Quando refletimos sobre o compromisso que cada um é chamado a assumir em sua vida, não podemos deixar de recordar um importante personagem bíblico: Moisés.
Moisés responde com um questionamento, como que relutando: "Quem sou eu para ir até o Faraó e tirar os filhos de Israel lá do Egito? (Ex 3, 11).
De fato, muitos jovens hoje sentem dentro de si o apelo de libertar o povo das injustiças. E, como Moisés, também os jovens se questionam. Portanto, não são situações tão diferentes....
Através da história de Moisés, muitos poderiam pensar que o chamado é somente para um libertar sociológico, e depositar toda sua confiança nesta libertação. Contudo, Deus não quer apenas a libertação da opressão, das injustiças sociais. Ele quer a libertação do homem na sua totalidade.
A credito que o medo persiste no jovem quando ele vê a libertação apenas no contexto social. Isso porque a história nos mostra que todos os libertadores passam pelo caminho da morte. Mas tudo se torna diferente se o vocacionado percebe que não está só. "Eu estou com você". (Ex 3,12). Então ele percebe que seu projeto é parte de outro projeto ( o projeto de Deus) e entende que sua vida pertence a Deus. Há, nessa situação, um salto da qualidade na vocação pessoal, que torna o vocacionado disposto a caminhar sem temores. Os temores existirão no jovem enquanto ele permanecer num projeto de libertação apenas sociológica.
O caminho de dizer "sim" exige muitas libertações. As libertações começam dentro da pessoa e se estendem para o mudo. Partem de uma microestrutura(o indivíduo) para uma macroestrutura( a história). O desejo de libertação não está presente apenas no jovem, está presente em todo ser humano, que se revolta quando não se senti livre. O não sentir-se livre, porém, já é um passo na tomada de consciência de que cada um deve ser sujeito,agente,ator de sua própria história.
Voc.Vinícius Caíque
Próxima postagem vocacional:
O "sim" envolve um mistério.
fiquem ligados no Blog e confiram a próxima postagem de reflexão vocacional
Abraço a todos!
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