Sejam Bem-Vindos!

"É uma grandiosíssima calúnia dizer que tenho revoltas contra a Igreja. Eu nunca tive dúvidas sobre a Fé Católica, nunca disse nem escrevi, nem em cartas particulares, nem em jornais, nem em quaisquer outros escritos nenhuma proposição falsa, nem herética, nem duvidosa, nem coisa alguma contra o ensino da Igreja. Eu condeno tudo o que a Santa Igreja condena. Sigo tudo o que ela manda como Deus mesmo. Quem não ouvir e obedecer a Igreja deve ser tido como pagão e publicano. Fora da Igreja não há salvação."
Padre Cícero Romão Batista

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Homossexuais devem ter o direito de casar?


A Igreja Católica reconhece a dignidade de todas as pessoas, e não as define nem rotula segundo sua orientação sexual. A pessoa humana “feita à imagem e semelhança de Deus”, dificilmente pode ser descrita adequadamente através de uma referência redutiva à sua orientação sexual. O Catecismo da Igreja Católica exige que os homossexuais sejam “acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza” e condena “todo sinal de discriminação injusta” contra eles (cf. No. 2358). Ao afirmar a dignidade de pessoas que são homossexuais, a Igreja Católica está sendo coerente com seus ensinamentos.

Em matéria de sexo há dois princípios fundamentais que orientam o ensinamento da Igreja. O primeiro é que a Igreja “sempre ensinou que a expressão sexual genital do amor, conforme o plano criador de Deus tem seu lugar exclusivamente dentro do casamento entre um homem e uma mulher”. O segundo princípio é que “a expressão sexual genital do amor tem que ser aberta à possível transmissão de nova vida”. Por estas razões a Igreja Católica não aprova casamentos ou uniões homossexuais.

O documento da Congregação para a Doutrina e Fé Considerações sobre os projetos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais, publicado em 2003, afirma que “não existe nenhum fundamento para equipar ou estabelecer analogias, mesmo remotas, entre uniões homossexuais e o plano de Deus sobre o matrimônio e a família. O matrimônio é santo, ao passo que as relações homossexuais estão em contraste com a lei moral natural” (cf. op. cit. n. 4).

Segundo o moralista, o Padre Marciano Vidal* uma atitude pragmática começa a se advertir, tanto por parte da reflexão teológica-moral como por parte do episcopado. Ele cita, por exemplo, que “os bispos suíços não se opõem a um ordenamento jurídico das uniões homossexuais, ainda que defendam “que o caráter único do matrimônio entre homem e mulher seja protegido pela jurisdição do Estado de maneira incondicional”. ** Ante a pergunta se uniões homossexuais poderiam receber uma benção não sacramental, os bispos suíços responderam “temos a convicção profunda de que as pessoas homossexuais podem ser abençoadas, mas não a contração de uma união homossexual... semelhante rito poderia parecer-se ao matrimônio sacramental e prestar-se à confusão”.

O canonista Dias Moreno, afirma que o matrimônio é “o que tem sido sempre em todos os contextos culturais – uma união essencialmente heterossexual fundada na mesma configuração e estrutura da pessoa sexuada. A expressão sexual, física e afetiva, daqueles que são portadores da tendência homossexual, não pode ser equiparada à expressão heterossexual. Qualificar as uniões homossexuais de matrimoniais e dotá-las de uma configuração jurídica igual ou semelhante ao matrimônio, suporá, como primeiro efeito nocivo, dar passagem a um equívoco absurdo”.

O Padre Brendan Coleman Mc Donald é sacerdote redentorista, professor da Universidade Federal do Ceara.

Fortaleza, 29 de junho de 2011.
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Notas dos Editores:
* Sobre o Padre Marciano Vidal, ver a Notificação sobre alguns dos seus escritos feita pela Congregação para a Doutrina da Fe.

** Quanto à posição dos bispos bispos suíços, nem sempre tem estado em concordância com a Santa Se. A Congregação para a Doutrina da Fé é clara:

"5. É imperativo da consciência moral dar, em todas as ocasiões, testemunho da verdade moral integral, contra a qual se opõem tanto a aprovação das relações homossexuais como a injusta discriminação para com as pessoas homossexuais. São úteis, portanto, intervenções discretas e prudentes, cujo conteúdo poderia ser, por exemplo, o seguinte: desmascarar o uso instrumental ou ideológico que se possa fazer de dita tolerância; afirmar com clareza o caráter imoral desse tipo de união; advertir o Estado para a necessidade de conter o fenômeno dentro de limites que não ponham em perigo o tecido da moral pública e que, sobretudo, não exponham as jovens gerações a uma visão errada da sexualidade e do matrimônio, que os privaria das defesas necessárias e, ao mesmo tempo, contribuiria para difundir o próprio fenômeno. Àqueles que, em nome dessa tolerância, entendessem chegar à legitimação de específicos direitos para as pessoas homossexuais conviventes, há que lembrar que a tolerância do mal é muito diferente da aprovação ou legalização do mal.

"Em presença do reconhecimento legal das uniões homossexuais ou da equiparação legal das mesmas ao matrimônio, com acesso aos direitos próprios deste último, é um dever opor-se-lhe de modo claro e incisivo. Há que abster-se de qualquer forma de cooperação formal na promulgação ou aplicação de leis tão gravemente injustas e, na medida do possível, abster-se também da cooperação material no plano da aplicação. Nesta matéria, cada qual pode reivindicar o direito à objeção de consciência.

"8. Em defesa da legalização das uniões homossexuais não se pode invocar o princípio do respeito e da não discriminação de quem quer que seja. Uma distinção entre pessoas ou a negação de um reconhecimento ou de uma prestação social só são inaceitáveis quando contrárias à justiça. Não atribuir o estatuto social e jurídico de matrimônio a formas de vida que não são nem podem ser matrimoniais, não é contra a justiça; antes, é uma sua exigência.

"9. Não é verdadeira a argumentação, segundo a qual, o reconhecimento legal das uniões homossexuais tornar-se-ia necessário para evitar que os conviventes homossexuais viessem a perder, pelo simples fato de conviverem, o efetivo reconhecimento dos direitos comuns que gozam enquanto pessoas e enquanto cidadãos. Na realidade, eles podem sempre recorrer – como todos os cidadãos e a partir da sua autonomia privada – ao direito comum para tutelar situações jurídicas de interesse recíproco. Constitui porém uma grave injustiça sacrificar o bem comum e o reto direito de família a pretexto de bens que podem e devem ser garantidos por vias não nocivas à generalidade do corpo social".


Fonte:

MC DONALD. Brendan Coleman. Os homossexuais devem ter o direito de casar? Site Voto Católico. Disponível em:http://www.votocatolico.com.br/2011/07/homossexuais-devem-ter-o-direito-de.html?spref=fb Acesso Acesso em: 01 Julho de 2011.

Verdadeiro e Falso Ecumenismo


SE "FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO", O QUE É O ECUMENISMO?
Infelizmente esta é uma confusão muito comum, especialmente em certos meios ditos "progressistas"; esta confusão, na verdade, é fruto do chamado "relativismo", uma heresia já condenada pela Igreja muitas e muitas vezes.

Antes de mais nada, vejamos o que é o ecumenismo verdadeiro (não o da LBV...):

A palavra "ecumênico" sempre foi usada no sentido de uma reunião do conjunto dos bispos da Igreja. Assim, por exemplo, um Concílio que reúna os bispos do mundo todo é um concílio ecumênico, mesmo (e especialmente!) se não houver nenhum não-católico presente.

Infelizmente esta palavra começou a ser usada no fim do século passado para definir um movimento surgido nos meios protestantes, que busca fazer uma reunião meramente jurídica de todas as seitas protestantes (não devemos nos esquecer que na eclesiologia protestante a Igreja, com "I" maiúsculo, não existe visivelmente, sendo composta por uma união invisível de todas as seitas); assim este movimento pseudo-ecumênico, expresso por exemplo no Conselho Mundial de Igrejas, deseja fazer com que as seitas aceitem a validade, por exemplo, dos Sacramentos ministrados por outras seitas. No caso de seitas que não acreditem em sacramentos, o objetivo do movimento seria fazer com que admitissem que as seitas que acreditam são verdadeiramente "cristãs" no mesmo sentido que o são os membros de sua seita própria.

Ora, esta visão é incompatível com a Fé cristã. O protestantismo prega que a fé apenas salva, mas não se preocupa com a questão que evidentemente surge em decorrência desta crença: fé em quê? Para um protestante, trata-se de uma aceitação subjetiva de um "jesus" salvador, não de uma aceitação real d'O Jesus Salvador. Digo isso por uma razão simples de perceber: se cada um interpreta diferentemente a Escritura e acredita que o que Ele pede é uma coisa diferente do que outro protestante (por vezes na mesma seita!) acredita, não se está aceitando Jesus, mas sim inventando um "jesus" pessoal, um "jesus" que corresponde na verdade apenas às ânsias e preconceitos do "crente".

Assim Monique Evans e Tiazinha, por exemplo, crêem em um "jesus" que não vê absolutamente problema nenhum na difusão de pornografia, "jesus" esse radicalmente diferente, por exemplo, do "jesus" de uma senhora da "Assembléia de Deus", que não tira suas saias longas e não corta o cabelo.

Do mesmo modo o "pastor" Caio Fábio acredita em um "jesus" que permite o divórcio (em frontal contradição com as próprias palavras de Cristo registradas no Evangelho!), mas preocupa-se principalmente com problemas sócio-policiais da população favelada...

Para Monique Evans e Tiazinha, entretanto, Caio Fábio é certamente um cristão, e presumivelmente o contrário também é verdade.

Este é o "espírito ecumênico" do Conselho Mundial de Igrejas, que aliás já está tendo problemas graves devido a, por exemplo, a pregação pró-homossexualismo de algumas seitas que dele fazem parte, pregação essa que já provocou a saída de vários grupos deste Conselho.

A mensagem do falso ecumenismo é "tolerância", compreendida como na verdade mero indiferentismo: não importa em que "jesus" é a fé do "crente", importa que ele tenha fé.

O "ecumenismo" da LBV é aparentemente o paroxismo deste tipo de mentalidade indiferentista, mas na verdade o é apenas para consumo externo. Nas creches e escolas da LBV, por exemplo, as crianças são indoutrinadas na doutrina própria desta seita, que entre outras coisas ensina o reencarnacionismo, as várias revelação sucessivas (incluindo aí Allan Kardec e o próprio fundador da LBV), a inexistência do Espírito Santo (visto como uma reunião de "espíritos evoluídos"), etc.

Assim eles consideram que todas as religiões são aceitáveis, mas a verdade seria a pregada por eles. Como são reencarnacionistas, não vêem necessidade de confronto; afinal se o sujeito for um bom protestante, ou católico, ou macumbeiro, na "próxima encarnação" ele poderá ter acesso à verdade LBVista...

Estes falsos ecumenismos são totalmente diferentes da noção católica de ecumenismo. Já vimos que a palavra "ecumênico" sempre teve na Igreja a conotação de algo relativo a uma reunião de toda a Igreja, não de uma reunião interreligiosa. Vimos igualmente que o relativismo é algo totalmente contrário à fé cristã.

Como então se coloca o afã "ecumênico" da Igreja, no que diz respeito ao diálogo com os protestantes e cismáticos orientais?

Trata-se de, como Cristo, ir buscar à ovelha que está afastada, trazer para a Igreja aqueles que estão fora dela, quer formal quer materialmente. O Concílio Vaticano II pede, como norma pastoral, que isto seja feito partindo-se do que já é de conhecimento ou uso do herege ou cismático. Nisto o texto conciliar corrobora a imortal sabedoria do Doutor Angélico, S. Tomás de Aquino, que já dizia: "Ao debater com pagãos, uso a Razão; com judeus, o Antigo Testamento; com hereges, toda a Escritura".

Assim devemos perceber os reflexos da verdadeira Fé cristã que estão contidos em cada seita ou crença pessoal, para a partir destes reflexos incentivar o herege ao estudo para que ele perceba os erros e incoerências da falsa fé que tem.

"Ora", diria o indiferentista, "e os 'elementos de santificação' que existem nas seitas?" Respondo que eles existem, como podemos ver nos próprios documentos do Concílio, apenas em função da Igreja. Trata-se de, para usar uma parábola evangélica, migalhas que caem da mesa. Um batismo válido ministrado por uma seita protestante não é válido por ter sido ministrado por esta seita, mas sim apesar disto!

Assim um batismo válido ministrado por, digamos, uma seita pentecostal faz com que a pessoa que foi batizada torne-se não pentecostal, mas católica. Alguém que morra logo após um batismo válido ministrado por uma seita pentecostal morre como católico, e como tal é salvo.

Este pertencer invisível à Igreja, entretanto, não é garantia de salvação. Muito pelo contrário, aliás. Alguém que tenha nascido em um ambiente protestante, nunca tenha tido contacto algum com a verdadeira fé (situação evidentemente impossível no Brasil...) e siga a falsa fé em que foi educado após um batismo válido pode ser salvo, se, e somente se, ele nunca abandonar a Graça de Deus infusa pelo batismo.

Ora, como é abandonada esta graça? Pelo pecado mortal (pecado cometido deliberada e conscientemente em matéria grave). Assim a chance de um protestante se salvar está em não pecar nunca mortalmente após um batismo válido (e batismo é só uma vez: se ele foi batizado em criança é este o batismo válido; se o foi em adulto, não adianta reiterar o batismo: o segundo vale apenas por um banho sem sabonete...), seguindo assim sempre a sua consciência de forma irrepreensível e aceitando todas as graças dadas por Deus.

Ora, será que isso é comum? Será que é comum que uma pessoa, mais ainda, uma pessoa sem acesso ao Santíssimo Sacramento e fechada em um ambiente de mentiras e heresias, consiga sempre corresponder à graça de Deus de tal maneira que nunca, jamais peque mortalmente? Certamente que não.

Tal acontecimento é evidentemente raríssimo, mas pode existir. Devido a sua raridade e, mais ainda, à presunção em que implicaria confiar que ocorra tal comportamento, é um dever de caridade de todo católico buscar trazer à Igreja este pobre protestante, para que, tendo acesso aos Sacramentos e à Verdade, possa evitar as chamas eternas do Inferno.

A única outra chance que um protestante hipotético, nascido e criado sem contacto algum com a Igreja, poderia ter de salvar-se é uma perfeita contrição na hora da morte. O que é uma perfeita contrição? É um arrependimento completo de seus pecados, movido por um amor absoluto e perfeito a Deus. Por Deus vem o horror aos pecados, e Deus não deixaria de perdoar alguém que estivesse tão perfeitamente arrependido de seus pecados e a buscar a união com Ele.

Ora, o protestantismo desincentiva a contrição, vista por eles como demonstração de falta de fé. Afinal, eles acreditam que o pecado do homem é encoberto por Jesus, mas continua existindo; eles não acreditam em santificação do homem, mas acham que Cristo mente a Deus Pai, dizendo que o homem está sem pecado, para que ele possa entrar no Céu. Assim preocupar-se por um pecado cometido seria uma demonstração de falta de fé no "pistolão" celestial que os faria entrar no Céu mesmo sendo sempre pecadores. E é apenas, nesta heresia, a falta de fé que pode fazer com que alguém não seja salvo...

No caso de um católico que apostate e venha a ser, digamos, batista ou pentecostal, a situação é muito mais grave, assim como é gravíssima a situação de um protestante nascido em país católico (e que assim teve contacto com a Verdade). Isto ocorre por uma razão muito simples: a Verdade atrai quem a busca, e a graça da conversão é sempre dada por Deus a todos, mesmo os piores pecadores.

O próprio fato de um católico apostatar da Verdadeira Fé e unir-se a uma seita é na verdade um ato de afastamento de Deus, de negação de Sua Graça. O nosso protestante hipotético que nunca tivesse conhecido a Igreja nem cometido pecado mortal, por exemplo, seria indubitavelmente alguém que, pela oração, pela caridade, pelos meios que estivessem a seu dispor, procurara sempre aceitar a graça de Deus. Este protestante hipotético, caso tivesse qualquer chance de contacto com a Igreja (nem que fosse pela TV ou pela Net), aceitaria a graça que Deus sempre está a oferecer a todos os pecadores e hereges e se converteria.

Assim um protestante em país católico ou, pior ainda, um católico que se tornou protestante é alguém que se negou a aceitar uma graça dada por Deus, escolhendo separar-se de Deus. Vemos assim como é perigosa esta situação. A pessoa escolheu, movido provavelmente por interesses outros (possibilidade de segundas núpcias, desejo de ser o árbitro final do certo e do errado - a exemplo de Adão e Eva no Paraíso...), abandonar a Cristo e inventar seu próprio "jesus", negando-se assim a aceitar aquilo que Deus pede dele e para o quê Ele oferece a cada instante os meios (a graça da conversão).

Mesmo que esta pessoa tenha cometido este ato (negar-se a aceitar a graça) sem ter consciência de seu erro, isto não deixou de ser um ato de separação de Deus. Trata-se de ao mesmo tempo a comprovação de uma negação provavelmente habitual da graça (posto que se ele estivesse habitualmente disposto a aceitar as graças dadas por Deus não teria negado a mais importante!) e uma decisão de não mais aceitar a reconciliação com Deus (feita pelo Sacramento que Cristo instituiu) após um pecado mortal que ele venha a cometer.

Além disso, provavelmente não durará muito para ele cometer um pecado mortal, visto o seu fechamento, doravante habitual, para a graça. Não podemos esquecer que é apenas pela graça de Deus livremente aceita que podemos não pecar; a nossa natureza sozinha nos leva a pecar. "Abyssus abyssum invocat", o abismo atrai abismo. Quanto mais a pessoa peca, quanto mais ela se afasta da graça de Deus, mais fácil se torna pecar.

O dogma (um dogma é algo que é Verdade Revelada, que deve ser crida por todo cristão; um exemplo disso é a Santíssima Trindade, Três Pessoas e Um Só Deus) nos afirma claramente que "Fora da Igreja não Há Salvação". Não é possível salvar-se fora da Igreja, que é a Comunhão dos Santos. Não é possível salvar-se em estado de pecado mortal, não é possível salvar-se em uma seita herética.

A eventual salvação de um herege vem de sua conversão ou, no caso de alguém que nunca, jamais, tenha tido acesso à Igreja, pela aceitação de todas as graças dadas por Deus, o que levaria a uma conversão caso ele tivesse a oportunidade; é a isto que se refere o documento *Diálogo e Anúncio* do Pontifício

Conselho para o Diálogo Inter-religioso: "Em muitos casos, eles já podem ter

respondido implicitamente à oferta de Deus de salvação em Jesus Cristo; um

sinal disto pode ser a prática sincera das próprias tradições religiosas, à

medida que elas contêm autênticos valores religiosos. Podem já ter sido

atingidos pelo Espírito e, de certo modo, estar associados, sem o saberem,

ao Mistério Pascal de Jesus Cristo (cf. GS 22)."

É o caso de alguém nascido protestante ou até pagão, sem jamais ter tido contacto com a Fé Cristã verdadeira, que tenha sempre, ao longo de sua vida, respondido "sim" a tudo o que Deus dele pediu, praticando sinceramente as práticas religiosas de sua comunidade, no que elas contém de conforme à Lei Natural. Assim alguém que tenha sido criado, digamos, em uma comunidade de adoradores de ídolos que fazem sacrifícios humanos não poderia jamais tomar parte nos ditos sacrifícios, abomináveis à luz da Lei Natural que todos nós já temos inscrita em nosso coração e que não precisamos aprender de fontes externas.

A associação deste hipotético pagão ou protestante com a Igreja, Corpo Místico de Cristo, ocorreria sem que ele o soubesse; sua resposta habitual de aceitação das graças dadas por Deus corresponderia, na Infinita Misericórdia do Senhor, a uma aceitação da oferta de Deus de Salvação no Cristo Jesus. Esta oferta só não foi aceita de forma explícita por não ter sido conhecida, pelo fato deste protestante ou pagão hipotético nunca ter visto um só católico em toda a sua vida.

Esta pessoa está assim unida de forma invisível à Igreja; ela está materialmente na Igreja, mas não formalmente, e só não está formalmente na Igreja por falta de oportunidade. Enquanto ela se mantiver dentro da Igreja, ainda que desta forma invisível, ela pode ser salva. Se um dia, porém, ela deixar de aceitar as graças dadas por Deus e pecar consciente e deliberadamente em matéria grave, ela só poderá voltar à Igreja se tiver uma perfeita contrição, já que não tem acesso ao Sacramento da Confissão.

Assim, portanto, é o dever de todo católico unir-se ao afã ecumênico da Igreja, buscando a conversão dos hereges e cismáticos, buscando trazê-los de volta à Igreja, fora da qual não há Salvação.

O Santo Padre João Paulo II, através de organizações com este objetivo, trata desta nobre missão no âmbito mais amplo, buscando fazer com que seitas e grupos cismáticos voltem à Igreja em bloco. Até agora já foram vários grupos a abandonar seus erros e voltar à fidelidade e obediência ao Romano Pontífice, condição necessária (ao menos implicitamente) para a salvação.

A nós cabe fazê-lo no âmbito individual, trazendo pessoas (amigos, conhecidos, vizinhos...) de volta à Igreja, de volta a Cristo, de volta à possibilidade de Salvação.

Sugiro, para facilitar este diálogo, especialmente com os protestantes, uma visita à página de meu programa de rádio, A Hora de São Jerônimo, onde podem ser encontrados argumentos para iniciar um debate que faça com que o herege perceba os erros de sua seita. Sugiro fortemente que o primeiro programa a ser ouvido seja o sobre a Bíblia, que explica o erro de base do protestantismo.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Fonte:

RAMALHETE, Carlos. Verdadeiro e Falso Ecumenismo. Blog A hora de São Jerônimo. Disponível em: http://www.hsjonline.com/2011/07/verdadeiro-e-falso-ecumenismo.html#more Acesso em : 30 Agosto 2011.

A imitação de Maria como caminho de Salvação


Por: Eduardo Moreira
Blog - Apostolado SCR 
         
Certa vez assistindo ao filme “O Senhor dos anéis”, inspirado no livro de mesmo título e de autoria de John Ronald Reuel Tolkien, católico fervoroso, grande apologista, deparei-me com o mago Gandalf dizendo ao hobit Frodo:

− Não seja tão apressado em julgar as pessoas.

Por muito tempo, mesmo após uma suposta conversão, me perdi julgando demais, e como disse Madre Teresa, quem julga muito as pessoas não tem tempo para amá-las. Cristo também nos adverte quanto aos julgamentos dizendo para não julgarmos, pois da mesma forma que julgamos seremos julgados e na mesma medida que medirmos, seremos medidos (Mt 7, 1-2). Acontece que as pessoas que mais usam esse trecho das Escrituras Sagradas são as que mais julgam. Dizem não julgueis quando recebem uma simples admoestação e assim, utilizando a Bíblia para se justificar, se fecham em seu orgulho extremo mesmo existindo na mesma Bíblia o conselho de admoestar os irmãos (Gl 6, 1).

A questão é, como admoestar sem julgar? E como admoestar sem condenar? Eis algo difícil, mas em momento algum Cristo disse que seria fácil segui-l’O e é tão difícil fazê-lo justamente por um fato: a temperança. Deus está sempre no equilíbrio de dois extremos. Deus não está com aqueles que têm um relativismo cego, que faz vista grossa para erros crassos sob o pretexto falso do “não julgueis” e não está também com aqueles que, inebriados por um orgulho cego e uma vaidade sem limites, não reconhecem seus próprios erros. Se acham melhores que todos e olham de forma não caridosa para com o semelhante. Quando chamam a atenção de alguém não o fazem com e na caridade, mas sim na soberba e no orgulho como quem quer apenas se elevar à custa de humilhar o próximo. Creio eu ter estado nesse segundo nível: o dos soberbos.

De fato, é tentador aos que estudam a doutrina e observam o quadro lastimável no qual se encontram os fiéis católicos, passar a pisar em todos e subir em um orgulho próprio, mas isso não provém de Deus. O conhecimento sem oração e sem humildade traz o orgulho e nos aproxima muito mais do ateísmo do que do cristianismo. É tentador o conhecimento que nos leva a viver como se Deus não existisse. Certamente isso ocorre porque o Diabo, o adversário tinhoso, sabe como usar todas as coisas, até as mais belas, em seu favor. Não é isso que Deus quer de nós. Aliás, a quem muito é dado, muito é cobrado, e se Deus nos dá sabedoria e entendimento para abstrair a doutrina não é para nos engrandecer, mas para salvar as almas que andam tão desesperadas e ávidas tanto pela doutrina quanto por Deus. Isso certamente é fruto da Teologia da Libertação que até hoje anda pelo Brasil fazendo com que as pessoas abandonem a fé. Antigamente as pessoas ouviam falar de Deus nas Missas, hoje elas aprendem marxismo. É melhor até que não leiam os comentários dos folhetos dominicais e muitas vezes temos que dizer “tende piedade de nós” ao invés de “atendei-nos” na oração da assembleia, não raras as vezes recheada da doutrina socialista materialista que se opõe frontalmente ao Evangelho.

Entretanto, esse mau tempo felizmente está passando. Deus tem suscitado entre os jovens uma grande quantidade de pessoas ortodoxas e bem formadas, as quais certamente reconstruirão a Igreja em ruínas, tal qual fez São Francisco outrora. É a primavera da Igreja, a poeira do Concílio Vaticano II que está abaixando e permitindo ver agora, mais claramente, os frutos desse Concílio. Ainda há muito que fazer, mas aos poucos Deus está colocando no coração das pessoas o desejo de restaurar a fé. Enganaram-se aqueles que pensaram ter desferido um golpe mortal na Igreja, pois como disse Santo Agostinho, A Igreja é o próprio Cristo e Cristo não vacila. A Igreja permanecerá intacta, até o fim dos tempos, porque Cristo, sendo Deus, é imortal.

Aos jovens fica então a mensagem: não é por méritos nossos que isso está ocorrendo, mas sim pela Graça e nesse aspecto tem especial papel a Imitação da Santíssima Virgem. Maria não passa de um reflexo da bondade de Deus, é verdade e muito feliz foi o teólogo que disse isso. Sejamos, pois, humildes, um mero reflexo, uma imagem insignificante da Virgem Mãe de Deus, a mais perfeita criatura.

Para a restauração da Igreja não precisamos tanto de montanhas de livros, muito embora sejam necessárias. Não é somente com calos nos olhos e na língua que faremos isso, mas com calos nos joelhos. Essa é a única batalha que não se vence de pé, mas de joelhos. A batalha espiritual não é vencida com fúria, mas com mansidão. Não é essa batalha obtida com orgulho, mas sim com humildade e com corações contritos, tal qual fez Maria ao vencer o demônio dando-nos o Salvador, o qual morreu na cruz por nossos pecados. Foi com aparência de derrota que a maior vitória já vista foi atingida: a Salvação. Como são belas as coisas de Deus! É também assim que nós iremos salvar a Igreja, mover jovens, converter multidões: com o poder da oração.

Enquanto estudamos, contamos com nossas forças, mas quando entregamos nossos intentos a Deus, o divino nos socorre e contra Ele não há quem possa. É, pois, imitando Maria que ganharemos o mundo. Foi assim que aconteceu na primeira vez, é assim que acontece hoje. Sejamos também nós, o Espelho da Justiça, aliás, o Espelho é Nossa Senhora então sejamos o espelho do Espelho, pois não há quem imite Maria que não esteja automaticamente imitando o próprio Deus.

O desapego às coisas do mundo, a oração, o jejum, a mortificação e por fim o estudo: tudo isso é imitação de Maria e tudo isso nos faz humildes e preparados para a Batalha Espiritual. Outrora ouvi com gosto os elogios dos leitores. Parabéns, diziam uns. Que qualidade de argumentos, diziam outros. Hoje nada disso importa, aliás, não quero mais viver se não for por Cristo. Não quero ser eu quem vive, mas quero que Cristo viva em mim para que, a meu exemplo, as almas sejam conquistadas. E aqui entra a imitação de Maria, pois Ela é quem mais plenamente conseguiu imitar o Cristo. Que como Maria, eu seja nada, para que Cristo seja tudo em mim, porque é dessa forma que Deus age e é no silêncio que Ele se manifesta. Não sejamos nós jovens barulhentos, mas pessoas profundamente humildes que se esforçam por imitar a Deus e por amar as pessoas.

Por fim, como disse São Paulo em 1 Cor 13, 1: ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Ou ainda, em 1 Cor 13, 13: por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade. Não há imitação de Maria sem caridade e não há imitação de Deus que não passe pelos mesmos passos que seguiu a Santíssima Virgem. Que a exemplo de São Luís Maria Grignion de Montfort, sejamos todos verdadeiros devotos da Santíssima Virgem. Aliás, seria excelente que os jovens ortodoxos formassem uma legião de Consagrados à Santíssima Virgem através da escravidão de amor proposta por esse Santo.

Lançamento de livro: A Doutrina do Purgatório – sua interpretação e ensino no Magistério da Igreja


Por John Lennon J. da Silva.

É com imensa alegria com que venho anunciar a todos os leitores(as) do site que nesta última semana a Editora ComDeus finamente lançou no mercado o primeiro livro de minha autoria chamado “A Doutrina do Purgatório: sua interpretação e ensino no Magistério da Igreja”. O livro é fruto de dois anos de trabalhos e pesquisas sobre um tema que hoje parece ter caído no esquecimento catequético na mentalidade de muitos católicos pelo país, não aponto no livro os fatores para esta problemática. O livro de coloca como um compêndio de textos, documentos e citações do Magistério da Igreja sobre o purgatório. Convido todos os leitores(as) católicos(as) a adquiri-lo, por aqui ( no valor de 15 reais).

Livro do Papa sobre a "Infância de Jesus" será lançado amanhã



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Livro sobre infância de Jesus conclui trilogia do Papa Bento XVI sobre Jesus de Nazaré
O último livro da trilogia do Papa Bento XVI, sobre "Jesus de Nazaré", será lançado nesta terça-feira, 20, no Vaticano. A obra aborda os primeiros anos da vida de Cristo, os chamados "Evangelhos da Infância", e segundo explica o Santo Padre no prefácio, trata-se de uma introdução aos dois livros precedentes, sobre a figura e a mensagem de Cristo.

O livro irá ajudar a "repensar o mistério do Natal", afirmou no último sábado, 17, um dos responsáveis pela apresentação mundial da obra, o Cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho da Cultura.

Segundo o cardeal, o livro "terá um relevo particular para os crentes, por causa do tema da encarnação, sobretudo nas proximidades do Natal, mas também tem um valor para todos, porque aborda o tema das crianças, da maternidade, da paternidade, do massacre dos inocentes e da fuga do Egito”.

O cardeal Ravasi, um especialista no estudo da Bíblia, destaca que os Evangelhos têm de ser lidos a partir da história e da literatura, mas também com um “olhar teológico” que remete para a “dimensão transcendente”.

A obra "Jesus de Nazaré – A Infância de Jesus" refere que "Jesus nasceu numa época que pode ser determinada com exatidão. No início da atividade pública de Jesus, Lucas oferece mais uma vez uma datação pormenorizada e exata daquele momento histórico: é o décimo quinto ano do império de Tibério César”.

Junto à edição italiana, já está prevista uma em alemão, publicada pela Herder, editora do histórico de Joseph Ratzinger. Já estão sendo desenvolvidos trabalhos para a publicação nas línguas de maiores difusões. A versão em português chega às livrarias de Portugal na quarta-feira, 21. A data do lançamento da obra no Brasil não foi divulgada.

O primeiro volume de ‘Jesus de Nazaré’ foi publicado em 2007 e era dedicado ao início da vida pública de Cristo (desde o batismo à transfiguração). A segunda parte da obra foi apresentada em março de 2011, e tratava os momentos que precederam a morte de Jesus e a sua ressurreição.

Santa Sé realiza encontro virtual para discutir a Fé



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“Viver e transmitir a fé nas redes sociais”, é o tema do encontro.
O Pontifício Conselho das Comunicações Sociais (PCCS) e o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), com o Comitê da Rede Informática da Igreja na América Latina (RIIAL), promovem um encontro virtual em nível continental, com o tema “Viver e transmitir a fé nas redes sociais”.
Acesse:
.:Todas as notícias sobre o Ano da Fé
A finalidade do encontro é compartilhar as experiências e as iniciativas mais recentes promovidas na América Latina sobre este tema, e elaborar juntos a agenda para o próximo ano de 2013.

O encontro virtual da RIIAL será realizado no dia 23 de novembro, sexta-feira, das 16h às 19h (horário de Roma). Terá a participação do Presidente do Pontifício Conselho, Dom Claudio Maria Celli, e do Presidente do Departamento de Comunicação do CELAM, Dom Adalberto Martinez.

Tratando-se de um encontro virtual por meio do portal episcopo.net. O participante deve reservar a própria participação no endereço riial@pccs até 21 de novembro e para obter as informações sobre o acesso.

Igreja no Brasil promove Campanha para a Evangelização



CNBB
"Vamos fazer uma campanha do tamanho do Brasil. E precisamos da ajuda do tamanho da sua fé". (Cartaz de divulgação da campanha)
A Igreja no Brasil inicia no próximo dia 25 a Campanha para a Evangelização, dentro da Solenidade de Cristo Rei do Universo. A Campanha seguirá até o 3º domingo do Advento, dia em que serão recolhidas as doações feitas pelos fiéis nas paróquias, destinadas à campanha.
Com o slogan EVANGELI-JÁ, a Campanha para a Evangelização 2012, pretende promover a urgência e a necessidade de anunciar a Boa Nova do Reino de Deus. O objetivo também é despertar os fiéis leigos para o compromisso evangelizador e para a responsabilidade pela sustentação das atividades pastorais da Igreja no Brasil.
De acordo com o Padre Luiz Carlos Dias, Secretário Executivo das Campanhas da Fraternidade e para a Evangelização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a importância de celebrar a campanha é para que a Igreja desperte para a sua missão maior que é evangelizar.
“Sobre tudo nos tempos de hoje, com os desafios da nossa realidade em que se avança um período de mudanças profundas que alteram os valores e que tem deixado muitos atordoados. É um momento de evangelizar, de propor Jesus Cristo, propor a Igreja. Faz-se necessário que todos nós, como Igreja, tomemos consciência da necessidade nossa de evangelizar.”
Segundo o padre, a campanha também deseja despertar nos leigos a consciência de que é necessário ir além da participação das missas dominicais como simples cumprimento de preceito. Também é preciso abraçar a missão concreta da Igreja, assumindo o compromisso de evangelizador junto com a ela e ter uma participação ativa na comunidade eclesial.
Um despertar da solidariedade
Além da coleta de recursos financeiros, a CE pretende ainda mobilizar a solidariedade na Igreja, com foco na evangelização. “A Campanha para a Evangelização significa a abertura de um caminho para canalizar a solidariedade de todos os católicos no sustento da missão da Igreja em nosso país,” diz o manual da Campanha.
O manual também ressalta que “a solidariedade se realiza no apoio coletivo aos trabalhos que mantém viva e renovada a comunidade eclesial, tanto a local como a diocesana e a nacional. Cuida-se para que as comunidades cristãs sejam testemunhos vivos de Jesus e de seu Evangelho, de tal maneira que todos possam dizer: vejam como se amam!”
O valor arrecadado
A coleta nacional da Campanha para a Evangelização acontecerá no 3º domingo do Advento. De acordo com Padre Luiz Carlos, os valores arrecadados serão distribuídos da seguinte forma: 45% do valor ficará nas dioceses, 20% irá para os 17 regionais da CNBB e 35% será destinado para a CNBB nacional.
O valor angariado constituirá o Fundo para a Evangelização que é administrado pela Comissão para Assuntos Financeiros da CNBB e será destinado para apoiar as estruturas da Igreja e sua atividade evangelizadora a nível diocesano, regional e nacional.

A CE e o tempo do Advento
A CE acontece nos dias em que a Igreja Católica no mundo celebra o tempo do Advento. O período é marcado pela expectativa dos cristãos católicos para o nascimento de Jesus Cristo. Para o Pe. Luiz Carlos, o fato do nascimento de Jesus deve levar a todos para a urgência de comunicá-lo a outras pessoas; daí a necessidade de se mobilizar para a campanha.
“Não podemos ficar só com as nossas festas particulares, com o “nosso” Natal, mas esse fato, o nascimento de Jesus, precisa gerar um anúncio, uma boa notícia para as pessoas: Deus está entre nós e nós precisamos acolhê-lo”, lembra o padre.
A Campanha para Evangelização foi criada pela CNBB em 1998 e a edição de 2012 trará por tema a citação do capítulo 1º do Evangelho de São João: “Eu vi e dou testemunho: Ele é o filho de Deus” (Jo 1, 34).

Lançado o "Kit" do peregrino para o Ano da Fé


ppkitperegrinoO Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização lançou essa semana o “Kit do Peregrino” como um auxílio para se viver o Ano da Fé. O kit é constituído por uma mochila, um mapa com sete itinerários que convidam à formação catequética, um passaporte do peregrino, que será selado nas diferentes basílicas romanas, uma vela branca, um livro de orações e um bracelete vermelho que diferenciará o turista como peregrino do Ano da Fé.
Os peregrinos que desejarem poderão adquirir o kit por cinco euros em diferentes pontos de informação de Roma, e inclusive através da internet, no site www.annusfidei.va. O percurso experimental divide-se em quatro etapas: oração e reflexão sobre a fé; a celebração do Sacramento da Penitência e da Eucaristia; o encontro com os Santos como testemunhas de fé e espiritualidade; e a solene profissão de fé na Basílica de São Pedro com a escuta da palavra do sucessor de Pedro, papa Bento XVI.
Cada um dos sete itinerários propostos percorre diversas igrejas de Roma e finaliza na Basílica de São Pedro do Vaticano. De acordo com o convite do papa Bento XVI, estas etapas levarão o peregrino a redescobrir a fé rezada, meditada, vivida, celebrada e professada.

Consciência Negra: reflexão sobre a identidade nacional


ConscienciaNegra2012
O dia 20 de novembro, por meio da lei 10.639/2003, é o dia nacional da Consciência Negra. A escolha desta data é uma referência ao líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, morto nesta data no ano de 1695. “A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão no período do Brasil Colonial”, avalia o coordenador nacional da Pastoral Afro-Brasileira, Pe. Jurandyr Azevedo de Araújo.

“Ele foi morto defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil”, afirma Pe. Jurandyr. Zumbi recebeu, em 1996 o título de Herói nacional, e seu nome está inscrito no Livro do Aço, no Panteão da Liberdade e da Democracia, na praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).

A comemoração do Dia da Consciência Negra é um momento importante de reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. De acordo com Jurandyr, os descendentes dos povos negros africanos colaboraram muito com a história do país em diversos aspectos. “A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão”, afirma o sacerdote.

O papa João Paulo II, durante a visita a Santo Domingo em 1992, recordou que "A estima e o cultivo dos vossos valores Afro-americanos, enriquecerão infalivelmente a Igreja”. Por este motivo, a Pastoral Afro-Brasileira atua no processo de cidadania do povo negro. A CNBB, no documento 65, intitulado “Brasil: 500 Anos de diálogo e Esperança”, publicado em 2000, afirma que "acolher, com abertura de espírito as justas reivindicações de movimentos - indígenas, da consciência negra, das mulheres e outros - (...) e empenhar-se na defesa das diferenças culturais, com especial atenção às populações afro-brasileiras e indígenas" (CNBB, Doc. 65, nº 59).

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Papa recebe presidente da República do Benin no Vaticano



Reuters
O presidente de Benin, Thomas Boni Yayi, foi recebido nesta segunda-feira, 19, pelo Papa Bento XVI no Vaticano
O Papa Bento XVI recebeu nesta segunda-feira, 19, no Vaticano, o Presidente da República do Benin, Thomas Boni Yayi, o qual teve seguidamente um outro colóquio com o cardeal Secretário de Estado, Tarcísio Bertone, acompanhado pelo subsecretário para as relações com os Estados, Mons. Ettore Balestrero.

Como informa um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, no decurso dos colóquios cordiais, as partes congratularam-se pelas boas relações existentes entre a Sé Apostólica e a República do Benin, e recordaram em particular a viagem apostólica do Santo Padre, no ano passado, bem como o contributo positivo da Igreja Católica para o desenvolvimento do país.

Foi também reafirmado o valor das culturas locais, na África, assim como a importância da Igreja na educação para a paz e a reconciliação. Finalmente, passaram-se em resenha alguns desafios regionais que atualmente afetam o Continente, seguida pelo Chefe de Estado na sua qualidade de Presidente da União Africana. 

GT elabora documento de estudo sobre a situação de remanescentes de quilombos


gt_quilombolasDurante todo dia 19 de novembro, acontece, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, a reunião do Grupo de Trabalho dos quilombolas. Na pauta da reunião está a continuidade na elaboração e no estudo de um documento a respeito da situação dos povos quilombolas.
Nesta reunião vários organismos estão representados: Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, da CNBB; Comissão Pastoral da Terra (CPT); Cáritas, Pastoral Afro; e a Pastoral dos Pescadores.
“Essa reunião é continuação de um trabalho que iniciamos no começo deste ano. Constituímos esse Grupo de Trabalho para a elaboração de um documento que nós julgamos vital para o Brasil, e a sociedade brasileira. E nós, como igreja, precisamos ajudar a refletir, especialmente, a situação dos remanescentes quilombolas”, afirma o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, dom Guilherme Antônio Werlang.
d.guilherme_gt_quilombolasO texto é dividido em três momentos: Ver, Julgar e Agir. Nesta reunião, será trabalhado o ‘Agir’. “Queremos ajudar a Igreja a perceber a realidade dos povos quilombolas, disso trata o ‘ver’. No ‘julgar’, voltamos a Jesus Cristo, na forma como Ele se interessou dos mais pobres, marginalizados e excluídos. No ‘agir’ continuaremos seguindo o exemplo de Jesus, com uma igreja que seja servidora, samaritana, que esteja presente nessa luta do povo”, esclarece o coordenador do grupo de trabalho Quilombola e da Pastoral Afro-brasileira, padre Jurandyr Azevedo.
A luta em favor dos povos quilombolas é pela terra. De acordo com o coordenador, muitos quilombos remanescentes estão sendo usurpados pelo fato de serem terras produtivas.
“O povo quilombola está precisando de uma atenção e um cuidado maior. São mais de quatro mil quilombos que existem no Brasil e apenas em torno de 120 quilombos, têm suas terras legalizadas. A maioria está sendo expulsa das terras, isso fica dificulta o plantio, a própria estabilidade fica comprometida”, explica padre Jurandyr.

Acesse o Blog Vocacional Capuchinho - Brasil Central

Acesse o Blog dos Vocacionados Capuchinhos do Brasil Central:

A Igreja está atenta às necessidades da pessoa humana, diz bispo


Jéssica Marçal
Da Redação


Arquivo
'Onde a pessoa humana precisa da presença da Igreja, então ela vai', enfatizou Dom Alberto
Vários são os problemas de cunho social, econômico ou religioso que afetam o mundo hoje e a Igreja, em sua missão confiada por Cristo, está atenta a todos eles. Independente se a situação é de guerra, fome, liberdade religiosa, o foco da ação caritativa da Igreja está voltado para a pessoa humana.

Esse cuidado com o ser humano é um dos pontos destacados pelo arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, quando o assunto é a maior urgência para a qual a sociedade demanda uma solução hoje.

O arcebispo explicou que a Igreja costuma dar respostas a essas necessidades, sendo cerca de 60 situações de urgência e emergência por ano, entre guerras, tempestades e furacões, por exemplo.

“Eu diria que a maior atenção está com a pessoa humana, com o filho de Deus e a dignidade e tudo aquilo que isso signifique. Então não é um problema só. É só a fome? São as guerras? São os desastres naturais? Não, é a pessoa humana. Onde a pessoa humana precisa da presença da Igreja, então ela vai”, disse.

Mas se a pessoa humana encontra dificuldades, nem sempre o próprio ser humano está disposto a ajudar aqueles que mais precisam, uma vez que estão inseridos em um mundo onde a solidariedade nem sempre tem destaque.

Diante desta realidade, Dom Alberto acredita que em muitos lugares já se perdeu totalmente esse senso caritativo, o valor da vida. “Pensemos na violência no Brasil. Não temos guerra declarada, mas temos uma verdadeira guerra urbana nos grandes centros do país, nas cidades, também no campo”.

Segundo o arcebispo, isto é consequência da perda do sentido da vida humana, do valor da dignidade humana, da justiça, da paz. "É claro que isso acontece de uma forma muito clara em nosso mundo e precisamos estar atentos a isso e a Igreja quer 'nadar contra a correnteza' por causa do valor que Deus dá à vida humana".

Pontifício Conselho Cor Unum

Para dar atenção a tantos problemas, a divisão em Congregações, Conselhos e Comissões é o que ajuda a Igreja a se organizar. Especificamente sobre assuntos relacionados à caridade, a Igreja conta com o Pontifício Conselho Cor Unum (Único Coração), que organiza a prática da caridade na Igreja.

“Através do Conselho Cor Unum, a Igreja vai ao encontro de situações difíceis”, disse Dom Alberto. Ele citou como exemplo a visita que o presidente deste Pontifício Conselho, Cardeal Robert Sarah, fez recentemente à Síria, em virtude da situação de conflitos no país.

“Ligado a esse Conselho, existem fundações e outros organismos. Por exemplo, por 14 anos eu fui membro do Conselho da Fundação Populorum Progressio, que cuida da caridade do Papa para a América Latina e para o Caribe”.

Depois de passar mais de uma década participando de ações caritativas nesta fundação, Dom Alberto recebeu um novo desafio: no dia 27 de outubro, ele foi nomeado pelo Papa Bento XVI como membro do Pontifício Conselho Cor Unum.  Em janeiro de 2013, ele participará da primeira reunião junto ao Conselho, para conhecer de perto as necessidades e saber o papel que vai desempenhar.

“Para minha surpresa, eu recebi esta nomeação para o Pontifício Conselho Cor Unum. Tudo que signifique confiança da Igreja, especialmente do Papa, é claro que alegra o coração da gente. E como eu disse sim a Deus e à Igreja na minha vida, eu nunca posso voltar atrás nessa minha resposta positiva ao que a Igreja me pede e minha resposta, é claro, foi positiva".

Comunhão e partilha entre as dioceses brasileiras



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Dom Alfredo Shaffler (foto), bispo de Parnaíba (PI), encaminhou, junto ao Conselho Permanente da CNBB, a operacionalização de uma das principais decisões do episcopado brasileiro, durante a 50ª Assembleia Geral da CNBB, em abril deste ano, que foi a criação de um fundo para colaborar com a formação dos seminaristas das dioceses mais pobres. Chamado de “Comunhão e Partilha”, o projeto, aprovado por unanimidade, já está em pleno funcionamento.

Criada em maio deste ano, a Comissão Especial para a Solidariedade Entre as Dioceses é presidida por dom Alfredo. Após um levantamento das dioceses e prelazias que não têm recursos para custear plenamente a formação de seus seminaristas, elas foram divididas em dois grupos: o grupo A, com renda mensal até R$ 10 mil; e o grupo B, com renda mensal acima de R$ 10 mil e abaixo de R$ 20 mil.

Por decisão do Conselho Permanente, inicialmente foram atendidas as dioceses e prelazias do grupo A, até que o recurso permita atender ao grupo B. Todas as dioceses, a partir de julho de 2012, passaram a depositar 1% de sua renda ordinária fixa - recebida mensalmente das paróquias, dos santuários, dos aluguéis e de outras entradas – todo dia 30 de cada mês.

Na CNBB, a Comissão encarregada de administrar e supervisionar o fundo de solidariedade faz o repasse ao seminário/casa de formação, no valor de dois salários mínimos, em benefício de cada seminarista pertencente às dioceses e prelazias do Grupo A. Também está previsto, quando houver recursos, o repasse do valor de 75% de dois salários mínimos, em benefício de cada seminarista pertencente às dioceses do Grupo B. A diocese beneficiada deve informar à CNBB o nome do seminarista, bem enviar um relatório anual da ajuda recebida e sua aplicação.

Já foram beneficiadas pelo projeto as dioceses de São Raimundo Nonato (PI), Corumbá (MS), Bom Jesus (PI), Zé Doca (MA), Ponta de Pedras (PA), Brejo (MA), Marajó (PA), Paranatinga (MT) e Borba (AM). O projeto “Comunhão e Partilha” terá duração de cinco anos, quando será submetido à avaliação pela Assembleia Geral da CNBB.

MISSA EM HOMENAGEM A DOM VITAL


Ontem, pela manhã, às 9h, tivemos na Sé de São Salvador, em Olinda-PE, a missa em ação de graças pelo testemunho de vida e santidade do Servo de Deus, Dom Frei Vital de Oliveira, capuchinho e bispo de Olinda. A celebração foi presidida pelo arcebispo metropolitano de Olinda e Recife, D. Fernando Saburido, OSB; concelebraram: Mons. José Albérico (vigário geral e reitor da Sé catedral), Frei Jociel Gomes (vice-postulador das Causas de Beatificação e Canonização de Dom Vital e Frei Damião de Bozzano), Frei Paulo Amâncio (vigário episcopal para a vida religiosa), Frei Luís de França, Frei Marcelo Araújo, Pe. Cícero Alberes (pároco de Pedras de Fogo-PB, terra natal de Dom Vital) e o diácono Frei Cláudio Simões. O mestre de cerimônia foi o Pe. Augusto César. Estiveram presentes outros confrades capuchinhos, alguns freis da Ordem dos Frades Menores (OFM), as Irmãs Franciscanas de Maristella, dentre outros religiosos e religiosas, vocacionados, seminaristas, além de conterrâneos e devotos de Dom Vital. A missa foi transmitida pelas Rádios Olinda AM e Clube FM.

Pe. Cícero Alberes (pároco de Pedras de Fogo-PB, terra de Dom Vital)
Frei Luís de França, D. Fernando Saburido (segurando o báculo de Dom Vital)
e o vice-postulador Frei Jociel Gomes
A assembleia devota do Servo de Deus
D. Fernando na saudação inicial
O presbitério no altar-mor da Sé de Olinda
O diácono Frei Cláudio Simões proclamando  o Evangelho,
ladeado pelos freis José Roberto e Janailson Gomes



Cruz peitoral de Dom Vital


Frei José Robero com o grupo de vocacionados ao lado da Sé,
numa bela visão do mar que banha a centenária 
e colonial cidade de Olinda
Frei Igor Campos e Frei Janailson Gomes

Planeta Brasileiro