Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Crisma da Paróquia Coração Eucarístico - Convento dos Capuchinhos

 Foi realizada a Crisma, a celebração foi no dia 20 de Maio celebrada pelo Bispo Diocesano Dom Bernardino Marchió, ungindo a confirmação a 55 jovens. Foi uma belíssima celebração a Igreja Matriz do Convento se encontrou lotada pelos padrinhos, familiares e todo povo de Deus.

Para conferir mais fotos, você poderá acessar o site da Paróquia - As fotos se encontram no álbum Missa da Crisma 2011.
www.pcoracaoeucaristico.com.br







Dom Bernardino Marchió - Bispo de Caruaru/PE














D. Dino, Voc.Vinícius e Frei Willian 


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Jovens, vamos a Madrid?

Aproxima-se a Jornada Mundial da Juventude de Madrid, de 16 a 21 de agosto próximo. Nos dias precedentes, haverá a Pré-Jornada, durante a qual jovens de todas as partes do mundo serão acolhidos nas dioceses da Espanha e, ali, terão seus encontros e missões com os jovens da própria Espanha.
Prevê-se uma grande movimentação de jovens, que seguirão para Madrid, onde também terão o encontro com o Papa Bento XVI. A organização desse grande evento está na responsabilidade do Pontifício Conselho para os Leigos, mas contará muito com o apoio da Conferência Episcopal espanhola e com as organizações dos jovens espanhóis. Mais de 10 mil jovens do Brasil já estão com o passaporte pronto para viajar para a Espanha; e também mais de 60 bispos!
As Jornadas, iniciadas pelo Papa João Paulo II, têm o objetivo de estabelecer uma nova interação da Igreja com a Juventude; certamente, isso tem sido alcançado em boa parte, mas ainda há muito por fazer, quer porque os jovens evoluem e os protagonistas são sempre novos, quer porque a grande massa dos jovens ainda não está envolvida nas iniciativas pastorais da Igreja.
Ninguém duvida da importância fundamental da evangelização da juventude para que as novas gerações possam ser iniciadas na experiência do encontro com Cristo e na vivência da fé cristã e eclesial. As Jornadas criam boas oportunidades para verdadeiros “mutirões” de evangelização da juventude e seria pena não tirar todo o proveito dessa ocasião ímpar para o envolvimento dos jovens com a Igreja.
O Papa Bento XVI escolheu um belo tema para a próxima jornada: “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (cf Cl 2,7). O tema faz referência a uma passagem da Carta de São Paulo aos Colossenses, na qual o apóstolo, depois de falar das suas lutas e fadigas, como missionário do Evangelho, encoraja a comunidade, que recebe a carta, a ficar firme naquilo que aprendeu do Evangelho: “Todos sejam encorajados, unidos no amor, para alcançar a riqueza do pleno entendimento e o conhecimento do mistério de Deus, que é Cristo. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento”. E exorta, que ninguém se deixe levar “por discursos enganadores”.
A advertência de Paulo aos Colossenses tinha um motivo: naquela comunidade cristã tinham se infiltrado falsos “pregadores” e “mestres”, que apresentavam teorias esotéricas e da mitologia e cosmologia grega sobre diversas divindades e forças cósmicas a governar a vida dos homens... Pretendiam também apresentar novas “revelações” e novos “conhecimentos” sobre Deus, ainda não manifestados... E os cristãos começavam a vacilar na fé. A toda hora, esses “mestres” aparecem também em nossos dias e levam consigo pouco firmes na fé. Ainda há poucos dias, fora do Brasil, alguém anunciava o dia e a hora exata do “fim do mundo”... Errou de novo! Já o próprio Jesus ensinou que “ninguém sabe o dia e a hora, mas somente Deus”; e advertiu contra os enganadores e falsos profetas (cf Mt 24, 3-8). A lição ainda não foi aprendida!
O texto de São Paulo continua e pede que os cristãos, “tendo acolhido Cristo, continuem caminhando com ele”. De fato, não basta ter tido um encontro fugaz com ele e, depois, ir atrás de outros mestres, ou continuar pela vida afora como se Cristo nada significasse. “Continuem caminhando com ele”, exorta Paulo, indicando que a vida cristã se expressa como “discipulado”, com Cristo, e nós em caminho, atrás dele. A CNBB destaca isso nas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (2011-2015). São Paulo usa ainda outras expressões semelhantes para dizer a mesma coisa: Viver “com” Cristo, “por” Cristo, “em” Cristo. Tudo isso coloca em evidência mais uma vez que a fé cristã, antes de ser adesão a um ensino e doutrina, é adesão firme a uma pessoa: a Jesus Cristo, Filho de Deus.
No texto proposto pelo papa para a Jornada Mundial da Juventude toma como referência estas indicações muito expressivas de São Paulo: “Continuai enraizados nele, edificados sobre ele, firmes na fé, tal qual vos foi ensinada, transbordando em ação de graças. Que ninguém vos faça prisioneiros de teorias e conversas sem fundamento” (Cl 2,7-8). Quantos se deixam desviar da fé cristã, com tanta facilidade, “por qualquer vento de doutrina”, como folhas levadas pelo vento, planta sem raiz, casa construída sobre a areia...
A feliz escolha do tema da Jornada vai proporcionar uma reflexão importante para jovens e não-jovens sobre a nossa ligação e relação constante com Cristo (“enraizados” nele); sobre o fundamento da nossa fé e vida cristã (“edificados” sobre ele); e sobre a necessária firmeza na fé, para não vacilar diante das mil dificuldades do caminho (“firmes na fé, como vos foi ensinada”).

Cardeal dom Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo

Em preparação para a JMJ, jovens maristas realizam jornada provincial

PJMCuritiba será palco, nos dias 4 e 5 de junho, de uma grande manifestação juvenil: trata-se da Jornada Provincial Marista das Juventudes, evento promovido pela Instituição Marista e destinado a aproximadamente 650 jovens pertencentes à Pastoral Juvenil Marista (PJM) dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Sua maior atratividade, além da variedade de jovens, será a sua formatação: o encontro consistirá em 24 horas ininterruptas de atividades, a fim de contagiar toda a juventude e não deixar ninguém parado, e contará com diversas atrações.
Sua programação contemplará: oficinas vivenciais de diferentes temáticas juvenis; apresentação do músico Wilson Rocha; exibição teatral com o ator circense Márcio Libar; palestra com Gabriel, O Pensador; debate com personalidades que atuam na construção de um mundo mais fraterno (inclusive com a presença de Gabriel Medina, presidente do Conjuve); momentos de oração e espiritualidade; dentre tantas outras atrações. Além de favorecer as diferentes formas de expressão do jovem marista e comungar com o ano internacional da ONU, esta Jornada possui a finalidade de ser uma preparação para um encontro ainda maior, que acontecerá em Madri, no mês de agosto: a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
PJMcartazPara falar da JMJ é preciso retornar à história de alguém que esteve muito à frente de seu tempo: o Papa João Paulo II. Já na década de 80, este santo homem percebeu a importância da relação entre juventude e Igreja, instituindo, em 1985, o Dia Mundial da Juventude. Ainda não satisfeito, ousou ir além: elaborar um evento que reunisse os jovens de todo o planeta para professarem a fé católica. Surgia, assim, a Jornada Mundial da Juventude. De acordo com o próprio pontífice, a JMJ é um grande encontro de jovens de todo o mundo em torno ao Vigário de Cristo, sendo um meio evangelizador a mais da Igreja, que continua anunciando a mensagem de Jesus a todas as gerações.
Muitas Jornadas já foram realizadas ao redor do mundo. Neste ano, a JMJ acontecerá em Madri. Estima-se que dois milhões de católicos aceitem o convite de dedicar uma semana àquele que é caminho, verdade e vida da humanidade. A Instituição Marista também se faz presente na história das Jornadas Mundiais. Em 2008, as três Províncias do Brasil formaram uma delegação com aproximadamente 40 pessoas. Neste ano, houve um acréscimo considerável no número de peregrinos. Ao todo, cerca de 70 jovens, Irmãos e leigos representarão a Instituição nos seis dias de evento. Na verdade, não serão 70, mas setenta vezes sete (Mt 18,22) o número de jovens Maristas que serão representados na Jornada. De alunos a professores, passando por leigos, Irmãos e educandos, todos deverão se sentir parte desta grande aventura!
Jornada Provincial... Jornada Mundial... Certamente serão momentos únicos na escrita da Pastoral da Província Brasil Centro-Sul! E você também é convidado a compor esta história! Acompanhe todas as atividades por meio das redes sociais existentes e faça parte também desta grande festa!

BENTO XVI: 60 ANOS DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL

Cidade do Vaticano, 03 jun (RV) - No dia 29 de junho, Papa Joseph Ratzinger comemora 60 anos de ordenação sacerdotal. A Congregação para o Clero convida os católicos do mundo inteiro a comemorar o aniversário com 60 horas de oração eucarística pelas vocações e pela santificação do clero. 

Nos Estados Unidos, os bispos convidam o as paróquias a preparar-se para comemorar a data e em uma nota, explicam que as todas as dioceses do mundo estão organizando orações diante do Santíssimo Sacramento no mês de junho. 

Algumas celebrações terminarão em 1º de julho, festividade do Sagrado Coração de Jesus e Dia Mundial de Oração pelos Sacerdotes.

Em carta pública, o arcebispo de Nova Iorque e presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, Dom Timothy Dolan, destacou a importância da celebração definindo as orações pelas vocações “uma intenção meritória” e um “sacrifício espiritual de gratidão pelo exemplo e pelo serviço de Bento XVI”.

Para o Arcebispo de St. Louis e presidente da Comissão para o Clero, a Vida Consagrada e as Vocações dos bispos dos Estados Unidos, Dom Robert Carlson, “o Santo Padre é um modelo excepcional de ministério sacerdotal e de serviço à Igreja”. Em Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, ele recorda aos fiéis que “todos nós temos a responsabilidade de rezar pelas vocações; esta é uma grande oportunidade para fazer isso”.
(CM) 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Porque ser Padre ou um consagrado?

Aparentemente é fácil de responder a esta pergunta. Mais, só aparentemente. O que leva um jovem a querer sair de casa, de sua vida, para entrar no seminário? O que move? Quais os seus sonhos? O que ele pretende ao entrar em uma casa de formação? Mil respostas a todas estas indagações surgem quando conversamos com as pessoas na rua. Algumas reações podem ser citadas: Porque quer estudar, porque quer sair de casa, porque quer ter um trabalho, porque se frustrou no namoro, porque não quer trabalhar duro, porque quer um carro, casa e vida fácil, etc. Estas são as respostas que logo, de imediato, várias pessoas sacam de sua opinião mal formada.

Um dia desses pensando sobre a rotina e atitudes das pessoas, cheguei a uma conclusão. Espero que sirva de ajuda para meus irmãos vocacionados, aos jovens em geral e as pessoas; para entender o que leva um jovem querer ser padre.

"Às vezes penso que vocês esquecem o como é difícil pra gente. Nós quando tomamos esta decisão ( ir para o seminário ou convento); sofremos com vários preconceitos, desde a sociedade até a família. Se tem algo que queremos é ir logo para o seminário. Exemplo: Não suporto mais viver sem liberdade, de ouvir pracinha de alguns...Imagine vocês o que suporto de alguns "amigos"; com esta minha decisão... Agora seu eu falasse que iria virar gay, todo mundo me apoiaria. Definitivamente o mundo está perdido!"

"Parece um dos grandes casos estranho da  sociedade acharem normal um rapaz se dizer gay e recriminar aquele aquele que desejar ser sacerdote."

"Possivelmente quando um jovem não sai com um maior número de mulheres, ele é totalmente discriminado; se ele vai a Missa é discriminado; se ele é a favor de valores Humanos e Cristãos, é discriminado! E aí você acaba sendo excluído por ser para eles a maior aberração! Se você se comporta como um verdadeiro católico, desses que pedem a bênção ao padre e lhe beija a sua mão, ao encontra-los nos corredores da escola...Minha nossa! O mundo caiu! Se você fazer uma coisa dessa, você é um mostro que merece se afastado da sociedade. Agora se fazer um discurso defendendo políticos e a favor do aborto, você é uma pessoa de mente aberta, que sabe totalmente viver na sociedade, que entende os problemas da mesma"

Onde se encontra o erro?

As pessoas que sabem que sou católico praticante, olha pra mim desconfiados com olhar meio torto... Riem... Atualmente se um jovem que ser sacerdote, sobre bulling acerca de sua vocação, e como ele e tantos outros são tratados como um "doente". Reflita e reveja sua opinião.

Voc.Vinícius Caíque
 SANTO ANTONIO,
O "DOUTOR EVANGÉLICO"
Primeiro professor de Teologia da
Ordem Franciscana

             
                 No dia 15 de agosto de 1195, na cidade de Lisboa, reino de Portugal, nascia o segundo filho de Martins de Bulhões e Tereza Maria Taveira. Fernando foi o nome escolhido para essa criança que um dia viria a se tornar um dos santos mais populares da santa Igreja. Foi batizado na Catedral de sua cidade natal, distante de sua casa apenas algumas dezenas de metros.




Sé Catedral de Lisboa onde Santo Antonio foi batizado.
Fernando de Bulhões cresceu numa família nobre e autenticamente cristã. Ele tinha um tio materno que era cônego, do qual possivelmente herdou o nome de batismo. Quando criança e adolescente, ele freqüentou a escola e o coro infantil da Catedral.

 
Atual Igreja construída sobre as ruínas da casa paterna de Santo Antonio
 bem em frente à Catedral de Lisboa

              
 Aos quinze anos de idade entrou no mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, para se consagrar ao Senhor na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Mas como era muito visitado pelos parentes e amigos, após dois anos, pediu para ser transferido para o Mosteiro de Santa Cruz, na cidade de Coimbra. Nessa nova residência, durante oito anos, pôde dedicar-se com muita profundidade aos estudos da Sagrada Escritura e dos Santos Padres.


 
Atuais Igreja e Mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa
  
  
Atual Mosteiro da Santa Cruz em Coimbra.
 
Em 1217, a Ordem de São Francisco se instala em Portugal. Um pequeno convento, dedicado a Santo Antonio do Deserto, conhecido também por Santo Antão, foi construído a cerca de dois quilômetros de Coimbra (capital do Reino até 1255) para abrigar aqueles primeiros frades. É bem possível que o cônego Fernando tenha tido algum contato com aqueles frades de vida muito simples e exemplar desde os primeiros tempos da fundação da Ordem Seráfica em Portugal
Em 1220, chegaram ao Mosteiro da Santa Cruz, em Coimbra, as relíquias dos primeiros mártires franciscanos, vindas de Marrocos, norte da África, onde foram evangelizar. Tocado pelo exemplo daqueles cinco mártires, o cônego Fernando pediu para ser aceito entre os filhos de São Francisco. Nesse mesmo ano, ele vestiu o hábito franciscano e passou a morar no pequeno convento de Santo Antonio dos Olivais, razão pela qual ele recebe o novo nome de “Frei Antonio”.

Atual Convento de Santo Antonio (ou Antão) dos Olivais.
Aqui  o Frei Antonio ingressou na vida franciscana.
 
Como o seu grande sonho era pregar o Evangelho em terras pagãs, ele consegue uma autorização para ir até Marrocos com um companheiro. Mas ao chegar naquelas terras africanas, adoeceu de tal modo que teve de voltar após alguns meses para a sua terra natal. Na viagem de volta, uma tempestade desviou o seu navio para o sul da Itália (Sicília). Chegando ali, foi acolhido pelos frades da cidade de Messina, se recuperou de suas enfermidades e se dirigiu para a cidade de Assis, onde aconteceria um capítulo geral da Ordem Franciscana.
Era o ano de 1221, e Santo Antonio iria se encontrar pela primeira vez com São Francisco. Chegaram frades de muitos lugares para o capítulo geral, mas Santo Antonio não os conhecia e nem era conhecido praticamente por nenhum deles. No final do capítulo, não tendo recebido nenhuma tarefa específica, Santo Antonio foi convidado por um provincial para ir morar no norte da Itália. E assim, no convento de Monte Paolo ele viveu na simplicidade e no anonimato, aproveitando a ocasião para dedicar-se mais intensamente à oração e à penitência.
Em 1222, Santo Antonio foi convidado para um capítulo na cidade de Forli, durante o qual alguns frades seriam ordenados presbíteros pelo bispo daquela diocese. Estavam ali também alguns frades da Ordem de São Domingos, ilustres pregadores do Evangelho. Na hora da refeição, o bispo pediu aos dominicanos que dirigissem algumas palavras aos convidados, mas todos se recusaram gentilmente. Essa mesma atitude foi seguida pelos demais religiosos que se encontravam no recinto. Santo Antonio, o último a ser consultado, prontamente obedeceu com humildade. O sermão proferido, rico de referências bíblicas, foi tão ungido que comoveu o coração de todos os presentes. Estava descoberto um grande pregador! Quem diria que aquele frade tão simples e desconhecido, poucos anos depois, seria aclamado pelo papa Gregório IX como “Arca do Testamento”? A partir daquela data, Santo Antonio recebeu o encargo de pregar o Evangelho por toda a sua província.



Após a páscoa de 1223, São Francisco, já tendo conhecimento da sabedoria de Santo Antonio, pediu-lhe para que ensinasse a sagrada teologia aos seus frades na cidade de Bolonha.




  No ano seguinte, após um curto período de ensino, Santo Antonio foi enviado à França, onde permaneceu cerca de dois anos. Sua atividade principal foi a pregação do Evangelho para a conversão dos hereges. Em 1225, na cidade de Toulouse, ele retoma por um tempo o seu ofício de professor de Teologia.

 
Depois da morte de São Francisco, ocorrida em outubro de 1226, Santo Antonio volta para a Itália para participar de um capítulo de toda a Ordem franciscana. A partir de então, ele passa a ser o provincial da Romanha, região norte da Itália, na qual já tinha morado anteriormente e onde ficará até o final de sua vida. Apesar das novas funções, ele permanece incansavelmente pregando o Evangelho de Cristo às multidões.



Em 1227, ele entra pela primeira vez em Pádua, cidade tomada por uma guerra civil e dominada por vícios e heresias. Ele voltará diversas vezes a essa cidade para suas atividades missionárias, obtendo grande êxito entre aquela gente.


Mais adiante, em 1230, encontramos Santo Antonio em Roma diante do papa Gregório IX, tratando de assuntos referentes à interpretação da Regra de São Francisco, juntamente com outros frades da Ordem.

Nos últimos anos de sua vida ele escreveu seus famosos “Sermões” destinados aos pregadores e professores de Teologia. Ele escreveu “sermões dominicais” e “sermões para as festividades dos santos”, comentando os textos bíblicos apresentados pela liturgia com profunda sabedoria e piedade.




Em 1231, aos trinta e seis anos de idade, retirado num eremitério e abatido pela doença, ele percebe que a morte se aproxima e, por isso, pede para ser transportado imediatamente a Pádua. Tendo piorado bastante durante o trajeto, ele faleceu nas proximidades desta cidade, num lugar chamado Arcella, no dia 13 de junho. Após algumas disputas entre os arcelanos e paduanos, o seu corpo foi finalmente sepultado no convento franciscano de Pádua. Antes de completar um ano de seu falecimento ele já estava canonizado pelo papa Gregório IX que o conhecera tão bem.


Em 1263, trinta e um anos depois da canonização, São Boaventura, Ministro Geral da Ordem Franciscana, mandou transladar os restos mortais de Santo Antonio para a basílica construída em sua honra. Quando abriram o caixão, a língua do santo estava intacta.

Basílica de Santo Antonio em Pádua.
 

Basílica de Pádua




No dia 16 de janeiro de 1946, o papa Pio XII declarou Santo Antonio como Doutor da Santa Igreja com o título de “Doutor Evangélico”.


Carta a Santo Antonio
(escrita por São Francisco no final de 1223 ou início de 1224)




“Eu, Frei Francisco, desejo saúde a Frei Antonio, meu bispo. Apraz-me que ensines a sagrada teologia aos irmãos, contanto que, nesse estudo, não extingas o espírito de oração e devoção, como está escrito na Regra.”




Em 1247 o Frei Tomás de Celano nos dá notícia desta carta escrita por São Francisco e destinada a Santo Antonio:
São Francisco “queria que os ministros da palavra de Deus fossem de tal modo dedicados aos estudos espirituais que não fossem impedidos por outros ofícios. (...) E afirmava: ‘O pregador deve haurir nas orações secretas aquilo que depois vai difundir em palavras sagradas; deve antes aquecer-se por dentro para não proferir palavras frias’. Dizia que este ofício devia ser respeitado e que aqueles que os exercem deviam ser venerados por todos. (...)



E considerava os doutores na sagrada teologia dignos de mais amplas honras. (...) Uma vez, ao escrever ao bem- aventurado Antonio, assim mandou que fosse colocado no princípio da carta: ‘A Frei Antonio, meu bispo’”(2Cel 163).



“O título de “bispo”, usado na Idade Média para indicar também os pregadores autorizados, certamente deve ser compreendido como participação do munus praedicandi dos bispos propriamente ditos” (nota do tradutor das Fontes Franciscanas, Ed. Vozes, 2004, pg. 107).


 
 Basílica de Pádua
 

Claustro da Basílica.


Altar que guarda os restos mortais de Santo Antonio.


Igreja sobre as ruínas da casa onde nasceu Santo Antonio.
 


Pia batismal onde foi batizado Santo Antonio.


              

 PAX ET BONUM!


Frei Salvio Romero,
Eremita capuchinho

Beatificação de João Paulo II completa 1 mês

Paula Dizaró / CN Roma
Imagem oficial do Beato João Paulo II, exposta durante a cerimônia de beatificação, no Vaticano
Há um mês, toda a Igreja celebrou a beatificação de João Paulo II. Mais de 1 milhão de peregrinos se reuniram na Praça São Pedro, no Vaticano, para participar da cerimônia que foi considerada uma das maiores da história da Igreja.

Nesta quarta-feira, 1º, o noticias.cancaonova.com quer recordar com você os melhores momentos dessa grande festividade. 

Um dos momentos marcantes foi a Vigília que antecedeu a Missa de Beatificação, no Circo Máximo de Roma. Cerca de 200 mil pessoas estiveram presentes para rezar e relembrar fatos marcantes da vida do saudoso Pontífice. Já na abertura da Vigília, um vídeo de João Paulo II falando aos jovens no jubileu do ano 2000 emocionou os participantes. E a noite prosseguiu com testemunhos de diversas autoridades que conviveram de perto com o Papa, entre eles o ex-diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Joaquim Navarro Vals, e o ex-secretário pessoal de João Paulo II e atual Arcebispo de Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz.

Mas a grande festa mesmo aconteceu no domingo, 1º de maio, com a missa de beatificação. Após a leitura da fórmula que proclamou o novo beato, os fiéis reunidos na Praça São Pedro celebraram com uma salva de palmas, que se prolongou por vários minutos, e só foi contida a pedido, para que a Celebração pudesse continuar. A vibração e alegria eram nítidas entre os presentes, que aguardavam ansiosos por esse momento.

Na homilia, o Papa Bento XVI recordou que, embora a tristeza pela perda de João Paulo II fosse profunda no dia de sua morte, a sensação de que uma graça especial envolvia o mundo todo era ainda maior. "Já naquele dia sentíamos pairar o perfume da sua santidade, tendo o Povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele. Por isso, quis que a sua Causa de Beatificação pudesse, no devido respeito pelas normas da Igreja, prosseguir com discreta celeridade", explicou.

Bento XVI destacou também que as palavras pronunciadas por João Paulo II na sua primeira Missa solene: "Não tenhais medo! Escancarai as portas a Cristo!", foram primeiramente vividas por ele. "Aquilo que o Papa recém-eleito pedia a todos, começou, ele mesmo, a fazê-lo: abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e econômicos, invertendo, com a força de um gigante – força que lhe vinha de Deus –, uma tendência que parecia irreversível. Com o seu testemunho de fé, de amor e de coragem apostólica, acompanhado por uma grande sensibilidade humana, este filho exemplar da Nação Polaca ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho. Numa palavra, ajudou-nos a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia de liberdade. Sintetizando ainda mais: deu-nos novamente a força de crer em Cristo, porque Cristo é o Redentor do homem", salientou.

Alguns fatos interessantes da beatificação foram que, durante a Missa, Bento XVI usou uma casula e uma mitra que pertenceram a JPII e, também, utilizou o Cálice que o Papa Wojtyla usou nos últimos anos de seu Pontificado. A data escolhida para a festa litúrgica de João Paulo II - 22 de outubro - faz referência ao dia da primeira Missa de seu Pontificado.

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