Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

sábado, 26 de novembro de 2011

Como conhecer a Deus? Bento XVI responde



Arquivo / Reuters
''A questão sobre Deus é despertada pelo encontro com quem tem o dom da fé'', afirma o Papa
O Papa Bento XVI recebeu os participantes da XXV Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para os Leigos na manhã de sexta-feira, 25. A audiência aconteceu na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano.

"Como despertar a questão sobre Deus, para que seja a questão fundamental?", questionou o Pontífice. Após recordar a primeira encíclica de seu Pontificado - 
"o início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa" (Deus caritas est, 1) -, respondeu:

"A questão sobre Deus é despertada pelo encontro com quem tem o dom da fé, com quem tem uma relação vital com o Senhor. Deus é conhecido através dos homens e mulheres que o conhecem: a estrada rumo a Ele passa, de modo concreto, através de quem a encontrou. Aqui o vosso papel de fiéis leigos é particularmente importante".


O Bispo de Roma ressaltou que a específica vocação do leigo na missão da Igreja é "oferecer um testemunho transparente da relevância da questão de Deus em cada campo do pensar e do agir".

No entanto, o desafio apresentado por uma mentalidade fechada ao transcendente obriga os cristãos a tornar de modo mais decidido a centralidade de Deus. "Os cristãos não habitam um planeta distante, imune às 'doenças' do mundo, mas partilham das turbulências, desorientação e dificuldades do seu tempo. [...] Quantas vezes, não obstante o se definir cristãos, Deus, de fato, não é o ponto de referência central no modo de pensar e de agir nas escolhas fundamentais da vida".

Assim, a primeira resposta a esse grande desafio é a profunda conversão do coração, para que o Batismo possa verdadeiramente transformar os cristãos. "A missão da Igreja tem necessidade da contribuição de todos os seus membros e de cada um, especialmente dos fiéis leigos", acrescentou.

Bento XVI também salientou que o homem que busca existir somente a partir do calculável e do mensurável fica sufocado. "Nesse quadro, a questão de Deus é, em um certo sentido, 'a questão das questões'. Essa reporta-nos às questões de fundo do homem, às aspirações de verdade, de felicidade e de liberdade inerentes ao seu coração, que buscam uma realização. O homem que desperta em si a questão de Deus abre-se à esperança, a uma esperança confiável, pela qual vale a pena enfrentar o cansaço do caminho no presente".


JMJ e Congressos 

O Santo Padre lembrou também do 
Congresso para os Fiéis Leigos da Ásia e da Jornada Mundial da Juventude de Madri, apontando também os grandes eventos eclesiais do próximo ano: a XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização e a abertura do Ano da Fé.

"O vastíssimo continente asiático hospeda povos, culturas e religiões diversas, de antiga origem, mas o anúncio cristão chegou até agora somente a uma pequena minoria, que não raramente vive a fé em um contexto difícil, às vezes também de verdadeira perseguição. O Congresso ofereceu a ocasião aos fiéis leigos, às associações, aos movimentos e às novas comunidades que trabalham na Ásia, reforçar o compromisso e a coragem para a missão. [...] Aprecio que o Pontifício Conselho para os Leigos esteja organizando um análogo Congresso para os Leigos da África, previsto para o Camarões no próximo ano. Tais encontros continentais são preciosos para dar impulso à obra de evangelização, para reforçar a unidade e tornar sempre mais saudáveis os laçoes entre Igrejas particulares e a Igreja universal", disse.

Sobre a JMJ, disse: "
Uma extraordinária cascata de luz, de alegria e de esperança iluminou Madri, mas também a velha Europa e o mundo inteiro, repropondo de modo claro modo claro a atualidade da busca de Deus. Ninguém pôde permanecer indiferente, ninguém pôde pensar que a questão de Deus seja irrelevante para o homem de hoje. Os jovens do mundo inteiro esperam com anseio poder celebrar as Jornadas Mundias a eles dedicadas, e sei que já começou o trabalho para o evento no Rio de Janeiro, em 2013".

A Assembleia Plenária do Pontifício Conselho acontece em Roma, entre os dias 24 e 26 de novembro, com o tema A questão de Deus hoje. Não devemos talvez novamente recomeçar de Deus?

Igreja Católica: 34 mil novos membros a cada dia




Todos os dias, 34 mil pessoas passam a fazer parte da Igreja Católica no mundo. Os dados são de um estudo revelado pelo relatório anual da ‘Situação da missão global’, realizado este ano. De acordo com o estudo, atualmente o catolicismo reúne um bilhão e 160 milhões de fiéis.

A notícia foi divulgada pela Agência Analisis Digital, retomada depois pela Agência Zenit, que destacaram ,  com base nos dados, que no mundo há dois bilhões de pessoas, de um total de 7 bilhões, aos quais nunca chegou a mensagem do Evangelho.

Outros dois bilhões e 680 milhões ouviram algumas vezes falar de Cristo, ou o conhecem vagamente, porém não são cristãos. “Apesar do fato de Jesus Cristo ter fundado uma só Igreja, e pouco antes de morrer, rezava para que “todos fossem um”, hoje existem muitas denominações cristãs: eram 1.600 no início do século XX, e são já 42 mil em 2011”, afirma o estudo.

Os protestantes carismáticos são 612 milhões e crescem 37 mil ao dia.

Os protestantes "clássicos" são 426 milhões e aumentam 20 mil por dia. As Igrejas Ortodoxas somam 271 milhões de batizados e ganham cinco mil por dia.

Anglicanos, reunidos principalmente na África e na Ásia, 87 milhões, e três mil a mais por dia.

Aqueles que o estudo define "cristãos marginais" (Testemunhas de Jeová, Mórmons, aqueles que não reconhecem a divindade de Jesus ou da Trindade) são 35 milhões e crescem dois mil ao dia.

A forma mais comum de crescimento é ter muitos filhos e fazê-los aderir à sua tradição religiosa. A conversão é mais rara, no entanto, acontece para milhões de pessoas todos os anos, e o mais comum é a de um cônjuge para a fé do outro”. 

Em 2011, os cristãos de todas as denominações terão feito circular 71 milhões de Bíblias a mais no mundo (há hoje 1 bilhão e 741 milhões, algumas de forma clandestina).

A cada ano 409 mil cristãos partem para evangelizar um país que não é o seu de origem, distribuídos em 4.800 organizações missionárias diversas. 

FONTE: POM - 25/11/2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Resposta Católica: "O que é a Liturgia das Horas e qual a sua importância?"


Diocese de Caruaru - Campanha para a Evangelização - 2011!

 Colabore com a Campanha para a  Evangelização - 2011, e contribua com a Reforma do Seminário Inter diocesano Nossa Senhora das Dores e com o centro Pastoral.

     - Seminário: Lugar de formação dos futuros Sacerdotes;
      - Centro Pastoral: Lugar de formações para os leigos da Diocese e da CNBB N2.

COLETA DIAS 10 E 11 DE DEZEMBRO!

DIOCESE DE CARUARU

Bento XVI nomeia novo bispo para o Brasil



Arquivo
Dom Joaquim Justino Carreira é nomeado novo Bispo Diocesano de Guarulhos (SP)
O Papa Bento XVI nomeou na quarta-feira, 23, o bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo (SP), Dom Joaquim Justino Carreira, como novo Bispo Diocesano de Guarulhos (SP). O bispo sucede Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, que apresentou o pedido de renúncia por limite de idade, 75 anos, conforme prevê o Cânon 401 do Código de Direito Canônico. 

Dom Luiz Gonzaga Bergonzini trabalhou na diocese de Guarulhos durante 19 anos. Seu lema episcopal é “É necessário que Ele cresça”.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) através de sua Assessoria de Imprensa parabeniza Dom Luiz pelo trabalho prestado por tantos anos à frente da diocese de Guarulhos, ao mesmo tempo em que deseja bom trabalho ao novo bispo diocesano, Dom Joaquim Justino Carreira.

Novo bispo

Dom Joaquim é natural de Santa Catarina da Serra, na cidade de Leiria, em Portugal. Nasceu no dia 24 de janeiro de 1950. Estudou Filosofia na Faculdade Anchieta, em São Paulo, e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Itália (1973-1976).

Foi ordenado sacerdote no dia 19 de março de 1977, em Jundiaí (SP). Sua nomeação episcopal aconteceu no dia 24 de março de 2005. Exercia a função de bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo desde maio do mesmo ano. Seu lema episcopal é “A paz esteja convosco” (Jo 20, 21).

Caridade da Igreja não substitui consciência civil, diz Papa



O serviço que a Igreja presta para enfrentar as carências das pessoas “não entende substituir nem muito menos anestesiar a consciência coletiva e civil” em relação aos problemas; a crise econômica global requer a coragem da fraternidade. Foi o que destacou o Papa Bento XVI, aos participantes num encontro promovido pela Caritas Italiana, na quinta-feira, 24.
Durante a Missa celebrada na Basílica de São Pedro, o Pontífice salientou que, evocando a especificidade da ação caritativa da Igreja, cada um está chamado a “dar o seu contributo para que o amor com que desde sempre e para sempre somos amados por Deus se torne vida concreta, força de serviço, consciência da responsabilidade”.
Evocando o “método de trabalho” desde há tantos anos adotado pela Caritas Italiana (escutar, observar, discernir), Bento XVI considerou que se trata de “um estilo que torna possível agir pastoralmente, entabulando ao mesmo tempo um diálogo profundo e profícuo com os vários âmbitos da vida eclesial… e com o variegado mundo do voluntariado organizado”.

Referindo os “gestos” de Jesus que os Evangelhos nos apresentam, o Papa observou que esta “modalidade dos gestos, dos sinais” corresponde bem àquilo que designou como “a função pedagógica da Caritas”.

“É através de gestos concretos que vós falais, evangelizais, educais. Uma obra de caridade fala de Deus, anuncia uma esperança, leva a colocar-se perguntas. Faço votos para que vocês saibam cultivar do modo melhor a qualidade das obras que soubestes inventar”, disse o Santo Padre

As obras de caridade devem falar por si, para Bento XVI o mais importante é motivar quem nelas trabalham para serem fortes testemunhos.

“São obras de Igreja, expressão da atenção em relação a quem se encontra em dificuldade, para ajudar - os mais pobres a crescerem na sua dignidade, as comunidades cristãos a avançarem no seguimento de Cristo, a sociedade civil a assumir conscientemente as suas obrigações”, afirmou.

Citando o Concílio Vaticano II, o Pontífice sublinhou que “antes de mais há que concretizar as obrigações da justiça, não aconteça que se ofereça como dom de caridade aquilo que já é devido a título de justiça”.

Deus é caridade
Recordando sua Encíclica “Deus caritas est”, Bento XVI disse também que a caridade exige abertura mental, olhar amplo, intuição, previsão, mas sobretudo um coração que vê.

“Responder às necessidades não é apenas dar pão a quem tem fome, mas também deixar-se interpelar pelas causas que provocam essa fome, com aquele olhar de Jesus que sabia ver a realidade profunda das pessoas que o abordavam. É nesta perspetiva que o hoje interpela o vosso modo de serdes animadores e operadores de caridade”, enfatizou.
Para o Santo Padre, a humanidade não precisa apenas de benfeitores, mas também de pessoas humildes e concretas que, como Jesus, saibam colocar-se ao lado dos irmãos, partilhando um pouco da sua fadiga.

“Numa palavra, as pessoas procuram sinais de esperança. E a nossa fonte de esperança está no Senhor. E é por isso que há necessidade da Caritas: não para delegar nela o serviço da caridade, mas para que seja um sinal da caridade de Cristo, um sinal que forneça esperança”, destacou.

O que significam alguns termos em latim usados pelo Vaticano?



Arquivo
Muitas palavras utilizadas na linguagem eclesiástica provém da tradição milenar da Igreja
A língua oficial da Igreja é o latim. É por isso que a maioria dos termos utilizados ainda hoje pelo Vaticano não sofreram alterações mesmo após o desenvolvimento das chamadas línguas modernas. O latim, que surgiu na região Lazio, onde fica localizada a cidade de Roma, foi a língua oficial do Império Romano e continuou sendo depois que o cristianismo passou a ser a religião oficial do Império sob a declaração de Constantino, no ano 313. Hoje, a Acta Apostolicae Sedis, ou seja, as atas oficiais da Santa Sé ou boletins diários, além de decretos e documentos pontifícios, são redigidos oficialmente em latim e posteriormente assinados pelo Santo Padre.

Dicastérios, Visita ad limina apostolorum, Carmelengo. Com certeza estas palavras são bastante familiares dentro da linguagem eclesiástica. Familiares na escrita, mas talvez não tão familiares na compreensão. A equipe donoticias.cancaonova.com selecionou 3 termos utilizados pelo Vaticano que expressam funções ou situações importantes que fazem parte de determinados tempos fortes da Igreja.
Dicastérios: São os órgãos ou diversos departamentos que compõem a Cúria Romana. Assim como em um governo que possui os seus respectivos ministérios, os dicastérios são as várias formas de atuação da Santa Sé. Por exemplo: Pontificio Conselho para os leigos, Congregação para a causa dos Santos, Pontífício Conselho para as Comunicações Sociais e etc.
Cardeal Carmelengo da Santa Igreja Romana: Do latim Carmalingus, que significa aquele que tem acesso aos aposentos do Soberano. Ele tem a função de assumir o governo da Igreja durante a sede vacante, ou seja, após a morte de um papa, apesar de neste período ele não estar autorizado a redigir encíclicas ou documentos oficiais. Após a morte de um pontífice, é o carmelengo que atesta a morte do mesmo fazendo posteriormente o anúncio oficial ao Decano do Colégio Cardinalício, o qual se encarregará de fazer o anúncio público. Logo após a constatação da morte, conforme manda a tradição, o carmelengo também remove o anel de pescador da mão direita do papa falecido e o quebra demontrando o fim do governo daquele pontífice. O atual Cardeal Carmelengo é Tarcísio Bertone, também Secretario de Estado do Vaticano.
Visita ad limina sacra apostolorum: Frase latina que significa Visita aos túmulos dos apóstolos é uma visita realizada pelas bispos de cada país a cada 5 anos. Durante as visitas, as conferências de bispos visitam as 4 basílicas papais, sobretudo aquelas onde estão enterrados os dois apóstolos considerados colunas da Igreja, no caso São Pedro e São Paulo. Durante a ad limina que não tem duração específica pois depende do número de bispos daquele país, os prelados realizam visitas ao Papa e aos vários organismos da Curia Romana.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Celibato não é imposição, mas graça de Deus




Arquivo pessoal
O assessor da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé / Tradução da Bíblia da CNBB, padre Luís Henrique Eloy e Silva
"A Igreja reconhece o celibato como um dom porque toda a capacitação para uma maior dedicação ao Senhor e à Igreja será sempre graça de Deus", ressalta padre Luís Henrique Eloy e Silva, assessor da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé / Tradução da Bíblia da CNBB.

O sacerdote salienta ainda que todos aqueles que iniciam um processo de formação em vista da consagração celibatária estão cientes dessa dedicação total a que são chamados. "Sob esse aspecto, é inaceitável falar de imposição. Ninguém é obrigado a se consagrar ou a pedir o ministério da ordem sacra se não se sente conscientemente preparado para assumir tal estado de vida", afirma.


Padre Luís Henrique é um dos palestrantes do Simpósio Nacional O dom do celibato na vida e na missão da Igreja*, que acontece de 21 a 23 de novembro na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

Em entrevista exclusiva ao noticias.cancaonova.com, ele fala sobre sua palestra "Por uma compreensão Cristocêntrica do Celibato".


noticias.cancaonova.com – Quais são as principais raízes de compreensão cristocêntrica do celibato?

Padre Luís Henrique Eloy e Silva –
 Quando se fala em fundamento cristocêntrico do celibato, para além da compreensão de que o próprio Cristo foi celibatário, é preciso dizer que, no Novo Testamento, todas as motivações a respeito da continência perpétua têm sua raiz no próprio Senhor.

Um primeiro grupo de motivações, citado inclusive pelo Catecismo da Igreja, encontra-se em Mt 19,12 e 1Cor 7,32, onde, respectivamente, a finalidade é posta em vista do “Reino dos Céus” e “para cuidar somente das coisas do Senhor”.

Quando, porém, se fala da imagem cristocêntrica do celibato vinculado intimamente ao ministério sacerdotal, é preciso partir da imagem de Cristo como esposo, como se pode ver, por exemplo, em textos como Mt 25,1-13; Lc 12,36; Jo 3,29; Ef 5,22-33; Ap 19,7 e 21,2, de cujo esponsalício flui a dimensão da paternidade espiritual do sacerdote, chamado a “gerar Cristo” na vida dos fiéis.

noticias.cancaonova.com – Quais são as principais contribuições e riquezas do dom do celibato àqueles que abraçaram a vida consagrada? Como compreender essa norma disciplinar da Igreja a partir do prisma da escolha livre, e não da imposição externa de uma regra, um jugo?

Padre Luís Henrique–
 A principal riqueza que o dom do celibato concede aos que o receberam é a possibilidade de uma dedicação maior e total ao Reino e ao serviço pastoral da Igreja, com um coração indiviso e voltado somente para as “coisas de seu Senhor” (cf. 1Cor 7,32). O próprio apóstolo Paulo recomendou este estado de vida aos que se sentiam chamados a uma dedicação mais plena (cf. 1Cor 7,7-8).

Embora o celibato, além de sua dimensão teológica enquanto dom de Deus, seja também visto, sob outro prisma, em sua dimensão jurídica, como norma disciplinar, não podemos nos esquecer de que todos aqueles que iniciam um processo de formação – processo que não é curto – em vista da consagração celibatária, estão cientes dessa dedicação total a que são chamados. Sob esse aspecto, é inaceitável falar de imposição. Ninguém é obrigado a se consagrar ou a pedir o ministério da ordem sacra se não se sente conscientemente preparado para assumir tal estado de vida.
noticias.cancaonova.com – Enfim, por que o celibato é um aspecto que a Igreja reconhece como um dom? Como ele ajuda os consagrados na vivência de sua missão no mundo?

Padre Luís Henrique–
 A Igreja reconhece o celibato como um dom porque toda a capacitação para uma maior dedicação ao Senhor e à Igreja será sempre graça de Deus. A Igreja é de Cristo,que é sua cabeça, seu pastor e seu esposo. Como compreender que diante de tal grande mistério, os homens, sem a dimensão do dom, pudessem ser capazes de tornar a Igreja presente no mundo, se não fosse por Graça de Deus?

É daí, particularmente, que em relação ao sacerdócio ministerial fica clara a representatividade sacramental de Cristo, quando a Igreja ensina que o sacerdote age na pessoa de Cristo cabeça e Pastor (in persona Christi Capitis et Pastoris).

Espera-se que o consagrado, a partir do momento em que esteja ciente de que para ele “viver é Cristo” (cf. Fil 1,21), de que o ministério é de Cristo e de que a Igreja é de Cristo, conscientize-se também de que não é possível anunciar Cristo sem viver como ele viveu. Nesse sentido, o dom do celibato tem a missão de anunciar ao mundo o desejo não somente de uma dedicação mais plena a Cristo, ao seu evangelho e a sua Igreja, mas – sobretudo – o desejo de ser somente dele e de só a Ele pertencer (cf. 1Cor 6,19).

* O Simpósio visa retomar, à luz da tradição e em diálogo com a sociedade contemporânea, a centralidade do tema Celibato, no desejo de descortinar novas perspectivas quanto à compreensão de seu inestimável valor, bem como conscientizar-se da necessidade da descoberta de novos horizontes, que possibilitem a formação progressiva para a vivência madura, plena e frutuosa do dom do celibato na vida e na missão da Igreja. Participam bispos, padres, reitores e formadores de seminários, diretores de institutos de Filosofia e Teologia, seminaristas, religiosos e religiosas.

Conferências do Simpósio "O Dom do Celibato" serão publicadas


O Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, anunciou nesta quarta-feira, 23, que futuramente será publicado um livro com as conferências realizadas durante o Simpósio "O Dom do Celibato". A informação foi divulgada no término do evento, que reuniu desde segunda-feira, 21, diversas autoridades religiosas na capital mineira.

Dom Walmor avaliou positivamente o encontro. “É importante que a sociedade compreenda o celibato como um dom”, afirmou.

O Arcebispo de Palmas (TO), Dom Pedro Brito Guimarães, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, também salientou a importância do encontro. Disse que o conceito de celibato é rico e exige, para sua melhor compreensão, uma abordagem interdisciplinar.

O Arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB, ressaltou que o celibato não deve ser compreendido como fardo. “É uma opção de vida que se faz, um dom”, explicou.

“O celibato é uma experiência de vida, amor oblativo (...) é genuína expressão de gratuidade", afirmou Dom Sérgio.

O Simpósio Nacional O Dom do Celibato, realizado na PUC Minas, foi concluído com uma oração, presidida pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, Cardeal William Joseph Levada, que esteve presente nos três dias do encontro.

sábado, 19 de novembro de 2011

Renovação Carismática "Católica", Levou um tapa na cara!


Bento XVI: Não precisamos imitar os pentecostais. “Uma liturgia participativa é importante, mas uma que não seja sentimental”.

Corpo do sexto bispo de Lorena (SP) é transladado para a catedral



Luciana Sitta
Santa Missa na Diocese de Lorena (SP)
A Diocese de Lorena, no interior de São Paulo, realizou na sexta-feira, 18, a transladação do corpo de Dom João Hipólito de Morais para a catedral da cidade, a Igreja de Nossa Senhora da Piedade.

Dom Hipólito foi o sexto bispo de Lorena, foram 24 anos dedicados à diocese, onde era conhecido como “Padre João”, mesmo depois de sagrado bispo, dado a sua proximidade com os fiéis.

O cortejo de transladação com seus restos mortais saiu do Santuário de São Benedito em direção à catedral acompanhado de autoridades civis, religiosas e a manifestação carinhosa do católicos de Lorena.

A Celebração Eucarística foi presidida pelo Arcebispo de Aparecida (SP), Dom Raymundo Damasceno, e contou ainda a participação do atual Bispo de Lorena, Dom Benedito Beni; do Bispo de Caraguatatuba (SP), Dom Antônio Carlos Altieri; do Bispo Emérito de Taubaté (SP) Antônio Afonso de Miranda; do Fundador da Comunidade Canção Nova, Monsenhor Jonas Abib, padres e seminaristas da diocese.

Na celebração foram narrados muitos momentos vividos por Dom João. Durante a homilia, Dom Antônio Afonso, amigo íntimo de Dom João, descreveu o amor deste pastor da igreja pelos fiéis, “Dom João deixou marcas nesta diocese, um grande homem humilde, alegre e acolhedor”, destacou. Emocionado, encerrou o discurso dizendo: “É com saudade e emoção que todos o acompanham, meu amigo, na sua morada definitiva, nesta catedral que sempre foi a sua casa”.

Dom Beni em entrevista ao portal Canção Nova disse que Dom João, nestas mais de duas décadas à frente da diocese, deixou algumas heranças: “o amor a Eucaristia e a devoção a Virgem Maria, essas foram as grandes heranças deixadas por este grande bispo”, acentuou.

Monsenhor Jonas também deixou suas palavras de agradecimento a Dom Hipólito e assegurou que o bispo sempre foi um pai para a Canção Nova, e que quando iniciaram a vida comunitária, o prelado disse: “quero vocês debaixo dos meus olhos”. O monsenhor testemunhou ainda que, “a Canção Nova se enraizou na Diocese de Lorena por causa de Dom João, dou graças a Deus por termos tido um pastor tão carinhoso e zeloso”.

Os restos mortais de Dom João estão na Capela Bom Pastor que fica aberta para a visitação dos fiéis. 

Fonte: CN

Papa fala sobre esperança e condena corrupção em Benin



Reuters
Bento XVI durante discurso aos membros do governo e representantes das instituições
Em seu encontro com os membros do governo e representantes das instituições da República e representantes das principais religiões, no palácio presidencial de Cotonou, Bento XVI pediu que estes escutem as reivindicações dos povos e combatam a corrupção. Em seu discurso, falou sobre esperança.

“Não priveis os vossos povos da esperança! Não amputeis o seu futuro, mutilando o seu presente”. O Pontífice ainda lamentou a existência de “demasiados escândalos e injustiças, demasiada corrupção e avidez, demasiado desprezo e demasiadas mentiras, demasiadas violências que levam à miséria e à morte”.

“Neste momento, há demasiados escândalos e injustiças, demasiada corrupção e avidez, demasiado desprezo e demasiadas mentiras, demasiadas violências que levam à miséria e à morte. Se é certo que estes males afligem o vosso continente, sucede igual no resto do mundo. Cada povo quer compreender as decisões políticas e econômicas que são tomadas em seu nome; dá-se conta de ser manipulado, e reage, por vezes, violentamente. Deseja participar no bom governo.”

Neste encontro com os políticos, Bento XVI observou que, nos últimos meses, numerosos povos expressaram o seu desejo de liberdade, “a sua necessidade de segurança material e a sua vontade de viver harmoniosamente na diversidade das etnias e das religiões”.

O Papa também não ignora o fato de que “nenhum regime político humano é o ideal, e que nenhuma decisão econômica é neutra”, mas considera que “sempre devem servir o bem comum”. Está-se perante uma reivindicação legítima – que diz respeito a todos os países – de maior dignidade e sobretudo de maior humanidade. “O homem quer que a sua humanidade seja respeitada e promovida. Os responsáveis políticos e econômicos dos países encontram-se perante decisões imperativas e opções que já não podem evitar”. Daqui um apelo:

“A partir desta tribuna, lanço um apelo a todos os responsáveis políticos e econômicos dos países africanos e do resto do mundo: Não priveis os vossos povos da esperança! Não amputeis o seu futuro, mutilando o seu presente. Mantende uma perspectiva ética corajosa sobre as vossas responsabilidades e, se fordes pessoas de fé, rogai a Deus que vos conceda a sabedoria. Esta far-vos-á compreender que é necessário, enquanto promotores do futuro dos vossos povos, tornar-vos verdadeiros servidores da esperança.”

O Santo Padre lembrou aos presentes que, em sua última visita ao continente africano, quando esteve em Luanda há dois anos, associou à palavra 'África' o termo esperança”, palavras estas que são “uma convicção pessoal e também “a da Igreja”, segundo o Papa.

O discurso papal abordou ainda o tema do diálogo inter-religioso, considerando que “qualquer pessoa de bom senso compreende que é preciso promover uma cooperação serena e respeitosa entre as diversidades culturais e religiosas”.

“O ódio é uma derrota, a indiferença um beco sem saída, e o diálogo uma abertura”, disse Bento XVI. Ele ainda disse que é “erro gravíssimo” o uso das religiões para justificar a violência e pediu “uma pedagogia do diálogo”. O Pontífice disse ser vital às nações o bom entendimento entre as culturas e o respeito pelos direitos de cada. Ele ainda acrescentou que é preciso ensinar a todos os fiéis das várias religiões.

“Estes são os votos que formulo para a África inteira, que me é tão querida! África, tem confiança e levanta-te”, concluiu.

A viagem de Bento XVI ao Benim, ainda se estende pela tarde do sábado e o dia de domingo, quando ele fará a entrega da Exortação Pós-Sinodal aos bispos da África no Estágio de Amitié de Cotonou.

Fonte: CN

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Você conhece os Mártires do Brasil?

Creio que poucas pessoas sabem que o Brasil é berço de muitos mártires que morreram por defender a fé católica em solo brasileiro. Nem todos eram nascidos no país, mas evangelizavam aqui e por isso morreram pela fé católica. Mártir, para a Igreja, oficialmente, é só aquela pessoa que foi beatificada pelo Papa e declarada por ele mártir, após um longo e rigoroso processo. Infelizmente se tem usado a palavra "mártir" na Igreja indevidamente. Não podemos nos adiantar à decisão da Instituição criada por Cristo. 

Vejo pessoas chamarem Dom Romero de mártir, por ter lutado pela justiça na sua pátria; outros chamam padre Józimo de mártir da terra, padre Rodolfo Lukenbein, defensor dos índios contra posseiros no Mato Grosso, etc. Nem mesmo um processo de beatificação existe instalado no Vaticano sobre eles, então, não podemos chamá-los de mártires, embora possam ter sido grandes cristãos e terem sido assassinados. Só é considerado mártir pela Igreja quem morre explicitamente em defesa da fé, e não por causa social e política como Martin Luther King, Robert Kennedy, Tiradentes, entre outros. Não se pode querer definir as coisas na Igreja sem o Sumo Pontífice. 

Mas no Brasil houve grandes mártires no Rio Grande do Norte na época (1630-1654) em que os holandeses protestantes calvinistas ocuparam alguns lugares no país e quiseram obrigar o povo católico  a se tornar calvinistas. Morreram em defesa da fé católica e por isso os que foram identificados foram beatificados pelo Papa. O primeiro grupo de católicos massacrados pelos calvinistas, cerca de 70 pessoas aproximadamente, foi trucidado na capela da Vila de Cunhaú, Rio Grande do Norte. O segundo grupo de mesmo número foi chacinado em Uruaçu. Esses mártires foram beatificados no ano 2000.  Dom Estevão Bettencourt narrou bem os fatos sobre esse assunto em sua revista (PR, Nº 451, 1999, pg. 530).

Os holandeses invadiram o Nordeste do Brasil e dominaram a região desde o Ceará até Sergipe, de 1630 a 1654. Eram protestantes calvinistas e vieram com seus pastores para doutrinar os índios. Isso gerou uma situação difícil para os católicos da região, porque foi proibida a celebração da Santa Missa. Em Cunhaú, RN, um pastor protestante prometeu poupar a vida a todos, caso negassem a fé católica, o que a população não aceitou. Então, no domingo, 16 de julho de 1645, festa de Nossa Senhora do Carmo, na capela da Vila de Cunhaú concentravam-se aproximadamente setenta pessoas para participar da Santa Missa. 

Padre André de Soveral, com seus noventa anos de idade, iniciou a Santa Missa. Os soldados holandeses, armados de baionetas, chefiando um grupo de índios canibais invadiram a capela, em grande algazarra, logo após a consagração do pão e do vinho. Fecharam-se as portas da capela e começaram a massacrar os fiéis, impossibilitados de fugir. O sacerdote foi morto a golpes de sabre. O chefe da carnificina foi um alemão a serviço dos holandeses com o nome de Jacob Rabbi. Terminado o massacre, os algozes se retiraram, deixando os cadáveres estendidos no chão da capela. Um relato da época diz que os índios canibais devoraram as carnes das vítimas. 

Outro grupo, mais numeroso, cerca de setenta pessoas, sem contar os escravos e as crianças, foram para um local às margens do Rio Grande (Rio Uruaçú), onde construíram um abrigo fortificado e tomaram o nome de Comunidade Potengi. Essa comunidade foi atacada por índios armados, comandados por Jacob Rabbi e um famoso chefe indígena e acompanhados por soldados holandeses. Mataram todos os habitantes da fortaleza, inclusive padre Ambrósio Ferro e muitas pessoas de Natal. Relatam os cronistas que a uns cortaram os braços e as pernas, a outros degolaram, a outros arrancaram as orelhas ou arrancaram a língua antes de os matarem. Alguns cadáveres foram esquartejados: a Mateus Moreira arrancaram o coração pelas costas; antes de morrer ainda pôde gritar em alta voz: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”.

Esta é a versão dos fatos como se encontra no livro “O Valoroso Lucideno” de autoria de Frei Manuel Calado, publicado em Lisboa no ano de 1648. Frei Manuel escreveu na mesma época em que tudo ocorreu. Existe outra versão do episódio, idêntica à anterior e com mais detalhes. Encontra-se no livro “Os Holandeses no Brasil” de monsenhor Paulo Herôncio.

Um outro fato que merece menção é o martírio de padre Inácio Azevedo e seus companheiros. Ele foi a Portugal buscar reforços para a evangelização dos índios no Brasil. No dia 5 de junho de 1570, o sacerdote e 39 companheiros, na caravela mercante “São Tiago” partiram de volta para o solo brasileiro. A caravela foi alcançada pelo corsário francês Jacques Sourie, calvinista, que partira de La Rochelle para capturar os jesuítas. Esses foram friamente degolados; o número de mártires foi 40. O culto desses mártires foi confirmado por Pio IX em 1854. (Sgarbosa, 1978, p. 224) e a memória litúrgica deles é dia 17 de julho. 

Esses fatos formam uma triste “inquisição” desconhecida e que não é contada.


Profº Felipe Aquino 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Papa chega nesta sexta-feira à África


Bernin será o terceiro país africano a receber a visita de Bento XVI. Em 2009, ele visitou a República dos Camarões e a Angola
O Papa Bento XVI chega na manhã desta sexta-feira, 18, a Benin, na África, para sua 22ª viagem apostólica internacional. Na quarta-feira, 16, durante a audiência geral, Bento XVI pediu aos fiéis que o acompanhem em suas orações.

Benin é um país da África Ocidental com cerca de sete milhões de habitantes que, na maioria, seguem religiões tradicionais, além do catolicismo e islamismo.

Durante esta viagem, Bento XVI fará a entrega da Exortação Apostólica "Africae Munus - Empenho e dever da África", à Igreja local. O documento recolhe o que foi abordado no sínodo para África, realizado em outubro de 2009.


Encontro com seminaristas


A visita do Papa ao país acontece no 20º aniversário da chegada dos Franciscanos da Imaculada, que de Allada, no sul do país, deram origem ao centro mariano da Arquidiocese de Cotonou, com a construção do santuário mariano dedicado à “Mãe da Divina Misericórdia” além da Rádio Imaculada Conceição.

Para o diretor do Santuário de Allada, padre Michele Maria Iorio, o Santo Padre trará uma mensagem baseada nos valores e direitos fundamentais, temas que interessam a todos, especialmente neste país que sofre pela pobreza e falta de recursos.

“Sem dúvida será um avivamento dos valores humanos e um impulso sempre maior e melhor para a evangelização, uma confirmação na fé, como Jesus disse a São Pedro: 'Confirmados na fé'. Logo, é uma graça realmente para toda África e, em particular, para Benin e também para nós franciscanos da Imaculada que celebramos os 20 anos de nossa presença aqui”, destaca padre Iorio.
No sábado, 19, o Pontífice se encontrará com seminaristas, sacerdotes, religiosos e fiéis leigos na cidade de Ouidah, o que para padre Iorio será um momento especial de graça.

“O Papa vem para nos encorajar, também para nos corrigir onde erramos, a fim de que o catolicismo seja realmente puro, integral, profundo, sem contaminação, e o testemunho seja real, pleno e forte”, salienta o padre de Benin.

O sacerdote ressalta que a Igreja em Benin dará ao Papa sobretudo um testemunho de radicalidade, de amor apaixonado por Jesus Cristo e pelo Evangelho, testemunhos verdadeiros de uma Igreja que vive em comunhão com o Papa.

“Para nós, a vinda do Papa é um impulso que nos encoraja a ser realmente generosos em busca da santidade como São Maximiliano Maria Kolbe e São Francisco de Assis, os quais seguimos o exemplo”, afirma.


Amor do Papa para com as crianças órfás e doentes de Benin
Entre os missionários leigos empenhados em Benin, está Carla Baraldi, que há 37 anos vive na África, e hoje é responsável pela “Casa da Alegria”, das Irmãs de Albertine a Pèrèrè, localizada ao norte do país e que abriga crianças órfãs.

“A Igreja aqui está fazendo muito, ajuda de todas as maneiras. Leva a Palavra de Cristo, está aqui para a evangelização, que é um trabalho que precisa de muito tempo, está aqui para animar, para consentir que vivam melhor, para cuidar das crianças...”, destaca a missionária.

Também no sábado, 18, o Papa se encontrará, na cidade de Cotonou, com crianças órfãs e doentes, ajudadas por missões de caridade junto à Paróquia Santa Rita. Para Carla Baraldi é uma demonstração de amor do Santo Padre.

Certamente a atenção do Santo Padre a este grupo de crianças, a sua preocupação é uma preocupação de toda a Igreja para estes pequenos, que Jesus ama. Cada criança que nasce nos recorda que Deus não está distante do homem”, salienta.

Fonte: CANÇÃO NOVA

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Jesus é vencedor na batalha entre o bem e o mal, afirma Bento XVI


Reprodução / Ecclesia
''Mais forte é o Senhor, nosso verdadeiro Rei e sacerdote, porque combate com a força de Deus''
"Sim, no mundo há muito mal, há uma batalha permanente entre o bem e o mal e parece que o mal seja mais forte. Não! Mais forte é o Senhor, o nosso verdadeiro Rei e sacerdote, Cristo, porque combate com a força de Deus e, apesar de todas as coisas que nos fazem duvidar do êxito positivo da história, vence Cristo e vence o bem, vence o amor, não o ódio", afirmou confiante o Papa Bento XVI na Catequese desta quarta-feira, 16, em que falou sobre o Salmo 109 (110).
"Nestas últimas Catequeses, quis apresentar-vos alguns Salmos, preciosas orações que encontramos na Bíblia e que refletem as várias situações da vida e os vários estados de ânimo que podemos ter diante de Deus. Gostaria, portanto, de renovar a todos o convite a rezar mais com os Salmos,também habituando-se a utilizar a Liturgia das Horas, as Laudes pela manhã, as Vésperas ao final da tarde, as Completas antes de dormir. A nossa relação com Deus não poderá deixar de ser enriquecida no cotidiano caminho rumo a Ele, realizado com maior alegria e confiança", destacou.
A tradição da Igreja considera este Salmo como um dos textos messiânicos mais significativos. O rei cantado pelo Salmista é Cristo, o Messias que instaura o Reino de Deus e vence as potências do mundo, é o Verbo gerado pelo Pai antes de toda a criatura. O evento pascal de Cristo torna-se, assim, a realidade a que o Salmo convida a olhar, olhar a Cristo para compreender o sentido da verdadeira realeza, viver no serviço e no dom de si, em um caminho de obediência e amor levado "até o fim" (cf. Jo 13,1 e 19,30).

"Rezando com este Salmo, peçamos portanto ao Senhor para poder proceder também nós em seus caminhos, no seguimento de Cristo, o Rei Messias, dispostos a subir com Ele o monte da cruz para chegar com Ele à glória, e contemplá-lo sentado à direita do Pai, rei vitorioso e sacerdote misericordioso, que dé perdão e salvação a todos os homens. E também nós, tornados, por graça de Deus, 'raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa' (cfr 1 Pe 2,9), poderemos chegar com alegria às fontes da salvação (cf. Is 12,3) e proclamar a todo o mundo as maravilhas d'Aquele que nos 'chamou das trevas à sua luz maravilhosa' (cf. 1 Pe 2,9)", destacou o Pontífice.



O Salmo


No Salmo, Deus entroniza o rei na glória, fazendo-o sentar à Sua direita, sinal de grandíssima honra e absoluto privilégio. Desse modo, o rei participa do senhorio divino, do qual é mediador junto ao povo.

"Assenta-te à minha direita, até que eu faça de teus inimigos o escabelo de teus pés" (Sl 109,1).

"Essa glorificação do rei foi assumida pelo Novo Testamento como profecia messiânica; por isso, o versículo está entre os mais usados pelos autores neotestamentários. Jesus mesmo menciona este versículo a propósito do Messias, para mostrar que o Messis é mais que Davi, é o Senhor de Davi, e Pedro o retoma no seu discurso em Pentecostes, anunciando que, na ressurreição de Cristo, realiza-se esta entronização do rei. É o Cristo, de fato, o Senhor entronizado, o Filho do homem sentado à direita de Deus, que vem sobre as nuvens do Séu, como Jesus mesmo se define durante o processo diante do Sinédrio".

Entre o rei celebrado no Salmo e Deus existe uma relação inseparável, pois os dois governam em conjunto. "O exercício do poder é um encargo que o rei recebe diretamente do Senhor, uma responsabilidade que deve viver na dependência e na obediência, tornando-se assim sinal, no interior do povo, da presença poderosa e providente de Deus", explica Bento XVI.

É também neste salmo que se encontra o conhecido versículo "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec" (v. 4). 
Melquisedec era o sacerdote rei de Salem, que tinha abençoado a Abraão e oferecido pão e vinho após a vitoriosa campanha militar conduzida pelo patriarca para salvar o sobrinho Lot das mãos dos inimigos que o haviam capturado. "Na sua figura, poder real e sacerdotal convergem e são proclamados pelo Senhor em uma declaração que promete eternidade: o rei celebrado será sacerdote para sempre, mediador da presença divina em meio ao seu povo, ponte da bênção que vem de Deus e que, na ação litúrgica, encontra-se com a resposta benedicente do homem", complementa o Bispo de Roma.

O Santo Padre indica ainda que, no Senhor Jesus ressuscitado e ascenso aos céus, onde está à direita do Pai, atua-se a profecia do Salmo e o sacerdócio de Melquisedec é levado a cumprimento, porque tornado absoluto e eterno, tornado uma realidade que não conhece anoitecer. "E a oferta do pão e do vinho, feita por Melquisedec nos tempos de Abraão, encontra o seu cumprimento no gesto eucarístico de Jesus, que, no pão e no vinho, oferece a si mesma e, vencida a morte, leva à vida todos os crentes. Sacerdote perene, santo, inocente, sem mácula, ele pode salvar perfeitamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus; ele, de fato, está sempre vivo para interceder em nosso favor".

Ao final do Salmo, está o rei triunfante que, apoiado pelo Senhor, supera os inimigos e julga as nações. "O soberano, protegido pelo Senhor, abate cada obstáculo e procede seguro rumo à vitória".

A audiência

O encontro do Santo Padre com os cerca de 20 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, aconteceu às 10h30 (horário de Roma - 7h30 no horário de Brasília). A reflexão faz parte da "Escola de Oração", iniciada pelo Papa na Catequese de 4 de maio. A seção dedicada ao Saltério, iniciada em 7 de setembro, chegou ao fim nesta quarta-feira.


Ao final da audiência, o Papa recordou, na saudação em francês, a viagem apostólica que fará ao Benin, na África, a partir desta sexta-feira. "D
epois de amanhã [sexta-feira], vou visitar o continente africano. Não se esqueçam disso na vossa oração e na vossa generosidade".

Na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa salientou:

"Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! Saúdo todos os fiéis brasileiros, particularmente, os grupos de São Paulo e Brasília. Ao concluir este ciclo de catequeses sobre a oração no Saltério, convido-vos a rezar sempre mais com os salmos, para assim enriquecerdes a vossa relação diária com Deus. E que as suas bênçãos desçam sobre vós e vossas famílias!
".

Vaticano permite consulta a documentos inéditos da Igreja


www.penitenzieria.va
Sede da Penitenciaria Apostólica, no Vaticano
O Arquivo Histórico da Penitenciaria Apostólica será aberto para a consulta de estudiosos, nesta sexta-feira, 18, no âmbito de um dia de estudos promovido por este organismo. A Penitenciaria é o mais antigo dicastério vaticano e o primeiro dos Tribunais da Cúria Romana.

Os estudos serão presididos pelo Cardeal Raffaele Farina, Arquivista e Bibliotecário da Santa Romana Igreja, e terão a participação, entre outros, do Cardeal Fortunato Baldelli, Penitencieiro-mór, e dos bispos Gianfranco Girotti, Diretor da Penitenciaria, e Sergio Pagano, Prefeito do Arquivo Secreto Vaticano.

A abertura vai permitir pela primeira vez a consulta de uma documentação mantida secreta desde 1974 e que pode fornecer uma contribuição importante nos campos da história social e jurídica: são 745 registros encadernados em couro, datados de 1409 a 1890, e 1.065 volumes em latim, contidos em 413 caixas.

Além disso, há mais de 70 registros com pedidos de dispensa para pessoas pobres, principalmente impedimentos de matrimônios entre parentes de até o 4º grau e justificações de contas, como entradas e saídas.

O Arquivo admitirá a consulta de estudiosos e pesquisadores qualificados, sem distinção de país ou crença religiosa, provenientes de universidades, institutos de estudos superiores, centros de pesquisa de caráter científico sobre a história da Igreja e da cultura.

Naturalmente, serão disponibilizados apenas os documentos do chamado ‘Foro externo’, ou seja, o âmbito relativo à utilidade geral e as relações públicas entre os fiéis e com as autoridades, enquanto permanece absolutamente reservado o que concerne ao ‘Foro interno’, isto é, os casos de consciência.
 
Fonte: CANÇÃO NOVA 

"O Papa está certo", diz autoridade mundial no combate à AIDS


Reprodução
Página do Dr. Edward Green, no site da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos
"Eu sou um liberal nas questões sociais e isso é difícil de admitir, mas o Papa está realmente certo. A maior evidência que mostramos é que camisinhas não funcionam como uma intervenção significativa para reduzir os índices de infecção por HIV na África."

Esta é a afirmação do médico e antropólogo Edward Green, uma das maiores autoridades mundiais no estudo das formas de combate à expansão da AIDS. Ele é diretor do Projeto de Investigação e Prevenção da AIDS (APRP, na sigla em inglês), do Centro de Estudos sobre População e Desenvolvimento da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Uma das instituições educacionais mais prestigiadas do mundo.

Na terça-feira, 17 de março, em entrevista concedida a jornalistas no avião papal rumo à África, Bento XVI afirmou que a AIDS não vai ser controlada somente com a distribuição de preservativos. Para o Pontífice, a solução é "humanizar a sexualidade com novos modos de comportamento". Por estas declarações, o Papa foi alvo de críticas.

Dr.  Edward Green,  com 30 anos de experiência na luta contra a AIDS, tratou do assunto no site National Review Online(NRO) e foi entrevistado no Ilsuodiario.net.

O estudioso aponta que a contaminação por HIV está em declínio em oito ou nove países africanos. E diz que em todos estes casos, as pessoas estão diminuindo a quantidade de parceiros sexuais. "Abstinência entre jovens é também um fator, obviamente. Se as pessoas começam a fazer sexo na idade adulta, elas terminam por ter menor número de parceiros durante a vida e diminuem as chances de infecção por HIV", explica.

Green também aponta que quando alguém usa uma tecnologia de redução de risco, como os preservativos, corre mais riscos do que aquele que não a usa. "O que nós vemos, de fato, é uma associação entre o crescimento do uso da camisinha e um aumento dos índices de infecção. Não sabemos todas as razões para isto. Em parte, isso pode acontecer por causa do que chamamos 'risco compensação'".

O médico também afirma que o chamado programa ABC (abstinência, fidelidade e camisinha – somente em último caso), que está em funcionamento em Uganda, mostra-se eficiente para diminuir a contaminação. 

O governo de Uganda informa que conseguiu reduzir de 30% para 7% o percentual de contaminação por HIV com uma política de estímulo à abstinência sexual dos solteiros e à fidelidade entre os casados. O uso de camisinhas é defendido somente em último caso. No país, por exemplo, pôsteres incentivam os caminhoneiros - considerado um grupo de risco - a serem fiéis às suas esposas.

Fonte: CANÇÃO NOVA

terça-feira, 15 de novembro de 2011

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Palavra de Deus é homofóbica?


Catecismo da Igreja Católica

“2357. A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominantemente, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados.

2358. Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais inatas. Não são eles que escolhem sua condição homossexual; para a maioria, pois, esta constitui uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa da sua condição.

As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.”

O ensino do Catecismo, transcrito acima, fornece tudo que nós católicos precisamos para nos posicionar corretamente frente à questão da homossexualidade. Em primeiro lugar, o Catecismo deixa claro que atos de homossexualidade (e não a simples tendência à homossexualidade) são “depravações graves”, “intrinsecamente desordenados’, “contrários à lei natural”, “fecham o ato sexual ao dom da vida”, “não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira”, e “em caso algum podem ser aprovados”. Esse é o ensino oficial da Igreja, o qual não pode ser desobedecido nem desrespeitado por nenhum católico digno do nome. E se professar esse ensino for uma demonstração de “homofobia”, então os católicos verdadeiros devem se preparar para sofrerem perseguições num futuro não muito distante.

Por outro lado, o mesmo Catecismo nos adverte que homens e mulheres homossexuais devem ser “acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza”, e que também se deve evitar para com eles “todo sinal de discriminação injusta”. É claro que o nosso dever de professar a doutrina tal como ensinada pela Igreja não nos dá o direito de ser agressivos ou desrespeitosos. Não obstante, nosso principal compromisso é com Cristo e com Sua Igreja, a quem devemos fidelidade e obediência irrestritas, a despeito do que possam dizer os ativistas homossexuais.

Arquidiocese da Paraíba ref. uniões homo-afetivas

7. Doutrinadores missionários da causa homossexual projetam seu próprio medo e suas ambigüidades na bandeira da homofobia. O mecanismo habitual da fobia é usado como bandeira homossexual, projetando sobre os heterossexuais e sobre toda a sociedade a angústia de suas pulsões interiores não resolvidas. Ao absorver o desapontamento ou desaprovação do mundo exterior contrário ao comportamento homossexual, vive-se uma contradição interior angustiante.

8. Dessa forma, a diversidade sexual mobiliza-se, através de siglas, abrigando grupos de pressão, visualizando o fantasma de seus perseguidores por todo canto. Comparam-se às minorias excluídas da sociedade, tais como vítimas do racismo e dos preconceitos. Sua mobilização defende uma bandeira política, criando o delito da homofobia como crime de repressão que deva ser penalizada.

9. A bandeira “gay” ganha foro de direitos em várias instâncias jurídicas de alguns países e se constitui com reivindicações jurídicas, elevando sua causa à proteção legal e à promoção ostensiva do homossexualismo com todos os direitos civis garantidos. Já não se trata dos direitos que toda pessoa possui e sim a causa do homossexualismo. Ora, não obstante as condições heterossexuais ou homossexuais, todos, como cidadãos e cidadãs, somos possuidores de direitos e também de deveres perante o Estado.

10. Pela Constituição Federal, quaisquer pessoas, independentemente de sua vida particular referente às questões afetivas e sexuais, possuem direitos de estabelecer os meios para sua sobrevivência digna, em particular ou em parceria. O que está em jogo na causa de gênero e da diversidade sexual é a imposição da união homo-afetiva equiparável à estabilidade da instituição da Família.

11. Segue-se daí a estratégia das uniões homo-afetivas, corroborando para a relativização da instituição familiar. A Igreja considera isso como suicídio da lei natural e dos vínculos sociais que a família estabelece como célula-mãe da sociedade.
31 ago
Valquiria
12. Grupos de pressão privilegiam o subjetivismo de sua opção sexual escudando-a na égide dos direitos humanos, impondo-se à sociedade e ao Estado, exigindo o que é irreformável, a lei natural e positiva, estabelecida pelo Criador.

13. A vocação para o matrimônio está inscrita na própria natureza do homem e da mulher, conforme saíram das mãos do Criador. “Um homem deixa seu pai e sua mãe, une-se à sua mulher e eles se tornam uma só carne” [Cf. Gen. 2,24], de modo que já não são dois, mas, uma só carne (Mt. 19,6).

João Pessoa (PB), 19 de setembro de 2008.

+ Aldo di Cillo Pagotto, sss
Arcebispo Metropolitano da Paraíba

Planeta Brasileiro