 Um
 ano após a aprovação da Lei da Ficha Limpa, organizações se reuniram 
nesta quinta-feira, 29, com parlamentares da Frente Contra a Corrupção 
na Câmara dos Deputados para cobrar do Supremo Tribunal Federal (STF) 
uma decisão final sobre a constitucionalidade da matéria.
Um
 ano após a aprovação da Lei da Ficha Limpa, organizações se reuniram 
nesta quinta-feira, 29, com parlamentares da Frente Contra a Corrupção 
na Câmara dos Deputados para cobrar do Supremo Tribunal Federal (STF) 
uma decisão final sobre a constitucionalidade da matéria.
A Lei da Ficha Limpa proíbe a 
candidatura de políticos com condenações na Justiça. No início do ano, o
 STF decidiu que a lei não poderia valer para as eleições gerais de 
2010, o que permitiu que diversos candidatos que haviam sido eleitos, 
mas foram barrados pela nova lei, pudessem assumir seus mandatos. Agora,
 o STF deverá decidir se a lei é constitucional e se valerá para as 
eleições municipais do ano que vem.
“Temos visto um belo movimento na 
sociedade, mas a lei ainda corre risco. Nossa reivindicação aqui é para 
que a constitucionalidade dela seja declarada o mais rápido possível”, 
disse o presidente da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, 
Francisco Praciano (PT-AM).
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) 
considerou “um absurdo” pedir ficha limpa para candidatos. “Se ele se 
dispõe a representar a sociedade, tem de ter alguns requisitos. E os 
partidos deveriam ter esse zelo e não têm. Os corruptos se sentem à 
vontade em quase todos os partidos”, disse.
O líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), 
disse esperar que o STF decida favoravelmente à questão. “Espero que a 
Lei da Ficha Limpa possa ser uma baliza para a sociedade civil e objeto 
de respeito para os partidos.”
Enquanto o Supremo não decide a 
constitucionalidade da matéria, a Frente Parlamentar se movimenta para 
cobrar dos deputados a aprovação de matérias contra a corrupção. São 160
 projetos que tramitam na casa tratando de temas como o combate à 
lavagem de dinheiro, o fortalecimento da estrutura de órgãos de 
fiscalização e a criação de varas para investigar crimes de corrupção.
A frente pretende, ainda, propor a 
criação de uma espécie de Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de
 Combate à Corrupção. A ideia é unir Executivo, Legislativo e Judiciário
 no enfrentamento a esse tipo de crime.
No fim da reunião o secretário executivo
 do Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara (Cefep), padre 
José Ernanne Pinheiro leu trechos da nota da CNBB “Vencer a corrupção 
com mobilização social” divulgada na última reunião do Conselho 
Episcopal Pastoral da Conferência realizada nos dias 20 a 22 de 
setembro, em Brasília.
 
 
 
 
								









