernismo e com tudo o que não condiz com nossa fé.

Por um momento quando aderi ao catolicismo sem reservas, pensei que os inimigos só estavam de fora, mas hoje vejo que não. Aliás, os inimigos externos são o menor dos problemas. Poucos são os católicos que ainda querem a ortodoxia e a doutrina da Igreja, mas esses poucos têm se multiplicado e parece que os grãos de mostarda têm aumentado de tal forma que futuramente talvez tomem todo o ambiente católico. Fiquei muito feliz ao ver uma jovem que chegou à cidade de São Carlos com o hábito de usar o véu. Várias jovens passaram a usar o véu na Missa por causa do testemunho dessa irmã. Muito me alegra também ver um irmão de fé que antes atacava a Igreja e que graças à apologética caridosa tem se tornado um fiel cada vez mais ortodoxo e convicto. Esse é o Espírito Santo que acende em nós o fogo dos primeiros séculos do cristianismo, ressuscitando em nós a fé cristã de forma ortodoxa e de acordo com os ensinamentos pios, outrora quase mortos.

Pensei que tudo isso era fruto do trabalho árduo de certa associação ultraconservadora que milita na internet, mas hoje vejo que não. É o próprio Espírito Santo que, vendo o estado de calamidade em que estamos vivendo, tomou providências e suscitou nos leigos de todo o mundo o brado de quem quer a doutrina ortodoxa da Igreja de sempre. Enfim os frutos do Concílio Vaticano II estão aparecendo.

Esse Concílio quis abrir as portas da Igreja para os leigos. Os modernistas e os demais hereges viram nele então um prato cheio. Passaram a ensinar suas heterodoxias e incumbiram os leigos de as propagarem. Com o tempo, devido à grande evasão de fiéis, nós que queríamos permanecer firmes tomamos a postura de estudar para combater as heresias, evitando assim que o rebanho se perdesse. Em resumo, o clero ortodoxo e os leigos estão com a tarefa árdua de resgatar nossa fé, de novamente suscitar na Igreja o Espírito radical de bravura da cavalaria, dos fiéis que dão a vida pela Igreja e por amor a Deus. O amor é assim, radical, sem limites e é imitando a Cristo, que amou-nos a ponto de dar a vida por nós, que agimos assim.

Todavia, o trabalho é árduo, a missão é longa e o resgate da fé custará muito caro. Agora que os modernistas pensam que venceram, eles farão de tudo para destruir os poucos ortodoxos que restaram. Não me espantarei se vir excomunhões injustamente postas, provas plantadas e várias perseguições. Isso é natural, pois assim como o mundo odiou a Cristo, ele nos odeia e o espírito do mundo tem governado a Igreja em várias comunidades. Precisamos de você. Precisamos de mais fiéis que queiram ouvir a doutrina e que queiram ser radicais na santidade e a santidade plena só existe na ortodoxia. Não há amor sem exigência, não há exigência sem compromisso e não há compromisso se não houver a fé autêntica, ensinada pela Sagrada Escritura, pela Sagrada Tradição e guiada pelo Sagrado Magistério. Que ao fim de nossas vidas possamos nos reunir sem uma só perda nos céus e que em nosso julgamento possamos dizer a Deus, combatemos o bom combate, alvejamos nossas vestes no sangue do Cordeiro. Juntem-se a nós todos os que amam nossa Igreja e sua causa. Resistam, bravos, resistam!

Ad majorem Dei gloriam!
Equipe do Apostolado São Clemente Romano

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Núncio Apostólico no Brasil se pronuncia sobre renúncia papal


André Alves
Da Redação


Arquivo
Dom Giovanni d'Aniello, Núncio Apostólico no Brasil
Roma e o Vaticano pareciam ter hoje uma atmosfera adversa, mediante a apresentação da renúncia do Papa Bento XVI à Cátedra de Pedro, ocorrido na última segunda-feira, 11, durante um encontro com cardeais, na Santa Sé. Apesar da chuva, registra-se um grande movimento de peregrinos e jornalistas diante da Praça de São Pedro.
Acesse:
.: Todas as notícias sobre a renúncia de Bento XVI

No Brasil, o Núncio Apostólico, ou seja, o representante do Papa em terras brasileiras, Dom Giovanni d'Aniello, falou oficialmente, como a nunciatura apostólica brasileira recebeu a notícia sobre a renúncia de Bento XVI.
No pronunciamento, feito durante entrevista ao Canção Nova Notícias, na tarde desta terça-feira, 12, Dom Giovanni disse ter recebido o anúncio com surpresa, conforme aconteceu com todo o mundo. Expressou ainda gratidão pelos anos em que Bento XVI exerceu o ministério petrino na Igreja, caracterizado, segundo ele, por uma alta espiritualidade, profundo a amor à Igreja,  intensa reflexão teológica doutrinal e uma sincera busca pela unidade.
Para Dom Giovanni, a renúncia de Bento XVI foi muito surpreendente principalmente pela reação a nível internacional, o que mostrou o carinho de todo o mundo pelo Pontífice. “Unamo-nos a essa surpresa e rezemos todos pelo Santo Padre”, disse.

Leia o pronunciamento na íntegra
A Nunciatura Apostólica, como todo mundo, recebeu com surpresa a notícia da renúncia do Santo Padre Bento XVI à Sé de Pedro, anunciada durante um Consistório para três canonizações, no dia 11 do mês corrente.
Nós convidamos a todos a acompanhar em oração a decisão do Santo Padre, tomada depois de ter examinado, repetidamente, sua consciência diante de Deus e perfeitamente consciente da importância da decisão para  vida da Igreja. A nunciatura apostólica se uni à Igreja no Brasil para expressar sua profunda gratidão pelo ministério petrino, desenvolvido pelo Santo Padre Bento XVI, durante os anos do seu pontificado, caracterizado por uma alta espiritualidade e profundo amor pela Igreja; uma profunda reflexão teológica doutrinal e uma sincera busca da unidade, tendo entre as suas preocupações a caminhada da humanidade, rumo ao encontro com Cristo – Caminho, Verdade e Vida.
À assistência do Espírito Santo e à intercessão de Nossa Senhora Aparecida, confiamos este momento particular da Igreja, certos que Deus Pai continuará a guiá-la nos seus passos.
Dom Giovanni d'Aniello
Núncio Apostólico no Brasil

A ciência comprova que a valorização da vida pelos católicos é legítima!


O uso de Células tronco por parte de cientistas nunca foi algo a ser condenado pela Santa Igreja, pelo contrário, incentivada foi sua pesquisa em diversos institutos católicos de todo o mundo, o que porém a Igreja condena é a matança de inocentes no caso das células tronco embrionárias. Estas células por serem consideradas pluripotentes poderiam ser transformadas em qualquer tipo de célula do tecido humano. A Igreja foi hostilizada por pessoas que se pensam intelectuais e que pensam estar defendendo realmente a vida, sem perceber o número de cobaias humanas que se têm nas mão com as células tronco embrionárias. Porém sete anos de lutas aguerridas os  cientistas Shinya Yamanaka (Japonês) e John Gurdon (inglês), comprovaram que a Igreja não estava errada ao defender que outros meios fossem buscados que não utilizassem células embrionárias.

Os Estudos destes cientistas descobriam meios de tornar células tronco maduras em células pluripotentes, com os mesmos efeitos de uma célula embrionária, porém sem o ônus de destruir centenas de milhares de vidas humanas e algo que é exatamente como a Igreja sempre atentou para que se buscasse. Os que antes tanto nos difamavam como "inimigos da ciência" e da "Vida humana" hoje vêem-se humilhados pela própria ciência que lhes comprova que a integridade humana deve ser preservada.

Viva intensamente a sua vocação!


Igreja da Conceição 06.jpg

Não foi a antigos consagrados de um ordem religiosa, mas a uma menina, Catarina de Labouré, aspirante à vida consagrada que nossa Senhora apareceu, uma noviça. Muitas vezes somos tentados na vida cristã a pensar que Deus manifesta-se apenas àqueles que estão a mais tempo no caminho, do contrário Deus manifesta-se a quem quer e como quer de acordo com o desejo de seu coração. Poderia ser muito menos desafiadora a vida consagrada se ela fosse diferente disso, mas o que realmente Nossa senhora vem ensinar aparecendo a uma noviça? Ela ensina que não importa quanto tempo você está no caminho, mas como você o percorre, porque na vida consagrada a hierarquia é feita para organizar as coisas temporais e ajudar os que iniciam a trilhar seu caminho, mas o que está no coração do homem isso apenas o Espírito Santo que nele habita pode entender. Abrir o coração para Deus não é ser antigo entre um grupo religioso mas sim é ser dentro dele uma voz profética!

Quem é o Papa?


Video produzido pelo Centro de Estudos Universitários Jacamar 
para maiores informações entre em nosso site: www.jacamar.org.br


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Preparativos para Jornada Mundial da Juventude serão mantidos


"A arquidiocese do Rio de Janeiro é grata pelo Papa, reza pelo seu sucessor e anuncia que os trabalhos continuam da mesma forma", afirma dom Orani Tempesta.


O arcebispo do Rio de Janeiro, Orani João Tempesta, garantiu que os trabalhos da Jornada Mundial da Juventude, que será realizada entre 23 e 28 de julho deste ano, estão mantidos, mesmo após o anúncio da renúncia do Papa Bento XVI nesta segunda-feira, 11. "A arquidiocese é grata pelo papa, reza pelo seu sucessor e anuncia que os trabalhos continuam da mesma forma", afirma dom Tempesta.

Segundo o arcebispo, Bento XVI já tinha dado indícios de que poderia renunciar. "O Santo Padre vê suas forças arrefecerem e dá um exemplo para toda a humanidade. Era possível, embora ninguém esperasse", diz. De acordo com a doutrina da Igreja, a renúncia pode ser feita de livre e espontânea vontade e deve apenas ser comunidade. "Não é preciso que ninguém aceite a renúncia porque ele é a autoridade", explica dom Orani.

Fonte: G1

Secretário da CNBB diz que já havia notado 'dificuldades' físicas do Papa


"Estive com ele em dezembro. Estava muito lúcido, muito presente em todas as discussões e muito bem humorado. Mas sentimos que, fisicamente, já vinha com dificuldades no caminhar", assegurou dom Leonardo.


O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, disse nesta segunda-feira, 11, que, apesar da "surpresa" com a renúncia do Papa Bento XVI, já havia percebido sinais de "dificuldades" físicas do pontífice, durante encontro em dezembro, em Roma.

No anúncio do afastamento  Bento XVI, de 85 anos, disse que vai deixar o papado devido à idade avançada e por "não ter mais forças" para exercer as obrigações do cargo.

Dom Leonardo relatou que, no encontro de dezembro, observou que o Papa apresentava problemas de locomoção. Na ocasião, o secretário-geral participava de congresso católico que discutiu a atuação da Igreja nas Américas.

"Estive com ele [Bento XVI] em dezembro. Estava muito lúcido, muito presente em todas as discussões e muito bem humorado. Mas sentimos que, fisicamente, já vinha com dificuldades no caminhar. Quando ele entrava na basílica [de São Pedro], o fazia com um apoio para não precisar andar. No pronunciamento que fez para anunciar sua renúncia, ele alega essa dificuldade", contou dom Leonardo Steiner.

Steiner disse torcer para que o futuro papa participe da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, programada para julho - estava prevista a presença de Bento XVI. "Seria para nós uma honra muito grande ter a presença do novo papa na jornada, que é um momento muito importante para a vida da Igreja", afirmou.

O Papa Bento XVI anunciou pessoalmente, nesta segunda, que irá renunciar a seu pontificado em 28 de fevereiro. O comunicado, feito em latim, ocorreu durante um encontro de cardeais.

A Santa Sé afirmou que o papado, exercido pelo teólogo alemão desde 2005, vai ficar vago até que o sucessor seja escolhido, o que se espera que ocorra "o mais rápido possível" e até a Páscoa, segundo o porta-voz Federico Lombardi.

Fonte: G1

Um ato de coragem e humildade: bispos brasileiros comentam sobre a renúncia de Bento XVI


Bento XVI entrará para a história como o 'Papa do amor' e o 'Papa do Deus Pequeno', que fez do Reino de Deus e da Igreja a razão de sua vida e de seu ministério.


Bento XVI surpreendeu o mundo inteiro com o anúncio de sua renúncia como bispo de Roma no próximo dia 28. "Bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de bispo de Roma, sucessor de São Pedro", disse o Papa.

Ao fim da carta, o Papa Bento XVI agradece, de forma especial aos cardeais, e pede perdão por seus defeitos. "Verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos".

Bispos de todo mundo tem demonstrado surpresa diante de tão surpreendente notícia. Um ato de coragem e humildade, assim assinalam os bispos. No Brasil, a repercussão tem sido muito grande. Diversos bispos comentaram sobre o anúncio da renúncia.

"Estamos consternados pela notícia. Ele estava governando a Igreja, ocupado em atividades diárias. Contávamos com a presença dele na Jornada Mundial da Juventude". Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida.



"Este é um momento para a Igreja agradecer a Deus esse grande pontificado de Bento XVI e, também, rezar por ele para que Deus o abençoe e fortaleça". Cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo.



"O Papa Bento XVI continuará levando sua missão de outra maneira e a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro agradece a Deus pela sua vida, pelo seu trabalho e pela sua missão, e reza também pelo seu sucessor". Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro.


"A lucidez da sua inteligência e sua intimidade profunda de Deus, seu Pai em Cristo pelo Espírito, neste Ano da Fé, impulsiona a Igreja para a fonte mais límpida de seu Mestre e Senhor. De coração aberto, orantes e confiantes caminhamos como Igreja e com a Igreja, iluminados por um coração de generosa fé lúcida na pessoa amiga do Papa Bento XVI buscando sempre a razão de ser do nosso discipulado a vontade do nosso Deus. Em comunhão aprendemos a lição e bendizemos a Deus". Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte.

"Cada Papa tem a sua história. Bento XVI sempre foi uma pessoa muito decidida. Acho que foi uma decisão sábia. Ele, diante de Deus, achou que era o momento de entregar o seu cargo e despojou-se por amor à igreja para que seja eleito um novo pontífice". Dom Luiz Mancilha Vilela, arcebispo de Vitória.

"Esse foi um gesto de amor. Quando ele aceitou ser Papa, foi com a missão de servir à Igreja. Agora, viu que lhe faltam forças e não tem condições de continuar exercendo o ministério. Ele demonstra confiar em Jesus Cristo, que vai nos dar um novo pastor para conduzir Seu rebanho". Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil.

"Agradecemos ao Beatíssimo Padre pelo imenso bem que ele tem feito, os sacrifícios pelos quais tem passado, e garantimos-lhe nossas orações e filiais afetos na nova vida que, com todo direito, levará daqui para frente, totalmente dedicada à oração pela Igreja". Dom Gil Antônio Moreira, arcebispo de Juiz de Fora.

"Reconhecemos a grandiosidade na humilde decisão de renunciar e, mesmo comovidos, nos irmanamos a ele. Peço a todos que, confiantes no Espírito Santo, que sempre conduz a Igreja de Cristo, rezem pelo Papa Bento XVI e por aquele que será eleito, sucessor de São Pedro". Dom Airton José dos Santos, arcebispo de Campinas.

"Assim como no mundo todo, nós sofremos o impacto desta notícia. Agora nós vivemos um momento de oração e expectativa até que seja anunciado o nome do próximo Papa". Dom Jaime Vieira Rocha, arcebispo de Natal.



"É um exemplo para todos nós. Por que se manter em um cargo se ele está cansado, idoso, esgotado? Por que continuar no poder apenas pelo poder?". Dom Aldo Paggotto, arcebispo da Paraíba.



"Ele disse que renunciaria ao pontificado quando se sentisse incapaz de levar a Igreja para frente. No entanto, não imaginávamos que isso fosse acontecer agora, porque ele continuava a atender as pessoas e a celebrar na Basílica de São Pedro. Mas foi uma atitude bonita, de uma pessoa que tem consciência de seus limites e sabe até onde deve ir". Dom Luiz Soares Vieira, arcebispo de Manaus.

"Como nós sabemos, o Papa é o Sucessor de Pedro, é o pastor da Igreja universal e é o fundamento visível da Igreja, de modo que um fato como este é um fato muito extraordinário e que vai ter consequências para o futuro da Igreja. Então recebi com perplexidade, mas a minha admiração pelo Papa aumentou ainda mais". Dom Benedito Beni dos Santos, bispo de Lorena.

Em nota oficial divulgada na tarde de hoje, 11, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) acentuou que "Bento XVI entrará para a história como o 'Papa do amor' e o 'Papa do Deus Pequeno', que fez do Reino de Deus e da Igreja a razão de sua vida e de seu ministério. O curto período de seu pontificado foi suficiente para ajudar a Igreja a intensificar a busca da unidade dos cristãos e das religiões através de um eficaz diálogo ecumênico e inter-religioso, bem como para chamar a atenção do mundo para a necessidade de voltar-se ao Deus criador e Senhor da vida".

Confira a nota oficial da CNBB sobre o anúncio da renúncia de Bento XVI


"A CNBB é grata a Sua Santidade pelo carinho e apreço que sempre manifestou para com a Igreja no Brasil", afirma a nota oficial.


"Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja" (Mt 16,18).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebe com surpresa, como todo o mundo, o anúncio feito pelo Santo Padre Bento XVI de sua renúncia à Sé de Pedro, que ficará vacante a partir do dia 28 de fevereiro próximo. Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade, sinal de sua humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado.

Teólogo brilhante, Bento XVI entrará para a história como o "Papa do amor" e o "Papa do Deus Pequeno", que fez do Reino de Deus e da Igreja a razão de sua vida e de seu ministério. O curto período de seu pontificado foi suficiente para ajudar a Igreja a intensificar a busca da unidade dos cristãos e das religiões através de um eficaz diálogo ecumênico e inter-religioso, bem como para chamar a atenção do mundo para a necessidade de voltar-se ao Deus criador e Senhor da vida.

A CNBB é grata a Sua Santidade pelo carinho e apreço que sempre manifestou para com a Igreja no Brasil. A sua primeira visita intercontinental, feita ao nosso País em 2007, para inaugurar a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, e, também, a escolha do Rio de Janeiro para sediar a Jornada Mundial da Juventude, no próximo mês de julho, são uma prova do quanto trazia no coração o povo brasileiro.

Agradecemos a Deus o dom do ministério de Sua Santidade Bento XVI a quem continuaremos unidos na comunhão fraterna, assegurando-lhe nossas preces.

Conclamamos a Igreja no Brasil a acompanhar com oração e serenidade o legítimo processo de eleição do sucessor de Bento XVI. Confiamos na assistência do Espírito Santo e na proteção de Nossa Senhora Aparecida, neste momento singular da vida da Igreja de Cristo.

Dom Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Vaticano organizará despedida de Bento XVI com presença de líderes mundiais


O cardeal decano se referiu a esta despedida nas palavras de agradecimento que pronunciou, após o Papa anunciar sua renúncia ao trono de Pedro.


O Vaticano fará uma cerimônia de despedida a Bento XVI antes do término de seu Pontificado, previsto para o próximo dia 28, à qual devem comparecer fiéis de todo o mundo 'e autoridades de muitos países'.

O cardeal decano, Angelo Sodano, se referiu a esta despedida nas palavras de agradecimento que pronunciou, após o papa anunciar sua renúncia ao trono de Pedro.

Fonte: G1

Sobre qual será o estado de Bento XVI e de suas vestes após a sua demissão?



1. Já foi confirmado que Bento XVI será "emérito" quanto ao ofício de Bispo de Romae de Sucessor de São Pedro, cargos intimamente ligados. Portanto, até o que nos consta, será "Papa emérito", igualmente ao Papa Celestino V, único caso igual ao de Bento XVI.

2. Ele não retomará o título de Cardeal da Santa Igreja Romana. O ministério petrino, do qual ele apenas terá demissão e não deposição, está muitíssimo acima do ministério cardinalício.

3. Continuará a ser intitulado como "Bento XVI".

4. Não, ele não ingressará no próximo conclave para a eleição de seu sucessor.

Portanto, segundo o que nos falou um sacerdote que mora no Vaticano, é certo que:

Ele permanece com o direito ao uso de batina branca com faixa munida do brasão bordado, cujas franjas são douradas, "mozzeta" branca para o período pascal e vermelha para o restante do ano litúrgico. Contudo, como qualquer bispo com direito ao pálio, Bento XVI não o usará mais a partir do próximo dia 28, assim como não fará mais uso do Anel do Pescador, que expressa a titularidade do ministério petrino àquele que o carrega.

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Tudo isto é o que nos consta. Reservamo-nos o direito de possíveis atualizações e correções futuras.

Planeta Brasileiro